sábado, 26 de julho de 2008

WTCC - Brands Hatch (Qualificação)

O WTCC prossegue este fim de semana no circuito inglês de Brands Hatch, e hoje, numa das qualificações mais renhidas do ano, o melhor foi o brasileiro Augusto Farfus, no seu BMW320i, que bateu o Chevrolet Lancetti do suiço Alan Menu por apenas... 2 milésimos de segundo (1.32,794 segundos contra 1.32,796 segundos do suiço)




Menu, cuja experiência no BTCC foi importante para dominar nos treinos livres (mas não o suficiente na qualificação...) ficou à frente do seu companheiro de equipa, Robert Huff, resultado que confirma o bom andamento dos carros da marca norte-americana em Brands Hatch.




Quanto a Tiago Monteiro, o recente vencedor da segunda prova no Estoril foi 11º na qualificação, mas o segundo melhor dos Leon TDi, ficando apenas atrás de Yvan Muller (6º), o que mostra alguma dificuldade dos carros espanhóis para impor um ritmo competitivo.




A ronda britânica conta com outro português: Lourenço Beirão da Veiga, que corre na Taça dos Independentes, ao volante de um Seat Leon, onde foi 23º na grelha, espelhando as dificuldades de correr em Brands Hatch. Na Taça dos Independentes, ele é o sétimo da grelha.




As corridas são amanhã à tarde, transmitidas em directo pela Eurosport.

sexta-feira, 25 de julho de 2008

GP Memória - Alemanha 1993

Com o campeonato a meio da temporada, poucos duvidavam quem ganharia este título, já que Alain Prost e as Williams eram máquinas a abater, e a oposição da McLaren era mais devido ao talento de Ayrton Senna do que propriamente do conjunto chassis-motor, já que era em certos sítios, inferior ao conjunto da Benetton, pilotado por Michael Schumacher.

Mas à partida do GP alemão, a agitação acontecia nos bastidores: a FIA estava a discutir com os construtores os regulamentos para a temporada de 1994, e queria a todo o custo a abolição das ajudas electrónicas como a suspensão activa. Em troca, permitiria o regresso dos reabastecimentos, no sentido de aumentar o espectáculo.

Entretanto, em Hockenheim, o clima era de festa. Riccardo Patrese atingia os 250 Grandes Prémios na sua carreira, e Alain Prost e Damon Hill confirmavam nos treinos uma primeira fila totalmente da marca Williams. Logo a seguir ficavam o alemão Michael Schumacher, no seu Benetton, que batia o McLaren de Ayrton Senna. Na terceira fila ficavam os dois Ligiers-Renault, de Martin Brundle e Mark Blundell, e na quarta fila ficavam o Benetton de Patrese e o Footwork de Aguri Suzuki.



No Domingo de manhã, no warm up, um acidente assusta todos, quando o segundo Footwork, de Derek Warwick, tem um grande acidente antes da terceira chicane e vira-se de cabeça para baixo. Apesar de tudo, o piloto inglês escapa ileso.



Na corrida, Prost larga mal e parde a liderança para Hill e Schumacher. Senna tenta também a sua sorte, mas despista-se na primeira chicane, caindo para o final do pelotão. Na curva seguinte, foi a vez de Martin Brundle tentar a sua sorte... e despistar-se! Depois de recuperar o ritmo, foi ao ataque, tentando apanhar o alemão da Benetton, conseguindo alcançá-lo na sexta volta.



O resto da corrida não foi muito agitado. Todos viam Damon Hill a liderar calmamente, e julgavam que a sua primeira vitória estava ao seu alcance, pois Prost não conseguia alcançá-lo. Senna fazia uma corrida de recuperação, e já estava em zona pontuável, no quinto posto, apanhando e ultrapassando Riccardo Patrese.



Contudo, a duas voltas do fim, o golpe de teatro: um furo lento no carro de Damon Hill fazia perder a liderança para Prost, e tentava levar o carro para a boxe, no sentido de trocar e tentar acabar a corrida. Mas quando chega à entrada das boxes, o pneu, que já tinha ficado só com o aro, fez despistar o piloto inglês, causando o seu abandono... Assim, Prost ganha calmamente o seu 51º (e último) Grande Prémio da sua carreira, seguido de Michael Schumacher e de Mark Blundell, no seu Ligier. Senna, Patrese e Gerhard Berger, no seu Ferrari, completavam os lugares pontuáveis.



Fontes:

A1GP quer Valentino Rossi para a equipa italiana

Até este ano, a equipa italiana da A1GP não foi mais do que um actor secundário no pelotão. Mas como a partir deste ano, os chassis e motor são fornecidos pela Ferrari, eles decidiram fazer um golpe publicitário: trazer o hepta-campeão do Mundo de Moto GP, Valentino Rossi. Pelo menos é o que vem hoje na edição online da Autosport inglesa.


O "patrão" da equipa italiana de A1GP, Piercarlo Ghinzani, um ex-piloto de Formula 1 dos anos 80, referiu que tal hipótese seria "fantástica" para Rossi, acrescentando ainda que os dois já falaram sobre isso. Contudo, essa hipótese está ainda dependente da Yamaha, que terá de dar o seu aval à participação de Rossi, pois apesar de esta competição acontecer fora da época de Moto GP, os testes para 2009 deverão ser muito exaustivos.


Mas apesar de ser uma hipótese, é algo que já está a crescer água na boca e interesse à categoria. E caso aconteça, isso faria trazer alguns milhares de adeptos extra aos circuitos... mesmo que os resultados não sejam por ali além.

quinta-feira, 24 de julho de 2008

Um dia isto teria que acontecer!

Esta não sabia, mas contaram-me. Mas também, este dia teria que acontrecer, de qualquer forma. Nos treinos livres da prova de Mid-Ohio, as pilotos Danica Patrick e Milka Duno desentenderam-se em pista, e a piloto americana foi à boxe tirar satisfações.



A piloto venezuelana, lenta como tudo, barrou a americana por duas vezes, enquanto tentava uma volta rápida, e no final dos treinos, zangada, foi ter com ela para perguntar que tipo de manobra era aquela. Ora, Duno não foi de medidas, e atirou-lhe a toalha na cara por duas vezes! Desta verz, quem saiu mal na foto foi a "chicane móvel"...

GP Memória - Alemanha 1988

Quinze dias depois da Serenata à chuva de Ayrton Senna, em Silverstone, a formula 1 rumava para a Alemanha, mais concretamente ao circuito de Hockenheim, para mais uma prova do campeonato do Mundo, onde todos sabiam quem ia ganhar a prova, já que os McLarens dominavam aquela temporada. Contudo, a Ferrari tinha dado nas vistas na prova anterior, em Silverstone, e as longas rectas de Hockenheim seria em teoria, favoráveis aos V12 da Ferrari.

Mas o fim de semana alemão iria ser como o inglês, duas semanas antes: chuva e mais chuva. Aliás, o dia de Sábado iria ser marcado por trovoadas. Contudo, isso não impediu que Senna alcançasse de novo a pole-position, seguido por Alain Prost. Na segunda fila ficaram os Ferrari de Michele Alboreto e Gerhard Berger, e na terceira, o Lotus-Honda de Nelson Piquet e o Benetton-Ford de Alessandro Nannini.

Dos 31 poilotos inscritos na Alemanha, cinco iriam ver a corrida pela televisão: os Minardi-Ford de Pierluigi Martini e Luis Perez-Sala, o Ligier de Stefan Johansson, o Tyrrell de Julian Bailey e o Coloni de Gabriele Tarquini.

O dia da corrida era o mesmo do dia anterior: chuva. Mas no momento da partida, a pista estava a secar, e a maior parte dos pilotos tinha dúvidas sobre o tipo de pneus deveriam utilizar para a corrida. Todos escolheram pneus para piso molhado, excepto um: Nelson Piquet.

Na partida, Senna foi para a frente, seguido do Ferrari de Berger, o Benetton de Nannini e o McLaren de Prost logo atrás. Quanto a Piquet a sua escolha era demasiado permatura: despistou-se no final da primeira volta, na Ostkurve...



Prost recuperou da má partida para chegar ao segundo lugar poucas voltas mais tarde, mas nessa altura, Senna estava muito distante em termos de liderança, e o resto da corrida não foi mais do que tentar aguentar-se no molhado. Para piorar as coisas, o francês não evitou alguns despistes...

No final, a dobradinha McLaren concretizou-se, com o brasileiro a alcançar a sua segunda vitória consecutiva. Gerhard Berger acompanhou-os no pódio, seguido do seu companheiro Michele Alboreto, enquanto que o March de Ivan Capelli e o Benetton-Ford de Thierry Boutsen fecharam a zona pontuável.

Fontes:

quarta-feira, 23 de julho de 2008

Noticias: Honda quer Fernando Alonso para 2009

Que Fernando Alonso quer um carro competitivo a todo o custo, isso já se topou. Que ele deseja um lugar na Ferrari em 2010, isso anda a ser falado há meses na imprensa internacional. Uma coisa é certa: todos desejam Fernando Alonso num carro competitivo o mais rapidamente possivel. Ou então, num lugar onde seja principescamente pago. Talvez por aí é que se explica a noticia de hoje, do jornal inglês "The Daily Teleghaph" que a Honda pode estar a oferecer um cheque em branco para o espanhol correr em 2009, no lugar de Rubens Barrichello.


Tendo em conta que a mudança de regulamentos para 2009 irá fazer com que as equipas comecem praticamente do zero no desenvolvimento de um novo monolugar, na Honda acredita-se que o espanhol é o piloto ideal para levar novamente a equipa à luta pelos primeiros lugares, pois em termos financeiros, só a Ferrari se superaria.


Depois de Ross Brawn, Fernando Alonso? E caso seja verdade, estaria disposto a penar por mais alguns tempos? Sim, porque por muito que se tente, não se pode acreditar numa repentina subida de forma de um ano para o outro...

terça-feira, 22 de julho de 2008

O segredo do sucesso da McLaren

A edição de hoje do jornal inglês "Daily Telegraph" revela o segredo do sucesso da McLaren nos últimos Grandes Prémios: um sistema no volante que permite controlar a rotação do motor e da patinagem das rodas nas curvas.




O autor do artigo, Mark Hughes, afirma que este sistema permite contornar as regras deste ano, que proíbem a possibilidade de controlar a rotação do motor (e a respectiva patinagem das rodas) através do mesmo dispositivo para a troca de mudanças, uma vez que as duas patilhas 'extra' estão separadas das da caixa de velocidades. Ele afirma que esse sistema "é parte da vantagem sobre a Ferrari".




Isso não é ilegal, pois a Ferrari tem um sistema semelhante. Só que a McLaren conseguiu ser mais eficaz na maneira como contornou a proibição, não acham?

O piloto do dia - Gerry Birrell

Provavelmente, nunca ouviram falar dele. Mas na altura foi considerado como um dos sucessores de Jackie Stewart na Formula 1, e Ken Tyrrell pensava nele para o lugar do escocês para 1974. Mas não viveu o suficiente para conseguir alcançar o objectivo de se estrear na categoria máxima, pois um acidente em Rouen, quase no mesmo sítio onde cinco anos antes, Jo Schlesser perdeu a vida, cortou a sua. Hoje vou falar de Gerry Birrell.


Nasceu a 30 de Julho de 1944 em Milngravie, um suburbio de Glasgow. Era o mais novo de três irmãos, e a sua carreira começou em 1961 quando, empolgado pelos feitos do seu irmão mais velho Graham, entrou num velho Austin A40 numa prova local. Apesar de bons resultados, a sua carreira competitiva começou bem tarde, aos 24 anos. Contudo, quando se estreou nna Formula Vê, apanhou concorrentes como James Hunt, e safou-se bem, ganhando várias corridas.

Em 1970, Birrell vai competir na Formula 3, conseguindo um quarto lugar na corrida do Mónaco, e ganhando em várias pistas como Thruxton, Brands Hatch, e outros, terminando em quinto lugar no campeonato. No final do ano, começou a participar em provas de Turismos, ao volante de um Ford Cortina GT.

Em 1971, dedica-se aos Turismos, onde ao volante de um Ford Capri RS, ganhou as Seis Horas de Paul Ricard, com o austriaco Rolf Stommelen, e foi quarto nos 1000 km de Nurburgring, em parceria com o belga Yves Fontaine. Entretanto, arranja um lugar na Formula 2 europeia, ao volante de um Lotus 69, onde os resultados não são os melhores, sendo 11º na classificação final.

As coisas melhoram um bocado em 1972, especialmente nos Turismos, e denovo ao volante de um Ford Capri RS. Ganha provas em Monza e Brno, e nas 24 Horas de Le Mans, ao lado de Claude Bourgogne, no mesmo Capri RS 2600, ganha a prova na sua categoria. No final do ano, corre na Springbok Series, na Africa do Sul, ao volante de um Chevron B23, onde é segundo nas 9 Horas de Kyalami, e vence em Killarney e Lourenço Marques (actual Maputo), com o alemão Jochen Mass como parceiro.

Contudo, este desempenho em Turismos serviu para contrastar a má época em monolugares, Correndo num March 722, com motor Hart, a temporada de Birrell foi má, não conseguindo qualquer resultado de relevo.

Em 1973, a sua época torna-se melhor, e uma prova torna-o memorável: As 4 Horas de Monza. De novo ao volante de um Ford Capri, ele faz a Parabólica em duas rodas! De cada vez que ele passava por lá, os espectadores o chamavam de "Agostini": não ganhou a corrida, mas empolgou os adeptos...

Na Formula 2, finalmente tinha um carro à altura: estava na equipa oficial da Chevron, guiando o modelo B25, e os resultados estavam a aparecer. Fora quarto em Brands Hatch (depois de ter sido abalroado por Mike Beuttler), e tinha ficado no terceiro lugar no circuito citadino de Pau, no sul de França.

Tinha esperanças num bom resultado na prova seguinte, em Rouen. As suas performances tinham-no colocado na orbita da Formula 1, mais concretamente na Tyrrell. Certamente o seu conterrâneo Jackie Stewart tinha-o chamado à atenção do "Tio Ken", ou então o próprio Relações Públicas da Ford, Walter Hayes, que tinha ficado impressionado com a sua performance em Monza. Mas não pode dar as voltas que queria a Rouen, pois o seu atrelado fora parado pelas autoridades francesas por dez horas(!) para saber se não levava nenhum contrabando...

Chateado, Birrell foi para a pista no dia seguinte, 23 de Junho de 1973, no sentido de obter um bom resultado. Nessa altura, Rouen era criticada pelas suas más condições de segurança, nomeadamente nas escapatórias, e a má colocação dos "guard-rails".

No final da qualificação, quando o escocês lançava o seu Chevron na Virage Six Fréres, um pneu ficou subitamente sem ar, causando o despiste do seu carro, batendo no guard-rail de uma só faixa, levantando-o e o carro passou por debaixo dela. Birrell teve morte imediata, decapitado pelo guard-rail. Tinha 28 anos.


Após este acidente mortal, os pilotos decidiram não correr a prova, afirmando que não haviam condições de segurança. Os organizadores tentaram chegar a um compromisso, reparando os guard-rails, e colocando uma chicane improvisada na Virage Six Fréres. Isso foi o suficiente para que a corrida pudesse prosseguir, mas durante uma das mangas, o Lotus de Formula 2 de Ronnie Peterson teve um enorme acidente no mesmo local onde foi colocada a chicane, já destruida pela passagem dos carros...

Fontes:

http://en.wikipedia.org/wiki/Gerry_Birrell
http://www.helium.com/items/903689-driver-profiles-gerry-birrell
http://www.motorsportmemorial.org/focus.php?db=ct&n=77

Update: Super Blog Awards

Se já votaram em mim, optimo!

Ainda não votaram em mim? O que esperam?? Já vos dei uma dica para poderem inscrever-se, caso me vejam do estrangeiro. Eu preciso de votos para ser um dos semi-finalistas, que é para que o juri me escolha depois, baseado na minha qualidade, não é?


Força aí, espalhem a mensagem aos vossos amigos, pois cada voto conta!

segunda-feira, 21 de julho de 2008

Noticias: A1GP com novidades

A A1GP anunciou este fim de semana algumas novidades. A pouco mais de dois meses da estreia da nova temporada, no circuito itraliano de Mugello, a primeira das quais é que chegaram a acordo com a Michelin para serem os forncedores oficiais de pneus para a categoria, para as próximas três temporadas.


"A Michelin tem uma vasta experiência no automobilismo e vai trazer qualidade e competitividade na nossa série. Os testes começaram em Junho e agora conseguimos encontrar a mistura ideal para os nossos carros, construidos pela Ferrari" , afirmou John Wickham, o director técnico da A1GP.


O carro, que leva mais de 400o km de testes, vai ser mostrado no final de Agosto às restantes equipas inscritas, num teste colectivo no circuito inglês de Silverstone.

A outra novidade tem a ver com o calendário. A ronda sul-africana, que vai ser disputada a 22 de Fevereiro de 2009, vai ser no circuito de Kyalami, em vez de ser no circuito urbano de Durban, palco da ronda sul-africana nos últimos dois anos. O anuncio foi feito ontem, em Joanesburgo, durante a apresentação da equipa sul-africana, que vai continuar a ter Adrian Zaugg como piloto principal.

Historieta da Formula 1: Senna, Bellof e Brundle na McLaren



Ayrton Senna na McLaren, pergumtam vocês? Normal: entre 1988 e 1993, o piloto brasileiro escreveu algumas das suas mais belas páginas (e da equipa) na Formula 1. E Martin Brundle sucedeu-lhe na equipa em 1994. Mas isto tudo aconteceu... em 1983, numa altura em que a equipa de Ron Dennis ainda usava o motor Cosworth (os TAG-Porsche Turbo estavam ainda a caminho...), e ambos, jovens promessas do automobilismo, disputavam uma batalha sem tréguas na Formula 3 britânica.


Este teste colectivo, ocorrido no circuito de Silverstone, teve ainda mais um condimento: a presença da esperança alemã Stefan Bellof, que corria na Formula 2 europeia. O brasileiro usou a evolução DFV, um pouco mais potente do que as evoluções que Bellof e Brundle usavam, pois ele já tinha fito um teste na Williams, e algumas equipas de Formula 1 o queriam na época seguinte. A Brabham já tinha perguntado por ele, por exemplo...

Assim sendo, não seria espantoso ver Senna a liderar os tempos, com 1.14,3, contra os 1.14,6 de Bellof. De tarde, com pneus novos, Senna ficou abaixo de 1 minuto e 14 (1.13,9). Quanto a Brundle, fez 1.14,7.

Se a ideia era saber qual dos pilotos Ron Dennis escolheria para guiar o segundo McLaren em 1984, a resposta foi... nenhum! Na altura, Dennis estava a ter um braço de ferro com John Watson, relacionado com umaumento salarial, pois ele queria ganhar 1,5 milhões de dólares por época, muito paar um segundo piloto... quando Alain Prost foi despedido da Renault, Dennis não hesitou e contratou-o.

Quanto aos três, a história é conhecida: Brundle e Bellof foram para a Tyrrell, e Senna escolheu a Toleman, substituindo Derek Warwick. Esta história e muitos mais, podem ler no blog do Rianov Albinov, o F1 Nostalgia.

As notas do GP alemão

Já me tinham avisado que ia haver bomba. E também estava curioso por saber que nota iriam dar ao Nelsinho Piquet, depois de se estrear no pódium de um GP de Formula 1. Pois bem, as notas foram lançadas, e...


Já esperava: deram nota 10. E não foi um, mas sim dois. Eu sei que a menina Barbara estava ansiosa para lhe dar essa nota a ele, depois do "tropeção" no inicio da época (tens um fraquino, não tens?) E dar nota 8 ao Hamilton? Não me digas que não viste aquelas dez voltas finais, onde comia os brazucas ao ritmo de 1,5 segundos por volta, graças a um carro equilibradissimo, pneus novos e moles e pouca gasolina. Nelsino é bom, mas foi fruto da sorte, e da suspensão traseira direita do Toyota do Timo Glock...




Mas também tenho alguns telhados de vidro: a nota sete ao Robert Kubica é mais por causa do que fez nos treinos... e pensando com mais calma, acho que devia ter tido a mesma mota que o Kimi Raikonnen. Mas pronto, na Hungria as coisas podem voltar ao normal...

domingo, 20 de julho de 2008

IRL - Ronda 13, Mid-Ohio

Depois de muitas provas em ovais, é bom ver uma prova disputada num circuito convencional. E no circuito de Mid-Ohio, quem levou a melhor foram os Penske, com uma dobradinha liderada pelo australiano Ryan Briscoe. O brasileiro Helio Castroneves foi segundo, e a fechar o pódio ficou o actual líder do campeonato, o neozelandês Scott Dixon, no seu Chip Ganassi.

Numa corrida disputada, e com várias trocas de líder, começou com pista húmida e com Castroneves a liderar, desde a pole-position alcançado na véspera, mas essa liderança durou apenas cinco voltas, pois boa parte dos pilotos foi para as boxes trocar para pneus "slicks", pois a pista secava rapidamente.
A corrida teve várias mudanças de lider, mas no final, Briscoe conseguiu ficar à frente de Casatroneves, que aguentou os ataques finais de Scott Dixon, para no final ficarem separados por menos de meio segundo.
As situações de bandeira amarela foram poucas, mas o mais relevante foi o que aconteceu na volta 43, quando Marco Andretti foi eliminado numa confusão que envolveu outros quatro pilotos: A.J Foyt IV, Dan Wheldon, Mario Dominguez e Justin Wilson. como estavam em situação de bandeiras amarelas, os estragos não foram muitos, e somente o netro de Mario Andretti é que acabou a prova por ali.


Os ex-CART estiveram melhor do que o habitual: Will Power e Oriol Serviá foram quarto e quinto classificados, graças à sua experiência em pistas convencionais. Em calro contraste, Danica Patrick foi apenas 12ª classificada, mostrando a sua mediocridade neste tipo de pista. Mas pior ficou a venezuelana Milka Duno: 23ª, a seis voltas do vencedor...


A próxima etapa da IRL será este sábado, no aeródromo de Edmonton, no Canadá, a segunda incursão que a Indy irá fazer fora dos Estados Unidos.

A capa do Autosport desta semana

Em dia de Formula 1, seria obvio que a capa do Autosport na semana que começa, será a vitória categórica de Lewis Hamilton no GP da Alemanha, a segunda vitória consecutiva do piloto inglês, e a quarta vitória do ano. Claro, título é um pouco contestável: "Super Hamilton". Se não gostarem, culpem o calor que se fez sentir hoje...




Num quadrado mais pequeno, aparece o terceiro lugar de Alvaro Parente na corrida de GP2, o unico que existe na primeira página do jornal. "Alvaro Parente no Pódio" é o título.



De resto... alguém tem os DVD's que eles promovem?

Conheçam outro piloto português: Armando Parente

Este fim de semana, conheci outro piloto português. Tem 19 anos, chama-se Armando Parente, e não é o irmão de Alvaro (o mais velho é do Porto e o meis novo é de Lisboa). Armando corre na alemã Formula ADAC Masters, mais uma categoria de promoção de jovens talentos, do qual de lá sairam nomes como Ralf Schumacher, Nico Rosberg, Sebastian Vettel, Timo Glock, Christian Klien e Adrian Sutil.


Para Parente, esta é a sua primeira temporada em monolugares, e as coisas até tem corrido bem. Esta fim de semana, por exemplo, correu-se mais uma jornada dupla, no circuito holandês de Assen, e Parente conseguiu uma pole-position e dois pódios: um segundo na primeira corrida, à chuva (que nunca tinha alguma vez disputado!), e um terceiro lugar.


Mas este terceiro posto de hoje soube-lhe a vitória: "Talvez tenha sido uma das melhores provas da minha carreira", assume. "Como nas primeiras voltas o ´safety-car´ esteve em pista, tive apenas sete voltas para tentar recuperar desde a sexta posição. Para o conseguir, tive de efectuar três ultrapassagens verdadeiramente no limite e em condições de aderência nada fáceis, uma vez que estava a correr com pneus de chuva e a pista tinha entretanto secado". referiu.


Depois deste duplo resultado, Armando Parente é agora o segundo classificado do campeonato, que só volta agora no fim de semana de 16 e 17 de Agosto, na pista alemã de Nurburgring.

GP Memória - Inglaterra 1968


O ano de 1968 estava a meio e já estava a ser muito traumático no Mundo e na Formula 1: por esta altura, Martin Luther King e Robert Kennedy já tinham sido assassinados, o Maio de 68 tinha acontecido em França e agitava a Europa e o Mundo, a Guerra do Vietname tinha vivido a sua fase crítica, com a Operação Tet (Ano Novo Vietnamita), e ainda faltavam os Jogos Olímpicos, na Cidade do México, e em Portugal, com a Guerra Colonial a decorrer, Salazar estava a poucas semanas de cair da cadeira…


Na Formula 1, também era um ano traumático. Em menos de três meses, Jim Clark, Mike Spence e Ludovico Scarfiotti tinham morrido em acidentes não relacionados com a Formula 1. Mas quinze dias antes, o francês Jo Schlesser perdia a vida a bordo do novo Honda RA302, e aí, os outros pilotos tinham assistido. E era ainda essa mágoa que ainda carpiam quando rumaram para Brands Hatch, palco nesse ano do GP de Inglaterra.


Na lista de inscritos aparecia um novo nome: o piloto local Robin Widdows, que corria num Cooper-BRM privado. Era a sua primeira aparição deste pilotos de 26 anos, filho de um herói da Batalha da Bretanha. Tirando isso, tudo estava na mesma: a Lotus tinha na sua equipa oficial os ingleses Graham Hill e Jackie Oliver, e o suíço Jo Siffert na equipa de Rob Walker. Na McLaren, o seu fundador - piloto, o neozelandês Bruce McLaren e o seu compatriota Dennis Hulme estavam inscritos, bem como a BRM, que tinha o mexicano Pedro Rodriguez e Richard Attwood, com um privado para Piers Courage.

A Cooper só alinhava com um carro, para Vic Elford, enquanto que a Honda voltava a um só carro, com John Surtees. Dan Gurney voltava com o seu Eagle, e a Ferrari alinhava Jackie Ickx e Chris Amon, enquanto que a Matra colocava Jackie Stewart e Jean-Pierre Beltoise. Finalmente, a Brabham, com Jochen Rindt e Jack Brabham, comemoravam algo único: “Black Jack” era o primeiro piloto a alcançar a barreira dos 100 Grandes Prémios, algo que nessa altura, só Graham Hill poderia alcançar e superar.



Mas o GP de Inglaterra mostraria a força dos apêndices aerodinâmicos. A Lotus colocava esses apêndices directamente sobre os eixos do motor, tentando que dessa maneira pudesse aumentar a aderência do carro, graças a essa carga aerodinâmica extra. Oliver, Hill e o privado Siffert tinham grandes asas nos seus Lotus 49, atingindo mais de um metro de altura!

Os treinos foram dominados pela Lotus: Hill foi o "poleman", seguido pelo seu companheiro Jackie Oliver. Siffert, no terceiro Lotus, partia na quarta posição, batido pelo Ferrari de Chris Amon.

O dia da corrida começou com chuva ligeira, pela terceira corrida consecutiva. No momento da partida, Oliver foi melhor do que Hill, e foi para a frente, com Siffert e Amon logo a seguir. Logo na quarta volta, o Lotus de Oliver começava a libertar fumo negro do motor, e foi ultrapassado por Hill na liderança. Mas surpreendentemente, Oliver continuava na corrida, sem que o problema de motor afectasse o seu desempenho...


Na volta 27, a suspensão de Hill cede e tem que desistir. Oliver volta à liderança, com Siffert e Amon lutando pelo segundo posto, e Jacky Ickx no quarto lugar, mas muito atrás deles. Os espectadores sabiam que mais cedo ou mais tarde, o segundo Lotus teria de ceder, e isso aconteceu na volta 44, com a correia de transmissão a ceder. Nessa altura, era a vez do suiço Jo Siffert passar pela liderança, em luta com Chris Amon. A batalha foi dura, mas o piloto conseguiu afastar-se gradualmente do Ferrari, ganhando distancia suficiente para poder levar o carro até ao fim.

Quando Siffert cortou a meta no primeiro lugar, tinha-se alcançado mais uma vitória histórica: Não só era a primeira vitória de um piloto vindo da pátria dos chocolates, dos relógios e da neutralidade, mas também era a primeira vitória de um piloto privado em seis anos. Seria também a última vitória da história da Formula 1 de Rob Walker, o homem que vinte anos antes tinha dado à Cooper e à Lotus as suas primeiras vitórias na Formula 1, através de Stirling Moss. Na altura, Walker estava contente com o feito, e disse: "Esta foi a vitória mais importante da minha vida". Pudera: poucas semanas antes, a sua sede tinha arido completamente num incêndio...



Fontes:

Santos, Francisco: "Grand Prix - A História da Formula 1", Ed. Público, Lisboa, 2003, Pgs.

http://www.grandprix.com/gpe/rr168.html

GP2 - Hockenheim (Corrida 2)

Antes da Formula 1 tivemos a Sprint Race da GP2, onde os oito primeiros de ontem tiveram a sua ordem trocada, que é para dar mais hipóteses de vitória a outros. Um pouco artificial, mas tem os seus resultados...

E esta manhã, tivemos mais um piloto a estrear na lista de vencedores este ano: o indiano Karun Chandook. O companheiro de Bruno Senna (que foi terceiro) na iSport International, beneficiou desse sistema para conseguir uma vitória inédita. Entre Chandook e Senna, ficou ensanduichado, no segundo posto, o austro-árabe Andreas Zuber.

Quanto a Alvaro Parente, em sexto partiu, em sexto ficou. Conseguiu mais um ponto para o campeonato, e com isto, ele é quinto classificado, com os mesmos pontos de Sebastien Buemi (que não pontuou este fim de semana) e de Chandook, mas tem mais dois pontos que Zuber. E está a apenas dois pontos do "cometa" Lucas di Grassi. Ou seja, a luta por esses lados anda ao rubro! E assim vai a GP2...

Formula 1 - Ronda 10, Hockenheim (Corrida)

Confesso que durante algum tempo, pensava que queela seria corrida para boi dormir. Mas a suspensão traseira direita de Timo Glock decidiu intervir nesta corrida, para baralhar a voltar a dar, e graças a isso, Nelson Piquet Jr. teve o seu primeifo pódio da carreira, no mesmo local onde 30 anos antes, o seu pai estreava na Formula 1. A tática de uma só paragem só resultou graças a aquele acidente, mas que resultado!


Claro, a grande figura deste fim de semana é Lewis Hamilton. Se dúvidas tinha acerca da sua figura, dissipei-as completamente após a sua segunda paragem, a 15 voltas do fim. Saindo do terceiro posto, em meia dúzia de voltas, ele "comeu" a diferença para os dois brasileiros da frente, o Ferrari de Felipe Massa e o Renault de Nelsinho Piquet. As diferanças chegaram a mais de um segundo por volta. Incrível!

Com isto, já não tenho dúvidas: Lewis Hamilton está na mó de cima, e está a se figurar como o claro favorito ao título mundial. E Kimi Raikonnen, Fernando Alonso e Robert Kubica parecem ter perdido o norte... especialmente o piloto da Renault. O espanhol pode ser o primeiro piloto, mas o "desgraçado rookie" já tem um pódio. As táticas dele podem ser muito boas nos treinos, mas na corrida, metem sempre água. Não quer sentar e repensar tudo?

Pelo meio daquilo tudo, achei cómico ver um motor demorar três voltas a rebentar... é claro que era numa situação de Safety-Car, e era o motor Renault do Red Bull do Mark Webber, mas acho que era algo entre o cómico e o trágico... enfim, pior, pior foi ver dois veteranos a colidirem: Rubens Barrichello e David Coulthard. Razão tem o Ron Groo em reclamar pela reforma do Coulthard. Mais uma situação cómica para mais tarde recordar...