sábado, 21 de junho de 2008

A primeira vez...

... é sempre a melhor. Não falo daquilo que vocês pensam, mas falo da Formula 1. Há duas semanas atrás, graças a Robert Kubica, a Polónia tornou-se no 22º país que inscreveu os seus pilotos na lista de vencedores na história do Mundial de Formula 1. O último país que se tinha inscrito na lista de vencedores fora a Espanha, há quase cinco anos, quando Fernando Alonso venceu o GP da Hungria de 2003.

Já agora, querem saber quem são os outros? Então vejam a lista que se segue. Entre parentesis, está o nome do piloto que deu a primeira vitória ao país (ou região):


1 - Itália (Nino Farina), Inglaterra 1950
2 - Argentina (Juan Manuel Fangio), Mónaco 1950
3 - Estados Unidos* (Johnnie Parsons), Indy 500 1950
(Phill Hill), Itália 1960
4 - Inglaterra** (Mike Hawthorn), França 1953
5 - França (Maurice Trintignant), Mónaco 1955
6 - Australia (Jack Brabham), Mónaco 1959
7 - Suécia (Jo Bonnier), Holanda 1959
8 - Nova Zelândia (Bruce McLaren), Sebring 1959
9 - Alemanha (Wolfgang von Trips), Holanda 1961
10 - Escócia** (Jim Clark), Belgica 1962
11 - México (Pedro Rodriguez), Africa do Sul 1967
12 - Belgica (Jacky Ickx), França 1968
13 - Suiça (Jo Siffert), Inglaterra 1968
14 - Austria (Jochen Rindt), Watkins Glen 1969
15 - Brasil (Emerson Fittipaldi), Watkins Glen 1970
16 - Africa do Sul (Jody Scheckter), Suécia 1974
17 - Irlanda do Norte** (John Watson), Austria 1976
18 - Canadá (Gilles Villeneuve), Canadá 1978
19 - Finlândia (Keke Rosberg), Suiça 1982
20 - Colombia (Juan Pablo Montoya), Itália 2001
21 - Espanha (Fernando Alonso), Hungria 2003
22 - Polónia (Robert Kubica), Canadá 2008




* A prova de Indianápolis fez parte do Mundial de Formula 1 de 1950 a 1960
** Inglaterra, Irlanda do Norte e Escócia fazem parte do Reino Unido.

GP2 - Magny Cours (Corrida 1)

A primeira corrida da GP2 no circuito francês de Magny-Cours, que decorreu esta tarde, deu a vitória ao veterano piloto Giorgio Pantano, que aproveitou os problemas de Bruno Senna, e Romain Grosjean, que desistiram com a embraiagens partidas. A subir ao pódio, no segundo lugar, um piloto regressado este fim de semana à GP2: o brasileiro Lucas di Grassi, actual piloto de testes da Renault. A fechar o pódio, subiu o venezuelano Pastor Maldonado.


Alvaro Parente, que teve uma qualificação para esquecer, na 21ª posição, foi ainda penalizado em mais cinco posições na grelha. Isto seria um sinal de que o fim de semana poderia ser para esquecer, mas assim não foi: partindo do 26º posto, galgou os pilotos mais lentos e foi subindo na classificação, até alcançar o nono posto final, ficando à porta dos pontos e de uma eventual pole-position na segunda corrida... apesar de tudo foi uma excelente prova para o piloto português.


A próxima corrida será amanhã de manhã, a Sprint Race, com o oitavo classificado, Mike Conway, a partir da frente.

Formula 1, Ronda 8, França (Qualificação)

As Ferrari dominaram a qualificação do Grande Prémio de França, e se a fama de uma Magny-Cours chata e sem ultrapassagens de relevo persistir, creio que isto vai ser um passeio para Kimi Raikonnen e Felipe Massa...



No treino puro e duro, Kimi Raikonnen levou a melhor sobre Felipe Massa por apenas 0,041 segundos, garantindo assim uma primeira fila totalmente "rossa", no mesmo dia em fazem história, pois esta é a 200ª "pole-position" da marca do Cavalino Rampante na sua história. Mas apesar deste aparente dominio, a competitividade entre os dez pilotos que ficaram para o final, com o décimo qualificado a ficar a cerca de um segundo mais lento que o Ferrari do finlandês.



Contudo, devido às penalizações do Canadá (Hamilton e Rosberg foram penalizados em dez lugares), o beneficiado foi Fernando Alonso, que partirá amanhã da terceira posição, tendo a seu lado o Toyota de Jarno Trulli, que para ele, este quarto lugar é a melhor qualificação do ano. Em contraste, Robert Kubica, o vencedor do Canadá, foi apenas sexto na grelha, atrás de Heiki Kovalainen. Lewis Hamilton, terceiro nos treinos, partirá apenas na 13ª posição.



Quem esteve em bom plano foram também os Red Bull, que colocou pela segunda vez nesta época os seus carros nos dez primeiros. Mark Webber partirá da sétima posição, enquanto que David Coulthard será o oitavo da grelha. A fechar o "top ten", ficou o Renault de Nelson Piquet Jr., nesta é a sua melhor qualificação do ano.


Nick Heidfeld esteve mal, tal como a BMW Sauber este fim de semana. Por pouco, ele não ficava na Q1, e teve que usar pneus moles para conseguir fazer melhores tempos, mas não passou da 11ª posição da grelha. Quem também passou da Q1 foram os Toro Rosso, que ficaram logo atrás de Nick Heidfeld, na 12ª (Vettel) e 14ª posição (Bourdais).

Maus estiveram a Honda e a Williams. Nakajima é 15º, e por causa da penalização, Rosberg partirá do último lugar, já os Honda de Rubens Barrichello e Jenson Button passam vergonhas, ao serem 17º e 18º na grelha. Pior estão os Force India...


Amanhã, na corrida, veremos se haverá emoção ou será um longo bocejo...

sexta-feira, 20 de junho de 2008

GP2 - Magny Cours (Qualificação)

Decorreu esta tarde a qualificação para a primeira corrida da GP2, que este fim de semana tem a jornada dupla no circuito francês de Magny-Cours.

A qualificação teve em Bruno Senna o principal protagonista, para o melhor mas também para o pior. O brasileiro da iSport conseguiu a pole position, batendo Romain Grosjean a pouco mais de seis minutos do fim da sessão, mas uma violenta saída de pista originou a paragem da qualificação, num momento em que Álvaro Parente vinha numa volta rápida.

Quando recomeçou, ninguém mais bateu conseguiu bater o tempo do brasileiro e Parente não conseguiu melhorar a sua marca, sendo apenas o vigésimo primeiro da grelha, a 1,537 segundos do melhor tempo de Senna, e 0,7 segundos mais lento que o seu companheiro, o espanhol Andy Soucek. Como amanhã partirá da 11ª fila, caso não faça uma brilhante corrida, bem pode dar o seu fim de semana como desperdiçado...

No final da qualificação, Senna teve que explicar o incidente aos comissários de pista franceses, que decidiram investigar o incidente para saber se há ou não razões para o penalizarem. Contudo, o piloto brasileiro justificou o incidente:

"Não foi aquela a forma que eu pretendia para completar a volta. Estava na minha volta rápida, mas sai um pouco largo na chicane, passei um pouco por cima do corretor, não consegui evitar o slide e embati no mudo. O carro levantou completamente e já de lado não havia nada a fazer", disse o sobrinho de Ayrton.

Mas provavelmente, ele vai ser o maior prejudicado, pois para além da reparação que os mecânicos terão que fazer no seu carro, o brasileiro não poderá ainda utilizar o pneu traseiro direito, que ficou danificado na saída, começando a sua corrida com um pneu diferente dos outros três. A primeira corrida do fim de semana francês será amanhã à tarde.

Formula 1 - Ronda 8, França (Treinos Livres)

A Formula 1 regressa este fim de semana com o GP de França, que se vai realizar (em principio) pela última vez no circuito de Magny-Cours. As duas baterias dos treinos livres de hoje deram dois pilotos diferentes no topo da tabela de tempos. Se nos treinos livres da manhã, nem foi muito surpreendente ver o Ferrari de Felipe Massa no primeiro lugar, à tarde, ver Fernando Alonso no topo da tabela, pode-se dizer que é algo pouco vulgar, pelo menos este ano.

Apesar de tudo, a sua melhor volta, em 1.15, 778 segundos, é pior do que o tempo de Felipe Massa nos treinos da manhã (1.15, 306 segundos), mas o piloto brasileiro ficou na segunda posição, a apenas 0,077 segundos de Alonso. Logo a seguir, na terceira posição, ficou o finlandês Kimi Raikonnen, com 1.5, 999 segundos.

Lewis Hamilton foi o quarto, a 0,454 segundo de Alonso, enquanto que o alemão Sebastien Vettel, da Toro Rosso, foi um surprendente quinto com o seu STR3, assinalando 1.16, 298, à frente do sétimo, o polaco Robert Kubica. Nelson Piquet Jr. foi o nono, a 0,765 do seu companheiro Alonso, mas isso mostrou a boa forma do conjunto Renault, pelo menos neste treino. Quem não tiveram grandes treinos foram os Honda, que foram 17º (Button) e 19º (Barrichello), que intercalaram... com os Force India!

Amanhã é o dia da qualificação.

quinta-feira, 19 de junho de 2008

Albuquerque visitou Portimão e adorou!

O piloto Filipe Albuquerque, que é o actual titular da equipa de Portugal na A1GP, visitou por estes dias as obras do Autódromo do Algarve, e confessou estar impressionado com o traçado que será inaugurado em Novembro.


O piloto de Coimbra considera este traçado como "um verdadeiro desafio para os pilotos do A1GP.", prova essa que acontecerá a 12 de Abril do ano que vêm. Manifestou ainda a sua satisfação pelo traçado, pois obdece à morfologia do terreno, acentuando as "inúmeras elevações e declives" existentes ao logo do traçado.


Para além disso, Albuquerque está também entusiasmado pelo facto da própria A1GP voltar a portugal, três anos e meio depois da sua estada no Estoril, e acredita que desta vez, a prova vai ser um sucesso: "Isso vai ser muito positivo, pois o A1GP tem agora muitos fãs, por causa das boas performances que conseguimos na última temporada."


Recorde-se que na última época, Albuquerque entrou em seis das vinte corridas que a temporada teve, pontuando sempre e conseguindo três pódios, contribuindo com 54 dos 59 pontos conquistados na época para A1GP Team Portugal.

Extra-Campeonato II: Enfim...

Nunca a frase de Gary Lineker teve tanto sentido hoje. Desculpem lá, rapazes, mas os alemães levam sempre a melhor! Reparem: nós somos como a Holanda, jogamos maravilosamente, mas falhamos nos momentos decisivos. Ninguém dá um tostão por uma alemanha ou Itália, mas na "Hora H", ganham. Não se admirem nada se a final do Euro 2008 não seja entre eles. No futebol, os fantasistas maravilham, mas cínicos ganham. O futebol tem inumeros exemplos desses ao longo da história: Hungria 54, Holanda 74, Brasil 82...


Também há outra frase feita, mas real: para ganharmos alguma coisa, primeiro precisamos de perder. O Brasil, para conseguir o penta-campeonato, teve que passar por um dos piores momentos da sua história, com a final perdida do Maracanã, contra o Uruguai, em 1950. Houve choro colectivo e suicidios, mas a partir de então, o Uruguai nunca mais ganhou um mundial, e o Brasil viu Pelé, Garrincha, Tostão, Rivelino, Taffarel, Romário, Ronaldo... serem campeões do Mundo, e colocar o Brasil como a potência definitiva do futebol mundial.



A Holanda encontou-nos com o conceito do "futebol total", em 1974: Cruyff, Neeskens, Arie Haan, Ruud Krol... todos estes encantaram os relvados alemães naquele Verão de 74. Mas no jogo decisivo, Beckenbauer e Muller tiraram-lhe o troféu das suas mãos.




No final, caimos de pé. Não tenho nada a apontar à Selecção, excepto talvez o "maos de manteiga" Ricardo. Demasiado passivo nos lances de golo alemães. Se calhar, com o novo seleccionador, não deve ser mais convocado. Querem apostar?




Aliás, temo o processo de escolha de novo seleccionador. Para mim, depois de Scolari, deveria ser José "Il Speziale" Mourinho. Mas como ele ainda quer ganhar uns "Scudettos", tem que ser outra opção. E vou ter pena do que ficar com o lugar. Ser comparado com Scolari ou Mourinho não irá ser fácil... mas o que quero é um treinador capaz e que esteja acima das "tricas" dos "três grandes"...


Enfim, agora pensemos em 2010, na Africa do Sul. Olhem que Dinamarca, Suécia e Hungria não são propriamente presas fáceis!

GP Memória - Detroit 1988



Oito dias depois do GP do Canadá, e da segunda vitória de Ayrton Senna naquele ano, era agora a vez dos Estados Unidos, e num circuito onde o piloto brasileiro tinha sido feliz nas duas últimas edições, ambas no seu Lotus. No circuito urbano de Detroit, máquinas e pilotos conduziriam naquela que iria ser a última vez em terras da autodenominada "Capital do Automóvel", pois na altura tinha sido anunciada que o Grande Prémio iria ser disputado no parque de Belle Isle, um pouco mais abaixo. De facto isso aconteceu, mas somente para a CART...



No pelotão da Formula 1, a Minardi resolveu mudar de piloto, dispensando o espanhol Adrian Campos e contratando um velho conhecido de Giancarlo Minardi: o seu compatriota Pierluigi Martini. A diferença foi do dia para a noite: das não-qualificações do espanhol, Martini tinha colocado o Minardi na 16ª posição da grelha, ultrapassando em muito o seu comapnheiro Luis Perez-Sala, que ficava na 25ª posição.

Na frente, o costume: Ayrton Senna tinha feito o melhor tempo, mas a seu lado não tinha Alain Prost, mas sim o Ferrari de Gerhard Berger. Na segunda fila, estava Prost, mas no quarto posto, pois tinha sido ultrapassado na tabela de tempos pelo italiano Michele Alboreto. Na terceira fila, Thierry Boutsen, o quinto no seu Benetton, tinha a seu lado o Williams-Judd de Nigel Mansell.

A qualificação tinha visto algumas peripécias, causadas por uma nova capa de asfalto, que se desfazia a cada passagem dos carros. Ivan Capelli tinha tido um forte embate no muro das boxes, e ferido num pé, não pode participar na corrida. Assim sendo, somente três pilotos se não-qualificam: o Lotus de Satoru Nakajima, os Zakspeed de Bernd Schneider e Piercarlo Ghinzani. O Coloni de Gabriele Tarquini, que tão bem tinha estado oito dias antes, em Montreal, não se qualifica.

Sob céu limpo e calor, 61 mil pessoas iria assistir a uma corrida que costumava ser uma lotaria em termos de resultados. O próprio Berger confiava nesse desfecho: "Acho que esta corrida é uma lotaria, o que significa que esta pode ser a nossa melhor chance".

No momento da partida, Berger e Senna ficam lado a lado, mas o brasileiro leva a melhor. Mais atrás, Prost larga mal e é ultrapassado por Boutsen, e fica em quinto durante as primeiras quatro voltas. Contudo, cedo Prost se livra de Boutsen, Alboreto e Berger, e na volta oito, já era segundo, mas o lider, Senna, tinha um avanço de perto de cinco segundos sobre o francês.


Mais atrás, começava a hecatombe: Boutsen tentou ultrapassar Alboreto na volta cinco, mas uma tentativa mal calculada acabava nas boxes. Três voltas mais tarde, era a vez de Nannin tentar a sua sorte, mas também esta manobra mal calculada acabaria mal, com o italiano da Benetton no muro, e o italiano da Ferrari a caminho das boxes, com um pneu furado. Alboreto eventualmente fez uma corrida de recuparação, mas acabou na volta 48 com outro despiste.

Sem os Benetton e o Ferrari de Alboreto, era a vez de Nigel Mansell de estar na quarta posição, carregando Berger na luta pela medalha de bronze, mas na volta 19, o motor sobreaquece e explode, sucedendo o mesmo ao seu comapnheiro Riccardo Patrese, oito voltas depois. Com isto tudo, quem ascendia ao terceiro lugar era Boutsen, depois de Berger ter desistido com um pneu furado.

Eventualmente, havia beneficiados com isto tudo: o Rial de Andrea de Cesaris, uma nova equipa que tinha nascido anos antes das cinzas da ATS de Gunther Schimdt, era quarto. E Perluigi Martini, na sua primeira corrida na Formula 1 em três anos, andava num respeitavel quinto posto. Mas atrás dele, como um furacão, vinha o Tyrrell-Judd do inglês Johnatan Palmer que depois de um toque com o Eurobrun de Oscar Larrauri, que o obrigou a susbstituir o bico do carro, estava a fazer uma corrida de recuperação, a ultrapassaria Martini a cinco voltas do final, garantindo o quinto lugar.


Na frente, Senna alcançaria a terceira vitória do ano, segunda consecutiva, a quase 40 segundos de diferença sobre Alain Prost, e Thierry Boutsen os acompanhava no pódio. Quanto a Detroit, sete edições depois da etapa inaugural, a Formula 1 abandonava as ruas da cidade americana para rumar a outras ruas. Mas de Phoenix, no Arizona...



Fontes:


Extra-Campeonato: Sie kommen, sie kommen!

E hoje começa os "mata-mata" do campeonato da Europa, ou em português correcto, os jogos dos quartos de final. E hoje é dia de jogarmos com a Alemanha.



Todos nos apoiam, afirmando que esta deve ser uma das equipas mais fraquinhas da história. Eles já não têm os Schumacheres, Maiers, Beckenbauers, Matthaus, Brehmes, Littbarskis, Rummeniges, Klinsmanns... eu sei, eu sei. Mas não me tira a cabeça, nem o meu nervosismo miudo não me passa, sabendo eu daquela velha fase do ex-avançado inglês, Gary Liniker: "O futebol foi inventado pelos ingleses, jogam-se 11 contra 11 e no final ganha a Alemanha."

Ainda por cima, o relvado é novo. Fomos os últimos a jogar com o velho, e perdemos. Agora vamos inaugurar o novo. Queira o Destino diga que será uma estreia vitoriosa!

A piada do dia!

O Ivan Capelli, no seu jeito para contar umas piadas, e descobrir outras, publicou esta no seu blog. Um dos seus milhares de admiradores descobriu uma senhora gralha no site oficial do Nelson Piquet Jr.


Com ele diz no título: sonhar não custa nada! Ou então deve ser mais uma das piadas do pai... e já agora, não vale a pena irem lá, pois o defeito já foi corrigido!

quarta-feira, 18 de junho de 2008

Novas fotos de Portimão!

O meu amigo Alexandre "Faster" Caldeira visitou este fim de semana as obras do Autódromo do Algarve, em Portimão, e teve a gentileza de me dar algumas das fotografias que andou a tirar, para mostrar ao resto do Mundo em geral. As fotos mostram que as obras continuam a todo o vapor, e que algumas das infrastruturas já estão de pé, como o "paddock", a Torre VIP e a Arquibancada Principal.


Como podem ver pela foto aérea acima, já andam a colocar a primeira camada de asfalto (que não é mais do que uma camada de cimento), e já se pode aperceber como é que vai ser a pista, em termos de pilotagem. Aparentemente, a unica zona plana vai ser a recta da meta, enquanto que algumas zonas serão a subir, mais no miolo da pista, e depois a zona da Parabólica será a descer. Quem vir aquilo da Arquibancada Principal, vai ficar maravilhado quando vir os carros a preparar-se para atacar a meta!


Já agora, podem ver o resto das fotos neste link. Acho que vale a pena a visita!

GP2: Troca de pilotos na ordem do dia

O espanhol Andy Soucek vai ser até ao final da época o novo companheiro de equipa de Alvaro Parente na Super nova, depois dos responsáveis da equipa terem decidido a sua substituição, após verificaram que os problemas de costas que o piloto dinamrquês sofre desde a prova inaugural, em Barcelona, ainda não terem passado.


"A Super Nova está extremamente triste com esta situação e esperamos que o Christian recupere rapidamente. Mas queremos também dar as boas vindas ao Andy Soucek, que já mostrou ser um piloto rápido na categoria. Acreditamos que o Andy será um valor acrescentado e vai entrar rapidamente no ritmo do campeonato", adiantou David Sears, o fundador e patrão da equipa.

Soucek, piloto espanhol de origem austriaca, tem 23 anos, ficou apeado este ano da GP2, pouco tempo após ter assinado pela Fisichella Motorsports, por razões pouco claras. Contudo, voltou a competir em Istambul para substituir Bakkerud na super nova, e depois, na rodada do Mónaco, correu pela David Price Racing, substituindo o italiano Giacomo Ricci. Na ronda monegasca, conquistou o seu primeiro (e até agora unico) ponto nesta temporada.

Entretanto, nos espanhois da BCN, o brasileiro Carlos Iaconelli, de 20 anos, substituirá o sérvio Milos Pavlovic na ronda francesa da GP2, devido a lesão do piloto titular. Iaconelli tem experiência na International Formula Master este ano, depois de dois anos a conduzir nas World Series by Renault, sem resultados aparentes.

A Honda está em mudança

Esta semana, soube-se que Rubens Barrichello e Jenson Button podem ter os dias contados na Honda. Pelo menos, a atender pelas declarações de Nick Fry, no mesmo dia em que Ross Brawn declarou que vão deixar de desenvolver o RA108 a partir de Silverstone para começar a desenvolver o carro para 2009, já com os novos sistemas.

Em relação ao novo chassis, Ross Brawn admitou no final do GP do Canadá que vai fazer alguns ajustas no pacote aerodinâmico para os GP's de França e Inglaterra, mas depois disso se iam concentrar na criação e desenvolvimento do novo RA109, agora com o KERS e uma aerodinâmica mais simplificada. "O nosso objectivo, daqui para a frente, será o de preparar 2009 da melhor forma possível, pois como as regras vão mudar bastante, vamos todos praticamente começar do zero e isso pode-nos permitir a entrada nos lugares de frente desde que dediquemos mais tempo e meios aos novos programas do que as equipas que hoje em dia lutam pelas vitórias.", afirmou Brawn.

Entretanto, Nick Fry, em declarações à revista inglesa "GP Week", afirmou que pensa seriamente numa nova dupla de pilotos na temporada de 2009, j+a que os contratos com Jenson Button e Rubens Barrichello expiram nesta temporada. As declarações, algo enigmáticas, indicam isso mesmo: "Estamos com a mente aberta neste momento, e nosso pilotos sabem disso. A mudança nas regras para o ano que vem vai nos dar uma grande oportunidade. Não são poucas as ofertas que temos recebido", afirmou Fry.

E quem poderia ir para a Honda? Muita gente. Desde os óbvios (Takuma Sato e Anthony Davidson), até aos mais improváveis, como os americanos Marco Andretti e Danica Patrick. E até Alvaro Parente está na jogada! E porquê? Por causa de um projecto de... uma nova equipa.

Ken Anderson, (à esquerda) um engenheiro americano, está na disposição de fazer uma nova equipa de Formula 1 com apoio da Honda. Ele esteve como convidado de honra da equipa em Montreal, e o projecto seria apoiado pela filial americana da marca. A equipa cederia de bom grado os motores, a caixa de velocidades e o futuro sistema de recuperação de energia, o KERS. Só o chassis seria desenhado por eles. Anderson vai-se encontrar esta semana com Ecclestone, e parece que está tudo bem encaminhado, pois ao contrário do que aconteceu com a Super Aguri, dinheiro e interessados não faltam.

E Parente? Ken Anderson quer um jovem piloto, talentoso, vindo da GP2. E Parente seria uma excelente referência, embora se possa apontar outros nomes como o russo Vitaly Petrov (o sr. 50 milhões) ou então... Danica Patrick. Só o nome arrasta imensa publiciade, e ver uma mulher na Formula 1 certamente atrairia muito mais público do que tem atraido por agora. Caso o projecto vá para a frente, seria a primeira vez em mais de 20 que haveria uma equipa americana, depois da experiência da Lola Haas.

terça-feira, 17 de junho de 2008

Extra-Campeonato: Outros que vão para casa

França e Grécia. As suas Selecções de futebol foram os "nemesis" da nossa Selecção nos últimos anos de glória. A França tirou-nos de uma final europeia em 2000 e de uma mundial em 2006, e a Grécia tirou-nos um título europeu em 2004. Tudo espinhos na garganta, que nos impediram de alcançar eventuais glorias supremas.


Agora, quando sabemos o nosso adversário para os quartos de final do Euro 2008 (sie kommen, sie kommen!) vemos que, quer Grécia, quer a França, ficaram definitivamente pelo caminho. Para os gregos, uma constatação de que aquilo que alcançaram há quatro anos atrás foi um milagre (sabias palavras, Herr Rehaghel!), para os franceses, não só é o fim de uma geração, mas também o prazer maquiavélico de ver a arrogância francesa metida num saco e ver Raymond Domenech a levar um merecido chuto no rabo.


Só tenho pena de não ser italiano e ser treinador, porque queria dizer isto na cara: "Domenech, vaffanculo!"


E nos quatros de final teremos outro belo jogo: Itália-Espanha. Segundo choque de titãs, depois do Portugal-Alemanha!

GP Memória - Suécia 1973

O calendário de 1973 do Mundial de Formula 1 tinha duas estreias. A primeira tinha sido no Brasil, no Autódromo de Interlagos, onde embalado pelo sucesso de Emerson Fittipaldi, campeão do mundo no ano anterior, colocou o país de pedra e cal no calendário do Mundial até aos dias de hoje. A segunda estreia no Mundial era o Grande Prémio da Suécia, corrido no Autódromo de Anderstorp, e os motivos da sua inclusão eram os mesmos dos do Brasil: a inclusão de Ronnie Peterson.

Os organizadores queriam incluir a sua prova no calendário, desde 1970, mas só quando Peterson vai para a Lotus, no final de 1972, é que a CSI (predecessora da FIA) decide incluir Anderstorp no calendário. E o mais espantoso, no meio disto tudo, é que não teve que ser feita uma prova extra-campeonato no ano anterior, para ver se a pista tinha condições de receber o Grande Prémio.

No fim de semana de 17 de Junho, quase na entrada do Verão, o autódromo dos arredores de Gotemburgo recebeu as máquinas e pilotos do pelotão da Formula 1. E todos queriam ver o herói local, Ronnie Peterson, a ganhar uma corrida. Nos treinos, Peterson não desiludiu, ao alcançar a "pole-position". Ao seu lado, na primeira fila, ficava o francês Francois Cevért, no Tyrrell. Na segunda fila estavam o seu companheiro, Jackie Stewart, e o seu rival na lua pelo título, Emerson Fittipaldi. Na terceira fila ficava o Brabham de Carlos Reutmann e o McLaren do veterano neozelandês Denny Hulme.


Entretanto, no resto do pelotão, havia algumas novidades. Nanni Galli decidiu arrumar o capacete, e Frank Williams teve que confiar no "local" (era dinamarquês) Tom Belso para guiar o carro naquele fim de semana. Contudo, Belso, que fazia a sua estreia na Formula 1, nem sequer chegou a conduzir, pois o dinheiro do patrocínio não chegara a tempo. Assim, somente Howden Ganley é que correu nesse fim de semana. Entretanto, na Ferrari, decidiram somente levar Jacky Ickx, enquanto que Arturo Merzário ficava em terra. Chris Amon e o seu Tecno também não faziam a viagem à Suécia, pois queriam fazer modificações no seu carro.


Antes do inicio da corrida, os pilotos fizeram queixa dos fotografos, que se colcavam em posições perigosas nas várias curvas da pista, e que poderiam constituir um perigo quer para eles, quer para os pilotos. Por causa disso, a partida teve que ser adiada por uns minutos. Quando esta começou, o público ficou extasiado ao ver ambos os Lotus na frente da corrida, com o seu ídolo local à frente!



As coisas ficaram assim durante cerca de 70 das 80 voltas previstas na corrida. Mas antes disso, Hulme, com pneus mais duros, começou a ultrapassar paulatinamente os seus adversários. Reutmann na quarta volta, Cevért na volta 62, quando este teve problemas de pneus. E o neozelandês sobe para terceiro quando Fittipaldi desiste na volta 71, devido a caixa de velocidades dá de si. Assim, com os pneus melhor conservados, parte ao ataque a Stewart e Peterson.



Aí, a sorte esteve a seu lado: na volta 74, Stewart tem problemas de travões, e tem que ir à boxe, descendo para o quinto lugar. E então, parte para o ataque, com Peterson, à beira da vitória, a ter dificuldades em segurá-lo. E na volta 78, consegue ultrapassar o "Super Sueco", tirando-lhe uma vitória quase certa. Era a voz da experiência a dar à McLaren a primeira vitória ao chassis M23, enquanto que um desconsolado Peterson ficava com o segundo lugar. Para completar o pódio, aparecia o francês Francois Cevért. E nos lugares restantes ficavam o Brabham de Carlos Reutmann, o Tyrrell de Jackie Stewart e o Ferrari de Jacky Ickx, que ficou a uma volta do lider.


Fontes:

... e o Sávio faz um ano!

Enquanto nos despediamos de um, comemoravamos outro. Ontem, o Sávio Machado fez um ano de actividades. Naquele ano, lá se lembrou dos amigos virtuais, aqueles que lhe influenciaram na maneira como criou e desenvolveu o blog.

Claro, está lá muita gente: o Groo, o Grun, a menina Priscilla Bar, o Maciel, e em relação a mim, ele colocou isto:


"Outra pessoa que tenho como exemplo e talvez tenha sido o exemplo mais importante para que eu fizesse um blog foi Speeder 76, do Continental Circus. Meu amigo Paulo. Um homem político, preocupado com seu país. Sempre que pudemos conversamos alguma coisa. Nossos países separados pelo Oceano Atlântico parecem ser bem diferentes. O que nos une mesmo e a língua. Mesmo assim, vendo o digitar a Língua Portuguesa de Portugal, as vezes tenho um pouco de dificuldade para entendê-lo. Mas nada que um "oque? Não entendi" não resolva. Grande Speeder! Obrigado meu velho."


Não tens de quê, Sávio!

A vingança das marmotas, numa homenagem ao Nuvolari...

Agora que voltaremos à Formula 1, este fim de semana, quero colocar aqui esta bela montagem ao Hamilton pela cagada que fez no Canadá. Apesar dele não ter atropelado nenhuma marmota, era como se fosse...


A charge é o excelente blog venezuelano El Blog de Nuvolari. Infelizmente, deve ser a última vez que ouviremos o Nuvolari. Este fim de semana decidiu encerrar as suas actividades. Provavelmente o tempo decidiu ser curto para andar por ali. O que é pena, pois até era engraçado ter algo vindo da Venezuela, um país que ultimamente era noticia por causa de um senhor de vermelho que mandava umas larachas, qual Alberto João do continente...


É pena. Sinto triste, pois era mais uma referência que agora, se foi. Até à próxima, Nuvo!

Faz hoje 30 anos...

Hoje faz 30 anos que a Formula 1 assitiu à demonstração de um dos mais impressionantes chassis da sua história: o Brabham BT46 "Ventoínha". No Circuito de Anderstorp, na Suécia, o austriaco Niki Lauda ganhava com o maior "à vontade" possivel sobre o então dominador Lotus 79 de Mario Andretti. Também foi a corrida onde se viu a primeira demonstração de classe do Arrows FA1 de Riccardo Patrese, levando-o ao seu primeiro pódio da sua carreira...


Sobre a corrida, já escrevi sobre ele no passado. Podem lê-lo aqui.

E já agora, mais links sobre a corrida e sobre o carro:



segunda-feira, 16 de junho de 2008

Noticias: Ecclestone declara guerra a Mosley

Max Mosley e Bernie Ecclestone estão definitivamente de costas voltadas. Em entrevista publicada na edição de hoje do jornal britânico "The Times", Ecclestone acusa Mosley de não querer acordar um novo Pacto de Concórdia, para ter mais poder de decisão, e ameaça com uma cisão na Formula 1.

Ecclestone ressaltou que a falta de um novo Pacto da Concórdia abre espaço para que as escuderias tomem qualquer decisão sem qualquer medo de represálias: "A FIA não tem nenhum acordo com as equipas, algo importante para eles, e elas podem fazer o que quiserem."

O dirigente britânico afirma nesta entrevista que o seu papel é o de "manter os patrocinadores felizes e satisfeitos". "Eu digo que não podemos nos separar da FIA, mas tal coisa pode ocorrer. Não há qualquer acordo entre as equipas e a federação, apenas um acordo comercial entre os escuderias e a FOM (Formula One Management)", explicou.

Ecclestone afirmou também que pouca gente tem consciência do que está em jogo, mandando um recado a Max Mosley: "Se você comanda uma grande organização, não toma decisões em todos os sentidos. Eu sou responsável pelos nossos acionistas, equipas e fabricantes, que investem imenso dinheiro na Formula 1. Já Max (Mosley) não tem nada investido, só ganha. Se a FIA perder a Formula 1, ficará em sérios problemas."

Pode não estar iminente, mas vamos ser honestos: a amaeaça de cisão já paira no ar.

Perguntei ao Luis Vasconcelos o seguinte:

P - Poderá haver uma cisão entre a FIA e o grupo que detêm os direitos comerciais, e estes organizarem a Formula 1?


R - Ficaria muito surpreso se a famigerada cisão fosse avante e acredito que esse fantasma está a ser apontado como uma arma contra Mosley e as suas intenções de controlar por completo a Formula 1.


Ecclestone e os construtores já perceberam que vão ter que amargar com Mosley por mais 16 meses, pelo menos, e este sente-se tão poderoso que agora quer controlar por completo a Formula 1, decidir os regulamentos técnicos e desportivos sem consultar ninguém, deixando Eccolestone apenas com a parte comercial, mas assim com lucros bastante inferiores de que usufrui actualmente.


Se as equipas já chegaram a um acordo com Ecclestone em relação à divisão do dinheiro dos direitos televisivos, existindo uma nova proposta conjunta para o Acordo de Concórdia, a bola está ao lado da FIA, e esta parece pouco interessada em assinar o que lhe foi proposto.


A tese de Mosley é de que o Acordo de Concórdia não é necessário, o Mundial é da FIA, e esta faz o que bem entender dos regulamentos. Ora, como o inglês tem tido um enorme numero de "ideias peregrinas" nos últimos dez anos, as equipas não querem que Mosley fique com o controlo dos regulamentos, pois muda de ieias frequentemente, o que tem custado milhões de euros a toda a gente. Nesta altura erstamos na fase do extremar de posições, mas mais cedo ou mais tarde, vão todos chegar a um acordo, pois só em conjunto é que a FIA e a Formula 1 são mais fortes.

Bolides Memoraveis - Honda RA 300/01/02 (1967-68)

Quando a Honda apareceu na formula 1, em 1964, a marca japonesa tinha lançado o seu primeiro automóvel comercial apenas um ano antes. Anteriormente, a marca fundada por Soichiro Honda (1906-91) em 1946, após a II Guerra Mundial, tinha alcançado o sucesso graças à sua produção de motociclos, e no inicio da década de 60, tinha-se arriscado na competição, com excelentes resultados.

Em 1965, contrataram o americano Richie Ginther, e construiram o modelo RA272, que lhes deu optimos resultados, culminando com a vitória de Ginther no GP do México, a última vitória na categoria de 1.5 Litros. Em 1966, uma nova categoria se estreava, e a Honda afastou-se das pistas por algum tempo, no sentido de se preparar para a nova formula de 3 litros. O modelo RA273, contudo, falha em termos de chassis, e os resultados são modestos, conseguindo apenas cinco pontos.

Assim sendo, para a temporada de 1967, contratam o experimentado piloto inglês John Surtees, e partem para a equipa de um só piloto. Usam o 273 durante boa parte da temporada, mas desenvolvem entretanto o novo chassis. E para isso, Surtees pede ajuda a um velho amigo: Eric Broadley, da Lola.

O Honda RA300 tinha como base um chassis desenhado pela Lola para as 500 Milhas de Indianápolis, o que lhes permitiu que fosse mais leve e melhor manejável, em relação ao 273, mais difícil de guiar. Surtees ficou impressionado com o carro, e os responsáveis decidiram estreá-lo num circuito onde a velociade é o rei: o Autódromo de Monza.

A corrida foi impressionante, e marcada pelo excelente desempenho de Jim Clark, que perdera uma volta devido a um furo, mas que depois desdobrou os concorrentes que estavam à sua frente e voltou à liderança, até que a falta de gasolina na última volta lhe impediu uma vitória certa. E Surtees conseguiu ganhar ao seu adversário, Jack Brabham, por 0,2 segundos! Melhor estreia não poderia ter conseguido...

Até ao final do ano, Surtees conseguira mais um ponto, no México, e no inicio de 1968, decidiram desenhar e construir o modelo 301, uma versão ligeiramente diferente do modelo anterior. O carro estreou-se em Espanha, mas com o tempo verificou-se que era pouco fiável em relação aos Lotus e aos McLaren. Assim, passaram para novo modelo, o RA302, desta vez, inteiramente construido pela Honda. Tinha um motor V8 refrigerado a ar, com injecção de combustível, disposto a debitar 390 cavalos às 10.500 rotações.

Contudo, o carro tinha um problema: era difícil de guiar e o chassis não era confiável. Surtees tinha o testado, e não gostou do seu comportamento, recusando-o a guiar em Rouen, palco do GP de França. Sendo assim, pediram ao veterano francês Jo Schlesser para o guiar na corrida. O francês teve dificuldades em o guiar, largou no último lugar, e durou apenas uma volta e meia: despistou-se fortemente, o carro pegou fogo e Schlesser teve morte imediata. Quanto a Surtees, levou o velho 301 ao segundo posto.

Isto chocou os responsáveis japoneses, que decidiram então retirar-se de cena no final daquela temporada. Mas antes, o 302 voltou à carga em Itália, onde foi tripulado pelo inglês David Hobbs, onde se verrificou que continuava com os mesmos problemas de instabilidade, e foi deixado de lado. Hobbs correu com o velho 301. Até ao final do ano, Surtees consegue novo pódio, um terceiro lugar no Canadá, e no México, o veterano piloto sueco Jo Bonnier corre com um 301 pela sua equipa privada, onde consegue o quinto posto final.

Depois disto, a Honda retira-se como equipa, voltando apenas neste século. Mas antes, em 1983, com o advento dos motores Turbo, decide regressar, apenas como fabricante de motores, começando mais um capitulo da sua história de sucesso na Formula 1. Mas isso é outra história...


Chassis: Honda RA300/01/02
Projectistas: Eric Boradley, John Surtees, Yoshio Nakamura, Shoichi Sano
Motor: Honda V8 3.0 Litros
Pilotos: John Surtees (300 e 301), Jo Schlesser (302), Jo Bonnier (301) e David Hobbs (301 e 302)
Corridas: 15
Vitórias: 1 (Surtees 1)
Pole-Positions: 0
Voltas Mais Rápidas: 1 (Surtees 1)
Pontos: 26 (Surtees 24, Bonnier 2)


Fontes:


Rendall, Ivan: Bandeira da Vitória - História do Automobilismo, Ed. Autosport, Lisboa, 1996.