quinta-feira, 16 de agosto de 2007

O piloto do dia: Mark Donohue (1ª parte)

Este foi um homem multifacetado: correu em todas as categorias de automobilismo nos Estados Unidos, deixando uma marca em cada um deles. Conduziu o mais potente carro de corridas jamais construído, e que levou ao fim da Can-Am; foi vencedor nas 500 Milhas de Indianápolis, venceu na NASCAR, deu nas vistas nas 24 Horas de Le Mans e foi o piloto-fétiche de Roger Penske. Somente a Formula 1 o matou. Hoje falo-vos de Mark Donohue.


Este americano nasceu a 18 de Março de 1937, em Summit, no estado de New Jersey (teria agora 70 anos). Licenciou-se em Engenharia Mecânica em 1959 na Brown University e algum tempo depois começou a fazer corridas a bordo do seu Corvette de 1957. Ganhou a sua primeira corrida em que participou, o que chamou à atenção de um dono de equipa novato: Roger Penske.


Mas foi com outro piloto e dono de equipa, Walt Hansgen (1919-1966), que Donohue começou a competir a sério, primeiro nas corridas da SCCA (Sports Car Club of América), e depois quando Hansgen pediu-o para que corresse com ele nas 12 Horas de Sebring de 1965 a bordo de um Ferrari 275, onde terminaram em 11º lugar.


No ano seguinte, é convidado pela Ford para que guiasse um dos seus GT 40 nas 24 Horas de Le Mans, com o australiano Paul Hawkins. Contudo, as coisas correram mal e ele só fez 12 voltas naquele ano. Em 1967, Donohue voltaria a Le Mans para correr com o Ford GT 40 numero 4, como parceiro de Bruce McLaren, o vencedor do ano anterior. Nem sempre se davam muito bem, mas no final terminaram em quarto lugar da classificação geral, numa corrida ganha pelos americanos Dan Gurney e A.J.Foyt.

Nesse mesmo ano, com Hansgen morto num acidente de Formula 2 em França, Donohue é convidado para guiar um Lola T70 Mark III no United States Road Racing Championship (um antecessor da Can-Am). Quem o convida? Roger Penske. A sua parceria iria durar firme e sólida até à morte deste, em 1975.


O Lola T70 Mark III foi uma máquina vencedora nas mãos de Donohue: em oito corridas possíveis, participou em sete e venceu seis, ganhando o campeonato. Continua a correr na Can-Am em 1968, agora a bordo de um McLaren M6A com motor Chevrolet, teve mais dificuldades, mas conseguiu defender o título.



Ao mesmo tempo que fazia corridas no United States Road Racing Championship, corria também na Trans Am Séries, a bordo de um Chevrolet Camaro. Torna-se Campeão nacional nesse ano, e repete o feito em 1969, a bordo do mesmo Chevrolet Camaro, inscrito por Roger Penske.


Nesse mesmo ano, Donohue e Penske decidiram aventurar-se na Indy 500, envolvimento que irá durar até 1973. Nesse primeiro ano, com um Lola-Offy (Offenhauser). Termina em sétimo, e vai ser eleito o “Rookie do Ano” pela organização. No ano seguinte, faz ainda melhor, ao ser segundo, num Lola-Ford.

Em 1971, enquanto corrida para o seu terceiro título na Trans-Am desta vez a bordo de um AMC Javelin, corre nas 500 Milhas de Indianápolis, desta vez com um chassis McLaren, onde desiste cedo. Mas no final do ano, estreia-se na Formula 1, no Grande Prémio do Canadá, a bordo de um McLaren inscrito por Penske. E dá nas vistas, ao acabar em terceiro, à frente do carro oficial, de Denny Hulme! Esses quatro pontos farão com que se classifique na 16ª posição na classificação final.

2 comentários:

Anónimo disse...

Mais uma obra de arte, parabéns!

Estive em Zeltweg em 1975, tinha visto ele antes no paddock e fui pedir autografo (coisa de moleque de 15 anos...) e quando vimos o carro dele sendo resgatado, não parcia grande coisa.

Fiquei chocado ao saber depois que ele acabou falecendo.

Schuey2007 disse...

Mais um grande artigo.

Speeder mudei de visual no meu blog para comemorar a centésima mensagem!

Aparece por lá!

Grande Abraço