sábado, 30 de agosto de 2008

O louco fim de semana de Antonio Felix da Costa

Felix da Costa, mais conhecido pelo apelido "Formiga", está no seu primeiro ano em monolugares, e até agora tem surpreendido os seus adversários pelo facto de ter aprendido com rapidez as manhas do carro, e de conseguir estar nas primeiras posições do campeonato NEC (North European Championship).

Este fim de semana, no circuito alemão de Oberschleben, não e excepção, ou melhor, é excepção, pois... ele vai participar em quatro corridas! Duas no NEC, e outras duas na Eurocup, onde se juntam mais de quatrenta pilotos, dos vários campeonatos espalhados por essa Europa fora.

Hoje à tarde, Felix da Costa alinhou na primeira corrida da Formula Eurocup, onde tinha conseguido a 12ª posição da grelha, e na corrida, ganha pelo espanhol Roberto Mehri, o "Formiga" acabou por se envolver num grupo que lutou cada centímetro pelo sexto posto, tendo visto a bandeirada de xadrez no décimo lugar final. Nesta corrida, para além do vencedor, o finlandês Valtteri Bottas e o italiano Daniel Ricciardo foram segundo e terceiro, respectivamente.

Para as provas de amanhã, António Félix da Costa partirá para a segunda corrida da Eurocup do nono posto, enquanto para as do NEC alinhará no oitavo lugar para a primeira corrida, e no segundo para a segunda. Valtteri Bottas, colega de Formiga na Motorpark Academy, assegurou as pole-positions para todas as provas de amanhã. Vai ser um louco Domingo para eles!

WTCC - Oberschleben (Qualificação)

O WTCC volta este fim de semana, depois de mais de um mês de ausência, com uma jornada dupla no circuito alemão de Oberschleben. Os treinos desta tarde trouxeram à Chevrolet o primeiro lugar da grelha de partida, graças ao inglês Rob Huff, mas também trouxaram alegria às cores portuguesas, pois Tiago Monteiro vai partir do terceiro lugar da grelha, atrás do seu companheiro Gabriele Tarquini.

Nestes treinos, Huff marcou o ritmo ao longo de praticamente toda a sessão, mas quando faltavam cerca de dez minutos para a bandeirada de xadrez foi pela primeira vez acossado, Quando o piloto português realizou uma volta que o deixou a apenas onze milésimos de segundo do piloto da Chevrolet.

Para piorar as coisas, o homem da Chevrolet acabaria mesmo por ser batido por Tarquini, que o superou por cinquenta e nove milésimos de segundo, quando faltavam apenas dois minutos para o fim da qualificação. Porém, Huff reagiu e na sua última volta lançada, acabaria por reconquistar a pole-position, ao deixar Tarquini a pouco menos de dois décimos de segundo. Tiago Monteiro acabaria por garantir o terceiro posto, dividindo amanhã a segunda linha com o holandês Tom Coronel, que com o seu Leon a gasolina, ficou no quarto lugar da tabela de tempos.

O brasileiro Augusto Farfus foi o melhor dos BMW, garantindo apenas a sexta posição da grelha. O segundo melhor foi o inglês Andy Prilaux, que foi apenas nono, o que deixa antever que vai ser um fim-de-semana muito complicado para a marca bávara...

WRC - Rali da Nova Zelandia (Dia 2)



O segundo dia do Rali da Nova Zelandia trouxe já algumas alterações na liderança, acentuando o à vontade que a Ford tem nas classificativas de terra, como é o caso deste rali, situado nos nossos antipodas...



A abrirem a estrada, Mirko Hirvonen e Sebastien Löeb passaram o dia todos em movimentações táticas, no sentido de evitarem terminar o dia na primeira posição, algo que conseguiram, pois Jari-Mari Latvala, o companheiro de Hirvonnen na Ford, atacou nas classificativas e terminou o rali na frente da classificação, mas apenas a 9,3 segundos de Hirvonen. Sebastien Löeb é terceiro, a 13,3 segundos do líder, o que significa que a luta pela vitória está ao rubro.



Outro que pode ter uma palavra a dizer amanhã será o espanhol Daniel Sordo, que é quarto, mas apenas a 15,7 segundos de Latvala, e pela primeira vez em muito tempo, é um sério candidato a vencer uma prova do Mundial de Ralis.

Mais atrás, Francois Duval é quinto, a um distante 1.40,9 minutos de Latvala, enquanto o estonio Urmo Aava é sexto, tendo conseguido bater o Subaru Impreza de Petter Solberg na luta por essa posição. Partem para o último dia com apenas três segundos a separá-los. O sueco Per-Gunnar Andersson é oitavo na frente do seu companheiro de equipa, o finlandês Toni Gardemeister, que voltou a ter problemas no Suzuki SX4 WRC.

Na categoria de Produção, o português Bernanrdo Sousa já chegou ao oitavo lugar da classificação na classe, enquanto que Armindo Araújo, de regresso à estrada graças à clausula do Super Rally, realizou algumas prestações de relevo, sem que isso mudasse muito a classificação provisória, mantendo-se na 18ª posição. O líder é agora o checo Martin Prokop, depois dos problemas de Mirco Baldacci, que caiu muito na classificação.
O Rali da Nova Zelândia termina amanhã.

sexta-feira, 29 de agosto de 2008

As últimas novidades da A1GP

Depois da Coreia do Sul, a A1GP tem uma nova equipa, nada mais, nada menos que o Principado do Mónaco. Com o patrocinio do Principe Alberto II, a equipa será constituida por técnicos experientes, como Graham Taylor, o ex-director desportivo da Super Aguri, e terá como piloto o local Clivio Piccione, ex-piloto da World Series by Renault, da GP2 e da Formula 3.


"Esta nova união irá trazer bastante entretenimento e gloria ao país", explicou Piccione, que terá o papel duplo de ser piloto e co-proprietário do franchise monegasco, em conjunto com o suiço Hubertus Bahlsen, que corre nos GP históricos, num dos seus muitos Formula 1 que tem de colecção. "Estou ansioso para fazer desta parceira um sucesso, quer com o Clivio, quer com os adeptos, bem como a A1GP", afirmou Bahlsen.


Ao mesmo tempo que a A1GP anunciava a entrada do Mónaco na corrida, a organização revelou também que o evento previsto para a Indonésia será realizado na cidade de Lippo, situada nos arredores de Jacarta, a capital do país.

David Clare, responsável da A1GP na Ásia-Pacifico, explicou que "é com imensa satisfação que o A1GP regressa à Indonésia", acrescentando que "é um país que sempre demonstrou uma forte e apaixonada base de adeptos de apoio à sua equipa de A1GP".

Esta prova será a quinta ronda do campeonato, e vai ser disputada entre os dias 6 e 8 de Fevereiro, num circuito que será desenhado por Hermann Tilke, o homem que desenhou vários circuitos um pouco por todo o mundo, o último dos quais no perimetro urbano de Valencia.

WRC - Rali da Nova Zelandia (Dia 1)

Quando a madrugada ia alta por estas bandas, no outro lado do Mundo, na Nova Zelândia, começava mais uma etapa do mundial WRC, onde o duelo pelo comendo do Mundial está ao rubro entre Ford e Citroen, entre Mirko Hirvonen e Sebastien Löeb.

No final do primeiro dia, o lider é agora Mriko Hirvonnen, com um avanço de 27,8 segundos sobre Sebastien Löeb, com o terceiro classificado, o espanhol Daniel Sordo, também da Citroen, não muito atrás, a 30,0 segundos do lider. Jari-Mari Latvala é quarto, e está separado de Sordo por apenas... um décimo de segundo.

O caso do primeiro dia foi, contudo, a penalização de Löeb. Tendo recuperado do atraso inicial frente a Hirvonnen e Latvala, encontava-se na liderança na entrada do penultimo troço do dia. contudo, o francês terá alegadamente sofrido de problemas no motor de arranque no Citroen C4 WRC e penalizou trinta segundos á entrada para o controlo de partida, perdendo a liderança para Hirvonnen.

Depois dos quatro primeiros vem o Ford Stobart de Francois Duval, que vai fazendo a sua adaptação ao Focus WRC em pisos de terra, e tem agora uma desvantagem de 1.27 minutos sobre Hirvonnen. O estonio Urmo Aava, sempre muito consistente com o C4 WRC, é o sexto, não muito longe de Duval, mas a dois minutos do lider.

Na categoria de Produção, o lider é o san-marinense Mirco Baldacci, que soma nove segundos de avanço para o checo Martin Prokop, onze para o japonês Fumio Nutahara e dezasseis para o russo Evgenyi Novikov.

Já para os portugueses a primeira etapa foi para esquecer. Armindo Araújo ficou pelo caminho logo no primeiro troço, devido a problemas de caixa de velocidades, enquanto que Bernardo Sousa, repuperando de uma lesão no ombro, tem andado muito longe do seu ritmo habitual, sendo décimo segundo a mais de quatro minutos de Baldacci.
Araújo não conseguia esconder a sua tristeza pelo que aconteceu: "Estava muito optimista, mas de facto este ano a sorte não quer nada connosco. A caixa de velocidades explodiu ao fim de oito quilómetros, sem ter dado o mínimo sinal que isso poderia suceder. É muito azar, até porque este podia ter sido o rali que me podia colocar ainda mais na frente do campeonato e colocar-me em boa posição para discutir o título, pois os dois primeiros perderam muito tempo no primeiro dia e estão fora dos pontos", disse o piloto do Mitsubishi Lancer Evo IX.
O Rali da Nova Zelandia prossegue amanhã, com a segunda etapa.

GP Memória - Belgica 1993

Quinze dias depois da Hungria, e da primeira vitória de um filho de campeão mundial, Damon Hill, máquinas e pilotos iam para o circuito de Spa-Francochamps, uma das mais clássicas da Formula 1, para correrem a 12ª ronda do Mundial de Formula 1 desse ano.


Contudo, o fim de semana belga ficou logo afectado nos treinos livres de Sexta-feira, quando o Lotus de Alessandro Zanardi sofreu uma forte pancada na zona do Eau Rouge, deixando-o inconsciente. O piloto italiano tinha entrado demasiado largo na curva, e quando tentou corrigir, entrou em despiste, batendo por duas vezes nos muros de protecção. Levado para o Hospital de Liége, o piloto italiano não sofreu danos físicos, mas como o cérebro teve uma violenta desaceleração, e a coordenação tinha ficado afectada, a sua temporada tinha acabado logo ali.


Algum tempo depois, o Prof. Sid Watkins, então o médico oficial da Formula 1, diria: "Parecia uma guerra. Eram pedaços de suspensão, carroçaria, pneus que vinham contra nós. Um horror. Só posso comparar com o acidente de Donelly (Martin Donelly, piloto da Lotus que terminou a sua carreira num grave acidente em 1990, no circuito de Jerez)"


Passado o susto, os treinos prosseguiram normalmente, com Alain Prost a ser o melhor, seguido pelo seu companheiro de equipa, Damon Hill. Na segunda fila, Michael Schumacher fica em terceiro, tendo a seu lado o Ferrari de Jean Alesi. Na terceira fila ficava o McLaren de Ayrton Senna e o supreendente Footwork- Mugen Honda de Aguri Suzuki.


Na partida, Prost foi o melhor, seguido por Ayrton Senna, que conseguira passar Schumacher e Hill no gancho de La Source. Aliás, o piloto alemão teve problemas com a caixa de velocidades na partida e caiu muitas posições, efectuando uma corrida de recuperação. Atrás de Hill, seguia agora o Ferrari de Alesi e os Footworks de Suzuki e de Derek Warwick.


Na quarta volta, o Ferrari de Alesi para, devido a problemas com a suspensão activa, e o piloto vê assim concluida a sua presença na corrida belga. Quem também tinha parado, mas na volta inicial, tinha sido o belga Thierry Boutsen, no seu Jordan-Hart. Para o piloto da casa, que tinha iniciado a sua carreira exactamente no mesmo sítio, dez anos antes, esta seria a sua última corrida.



Entretanto, Schumacher recupera do atraso na volta inicial, ganhando posições atrás de posições. Quando os Williams pararam, Hill saiu melhor do que Prost e tomou conta da liderança. Schumacher, que tinha chegado à quarta posição, aproveita a troca de pneus para passar Senna para o terceiro lugar, e partir ao encalço dos Williams. Na 32ª volta, acontece algo inédito: Schumacher passa Prost e alcança o segundo lugar!



Contudo, esta sensacional corrida do piloto alemão foi insuficiente para apanhar Hill, pois este estava impecável na liderança, a caminho da sua segunda vitória na carreira, e esta de uma forma mais convincente do que na primeira vez, na Hungria. Depois de Schumacher e Prost o acompanharem no pódio, os restantes lugares pontuaveis foram ocupados pelo McLaren de Senna, o Lotus de Johnny Herbert (seria a última vez que um carro da mítica marca de Colin Chapman pontuaria...) e o Benetton de Riccardo Patrese.

Fontes:

Santos, Francisco - Formula 1 1993/1994, Ed. Talento, Lisboa/São Paulo, 1993


http://www.grandprix.com/gpe/rr544.html
http://en.wikipedia.org/wiki/1993_Belgian_Grand_Prix

The End: Phil Hill (1927-2008)

Phil Hill, o primeiro americano a tornar-se campeão do Mundo de Formula 1, em 1961, morreu esta tarde aos 81 anos, em Monterey, na sua California natal, vítima de complicações derivadas da Doença de Parkinson, que já sofria desde há algum tempo.

Escrevi extensamente sobre ele em Abril, quando ele fez 81 anos. A sua carreira precoce, a sua chegada à Ferrari e subsequente entrada no mundo da Formula 1, em 1958, após as mortes de Luigi Musso e Peter Collins, o seu título mundial, conseguido em Monza, sob circunstâncias trágicas, e posterior desaguisado com Enzo Ferrari e o declínio na ATS e depois na Eagle, está tudo lá.


Para além disso tudo, as suas amizades com outros nomes do automobilismo, o seu cavalheirismo e mais tarde, a maneira como ajudou John Frankenheimer a transformar "Grand Prix" no clássico que é hoje (esta parte não sabia, quem conta é o Pandini), merecem toda a nossa admiração e respeito, pois foi um dos grandes que a Formula 1 teve. Só por isso, vou voltar a ver o filme esta noite.


E agora, faz parte da história. Ars lunga, vita brevis.

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

GP Memória - Holanda 1983

Depois da Austria, onde o Mundial tinha sido relançado, com três pilotos disputando taco-a-taco o comando do Mundial, o pelotão da Formula 1 chegava ao circuito holandês de Zandvoort, numa altura que muita coisa se definia para a temporada seguinte, quer em termos de pilotos, quer em termos de máquinas.

Todos sabiam que a pouco e pouco, as equipas, se quisessem permanecer competitivas, teriam que ter motores Turbo, e aos poucos, eles o iriam ter. Neste caso, a McLaren estreava nesse fim de semana o seu motor TAG-Porsche, financiado por Mansour Ojjeh (o dono da TAG), e construido pela Porsche. Niki Lauda iria guiar o carro com versão Porsche para Zandvoort, enquanto que John Watson tinha que esperar mais uma corrida para o ter.



Noutro lado, a Williams já tinha acordado que iria ter motores Honda Turbo para 1984, e assim sendo, tratou logo de renovar os contratos dos seus pilotos Keke Rosberg e Jacques Laffite. Entretanto, sabia-se que Patrick Tambay já não ficaria na Ferrari para além de 1983, e corriam rumores de que alain Prost tinha sido convidado. Mas pelo facto de ele e Arnoux não se darem bem, esses rumores não deviam ter fundamento...



Nos treinos, o melhor foi o Brabham-BMW de Nelson Piquet, seguido pelo Ferrari de Patrick Tambay, enquanto que o seu companheiro de equipa, René Arnoux, a braços com problemas de motor, não foi para além do décimo tempo da grelha. Alain Prost era o quarto, batido pelo Lotus-Renault de Elio de Angelis, enquanto que na terceira fila estavam o outro Lotus-Renault de Nigel Mansell e o segundo Brabham-BMW de Riccardo Patrese. Niki Lauda, com o seu novo McLaren-TAG Porsche, não fora além do 19º tempo, enquanto que o melhor não-Turbo era o Arrows-Cosworth do suiço Marc Surer, 14º na grelha.



Como de costume, três pilotos ficaram de fora desta corrida, com o estatuto de não-qualificados. Eram eles o Osella de Piercarlo Ghinzani, o RAM de Kenny Acheson e o Theodore de Johnny Ceccoto.


Na partida, Piquet partiu melhor do que Tambay, que tinha tido uma má largada e fora altrapassado por alguns adversários, entre os quais um sensacional Eddie Cheever, que de 11º, era segundo no final da primeira curva! Se ele estava nesse lugar, Tambay, em contraste, passava a Curva Tarzan na 21ª posição...


No final da primeira volta, Prost consegue ultrapassar Cheever e fica em segundo. Entretanto, os concorrentes tinham problemas, à medida que cumpriam as voltas no circuito holandês. De Cesaris, que rolava em quinto após a primeira volta, desistiu na volta cinco, com o motor rebentado. Na volta 12, Elio de Angelis, que era sexto, abandonou quando o filtro de combustivel se rompeu. Enquanto isso acontecia, Patrese conseguiu ultrapassar Cheever e era terceiro, atrás de Prost e do seu companheiro Piquet. O americano iria perder mais uma posição a favor do Ferrari de Arnoux, antes do periodo de reabastecimentos.


Entretanto, Prost e Piquet lutavam entre si a liderança da corrida, com Patrese a perder o terceiro lugar a favor de Arnoux, na volta 22. O francês aproveita para parar primeiro do que Piquet e Prost, pois sabia que caso acontecesse, ia para a liderança, pelo menos temporariamente...


À entrada da volta 41, na Curva Tarzan, Prost tenta a sua manobra de ultrapassagem, só que esta é mal sucedida, pois ao controlar o carro, derrapa e toca em Piquet, que vai de encontro com o muro dos pneus. Prost continua, mas não por muito tempo, pois a suspensão frante-esquerda ficou irremediavelmente danificada. Com isto tudo, a eventual liderança de Arnoux tornou-se definitiva...


Com o francês confortável no primeiro posto, Patrese era agora o segundo, mas pressionado pelo Ferrari de Patrick Tambay, que fizera uma corrida de trás para a frente. Mas a duas voltas do fim, o segundo Brabham perde potência e a casa de Maranello obtinha uma dobradinha.



A fechar o pódio ficava John Watson, no seu McLaren-Cosworth, o melhor dos não-Turbo. Um claro contraste com Lauda, que por causa de problemas nos travões, não passara da volta 25. Nos restantes lugares pontuáveis ficaram o Toleman-Hart de Derek Warwick, (os primeiros de sempre do piloto, da equipa e do motor!), o Alfa Romeo de Mauro Baldi, e o Tyrrell-Cosworth de Michele Alboreto.


Fontes:


GP Memória - Belgica 1988


A temporada de 1988 estava a ser um passeio para os McLaren, disso ninguém tinha dúvidas. Mas nas três semanas em que a Formula 1 não tinha visto acção, desde o GP da Hungria, em Budapeste, muito tinha acontecido. A começar por aquilo que aconteceu quase duas semanas antes, a 14 de Agosto. Nesse dia, aos 90 anos, morria Enzo Ferrari, na sua casa de Maranello. Uma personagem incontornável na história da Formula 1, ele tinha elevado a sua paixão pelo automobilismo a níveis inalcançaveis. Admirado e respeitado por muitos, temido por outros, aquela morte simbolizava o fechar de uma era no automobilismo e na Formula 1.

Num plano mais terreno, o pelotão sentia a falta de Nigel Mansell, retido em paragens britânicas por causa... de uma varicela! Ele já estava doente quando esteve com a equipa na Hungria, mas a situação tinha-se agravado, e Mansell iria faltar às duas corridas seguintes. Com esse problema entre mãos, a Williams pediu a Martin Brundle, que nesse ano corria pela Jaguar no Mundial de Sport-Protótipos, para que o substituisse na equipa. Brundle aceitou, porque nesse fim de semana estava livre de compromissos.

Nos treinos, os McLaren foram os melhores, com Ayrton Senna na frente de Alain Prost. Na segunda fila ficaram os Ferrari de Gerhard Berger e Michele Alboreto, e na terceira, o Williams-Judd de Riccardo Patrese e o Benetton-Ford do herói local, Thierry Boutsen. Na quarta fila estavam o outro Benetton-Ford de Alessandro Nannini e o Lotus-Honda de Satoru Nakajima, que consegira bater Nelson Piquet, que ficara em nono na grelha, e a fechar o "Top Ten", estava o Arrows-Megatron do inglês Derek Warwick.

Na partida, Prost largou melhor e passou para a frente no gancho de La Source, mas quando os carros chegam a Eau Rouge, o brasileiro apanha o cone de aspiração e põe-se lado a lado na recta Kemmel, para o ultrapassar na curva Les Combes, obtendo a liderança para não mais a largar até ao fim.

Logo a seguir, os dois Ferrari tentaram incomodar os pilotos da McLaren, mas pouco puderam fazer, pois eles próprios tinham os seus problemas. Berger perde a terceira posição para Alboreto no inicio da terceira volta, mas um problema com o sistema electrónico faz abandonar a corrida na 11ª passagem pela meta. O italiano ficava isolado no terceiro posto, com o Benetton de Boutsen, o Lotus de Nakajima, o Williams de Patrese e o segundo Lotus de Piquet mais atrás.

Com o tempo, começam os problemas no meio do pelotão. O Lotus de Nakajima tem problemas de motor na volta 22, e para nas boxes de vez, enquanto que Mauricio Gugelmin, que tenta passar Patrese, falha a travagem no Bus Stop e é ultrapassado pelo seu companheiro Ivan Capelli. O italiano da March estava a fazer uma corrida de trás para a frente e nessa altura já tinha passado Patrese, Warwick e Cheever, subindo para o sétimo posto.

Na volta 36, o segundo Ferrari de Michele Alboreto rebenta o motor na longa recta Kemmel, e assim vê ceder o seu terceiro posto a favor de Thierry Boutsen. Nelson Piquet, o quarto, estava a ser acossado pelo segundo Benetton de Alessandro Nannini, e depois de disputar a travagem de La Source, o italiano da Benetton levou a melhor. E ainda na mesma volta, Capelli passa Piquet e fica com o quinto posto.

No final da corrida, Senna leva a melhor sobre Prost, ganhando a sua sétima corrida do ano. O terceiro seria Boutsen, o heroi local, mas quando algum tempo mais tarde, os comissários vistoriaram os depósitos de gasolina dos Benetton, descobriram que não estava de acordo com os regulamentos e desclassificaram-nos. No final, o terceiro posto foi para o March de Capelli, que conseguia o primeiro pódio para a marca de Bicester desde... 1976. Nos restantes lugares pontuaveis ficaram o Lotus de Piquet, e os Arrows de Derek Warwick e Eddie Cheever.


Fontes:

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

O acidente mortal de Lorenzo Bandini

Esta descobri no Blog do Mulsanne: um documentário sobre as circunstâncias do acidente mortal de Lorenzo Bandini, no GP do Mónaco de 1967. Até agora, este foi o unico acidente mortal, em termos oficiais, na história da pista monegasca, embora haja outro, ocorrido em 1952, onde a vitima mortal foi Luigi Fagioli, mas nesse ano, a prova não contava para o campeonato.


O despiste de Bandini ocorreu na Chicane do Porto, à 82ª volta do circuito, numa prova que tinha nessa altura 100 voltas, o que davam ao todo duas horas e meia de competição.

Aliás, uma das causas apontadas para este acidente foi o cansaço do piloto italiano, que lutara durante muito tempo para bater Graham Hill e tentava buscar Denny Hulme, que ia a caminho da sua primeira vitória da sua carreira (e que mais tarde nesse ano alcançou o título mundial). O documentário, da RAI Tre, mostra os testemunhos da altua, de Bandini, da sua esposa Margherita, da irmã, e de responsáveis da Scuderia, como Mauro Forgheri.

O documentário pode ser visto aqui. Desde já aviso que têm algumas imagens impressionantes...

A história de um pequeno milagre

Fazer ralis em lugares recônditos é o melhor exemplo como a carolice, a paixão e o poder de improvisação, muitas das vezes supera a falta de profissionalismo que se pode encontrar em muitos outros lugares do Mundo.

No continente africano, tirando a Africa do Sul e o Norte de Africa, poucos são os países que se podem gabar de ter uma estrutura minimamente profissional. E no Zimbabwe, outrora o "celeiro de Africa", agora governada por Robert mugabe, o homem que está no poder desde a independência, em 1980, e que regista uma inflação multimilionária, fazer este ano o Rali do Zimbabwe foi no mínimo, um milagre.

A história, contada pelo mítico jornalista Martin Holmes no jornal português Autosport, tem todos os contornos de filme de Hollywood: "Há uma adaptabilidade incrível, uma notável 'fuga para a frente' na mentalidade das pessoas. Este é um país onde não existe sequer dinheiro suficiente a circular para, pelo menos, estagnar a inflacção. Os patrocínios, são em géneros, e se for necessário dinheiro, há que vender esses mesmos produtos. Como habitualmente, o evento foi patrocinado pela Dunlop."

O resto da história podem ler aqui, mas em termos competitivos, pode-se dizer que o vencedor foi o japonês Hiroshi Miyoshi, no seu Mitsubishi Lancer Evo IX, à frente de alguns concorrentes sul-africanos. com apenas uma prova por disputar, o vizinho Rali da Zambia, Miyoshi é o virtual campeão africano de ralies. Mas ver uma prova dessas a ser realizada, nos dias que correm nesse país, roça o milagre...

GP Memória: Holanda 1978

Depois do caos que tinha sido a corrida anterior, na Austria, todos pensavam que tudo voltaria ao normal na etapa seguinte, o Grande Prémio da Holanda, no circuito de Zandvoort, pois o céu estava limpo para todo o fim de semana, e tudo indicava que o dominio da Lotus iria continuar...

Mas antes do fim de semana começar, havia algumas alterações no pelotão da Formula 1. Na ATS, Gunther Schmidt substitui Hans Binder pelo local Michael Bleekmolen juntou-se a Jochen Mass na equipa, enquanto que a organização recebe a inscrição do americano Danny Ongais, que alinha com o seu Shadow da Interscope Racing. Com 33 pilotos inscritos, fez-se mais uma vez a pré-qualificação, onde Ongais, Ertl e Rolf Stommelen, no seu Arrows, foram eliminados.

Nos treinos, a Lotus conseguiu monopolizar a primeira fila da grelha, com Mario Andretti à frente de Ronnie Peterson, não dando hipóteses a ninguém. Na segunda fila estavam o Brabham Alfa-Romeo de Niki Lauda, e a seu lado o Ferrari de Carlos Reutmann. Na terceira fila estavam o segundo Ferrari de Gilles Villeneuve e o Ligier-Matra de Jacques Laffite. Emerson Fittipaldi mantinha a boa forma do seu Copersucar, ao ser décimo na grelha.

No "warm-up" de Domingo, o inglês Rupert Keegan tem uma batida forte no seu Surtees, lesionando-se no pulso, e não podendo correr, cedeu o seu lugar ao italiano Arturo Merzário, no seu próprio carro. No inicio da corrida, os Lotus estão na frente, com Laffite a conseguir um arranque notável, saltando de sexto para terceiro no final da primeira curva. Momentos depois, o Tyrrell de Didier Pironi e o Arrows de Riccardo Patrese colidem fortemente, mas sem consequências para ambos.

Nas voltas seguintes, Os Lotus afastam-se do pelotão, com Andretti sempre na frente, e Peterson um pouco atrás. A distância entre ambos era curta, e parecia que o sueco estava em melhor forma do que o americano, mas havia entre ambos e Colin Chapman um acordo em que Andretti era o primeiro piloto e Peterson o segundo. Mais atrás, Lauda era agora o terceiro, com Reutmann, Watson, Fittipaldi e Villeneuve logo a seguir. Laffite teve problemas, e ficou cedo para trás, acabando no oitavo posto.

O resto da corrida não teve grande história, escepto os problemas que Reutmann teve devido a um pneu furado na volta 38, sendo ultrapassado por Watson, Fittipaldi e o seu companheiro Gilles Villeneuve, para acabar no sétimo posto. Quando a corrida acabou, todos sabiam que o piloto americano era o virtual campeão do Mundo, pois com 27 pontos em jogo, e com Peterson (12 pontos de diferença) a obedecer a ordens de equipa, ele não podia ser mais alcançado pelo resto do pelotão, pois Niki Lauda, o terceiro no campeonato, tinha já 28 pontos de atraso sobre Andretti. A Lotus podia começar a comemorar, mas mal sabiam que esta tinha sido a última vitória de um piloto americano na Formula 1, e que nos três anos seguintes, os espectadores não iriam ver o típico chapéu de Chapman a ser atirado para o ar sempre que um dos seus carros cruzasse a linha em primeiro lugar...

Fontes:

http://en.wikipedia.org/wiki/1978_Dutch_Grand_Prix
http://www.grandprix.com/gpe/rr310.html

A1GP: Organização anuncia nova data no calendário

A A1GP anunciou hoje que vai correr no novo circuito de Chengdou, no centro da China, para o próximo dia 9 de Novembro, a segunda etapa da temporada 2008/09, substituindo o Autódromo de Xangai no calendário.


O novo circuito, com 3,367 metros de extensão, foi concluido há algum tempo atrás, e fica situado nos arredores da cidade. É também a capital da provincia de Sichuan, que sofreu um forte terramoto no passado mês de Maio, que matou mais de 70 mil pessoas.


Originalmente, nesta data deveria acontecer a corrida de Jacarta, na Indonésia, mas os organizadores decidiram mudá-la para o dia 14 de Dezembro, de modo a poder receber a prova chinesa numa altura em que as condições metereológicas ainda o permitam.


Tony Teixeira, o luso-sul-africano que está à frente da A1GP, justificou esta nova alteração do calendário: "O povo chinês sempre foi dos mais apaixonados, e esta é a forma que temos para agradecer esse apoio. E como vimos nos Jogos Olimpicos, a China sabe organizar eventos desta envergadura", disse. A organização afirmou também que as receitas desta prova vão para o Sichuan Earthquake Reflief Fund, criado pelo Governo chinês para canalizar as verbas para a reconstrução das zonas afectadas pelo tremor de terra.


Nos próximos dias, a organização vai anunciar o calendário definitivo da época 2008/09, que sofreu uma alteração do calendário na semana passada, quando decidiu adiar o seu inicio, marcado para o dia 21 de Setembro, no circuito de Mugello. Agora, o arranque está marcado para o dia 5 de Outubro, no circuito holandês de Zandvoort.

Sato e Buemi vão testar pela Toro Rosso

Há já semanas que se sabe da existência de, pelo menos, um lugar vago na Toro Rosso (STR) para a temporada de 2009, e que esse lugar é bastante cobiçado por muitos pilotos. E que Gerhard Berger e Dieter Maeschitz, os donos da STR (com uma quota de 50 por cento cada um) querem uma dupla que mescla experiência com juventude. Ora, várias hipóteses surgiram durante as últimas semanas, entre os quais o suiço Sebastien Buemi e o japonês Takuma Sato.



Hoje, o site português Sportmotores afirmou que Sato e Buemi vão dfazer um "shoot-out" no circuito espanhol de Jerez de la Frontera de 17 a 19 de Setembro. Buemi, actualmente na GP2 e pertencente a Red Bull Academy Team, e Takuma Sato, japonês e sem emprego depois do colapso da Super Aguri, em Maio, vão experimentar o carro, para saber se ficam pelo menos com o lugar do alemão Sebastien Vettel, que vai para a Red Bull em 2009.

Posso confirmar que o Sebastien irá testar connosco em Jerez no próximo mês, mas isso não significa que será nosso piloto em 2009. Estamos à procura de um piloto para a próxima temporada e vamos avaliar o Sebastien Buemi, mas ele é piloto da Red Bull e é natural que ele teste connosco”, afirmou uma fonte da equipa.

Quanto a Sato, é uma boa hipótese, agora que o interesse pelo brasileiro Bruno Senna parece ter diminuido um pouco, pois não está previsto qualquer teste com ele nesta altura. ”Estamos em contacto com o Takuma, uma vez que procuramos um piloto, e ele é uma possibilidade para 2009. Poderá testar connosco em Jerez, mas isso não está confirmado. Quanto ao Bruno, neste momento, não mantemos qualquer contacto com ele”, afirmou a mesma fonte.



A temporada de 2008 ainda não acabou, mas a de 2009 já mexe.

terça-feira, 26 de agosto de 2008

Bolides Memoráveis - March 2-4-0 (1977)

Na semana em que se comemora mais um aniversário da morte de Ken Tyrrell, lembro um dos projectos que nasceu como consequência do sucesso do Tyrrell P34, de 1976. Na realidade, estre carro nunca correu oficialmente, mas podemos inclui-lo na categoria de um dos carros mais originais que a Formula 1 jamais conheceu: o March 2-4-0.

No final de 1976, a March decidiu envredar pelo mesmo caminho da equipa do Tio Ken, mas com uma diferença: em vez de um carro com quatro rodas na frente, teria quatro rodas na traseira! Dois eixos, logo, quatro rodas. Essas quatro rodas traseiras teriam o mesmo diâmetro das rodas da frente, de 16 polegadas, pois assim ganharia maior aderência do que um unico pneu traseiro, que na altura tinha uma dimensão maior... A ideia era ganhar maior aderência nas curvas, logo, maior eficácia na potência do carro. O carro é projectado por Robin Herd, que seguiu a sugestão de um dos seus patrões, um tal de... Max Mosley, pois achava que construir um tal carro não só garantia melhores resultados, mas também imensa publicidade...

O carro foi apresentado à imprensa no final de 1976 no circuito de Silverstone, com o neo-zelandês Howden Ganley ao volante. Nas semanas anteriores, criou-se uma enorme expectativa na imprensa sobre o projecto que a March estaria a fazer, graças às "dicas" de Mosley... o carro foi mostrado, e os jornalistas e fotógrafos ficaram impressionados com o tipo de carro, ainda mais revolucionário do que o Tyrrell.

Contudo, o que eles não tinham visto na altura era que o projecto tinha um grande defeito: a caixa de velocidades. Esta teve de ser feita de raíz, e logo, era um mecanismo tão complexo que se partia facilmente, e para piorar as coisas, em Bicester, o dinheiro para projectar tal coisa não era muito abundante. No dia do teste, a ligação da caixa de velocidades ao segundo eixo traseiro quebra, e os mecânicos decidem colocá-lo apenas com um eixo traseiro, para poderem fazer mais voltas sem problemas. Assim foi.

Quando o carro voltou à fábrica, os responsáveis viram que o carro precisava de uma caixa de velocidades mais complexa e mais forte, para poder aguentar os dois eixos traseiros. Sem dinheiro, o entusiasmo pelo projecto foi-se desvanecendo, e mais tarde, ele foi abandonado. Contudo, um March 2-4-0 foi levado para o Brasil, no final de Janeiro de 1977, para que pudesse ser dadas umas voltas em ambiente competitivo. O sul-africano Ian Scheckter (irmão de Jody) foi o piloto que deu umas voltas no carro nos treinos, mas sem sucesso.

Em Fevereiro, Ganley e Scheckter fizeram mais um teste com o March. Sem terem sido resolvidos os problemas com a caixa de velocidades, o carro deu mais algumas voltas. Nessa altura, ambos os pilotos elogiaram o facto do carro correr "sobre carris", e mais uma vez, fez capa de jornais. Mas nessa altura, o destino do March estava traçado, e o projecto foi cancelado.

Em 1979, o carro voltou à ribalta por outros motivos. Roy Lane, um dos melhores pilotos de montanha da Grã-Bretanha (quatro títulos, entre 1975 e 96), adquiriu um chassis March 2-4-0 para o campeonato de Montanha daquele ano. Lane ganhou várias corridas nesse ano, mas os problemas com a transmissão e com a caixa de velocidades fizeram com que no final daquele ano, trocasse aquele carro por outro com quatro rodas e dois eixos.


Contudo, o conceito permaneceu na mente de projectistas durante mais algum tempo, e em meados de 1982, a Williams desenhou o FW08B, com dois eixos traseiros e efeito-solo, onde fez testes em Paul Ricard, batendo o recorde da pista por várias vezes. Contudo, esse protótipo nunca viu a luz da competição, porque no final daquele ano, a FISA definiu que os carros tivessem apenas um eixo dianteiro e um eixo traseiro...


Fontes:

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

As notas de Valencia

Num Grande Prémio onde a emoção não existiu, é mais fácil chegar à unanimidade. Pelo menos foi o que pensei quando vi as notas dos outros no GP da Europa, em Valencia. As diferenças entre nós não foram muitas, e até há casos de unanimidade!




Desta vez andamos a ver a mesma coisa. Ainda bem!

O humor corrosivo ataca...

Com o regresso da Formula 1 à acção, no circuito urbano de Valencia (só de lembrar o circuito, fico com sono...) voltam as tiradas humoristicas. Hoje trago dois exemplos daqueles que tenho andado a ver um pouco pela blogosfera. O primeiro é o do Capelli, que em conjunto com o caricaturista Sergio Mantovani, decidiu gozar com a quebra do motor de Kimi Raikonnen. Agora já sei o que seria o do GP hungaro, pois eles não o fizeram...


A segunda tiragem vem da Venezuela, terra do Blog do Nuvolari. Com o acidente do Fernando Alonso com o Kazuki Nakajima, logo na primeira volta, o meu amigo decidiu declarar o filho de Satoru como perigo público, colocando-lhe umas orelhas de buro pelo gesto feito. Acho que nem o pai se lembraria dessa...

IRL - Ronda 15, Sonoma

O piloto brasileiro Helio Castroneves conseguiu esta noite a sua primeira vitória nesta temporada, ao ganhar no circuito californiano de Sonoma, numa dobradinha da equipa Penske, já que o seu companheiro de equipa, o australiano Ryan Briscoe, foi segundo. Esta vitória é importante para o campeonato, já que o actual lider, o neozelandês Scott Dixon, não conseguiu ficar entre os primeiros lugares.


Numa corrida sem motivos de interesse, viu Castroneves largar da "pole-position", controlando a corrida durante as suas 80 voltas de duração. O seu rival, Scott Dixon, que partida do quinto lugar, não teve argumentos para o ir buscar, e para piorar as coisas, um mau reabastecimento relegou-o para o 12º lugar final, provavelmente a sua pior posição nesta temporada.


A acompanhá-lo no pódio foi o seu companheiro de equipa, o australiano Ryan Briscoe, e o Andretti-Green de Tony Kanaan. No quarto posto fcou o inglês Dan Wheldon, seguido pela americana Danica Patrick, que obteve aqui o seu melhor resultado do ano em circuitos convencionais. Ernesto Viso, da Venezuela, foi o sexto.


Esta vitória compensou o incidente que sofreram no inicio deste fim de semana, quando um dos camiões da marca pegou fogo, destruindo os chassis de Castroneves e Briscoe. Contudo, a equipa enviou outro camião, com mais dois chassis, e foram estes que deram a dobradinha, e recolocam o piloto brasileiro na luta pela liderança do Indy Racing League.


No campeonato, Dixon continua a liderar com 576 pontos, seguido por Castroneves, com 533, e Dan Wheldon num distante terceiro lugar, com 352 pontos. A próxima prova acontecerá no dia 31 de Agosto, em Detroit.