segunda-feira, 11 de junho de 2007

O piloto do dia - Jean Alesi (1ª parte)

No dia em que se comemoram os 43 anos do seu nascimento, achei por bem colocar aqui a biografia de um piloto amado por todos, principalmente pelos italianos, que o colocam como um dos seus maiores pilotos, a par de Gilles Villeneuve e de Michael Schumacher. Mas nem sempre essa rapidez significou vitórias. Podia ter acabado como Chris Amon, mas a sua única vitória, no GP do Canadá de 1995, fez com que não fizesse parte dessa raça maldita. Foi também o primeiro francês a chegar aos 200 Grandes Prémios, corolário de uma longa carreira. O piloto do dia é Jean Alesi.

Nasceu a 11 de Junho de 1964 em Avignon, no sul de França. É filho de pais de origem italiana, mais concretamente da Sicília, que emigraram para a França nos anos 50. Começou a sua carreira nos ralis, a sua primeira paixão. Tornou-se campeão nacional na Taça Renault 5, em 1985, e no ano seguinte inscreve-se na Formula 3 francesa, onde alcança o título nacional no ano seguinte. Em 1988 começa a disputar a Formula 3000, e torna-se campeão no ano seguinte, batendo o seu compatriota Erik Comas.

Mas ainda em 1989, as suas performances não passam despercebidas aos directores das equipas de Formula 1. Ken Tyrrell foi um deles. Precisando de um substituto para Michele Alboreto, que tinha abandonado a equipa devido a problemas com os patrocinadores, Tyrrell vê em Alesi o seu substituto, já que ele era um piloto apoiado pelo seu novo patrocinador, a marca de cigarros Camel. Sendo assim, a sua corrida de estreia é em Paul Ricard, palco do GP de França. Aí, surpreende tudo e todos, ao terminar em quarto lugar, depois de rolar durante algum tempo em segundo. O resto da temporada era feito em “part-time”, pois na altura lutava pelo título da Formula 3000. Pontuou mais duas vezes, em Monza e Jerez, terminando este primeira temporada com nove pontos, dando-lhe o nono lugar da tabela.

Em 1990 continua na Tyrrell, mas é a partir daí que começa a dar nas vistas: em Phoenix, na primeira prova do campeonato, bate o pé a Ayrton Senna e lidera durante 19 voltas, antes do brasileiro conseguir ultrapassá-lo. Termina em segundo, e todos começam a olhar para ele. Repete a façanha no Mónaco, acabando em segundo. Os 13 pontos conquistados deram-lhe o nono lugar, com esses dois pódios.

No final desse ano, Williams e Ferrari querem os seus serviços. Alesi assina pela equipa de Grove, mas a Ferrari acena-lhe com uma oferta melhor: apela ao seu coração. Ao francês agrada-lhe também correr ao lado do seu ídolo, Alain Prost, e aceita a oferta de Maranello. É por causa deste acordo que a Williams tem exposto um Ferrari 640 no seu museu…

Só que no ano de 1991 começa o período de declínio da Ferrari. A equipa de Maranello não ganha corridas, batida pela McLaren e pela… Williams! O melhor que Alesi consegue é três terceiros lugares no Mónaco, Alemanha e Portugal, onde lutou durante muito tempo com… o Minardi – Ferrari de Pierluigi Martini! No final da temporada consegue 21 pontos, alcançando o sétimo lugar da geral e uma volta mais rápida, em Phoenix.

Em 1992, com a saída de Alain Prost, Alesi torna-se o primeiro piloto da equipa, mas o F92A é um desastre, que faz com que a equipa tenha a sua pior performance em 12 anos. Alesi salva a face com dois terceiros lugares em Espanha e no Canadá, e no final da temporada, o francês leva 18 pontos para a Ferrari, e o sétimo lugar da geral.

(continua)

1 comentário:

jocasipe disse...

Sou fã do Alesi. Sempre tive uma "panca" com os pilotos Franceses, e quando chegou a fez de "substituir" o meu idolo (Prost), a opção natural foi para o Alesi!