quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

O piloto do dia - Onofre Marimon

Sempre que há um aniversário de um piloto importante, normalmente tento colocar aqui uma biografia que seja a mais completa possível, que é para que vocês, os visitantes, tenham uma ideia de quem foi esse piloto. Ontem, por uma coincidência do calendário, calhou falar sobre um excelente piloto argentino, da safra de Juan Manuel Fangio e de José Froilan Gonzalez, e que o destino o impediu de mostrar todo o seu talento. Hoje falo de Onofre Marimon.


Filho de Domingo Marimon, um corredor argentino da categoria Turismo de Carretera nos anos 30 e 40, Onofre Agustín Marimón nasceu em Zárate, cidade próxima a Buenos Aires, no dia 19 de Dezembro de 1923. Sua família mudou-se durante a sua infância para a cidade de Cosquín, na região de Córdoba, onde ele começou a participar de provas de estrada, juntamente com seu pai, no início dos anos 1940.


A sua primeira vitória aconteceu numa prova de 860 quilometros disputada em Mar del Plata, em 1949, ao volante de um Chevrolet. No ano seguinte ele começou a correr na categoria Mecânica Nacional, com um Volpi-Chevrolet que havia pertencido a Juan Manuel Fangio, conquistando três vitórias. No final do ano, foi o quarto colocado no GP de Paraná e o sexto colocado no GP Presidente Alessandri, no Chile, pilotando uma Maserati 4 CL. Nessas duas corridas começa a enfrentar pilotos já consagrados, como Juan Manuel Fangio, José Froilán González, Roberto Miéres e o francês Louis Rosier.


Entusiasmado com o desempenho de Marimón, Fangio resolveu levá-lo para a Europa em 1951. A sua estreia na Formula 1 será no GP da França, com uma Maserati da Scuderia Milano. A sua corrida não teve muitoa história: abandona após um motor partido. Participou ainda nas 24 Horas de Le Mans, fazendo dupla com José Froilán González, ao volante de um Talbot Lago T-26 GS, sem conseguir terminar a prova devido a problemas no radiador.

Em 1952 Marimón volta a Argentina, para participar em provas de Mecânica Nacional, conseguindo algumas vitórias. Participou ainda do GP de Montevidéu, extra-campeonato, onde chegou na sexta posição, pilotando uma Ferrari 125.


No início de 1953, Marimón volta à Formula 1, participando no GP de Buenos Aires, onde não conclui a prova, devido a problemas de motor da sua Ferrari 500. De seguida, volta à Europa, onde é contratado pela Maserati para disputar o resto do Mundial. Com o modelo A6-GCM ele terminou em terceiro lugar no GP da Bélgica, no nono lugar no GP da França e em décimo no GP da Itália. Volta a disputar as 24 Horas de Le Mans, em dupla com Juan Manuel Fangio, a bordo de um Alfa Romeo 6 C-3000 CM, abandonando a corrida com a quebra do motor.




Em 1954, Marimon volta a correr, desta vez com a nova Maserati 250F. No GP da Argentina, abandona devido a acidente. Logo a seguir, veio para a Europa, onde consegue bons resultados em provas extra-campeonato: quinto no GP de Siracusa, quarto no GP de Bari e vence o GP de Roma, onde também obteve a pole-position e a volta mais rápida.




Nos Grandes Prémios "oficiais", da Bélgica e da França, Marimon abandona devido a problemas mecânicos, mas logo a seguir, consegue um resultado excepcional no GP da Inglaterra: largando na última fila da grelha de partida, ultrapassou 25 concorrentes durante a prova e chega ao fim na terceira posição, atrás apenas dos Ferrari de José Froilán González e Mike Hawthorn, e à frente da Mercedes Benz de Juan Manuel Fangio. Para além disso, foi um dos seis corredores que fez a volta mais rápida da corrida, e como isso na altura dava pontos, recebeu a sua quota parte: 0,14. Os outros cinco que fizeram o mesmo tempo foram Fróilan González, Mike Hawthorn, Juan Manuel Fangio, Stirling Moss, Alberto Ascari e Jean Behra.


O Grande Prémio seguinte será o da Alemanha, que decorrida no "Inferno Verde", o Nurburgring. A 31 de Julho de 1954, dia de treinos oficiais, Marimón tinha feito um mau tempo e procurava melhorá-lo, saindo mais uma vez para a pista. Na curva Wehrsiefen, perde o controle de sua Maserati, sai da pista e bate numa árvore, capotando várias vezes, tendo morte imediata. Esta seria a primeira fatalidade numa prova válida para o Campeonato Mundial de Pilotos, desde o seu início, em 1950.


A sua carreira na Formula 1: 12 Grandes Prémios, em três temporadas (1951, 1953-54), dois pódios, uma volta mais rápida, 8,14 pontos.


Fontes:

http://www.f1total.com.br/faster/modules.php?name=Forums&file=viewtopic&t=3384
http://www.funof1.com.ar/tx/pi195104050_esp_maxi_.htm
http://gpinsider.wordpress.com/2007/12/19/19-de-dezembro-2/
http://fr.wikipedia.org/wiki/Onofre_Marimón

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