sábado, 21 de abril de 2007

Noticias: "Schumi volta dentro de três anos" - Hakkinen

O antigo bi-campeão do Mundo Mika Hakkinen afirmou hoje ao jornal alemão "Die Welt" que não estranharia o regresso de Michael Schumacher à competição dentro de dois a três anos.


"Levar-lhe-á dois ou três anos até que comece a pensar num regresso. Penso que a Fórmula 1 não seria a sua única opção - poderia levar em consideração o DTM ou outra coisa. Corridas são corridas.", afirmou o finlandês, campeão do Mundo em 1998 e 1999, e o maior rival de Schumacher durante o seu auge.



Uma paragem é sempre uma barreira difícil de ultrapassar para um piloto que tencione regressar à Fórmula 1, mas, na opinião de Hakkinen, Michael Schumacher poderia suplantar estas dificuldades, graças as suas qualidades. "Com talento e experiência e, acima de tudo, ambição, é possível realizar (n.d.r.: um regresso bem sucedido)". Será mesmo?

IRL - Ronda 3, Motegi


A Indy Racing League correu esta madrugada a sua terceira prova no campeonato, na oval japonesa de Motegi, a unica prova disputada fora dos Estados Unidos.


O grande vencedor da corrida foi o brasileiro Tony Kanaan, que superou o inglês Dan Wheldon. Kanaan barrou o ímpeto de Dan Wheldon nas voltas finais para chegar à primeira vitória no ano, a oitava nesta categoria. A completar o pódio, veio o escocês Dario Franchitti, seguido pelo neozelandês Scott Dixon.


Quanto às mulheres: Danica Patrick ficou na 11ª posição, enquanto que Sarah Fisher foi 14ª na classificação geral. No campeonato, o inglês Wheldon tem 115 pontos, mas o segundo classificado, Tony Kanaan, tem apenas 112. A IRL volta na semana que vêm, no Kansas.

GP Memória - Portugal 1985

Se há grandes prémios que causam impacto nas vidas de qualquer um, então conto a corrida que me fez com que gostasse verdadeiramente de Formula 1. Faz hoje 22 anos que vi uma corrida à chuva e um homem que guiava nela como se fosse em seco. O homem era Ayrton Senna, e mostrou o que valia nessa corrida.

Mas a corrida foi muito mais do que isso. Na época de 1985, o GP de Portugal era a primeira corrida a acontecer na Europa, logo após o GP do Brasil, ao contrário do que tinha acontecido no ano anterior, onde se tinha decidido um título mundial pela margem mais estreita de sempre: 0,5 pontos!

Mas antes deste Grande Prémio, tinham acontecido mudanças no seio da Ferrari: inexplicávelmente, a direcção decidira dispensar os serviços de René Arnoux, substituindo-o pelo sueco Stefan Johansson. Para substitui-lo, Ken Tyrrel tinha convencido o alemão Stefan Bellof a regressar à equipa. Enquanto isso, a Zakspeed estreava aqui o seu carro, com Jonathan Palmer ao volante, e a Toleman ficava uma vez mais de fora, pois ainda não tinha arranjado um fornecedor de pneus.

Nos treinos de sexta-feira e Sábado, o tempo ameaçava chover, mas a pista esteve seca. Nos treinos, o Lotus de Ayrton Senna levou a melhor sobre o McLaren de Alain Prost. Na segunda fila ficaram o Williams de Keke Rosberg e o outro Lotus de Elio de Angelis, enquanto que na terceira estava o Ferrari de Michele Alboreto e o Renault de Derek Warwick. A quarta linha tinha o McLaren de Niki Lauda e o Ligier-Renault de Andrea de Cesaris, e para fechar o "top ten", ficavam o segundo Williams de Nigel Mansell e o Brabham-BMW de Nelson Piquet. Ninguém sabia, mas Senna tinha feito nesse Sábado a primeira das suas 65 pole-positions da sua carreira...

No Domingo, a chuva tinha fito a sua aparição. Talvez muitos ainda não tivessem esquecido a sua prestação no Mónaco quase um ano antes, mas na altura da partida, não sabiam o show que o piloto brasileiro iria fazer naquela tarde... Sendo assim, na largada, Senna e De Angelis aproveitaram e passaram para a frente, enquanto que Prost ficava na terceira posição e era consideravelmente mais lento em pista, devido à sua falta de jeito em piso molhado. Entretanto, Mansell fica parado na grelha e perde imensas posições. Consegue colocar o carro a funcionar, mas parte de último.

Com o benefício de partir na frente, Senna alarga a sua vantagem, à razão de 1,5 segundos por volta. A concentração era total, e o carro negro e dourado vai-se embora, tranquilamente. Atrás, De Angelis tentava manter o segundo lugar, ameaçado pelo Ferrrari de Michele Alboreto e pelo McLaren de Alain Prost. O francês desistiu na volta 30, quando o seu carro entrou em “acquaplanning” na Recta Interior. Por outro lado, o Brabham de Nelson Piquet estava a arrastar-se no final do pelotão devido a problemas com os seus pneus Pirelli. Estes eram tão maus que o brasileiro se deu ao luxo de trocar de macacão, pois sabia que a operação não ia valer de nada...

Ao longo das voltas, o mundo inteiro percebe que está a ver um fenómeno em pista. Alguém tão jovem, logo no seu 18º Grande Prémio, e o segundo ao volante do Lotus negro e dourado da John Player Special, percebia-se que estavam a ver um sobredotado, fazendo uma verdadeira serenata à chuva! Mas o tempo piorava, e as desistências acumulavam-se, e quer os pilotos (Senna incluindo) quer os directores de equipa, da Lotus e da Ferrari, que queriam a corrida interrompida.

Mas desta vez, isto não seria como no ano anterior, no Mónaco, e o director da prova decidiu prolongá-la até ao limite das duas horas de corrida. Isso aconteceu quando Senna cruzava a meta pela 67ª vez, a três voltas das 70 previstas. Nessa altura, todos explodiram de alegria: Senna, por ter alcançado a sua primeira vitória, mostrando serviço ao volante de um carro competitivo, a Lotus, que provava que havia vida depois de Colin Chapman, falecido dois anos e meio antes, e que voltavam a estar na linha da frente. E os fãs, que tinham assistido a um espectáculo à chuva.

Para o Brasil, era uma bela surpresa, no seu Dia de Tiradentes, exactamente 25 anos depois de inaugurarem Brasila, num país que estava preso pelas novidades de um cada vez mais agonizante Tancredo Neves. Quase quarenta dias de agonia, que coincidentemente iriam ter uma conclusão triste no final desse dia. Mas nesse dia, para os brasileiros, todos sabiam que tinha nascido uma estrela nas pistas.

Senna subiu ao pódio aconpanhado pelo Ferrari de Alboreto e pelo Renault de Patrick Tambay. Nos restantes lugares pontuáveis ficaram o Lotus de de Angelis, o Williams de Mansell e o Tyrrell de Stefan Bellof.

Fontes:

http://en.wikipedia.org/wiki/1985_Portuguese_Grand_Prix
http://www.grandprix.com/gpe/rr406.html

Para terminar, duas curiosidades: aqui podem ver um filme sobre a corrida, em inglês, com os comentários do próprio Senna. Não sei porquê, mas parece o José Mourinho a falar...

No segundo filme, temos a vitória de Senna, comentada por... vocês sabem quem!

sexta-feira, 20 de abril de 2007

WSR: Vai haver ronda no Estoril!

O diario "online" Sportmotores afirma hoje que a World Series by Renault vai ter a sua última prova da temporada no Circuito do Estoril, que iria substituir a ronda de Istambul, cancelada no inicio do mês.



O evento patrocinado pela Renault, e organizado no terreno pela ACDME, será realizado no fim-de-semana de 18 a 21 de Outubro - o derradeiro da temporada - aonde se espera uma nova enchente de espectadores, graças ao mega pacote promocional que a Renault nos habituou. Para além dos Fórmula Renault 3.5, voltaremos a ver entre nós a Eurocup Mégane Trophy e a Eurocup Formula Renault 2.0, bem como outras actividades promocionais para cativar o tão necessário público.




A ultima vez que a WSR passou pelo Estoril tinha sido em 2005 que se vestiu com uma multidão para celebrar a vitória do polaco Robert Kubica - hoje piloto da BMW Sauber - no campeonato. Este ano, os portugueses terão a oportunidade de torcer por dois compatriotas - Álvaro Parente e Filipe Albuquerque - que poderão chegar ao circuito português com possibilidades de serem eles a arrebatar o título deste ano. Isto promete!

Noticias: Monteiro aprresentado na Seat

Tiago Monteiro esteve hoje em Lisboa para a sua conferência de imprensa de apresentação na equipa da Seat para o WTCC, cuja participação começa em Maio, no circuito holandês de Zandvoort, onde para além de revelar as suas aspirações na competição por onde enveredou este ano, falou também sobre os dossiers Formula 1 e 24 Horas de Le Mans.

Para o piloto português, as razões pela qual optou por não continuar na Spyker estão agora bem à vista de todos, já que a prestação da equipa holandesa no Mundial de F1 tem sido pior que nos últimos dois anos, quando Monteiro fez parte da equipa. Basicamente, os receios de Monteiro sobre a competitividade Spyker, concretizaram-se: "Desejo-lhes o melhor na Spyker, dou-me bem com toda a gente e deixei lá muitos amigos, mas agora quem me criticou, percebe a opção…"




Para além disso, o piloto da Seat falou igualmente dos convites que recebeu para disputar as 24 Horas de Le Mans: «Colidia com um fim-de-semana do WTCC" e também de Álvaro Parente e Filipe Albuquerque, as novas esperanças portuguesas para a Formula 1: "São muito jovens, mas se tiverem oportunidade, não a podem desperdiçar. Ambos têm imenso talento, agora resta surgir a hipótese. De qualquer maneira a F1 não tem lugar para dois pilotos portugueses, e para mim não foi um adeus, mas sim…até já."

Noticias: Filipe Albuquerque vai andar de Formula 1


Filipe Albuquerque será o próximo piloto português a sentar-se aos comandos de um Fórmula 1. O piloto da Red Bull Junior Team vai estar este Sábado, dia 21 de Abril em Cartagena, na Colômbia, numa acção promovida pela Red Bull para fazer uma demonstração de condução ao volante de um F1.


Este convite surge numa altura crucial da carreira do piloto português, que tem como objectivo máximo chegar ao patamar mais alto do automobilismo desportivo: “É uma oportunidade única e pode significar bastante. Os convites não surgem por acaso. O meu objectivo é corresponder da melhor maneira às expectativas que a Red Bull depositou em mim”, referiu.


Este será apenas o primeiro contacto, que o piloto de Coimbra irá querer explorar ao máximo: “Estou muito entusiasmado e cheio de vontade. São tão poucos os pilotos que têm esta oportunidade que tenho que estar realmente muito satisfeito”, concluiu Filipe Albuquerque que este ano disputa a World Series by Renault, onde tem como concorrente o seu compatriota Alvaro Parente.

quinta-feira, 19 de abril de 2007

Noticias: Ralf Schumacher não gosta do seu Toyota

Já não era segredo, mas Ralf Schumacher reafirmou recentemente que não está satisfeito com o seu TF107. O piloto alemão terminou fora dos dez primeiros, nas duas últimas corridas, e espera que dentro de três semanas, no Grande Prémio de Espanha, o carro lhe permita disputar posições pontuáveis.


Falando à agência noticiosa AFP, Ralf Schumacher declarou. "Não consigo conduzir o carro como quero, simplesmente não está adaptado ao meu estilo." A Toyota já prometeu resolver o problema, e nos próximos testes em Barcelona, irá introduzir novas peças. No entanto, Ralf mantém-se reticente. "O problema não vai simplesmente desaparecer, pois já foram introduzidas algumas mudanças, mas isso não mudou muito a situação."


Resta fazer aquela pergunta sacramental: qual é o estilo do senhor Ralf?

Noticias: Spyker vai fazer versão B do seu carro

A Spyker pretende lançar a versão B de seu F8-VII ainda esta época. Iniciamente, a previsão dos responsáveis da equipa holandesa apontava o GP da Turquia, mas a versão corrente é que Albers e Sutil terão um novo monolugar em Julho, aquando do GP da Europa, que se realiza no circuito de Nurburgring.

Para Colin Kolles, responsável da equipa holandesa, esta evolução é fundamental já que este ano a sua equipa passou a ser a mais lenta do pelotão, com a Toro Rosso e Super Aguri a sobreporem-se claramente em termos de prestações e resultados.


"Em Espanha faremos alguns pequenos ajustes no nosso monolugar, mas no Mónaco, as alterações serão substanciais, e contamos, na Alemanha ter um novo monolugar em pista." referiu Kolles à revista “Formule 1 Race Report”.


É bom sinal: já notaram que com aquele carro, não vão a lugar nenhum. Ou então, até vão. mas não passam da penúltima fila...

terça-feira, 17 de abril de 2007

Noticias: Thissen contente com a BMW


"Equipas da frente começam a preocupar-se". Quem fala assim não é gago. Depois de uma excelente prestção de Nick Heidfeld no Bahrein, levando a melhor sobre Fernando Alonso, o director desportivo da BMW Sauber, Ned Flan... oooppss!, Mario Thissen, afirma que o inicio da época da BMW está a ser excelente.


"Actualmente estamos satisfeitos com o nosso trabalho e acho que as equipas da frente começam a preocupar-se connosco. Apesar de ter sido apenas mais um quarto lugar, este teve um sabor especial, pois foi a primeira vez que conseguimos igualar a velocidade das equipas de ponta"


Em relação à ultrapassagem de Heidfeld a Alonso, que o levou ao quarto lugar final, Flan... bolas! Thissen afirmou que tal manobra encheu de alegria a equipa. "O Nick Heidfeld foi o único piloto dos seis primeiros que fez uma ultrapassagem competitiva em pista, portanto é muito especial para nós, já que esta foi a nossa melhor performance" concluiu.

Noticias: Barrichello arrasa Honda!

O mau inicio de temporada do chassis RA107 da Honda já começa a repercutir dentro da equipa e dos pilotos Rubens Barrichello e de Jenson Button. Depois de mais um desastre no Bahrein, Rubens Barrichello decidiu por a boca no trombone e dizer o que vai na alma.


No Domingo, numa comunicação via rádio para as boxes, desabafou: "não dá para guiar um carro assim. Este carro é o pior que já guiei em uma corrida". Mais tarde, à imprensa brasileira, afirmou categoricamente: "Já está na hora de um carro novo".


São palavras muito duras que espelham bem o estado de espírito do brasileiro, que se arrisca a terminar a sua carreira da mesma forma que a iniciou: nas lutas do fundo da tabela.

Sondagem: Resultados finais

Eis os resultados finais da sondagem "Quem é o melhor comentarista de sempre na TV portuguesa". E o vencedor foi: José Miguel Barros! Já agora: é o senhor careca, de calças bege...


Pois é... o actual comentador da Sport TV, conhecido pelas suas análises mais pragmáticas, bateu aos pontos o já falecido Adriano Cerqueira, outro bom comentarista que a TV teve nos anos 80 e 90. O resto ficou muito, mas muito longe...


Já a seguir, outra sondagem!

Kimi Raikonnen in After-Hours

Bom, mais uma do nosso amigo Kimi Raikonnen. Que ele sabe divertir-se, ah sabe. Agora, acho que ele tem de se lembrar de quando em quando que é uma figura pública. Se fosse inglês, estaria batido todos os dias nos tablóides, garanto-vos! Mas eu percebo. Três semanas sem Formula 1 até Barcelona é o suficiente para apanhar uma buba e ouvir Bob Sinclair até rebentar os tímpanos... "EVERYBODY DANCE NOW!"

P.S: Não, a menina do lado não é a Britney Spears, mas parece...

O piloto do dia: René Arnoux

Outro dos grandes pilotos que a França teve nos anos 70 e 80, ganhou o seu lugar na história graças não só à sua rapidez e vontade de vencer, mas também pelo facto de ser um homem franco, muito terra-a-terra, muito admirado por todos.

"Nené" Arnoux nasceu a 4 de Julho de 1948 em Grenoble, França. Cedo entusiasmou-se pelo automobilismo, e em 1976 disputava a Formula 2, onde foi vice-campeão, com um ponto a menos que o vencedor e futuro companheiro de equipa, Jean-Pierre Jabouille. Em 1977 volta à carga e ganha o Europeu de Formula 2 com autoridade.

Em 1978, começa a sua carreira na Formula 1. Contudo, a pequena equipa Martini não tinha condições para mais altos voos, e antes que a época acabe, esta retira-se. Depois vai substituir o acidentado Vittorio Brambilla na Surtees, mas esta equipa está nas suas horas finais, e pouco havia a fazer. Zero pontos.

No ano seguinte, a Renault escolhe-o para que ele seja o seu segundo piloto, e a primeira oportunidade que ele têm para brilhar é… no GP de França, em Dijon-Prenois, onde a batalha final pelo segundo lugar, com o Ferrari de Gilles Villeneuve é hoje em dia considerada como uma das mais brilhantes batalhas da história do automobilismo. O terceiro lugar final dá-lhe o seu primeiro pódio de sempre, facto que repete em Silverstone, onde acaba em segundo, atrás do Williams de Clay Regazzoni. Na Áustria, consegue a sua primeira pole-position, facto que repete na Holanda. Em Watkins Glen, a última prova do campeonato, acaba em segundo. No final da época, Arnoux termina no oitavo lugar do campeonato, com 17 pontos, conseguindo duas poles, três pódios e duas voltas mais rápidas.

Em 1980, tem um inicio de temporada fabuloso: ganha em Interlagos e em Kyalami, colocando-se na frente do campeonato do Mundo. Mas esta euforia é de pouca dura, e depois disto, o melhor que consegue é um segundo lugar na Holanda. No fim da época, Arnoux termina em sexto lugar, com 29 pontos, duas vitórias, três pódios, duas poles e quatro voltas mais rápidas.

Para 1981, Arnoux conta com um novo companheiro de equipa: Alain Prost. O jovem Prost mostra de que é feito, e rapidamente consegue ser melhor do que ele. O melhor que Arnoux consegue é ser segundo na Áustria. No final da época obtêm o nono lugar do campeonato, com 11 pontos. Para além disso, obteve quatro pole-positions e uma volta mais rápida.

Em 1982, Arnoux vê a ascensão de Alain Prost a primeiro piloto, depois de este ter ganho as duas primeiras provas do campeonato: Africa do Sul e Brasil. Para piorar as coisas, nessa altura, não consegue mais do que um terceiro lugar.


Essa tensão chega ao auge no GP de França desse ano: a equipa tinha combinado que Arnoux deveria deixar passar Prost, em melhor situação no campeonato. Ora, Arnoux, que tinha feito a pole-position, achou que tal ideia era ultrajante e disse não. Resultado: Arnoux ganhou, à frente de Prost, o caldo ficou entornado e começou a procurar equipa para 1983.


Arnoux ainda venceu em Monza e foi segundo classificado em Hockenheim, terminando no sexto lugar da classificação geral, com 28 pontos. Para além disso, fez cinco pole-positions, quatro pódios e uma volta mais rápida.

A sua nova equipa para 1983 chamava-se… Ferrari! A sua rapidez não tinha passado despercebido ao “Comendatore” Enzo Ferrari e foi correr numa dupla totalmente francesa, ao lado de Patrick Tambay. Domina rapidamente Tambay, especialmente a meio da época, ganhando os Grandes Prémios do Canadá, Alemanha e Holanda. Pelo meio, sai perdedor de uma batalha contra Prost na Áustria e contra Piquet em Monza. Depois do GP de Itália, Arnoux tinha boas hipóteses de ser campeão, mas um mau final de época fez com que ficasse com o terceiro lugar final, com 49 pontos, resultantes de três vitórias, sete pódios, quatro pole-positions e duas voltas mais rápidas.


Apesar de ter acabado em terceiro, ajudou a Ferrari a conquistar o título de construtores, algo que só conquistaria 17 anos mais tarde…

A partir de 1984, o Ferrari perde alguma competitividade em favor da McLaren e da Lotus. Arnoux não ganha, não faz poles, e o melhor que consegue são dois segundos lugares, em San Marino e Detroit. O seu novo companheiro de equipa, Michele Alboreto, ainda ganha uma corrida… e a sua classificação final situa-se no sexto lugar, com 27 pontos, quatro pódios e duas voltas mais rápidas.


Para 1985, Arnoux começava o campeonato em boa posição, com um quarto lugar no Brasil. Mas mal ele sabia que isso seria a sua última prova com a Ferrari… antes do GP de Portugal, misteriosamente, a Ferrari dispensa os seus serviços, substituindo-o pelo sueco Stefan Johansson. Fica o resto do ano sem competir.

Em 1986, regressa à competição pelas mãos da Ligier. Tem 38 anos e a sua rapidez continua intacta. Coloca o seu carro regularmente nos pontos, mas não alcança nenhum pódio. Termina o ano com 17 pontos, dando-lhe um décimo lugar. Continua em 1987, mas os Ligier estão agora em declínio. O melhor que consegue nesse ano é um sexto lugar na Bélgica, acabando o campeonato na 17ª posição, com um ponto. Pior fica em 1988, onde não pontua. Na sua última época, em 1989, consegue uma boa prestação no GP do Canadá, onde debaixo de chuva, consegue um honrável quinto lugar. Mas nesse ano, ficava sempre na última fila, onde chegou a ter a companhia de pilotos como Nelson Piquet… No final daquele ano, termina a sua carreira na Formula 1, com a 22ª posição final, com 2 pontos.

O balanço final desta aventura de 12 épocas foi a seguinte: 165 Grandes Prémios, sete vitórias, dezoito pole-positions, doze voltas mais rápidas e 22 pódios. Obteve 181 pontos no total.

Finda a sua carreira na Formula 1, Arnoux montou um negócio bem sucedido de pistas de karting indoor um pouco por toda a França. Neste momento têm quatro pistas a funcionar, duas na região parisiense, uma em Lyon e outra em Marselha. No final de 2006, decidiu voltar a colocar o capacete ao participar no Grand Prix Masters, a Formula 1 com mais de 45 anos.

segunda-feira, 16 de abril de 2007

Novo circuito de Formula 1 em Portugal?

A edição desta semana do Semanário Económico traz a noticia de que a autarquia de Paredes, Uma localidade entre o Porto e Braga, vai construir um parque industrial para o sector automóvel, com empresas, escola técnica, e uma pista que terá homologação para a Fórmula 1. A mesma fonte adianta ainda que o traçado será concebido por especialistas ligados a Bernie Ecclestone, num investimento faseado, que na sua primeira tranche, poderá orçar em cinco milhões de euros.

A apresentação do projecto deverá ser feita dentro de um mês pela Câmara Municipal de Paredes, e aí ficarão a conhecer-se melhor todos os contornos desta notícia avançada por este jornal especilaizado em economia. De acordo com o presidente do município, Celso Ferreira, a intenção é que tudo esteja pronto dentro de «dois ou três anos no máximo», e revela ainda que o projecto é um joint-venture entre a autarquia e cinco empresas privadas do sector.

Sou daqueles que acham que quantos mais melhor, mas... será isto o suficiente para trazer a Formula 1 de volta ao nosso pais? Numa altura em que a tendência é para alargar os horizontes, levando-o para p Médio Oriente e para a India? Só vendo...

Olhem só quem faz anos hoje!

Não, não é só o Cristijan Albers, é também... o Papa!


Pois é: Bento XVI faz hoje 80 anos. Este senhor, que muitos o chama de "Rotweiler" pelo facto de ter sido o "Sr. Index" nos tempos do do falecido Papa João Paulo II, vai dar a cada funcionário um prémio especial de 500 Euros a cada um dos funcionários do Vaticano, só para comemorar esta data. Enfim...


Já repararam que estou a ser sarcástico, não é? Sou honesto: sou laico, ou seja, acredito em Deus, mas não gosto da Igreja Católica. Demasiado absolutista, demasiado dogmática... tem demasiados "nãos" para o meu gosto!


Mas pronto, como se trata de um aniversário, espero que o comemore este dia, e que abra menos a boca, pois sempre que faz isso, normalmente sai asneira. Tenho dito.


Já agora, para acabar, uma piada:


Na Polónia ocupada da II Guerra Mundial, um grupo de soldados nazis está prestes a fuzilar um grupo de polacos. Um deles foge, e um soldado persegue-o. Chega a um beco sem saída, o alemão apanha-o e prepara-se para o matar, quando, de repente, surge Deus e diz:


- Poupa a vida deste homem. Ele vai ser o futuro Papa - diz Deus.


O alemão ouve-o e baixa a arma, e depois pergunta:

- Então e eu?
-Tu serás o seu sucessor - responde Deus.

Vamos aos anuncios - Renault



Este anuncio é engraçado. A ideia é saber qual é o carro mais seguro do mercado, e a maneira como se vê é através da comida típica de cada pais. Como? Através de um "crash-test" muito especial... Parece que não, mas os franceses não deixam de ter piada. E bem precisam de se rir, pois a sua equipa de Formula 1 está neste momento nas ruas da amargura...

CART - Ronda 2, Long Beach



O francês Sebastien Bourdais venceu a sua primeira prova do ano na ChampCar, que decorreu esta tarde nas ruas de Long Beach, na California. Bourdais foi melhor do que o catalão Oriol Serviá e o australiano Will Power.


O brasileiro Bruno Junqueira terminou a corrida no sexto lugar, o seu melhor resultado deste ano. Quanto a Katherine Legge, a unica mulher no pelotão, terminou no 10º posto. Os dois Minardi de Dan Clarke e Robert Dornboos ficaram para trás, nos 11º e 14º lugares, respectivamente.


Na classificação geral, o australiano Power lidera, com 59 pontos, seguido por Tagliani, com 44. Junqueira é quarto, com 36 pontos, enquanto que Legge leva 30 pontos e está no oitavo posto. A próxima prova da ChampCar vai decorrer em Houston, a 22 de Abril.

domingo, 15 de abril de 2007

A1GP: Alemanha é campeã!

O A1GP teve este fim-de-semana a sua penúltima jornada, no circuito de Xangai e, em jeito de balanço, diga-se que a Alemanha já garantiu a sucessão da França no Álbum de Ouro da competição, que terminará a 29 deste mês, em Brands Hatch.

Na equipa portuguesa, coube a João Urbano, que substituia Alvaro Parente, que corria em Monza na prova inaugural da WSR 3.5. Na responsabilidade de representar Portugal, Urbano teve uma tarefa que desempenhou sem grande brilho, devido à sua inexperiência com o carro. Nos treinos, só conseguiu o 11º lugar da grelha.

No caso brasileiro, com Vitor Meira e Bia Figueiredo a tomarem conta do carro durante o fim de semana chinês, as coisas também não correram muito bem. Nos treinos, Bia Figueiredo accionou acidentalmente o extintor e andou muito pouco. Depois, nos treinos, classificou-se no 15º lugar da grelha, não muito longe do carro português...


Na primeira corrida, a "Sprint Race" ganha pelo britânico Robbie Kerr, esta teve apenas 10 voltas, que não dá grande coisa para fazer boas prerformances. O carro português terminou a prova no 18º lugar, enquanto que o carro brasileiro, conduzido por Meira, terminou na 14ª posição.

Na "Feature Race", ganha pelo neozelandês Johnathan Reid, João Urbano terminou na 13ª posição, acusando os mais de seis meses sem correr. "Este não foi o fim-de-semana que eu desejava.", declarou. No caso brasileiro, Meira terminou a corrida na 19ª posição a quatro voltas do vencedor.

A A1GP termina o seu campeonato no circuito inglês de Brands Hatch no próximo dia 29 de Abril. Com a Alemanha vencedora, Portugal, que só participou em três provas, tem 10 pontos e o 16º lugar da classificação. O Brasil, que participou em todo o campeonato... tem menos um ponto!

WSR: Portugueses em bom plano - Parte 2

Alvaro Parente e Filipe Albuquerque repetiram a proeza de ontem, ao terminar em boas posições na segunda corrida do campeonato da World Series by Renault 3.5, que decorreu este fim de semana em Monza. Depois de Parente ter subido ao pódio na primeira corrida, ele foi quarto na segunda, depois de ter cometido um erro que o obrigou a perder quatro posições. Para além disso, o facto de terem sido prejudicados por pilotos mais lentos condicionou a sua corrida.

Quanto a Filipe Albuquerque, terminou em sexto, tendo feito uma corrida regular, no sentido de terminar a corrida em bom plano, e aproveitando os erros dos seus adversários, nomeadamente o toque entre o alemão Sebastien Vettel e o russo Mikhail Aleshin, o vencedor da primeira corrida, que ditou a desistência do piloto russo.

A segunda corrida foi ganha pelo mexicano Salvador Duran, que foi acompanhado no pódio pelo sérvio Milos Pavlovic e pelo alemão Sebastien Vettel. Com o quarto lugar de Alvaro Parente, o português lidera o campeonato com 20 pontos, mais um que Aleshin. Albuquerque é setimo na classificação, com 13 pontos.

GP Bahrein - Corrida

Finalmente, Filipe Massa ganhou. Foi optimo para injectar moral não só nele próprio, como para a equipa Ferrari, uma semana depois da prestação mediocre na Malásia, onde forma batidos em toda a linha pelos McLaren de Fernando Alonso e de Lewis Hamilton. Tudo isto numa corrida que, por si mesma, foi sonolenta...


Quanto a Hamilton... Sensacional! Provavelmente deve ser o melhor estreante de sempre. Três pódios nas suas três primeiras corridas estão a deixar todos os comentadores de boca aberta. Sabia-se que tinha potêncial para ser um vencedor, até pode ser um Campeão do Mundo no futuro, mas nunca se esperava que tal acontecesse logo no inicio da sua carreira! Com todas estas brincadeiras, Hamilton tem agora 22 pontos e é um dos líderes do campeonato, a par com Alonso e Raikonnen. A regularidade compensa...

Quanto a Raikonnen e Alonso... Partiram pesados, e a tática não compensou. Para piorar as coisas, Alonso foi ultrapassado nos segundos reabastecimentos pelo BMW de Nick Heidfeld. Outro que está a ser muito regular no campeonato, consolidando o estatuto da BMW Sauber como quarta força a ter em conta. E hoje isso saiu reforçado com o sexto lugar de Robert Kubica.


Os Renault estão maus, mas ainda têm potência suficiente para lutar pelos pontos. Giancarlo Fisichella não teve força para passar o seu compatriota Jarno Trulli e alcançar o sétimo posto. Têm que melhorar muito quando chegarem à Europa... e a mesma coisa serve para a Honda. Serem regularmente batidos pela Super Aguri seria o suficiente para corar de vergonha os responsáveis da equipa. E tamos a falar de um carro que não foi muito testado...


A Toyota, para quem previa o pior, até se safa, pois até agora colocaram sempre um carro nos pontos. Mas se querem aspirar ao pódio, têm que fazer mais. E os Red Bull até fizeram uma boa corrida, especialmente o David Coulthard, que quando desistiu, tinha colocado o carro nos pontos, numa corrida que começou na 20ª posição. Melhor sorte para a próxima, rapazes...

E pronto, não há muito mais a dizer. Agora, aguardemos por Barcelona, daqui a três semanas.