terça-feira, 3 de junho de 2008

GP Memória - Monaco 1973

Nesse ano, o Grande Prémio do Mónaco, certamente o evento mais glamorouso do ano, ocorria numa data mais tardia do que o habitual. E havia muitas razões para isso: pela primeira vez desde a sua edição inaugural, em 1929, faziam-se grandes alterações no traçado citadino.

E quais eram? Um novo túnel, devido à construção do Hotel Loews, novas boxes, e um redesenhmento do traçado. Agora não havia gancho, mas sim uma nova secção, que incluia a curva La Rascasse e uma curva antes à recta da meta, que levou o nome do fundador do Grande Prémio: Anthony Nogués. Para além disso, a inauguração da piscina olimpica do Mónaco fez com que se criasse outra secção, fazendo com que surgisse a versão que hoje todos nós conhecemos.

Outra coisa interessante aconteceria nesse ano: a grelha iria alargar-se a 26 pilotos, o que implicaria que todos os inscritos iriam participar na corrida desse Domingo. E para Graham Hill, iria ser especial: era o seu 150º Grande Prémio da sua carreira.

De entre os 26 inscritos, havia duas novidades, ambas britânicas, ambas da March: o primeiro era um jovem piloto de Formula 3, muito promissor, mas com tendência para grandes acidentes, e com um estilo de vida fora do normal. Era James Hunt. Em conjunto com o homem que inscreveria o carro, um nobre inglês de 23 anos chamado Alexander Hesketh, iriam em breve agitar a Formula 1...

A segunda entrada britânica era de um herdeiro da refrigeração, chamado David Purley. Tambem um ex-piloto de Formula 3 britânica, teria algum tempo depois o seu protagonismo na Formula 1 pelas piores razões...

Nos treinos, o Shadow do americano George Follmer envolveu-se numa colisão com o Ferrari de Arturo Merzário, e não pode participar no resto do fim de semana. Quando a grelha ficou definida, Jackie Stewart ficou com a "pole-position", tendo a seu lado o Lotus de Ronnie Peterson. Na segunda fila, o veterano Dennis Hulme tinha a seu lado o outro Tyrrell de Francois Cevert, enquanto que Emerson Fittipaldi aparecia apenas na quinta posição, tendo a seu lado o BRM de um jovem austriaco, chamado Niki Lauda.

O irmão de Emerson, Wilson, foi nono no seu Brabham. Quanto a Hunt, foi 18º na grelha, e Purley o 23º, ambos à frente de Graham Hill, o 24º.

Na largada, Stewart e Peterson foram surpreendidos por um Cevért que largara muito bem e tomara conta da liderança. Contudo, seria sol de pouca dura, pois na volta seguinte, sofria um furo e iria para as boxes, sendo relegado para o final do pelotão. Agora, era Peterson que liderava, seguido pelo BRM de Regazzoni, que tinha saltado de oitavo para segundo, Stewart e Fitipaldi. Na sexta volta, o suiço erra na Chicane do Porto, e é passado por Stewart e Fittipaldi. Pouco tempo depois, o "Super Sueco" tem problemas com a alimentação do combustível e cai para o sexto lugar, deixando Stewart e Fittipaldi na frente, com Lauda na terceira posição.

Na volta 25, o austriaco vai às boxes com a caixa de velocidades avariada, e fica-se por ali. O terceiro lugar fica para Jacky Ickx, no seu Ferrari, e lá fica por mais 20 voltas, até que a direcção do seu carro cede e ele terá que abandonar. Agora, o terceiro classificado era... Wilson Fittipaldi, no seu Brabham. Enquanto isso, na frente, Stewart e Fittipaldi lutavam pela liderança, nunca se afastando muito um do outro.

As coisas não mudaram muito até à volta 71, altura em que o sistema de combustivel do Brabham de Wilson Fittipaldi avaria, e o priva de um terceiro lugar que mereceria. Assim sendo, quem herda o lugar é Ronnie Peterson, seguido por Francois Cevért, mas ambos estão a uma volta da outra dupla Tyrrell/Lotus. E é assim que terminam a corrida, na volta 78, com o piloto escocês a igualar o recorde de vitórias de Jim Clark, conseguido cinco anos antes. Agora, ambos tinham 25 vitórias.

No quinto e sexto lugares, os últimos pontuaveis, ficam os McLaren de Peter Revson e de Dennis Hulme, que lutou durante muito tempo com o novato James Hunt por este posto, antes do March encostar à boxe devido a um motor partido.

No campeonato, a batalha já era a dois, com Fittipaldi a liderar com 41 pontos, seguido de Stewart com 37. O piloto da Lotus ainda tinha a dianteira, mas já sabia que não podia cometer erros, se queria conquistar o bi-campeonato...

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