sábado, 29 de novembro de 2008

Noticias: Ocean contrata Yelmer Buurman

Poucos dias depois de Tiago Monteiro ter adquirido a BCN Competicion, equipa de GP2, e de o ter transformado na Ocean Racing Technology (ORT), a equipa anunciou esta noite a contratação do holandês Yelmer Buurman, de 21 anos, para conduzir um dos carros da equipa na GP2 Asia Series, cuja próxima ronda acontecerá no dia 6 de Dezembro no circuito do Dubai.

"Acho que é um óptimo piloto para arrancarmos com este projecto. É rápido e já tem uma boa experiência acumulada nos monolugares. Além disso é muito motivado e trabalhador. Encaixa perfeitamente no espírito da Ocean Racing Technology", garante Tiago Monteiro.

José Guedes, o outro membro da direcção da ORT, também se congratula pela contratação do holandês, destacando a consistência do seu novo piloto: "Teve uma prestação admirável este ano na Superleague Fórmula e soube aproveitar bem um carro novo que precisou de muito trabalho. Também teve uma boa adaptação quando chegou à GP2 e já tinha dado bons indicadores quando passou pela World Series. Tem o perfil que procuramos na Ocean Racing Technology e estou certo de que vai adaptar-se bem a esta nova estrutura," afirmou.

Já o piloto promete dar o máximo para merecer o lugar: "Como piloto é emocionante representar esta nova equipa. Vou dar o máximo para impressionar o Tiago e o José Guedes, e quero garantir um lugar na equipa em 2009. A GP2 é um terreno em que quero provar a minha competitividade, em especial depois de ter perdido o lugar na Arden na última temporada. O Tiago expôs-me as suas ideias e os planos para a equipa. Acho que a Ocean Racing Technology rapidamente estará a disputar os primeiros lugares," assegura o jovem holandês.

Yelmer Buurman nasceu a 19 de Fevereiro de 1987, em Ubbergen, próximo da fronteira com a Alemanha. começou a correr na Formula Koenig em 2002, para logo depois competir na formula Renault durante três temporadas (2003 a 2005), correndo pela Fortec. O melhor que conseguiu foi ser terceiro classificado na série holandesa, na temporada de 2004.

Em 2005, fez umas corridas na Formula 3 britânica, algo que voltou no ano seguintes, fazendo a tempo inteiro. Foi quarto classificado em 2006, vencendo duas corridas, e em 2007, passou para a Euroseries, conseguindo o sexto lugar no campeonato, conseguindo como melhor resultado um segundo lugar em Hockenheim. Ainda nesse ano, correu em quarto provas na World Series by Renault, substituindo o francês Richard Phillippe, conseguindo como melhor resultado um quarto lugar, em Donnington.


No final de 2007, Buurman foi para a GP2 Asia, correr na Arden, entrando a partir da terceira jornada dupla, na Malásia. O seu melhor resultado foi um terceiro lugar no Dubai, acabando a série no nono lugar da classificação geral. Na época de 2008, Buurman continuou na Arden, mas não foi melhor do que um segundo lugar em Magny-Cours, antes de ser despedido da equipa e substituido por Luca Fillipi.


Pouco tempo depois de ser despedido, foi contratado pela Azerti Motorsport, para correr no carro do PSV Eindhoven, na Superleague Formula, onde alcançou uma vitória em Nurburgring, e terminou o campeonato na segunda posição.

Noticias: "Desilusão já passou", diz Massa

Um mês depois da decisão do GP do Brasil, Felipe Massa diz que desilusão pela perda do título deste ano "já está ultrapassada". O piloto brasileiro, que este fim-de-semana está a organizar o "Desafio das Estrelas" de kart, em Florianópolis, no Brasil, deu uma pequena conferência de imprensa no qual reafirmou que já deixou a desilusão para trás.


"Eu não sou do estilo de me queixar disto ou daquilo. Isso é conversa de 'bebé-chorão'. Eu só tenho de me preocupar em pilotar. O que aconteceu no passado já passou", começou por dizer, garantindo que "tenho é de me preparar para o futuro", afirmou.


O paulista surpreendeu os presentes ao criticar de forma aberta as medidas propostas por Max Mosley, presidente da FIA, para cortar custos na modalidade, sendo a mais visada a da standardização dos motores: "Cada equipa deve ter direito a construir o seu motor. A Formula 1 não é para novatos é para os melhores pilotos do mundo e cada equipa tem o direito de construir o seu próprio motor", começou por explicar, acrescentando que "é difícil imaginar um Ferrari sem o seu próprio motor. Falta-lhe o 'glamour', aquilo que cada equipa deve ter e que é próprio", concluiu.


No Desafio das Estrelas, Felipe Massa terá a companhia de alguns dos melhores pilotos brasileiros, mas não só, uma vez que Michael Schumacher, seu amigo pessoal, também estará presente. Para além disso, o piloto da Ferrari aunuciou ainda que irá doar 25 mil dólares para as vítimas das inundações no estado de Santa Catarina. As intempéries na região, que acontecem já há cerca de uma semana nesse mesmo estado, causaram até agora a morte de 100 pessoas, com mais de 54 mil familias desalojadas em vários locais do estado de Santa Catarina.

Noticias: Kubica critica a sua equipa

O polaco Robert Kubica aproveitou uma entrevista ao site holandês Fomule 1 Race Report para dizer que não consegue perdoar à BMW Sauber por não lhe ter dado um carro capaz de lutar pelo título mundial em 2008. A equipa, que depois de ter conseguido a sua primeira vitória no Canadá, decidiu apostar no carro de 2009, em vez de melhorar o carro deste ano, impediu o piloto polaco de lutar devidamente pelos lugares da frente, e colher pontos decisivos.


Não é segredo para ninguém o que correu mal. Não desenvolvemos o carro tão bem como esperávamos. Até a Toro Rosso se aproximou de nós nas últimas corridas”, sublinhou o piloto polaco ao website holandês.


O jovem piloto, que fará vinte e quatro anos no próximo dia 7 de Dezembro, admite que a sua equipa não tem qualquer problema ao nível financeiro ou de capacidade humana, mas deixa de transparecer alguma frustração por não ter sentido a BMW Sauber ao seu lado. ”Não tem a ver com dinheiro ou com capacidade de trabalho. A Renault não é a equipa mais rica, no entanto, tornou-se bicampeão mundial. Este ano demos o máximo e tivemos uma possibilidade fantástica, mas não a aproveitámos. Nos últimos dois ou três meses tive a sensação de que eu e a equipa não perseguíamos o mesmo objectivo”, fez questão de frisar.

Bolides Memoráveis - Hill GH1 (1975)

Há precisamente 33 anos atrás, as vidas de Graham Hill, Ray Brimble, Tony Brise, Andy Smallwood, Tony Alcock e Terry Richards tinham um final abrupto no campo de golfe de Arkley, no norte de Londres, quando o Piper Aztec tripulado por Hill despenhara-se, devido ao forte nevoeiro que se fazia sentir naquele dia. Vinham de Paul Ricard, no sul de França, onde tinham testado o GH2, o segundo carro da Embassy Hill, para a temporada de 1976. Infelizmente, com as mortes de Hill e Brise, também morriam as esperanças de ver se o construtor Hill iria ser bem sucedido, ou não.


Nesta homenagem a eles, decidi falar sobre o unico carro construido de raíz, que a equipa teve durante a sua curta existência: o Hill GH1.


Quando Graham Hill foi embora da Brabham, no final da temporada de 1972, decidiu que o melhor a fazer seria constituir a sua própria equipa. Em 1973, com o apoio da marca de cigarros Embassy, Hill compra um chassis Shadow e corre sozinho, começando as suas operações no GP da Espanha desse ano. No final, não conseguira pontos. No ano seguinte, adquire um chassis Lola, onde consegue resultados ligeiramente melhores, e contrata pilotos pagantes como o alemão Rolf Stommelen e o inglês Guy Edwards.

No inicio de 1975, Hill decide que é hora de construir o seu próprio chassis. Contrata os serviços de um jovem projectista, Andy Smallwood de seu nome, e projecta um carro fortemente influenciado pelo modelo Lola do ano anterior. O carro, baptizado oficialmente de Hill GH1, estreia-se no GP de Espanha desse ano, com Rolf Stommelen e o francês Francois Migault ao volante. Foi uma corrida polémica, devido aos problemas de segurança no circuito de Monjuich, mas a corrida foi marcante para a marca pela melhores... e piores razões.


Nessa corrida, Stommelen classificou o seu carro na nona posição da grelha, e aproveitou as desistências à frente dele para que chegasse à liderança na volta 17. Durante as sete voltas seguintes, o Hill aguentou as investidas do Brabham do brasileiro José Carlos Pace, até que a meio da volta 25, a asa traseira do Hill cede e Stommelen voa para fora das barreiras de protecção, matando quatro pessoas e ficando gravemente ferido.


Hill viu o potêncial do chassis e tentou a sua sorte no GP do Mónaco, substituindo Stommelen. Infelizmente para ele, os seus 47 anos já não foram suficientes para se classificar com o carro no mesmo circuito que o viu vencer por cinco vezes. Depois de reflectir, decidiu que era a hora de se retirar como piloto.

Contudo, precisava de um piloto capaz de subsituir Stommelen durante boa parte da temporada. O substituito acabou por ser um jovem e talentoso piloto inglês de 23 anos, que se tinha estreado em Montjuich com um carro da Williams: Tony Brise. Estreou-se na Belgica, onde colocou o carro na sétima posição da grelha, mas se retirou cedo com problemas de motor, e na corrida seguinte, em Anderstorp, palco do GP da Suécia, conseguiu levar o carro até ao sexto lugar, dando o primeiro ponto da equipa.

Por esta altura, Hill procurava um bom segundo piloto, que o pudesse acompanhar Brise, e encontrou um jovem australiano de 28 anos, que procurava lugar na Formula 1, depois da equipa privada em que guiava ter fechado as suas portas, Chamava-se Alan Jones.

O australiano juntou-se à equipa a tempo do GP da Holanda, onde ficou por quatro corridas, até ao regresso de Stommelen à equipa. Em Silverstone, antes da corrida começar, Graham Hill fez a sua volta final de piloto, a bordo do seu GH1, despedindo-se das pistas no qual correu durante 17 temporadas, marcando o final de uma era na Formula 1.



Depois do emocionante despedida da competição, Hill concentrou-se na equipa, e os resultados apareceram. Alan Jones, na última corrida pela equipa antes do regresso de Stommelen, acabou no quinto lugar no GP da Alemanha. O alemão voltou, mas correu somente em duas corridas, e na etapa final, em Watkins Glen, Hill levou apenas um carro para Brise. No final do ano, os três pontos conquistados pela equipa eram constituidos como um estimulante inicio de carreira como construtor.


E foi assim, que arrancaram para o GH2, com planos para correr em 1976 e melhorar os resultados. Mas depois de uma apresentação á imprensa e de testes em Paul Ricard, Hill e o resto da equipa voltavam a Londres para participarem num jantar de angariação de patrocinadores. Como Hill tinha pressa para ir a esse jantar, perferiu enfrentar o nevoeiro do que aterrar noutro lado e esperar, pois confiava na sua capacidade de piloto experimentado. Quando se aproximava do aeroporto, o nevoeiro era intenso, e sem saber, estava a sobrevoar as arvores que ladeiam o campo de golfe de Elstree. O choque foi inevitável e todos os passageiros que seguiam a bordo morreram.


Após o acidente, descobriu-se que Hill não tinha feito um seguro de vida para ele e para os outros membros da tripulação. As indemnizações que a viuva teve que pagar aos familiares que seguiam no avião fez com que as actividades da equipa pura e simplesmente terminarem, e o GH2 foi directo para o museu...

Chassis: Hill GH1
Projectista: Andy Smallwood
Motor: Cosworth DFV V8 de 3 Litros
Pilotos: Graham Hill, Tony Brise, Rolf Stommelen, Alan Jones, Francois Migault, Vern Schupmann
Corridas: 11
Vitórias: 0
Pole-Positions: 0
Voltas Mais Rápidas: 0
Pontos: 3 (Jones 2, Brise 1)

Fontes:


Speeder questiona... Hugo Becker (Motor Home)

O quarto convidado do "Speeder Questiona...", o espaço de entrevistas deste blog, é alguém que apesar de ter algum tempo de estadia na Blogosfera, só muito recentemente é que construiu o seu blog automobilistico, o Motor Home. Hugo Becker tem 23 anos, feitos no passado dia 14, é músico, publicitário e aspirante a jornalista. Fanático por Fórmula-1 e Classic Rock, confessa ser fã de Ayrton Senna, Michael Schumacher e das bandas Queen e Deep Purple. E apesar de ser novato nisto, espera singrar como toda a gente, logo esta entrevista pode ser vista como um "cartão de visita" do seu blog.



1 – Olá Hugo, é um prazer ter-te aqui, neste humilde blog, a responder às minhas perguntas. Queres explicar, em poucas linhas, como surgiu a ideia deste blogue?

R: Surgiu pela paixão que tenho por Fórmula-1. Embora eu ainda não seja Jornalista por ofício, gosto de fazer parte dos debates e das opiniões sobre este esporte pelo qual muitos são apaixonados, e também de construir aos poucos um arquivo pessoal a respeito dos fatos que acontecem diariamente na categoria.


2 – O nome que ele tem, foi planeado ou saiu, pura e simplesmente, da tua cabeça?

R: Na verdade tive outras ideias mais interessantes, mas que já estavam sendo utilizadas. Depois de pensar bastante, “Motorhome” foi o melhor nome encontrado para aproximar os leitores da ideia original do blog.

3 – Antes de começares este blog, já tinhas participado em algum blogue ou site?

R: Eu tinha o hábito de escrever sobre Fórmula-1 em um blog pessoal, mas poucos se interessavam, justamente pelo fato de o público-alvo deste blog ser outro. Foi então que tive a ideia de criar um blog voltado apenas ao automobilismo.


4 – Em que dia é que começaste, e quantas visitas é que já teve até agora?

R: Comecei exactamente no dia 13 de Outubro. Pelos poucos recursos de divulgação e pelo pouco tempo do blog, acredito ter uma média boa de leitores: 25 leitores diários, 850 visitas até aqui.

5 – De todos os posts que já escreveste, lembras-te de algum que te orgulhe… ou não?

R: Certamente, o post em seguida ao final do GP do Brasil de 2008. Aquilo foi surreal. Minhas mãos tremiam e eu estava completamente tomado pela emoção de uma corrida épica e inesquecível. Escrevi com extrema dificuldade, mas acredito ter conseguido registrar de forma muito clara uma passagem histórica da Fórmula-1.


6 – Começaste há pouco tempo. Achas que vais conseguir ser diferente dos outros blogs?

R: Não tenho a pretensão de ser obrigatoriamente diferente. Já existem blogs com essa proposta, como o fantástico blog do Rianov, o F1-Nostalgia. Tenho sim, a pretensão de que minhas opiniões possam ser respeitadas e que meu blog, aos poucos, se transforme em uma espécie de “leitura indispensável”, como tenho hoje o seu blog, o do Capelli e alguns outros.

7 – Daqueles blogues que conheces sobre automobilismo, qual(is) dele(s) é que tu nunca dispensas uma visita diária?

R: Continental Circus, Blog do Capelli, Blog do Fábio Seixas, Blig do Gomes e o Blog do Ico. Esses são os indispensáveis no dia-a-dia. Mas leio várias vezes por semana muitos outros que considero indispensáveis, como o Blog F-1 e o Blog do Ron Groo, por exemplo.


8 – Falemos agora de Formula 1. Ainda te lembras da primeira corrida que assististe?

R: Desde a minha mais remota lembrança, eu já acompanho Fórmula-1. E essa lembrança data de 1988. Não sei precisar exactamente qual corrida, mas ainda muito cedo passei a acordar cedo rigorosamente em todos os domingos de corrida, em meio à “Sennamania” no Brasil.

9 – E qual foi aquela que mais te marcou?

R: Imola 1994, sem dúvida. Muitas outras corridas marcaram pelas disputas, pela emoção e por decisões de título, mas Imola 1994 marcou não só pelos motivos que todos sabem, mas também por que foi a única corrida daquela temporada que não pude assistir, e uma das pouquíssimas que deixei de assistir em toda a vida. Lembro-me de ter perguntado em uma banca de jornal em que posição estava Ayrton Senna, e a dona da banca respondeu que ele havia se acidentado gravemente. Obviamente, não levei a sério. À meio-dia, quando cheguei em casa, os plantões jornalísticos noticiavam a morte cerebral do piloto. Ironicamente, a corrida que mais me marcou é a que não assisti...


10 – Fittipaldi, Piquet e Senna. Qual dos três é aquele que mais agrada, e porquê?

R: Ayrton Senna, pelos números impressionantes, por alguns desempenhos épicos (como Donnington 1993 ou Mônaco 1984) e por ter desaparecido no auge da forma, deixando a aura do “se”, de tudo aquilo que ainda poderia vir a conquistar. Mas Fittipaldi é importantíssimo, pelo pioneirismo tanto na Fórmula-1 quanto na IndyCar, e por tudo aquilo que representou para o Brasil nestas categorias.

11 – E achas que algum dia, Felipe Massa vai fazer parte deste trio de campeões?

R: Acreditava que 2008 era a última grande chance de Massa, mas o desfecho do campeonato me faz acreditar que sim, ele tem realmente todas as possibilidades de ser o quarto brasileiro campeão mundial de Fórmula-1.

12 – Comparando-o aos três pilotos acima referidos, Massa é mais parecido com quem, e porquê?

R: Compará-lo com qualquer um dos três ainda é injusto, mas eu diria que se parece mais com Piquet. Emerson era extremamente técnico e regular, méritos que eu não atribuo a Massa. Senna era extremamente arrojado e era capaz de impor um domínio assombroso em uma única temporada, e também não vejo Massa fazendo isso. Massa é um piloto arrojado, sim, mas não creio que venha a dominar com sobras uma temporada, tampouco o vejo como um “génio das pistas”. É um excelente piloto e deve conquistar títulos sofridos, como dois dos três títulos de Piquet.

13 – Achas que o título de 2008 foi bem entregue?

R: Um piloto é tão bom quanto sua última corrida”. A corrida dos dois postulantes ao título de 2008, em Interlagos, foi bem diferente. Massa foi brilhante, Hamilton esteve apagado e errou novamente em um momento decisivo. Acredito que, para efeito histórico e pela capacidade evidente do inglês, o título foi muito bem entregue. Mas o GP do Brasil deixou a impressão de que quem merecia ser campeão era Massa. Como disse a GP Week, não fossem os erros da Ferrari, Massa poderia ter liquidado o campeonato antes mesmo do GP do Brasil.


14 – Tirando os brasileiros, qual é para ti o piloto mais marcante da história da Formula 1, e porquê?

R: O mais marcante foi Ayrton Senna, por ser um showman, por pilotar o tempo todo no limite e de forma extremamente passional. Mas o melhor, sem dúvida, foi Michael Schumacher. Tenho orgulho de tê-lo visto correr. Dificilmente existirá um piloto que imponha tamanha superioridade como Schumacher fez.

15 – Para além de Formula 1, que outras modalidades de automobilismo que tu mais gostas de ver?

R: IndyCar, mas não acompanho com frequência. Gosto muito da GP2, também. Mas para ser sincero, acompanho mais futebol do que qualquer outro esporte que não seja a Fórmula-1.


16 – E achas que vale a pena falar sobre ele no teu blogue?

R: Sim, vale a pena, mas não gosto de falar sobre aquilo que julgo não ter muito conhecimento. Deixo isso para quem tem o devido conhecimento, como você e alguns outros.


17 – O que é que tu alcançaste, em termos de prémios, convites, referências… desde que iniciaste o teu percurso na Blogosfera?

R: Como disse, estou há apenas um mês atuando na “Blogosfera Automobilística”. Ainda não tive tempo nem possibilidades de alcançar prêmios, apenas algumas boas referências, o que já me deixou bastante feliz.

18 - Correr é importante para as pessoas que o fazem bem, porque… é vida. Tudo que fazes antes ou depois, é somente uma espera.” Esta frase é dita pelo Steve McQueen, no filme “Le Mans”. Concordas com o seu significado? Sentes isso na tua pele, quando vês uma corrida?

R: Não, como espectador certamente a experiência não é a mesma. Talvez como piloto sim, mas como espectador, embora muitas vezes a ansiedade exceda o normal, não atinge o extremo exemplificado no filme.

19 - Tens alguma experiência automobilística, como karting? Se sim, ficaste a compreender a razão pelo qual eles pegam num carro e andam às voltas num circuito?

R: Infelizmente, ainda não. Mas desde os meus seis anos de idade, pedia para meu pai me “comprar” um kart para que eu pudesse competir...


20 - Tens algum período da história da Formula 1 que gostarias de ter assistido ao vivo?

R: Gostaria de ter os 23 anos que tenho hoje em 1980. Teria visto com clareza, em uma mesma década, Gilles Villeneuve, Ayrton Senna, Nelson Piquet, Nigel Mansell, Alain Prost, etc. Acompanhei a metade final dos anos 80, lembro-me claramente de algumas corridas, mas apenas como uma lembrança da infância, nada muito específico.

21 - Costumas jogar em algum simulador de corridas, como o “Gran Turismo”, o “Formula 1”, ou jogos “online”, como o BATRacer ou o “Grand Prix Legends”?

R: Por enquanto, só jogo na Playstation, mesmo... mas está ansioso por jogar em algum simulador online.

22 - Já alguma vez viste a briga entre o René Arnoux e o Gilles Villeneuve, no GP de França de 1979? Para ti, aquelas voltas finais significam o quê?

R: Sim, certamente assisti! Tenho o hábito de comprar fitas VHS de antigas corridas que não pude assistir, e tenho essa corrida gravada. É uma disputa de arrepiar! Aquelas voltas finais são um exemplo claro do que é a essência do automobilismo. Isso justifica o fato de Gilles Villeneuve ser tão venerado até hoje.

23 – Vamos falar do futuro próximo: Bruno Senna, Lucas di Grassi, Nelson Piquet Jr. Um já está lá, os outros dois querem lá chegar. Achas que algum dos três tem estofo de campeão? Se sim, qual?

R: É difícil falar sobre isso, mas pelo que os três mostraram até aqui, o único que tem capacidade para ser campeão na Fórmula-1 é Lucas di Grassi. Não por ser brilhante ou arrojado. Mas por ser discreto, técnico, extremamente rápido e surpreendentemente regular. É uma pena que, provavelmente, não o veremos na Fórmula-1 em 2009.

24 – Tens algum plano para o blogue, no futuro próximo?

R: Divulgá-lo cada vez mais, torná-lo uma referência e, quem sabe, utilizá-lo para abrir as portas do mundo jornalístico para o meu trabalho!


sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Noticias: Audi anuncia o novo modelo para Le Mans...

... mas não vai participar na Le Mans Series de 2009.

Primeiro que tudo: o novo modelo foi anunciado hoje no Salão de Essen pelo Director Desportivo da marca, Dr. Wolfgang Ulrich. Segundo ele, o modelo R15 terá um motor TDi mais leve e compacto, com uma maior eficiência em termos de consumo. O mesmo responsável disse ainda que o protótipo continuará a ser aberto, tal como acontece com os modelos anteriores (R8 e R10), pois os responsáveis acham que é uma solução mais prática, especialmente durante os períodos de troca de pilotos.



O Audi R15 TDi terá o seu shakedown ainda este ano, e uma apresentação pública será feita antes das 12 Horas de Sebring, que acontecerá a 23 de Março de 2009. Quanto à Le Mans Series de 2009, Wolfgang Ulrich afirmou que não se apresentará à competição, deixando a Peugeot sem rival na competição, e eventualmente, comprometendo o crescimento das séries. Contudo, irá apresentar três R15 para as 24 Horas de Le Mans, pois um dos objectivos da marca é subir ao segundo lugar dos construtores mais vitoriosos da maior prova de Endurance, igualando a Ferrari (9 vitórias da Scuderia contra 8 da marca das argolas).

Também, a Audi anunciou que está a desenvolver uma versão de resistência, para as 24 horas de Nürburgring, do novo Audi R8 LMS GT3. Christian Abt, Frank Biela e Frank Stippler têm desenvolvido o carro nos últimos meses. A versão GT3 do R8 custará 262 mil Euros e serão construídas oito viaturas para a temporada de 2009.

As possibilidades de Armando Parente

Esta noticia já tem quase duas semanas, mas parece que mesmo com esta disparidade temporal, ainda tem a sua pertinencia, pois fica-se a conhecer aquilo que os pilotos que estão nas categorias de base tem de passar nos periodos de defeso: angariar patrocinadores, elaborar orçamentos e analisar as categorias existentes, para saber qual é a melhor para a progressão de uma carreria, que se quer que acabe na Formula 1. E se no caso em concreto falo de Armando Parente, o vencedor da Formula ADAC Masters de 2008, este assunto deve acontecer com todos os outros pilotos que militam nessas categorias de base, independentemente da nacionalidade.

Se quiserem saber mais sobre este piloto, podem visitar o blog dele. E agora, eis na integra a matéria que foi publicada no Autosport português. Enjoy!

ARMANDO PARENTE AVALIA POSSIBILIDADES PARA 2009

Depois do título na ADAC Fórmula Masters, Armando Parente avalia as suas opções para avançar com a sua carreira como piloto profissional. Como é habitual naqueles cujo objectivo final é a Fórmula 1, Parente pretende correr numa competição de monolugares em 2009, de preferência competitiva e com reconhecimento a nível internacional.


Único português a conquistar um título internacional no automobilismo à geral, Armando Parente fechou com chave de ouro a sua primeira época completa em corridas de automóveis, com a vitória na Fórmula ADAC Masters, competição de monolugares realizada essencialmente na Alemanha, e que exibe na galeria de vencedores nomes como Timo Glock, Nico Rosberg e Sebastian Vettel, que já atingiram o objectivo de chegar à Fórmula 1, bem como Nico Hülkenberg e Christian Vietoris, que passaram pela equipa alemã do A1 Grand Prix.

Agora, o piloto de Lisboa está já a pensar no próximo passo, para uma categoria mais competitiva e num carro mais potente. Hoje em dia, são muitos os campeonatos à disposição, pelo que Parente apresenta a sua avaliação de vários categorias existentes, desde as famosas Fórmula 3 à World Series by Renault, passando também pelas menos óbvias como a Fórmula Master ou a nova Fórmula 2 FIA.

FÓRMULA RENAULT

"O que me agrada mais na Fórmula Renault como escola de aprendizagem é que os carros são muito difíceis de conduzir, ao contrário do meu carro na ADAC ou do F3, que têm que se guiar na ponta dos dedos. Nos Renault, um piloto está sempre a lutar contra o carro, o que nos dá outro tipo de experiência. Hoje em dia, muitos pilotos que estão na F1 passaram pela F. Renault, e a Eurocup é uma das duas grandes escolas de pilotagem. Mesmo sem ter uma motorização muito grande, tem mais motor do que se pode considerar ideal para aquele chassis. Quanto mais uma pessoa luta com o carro, acaba por adaptar-se um pouco melhor quando evolui para carros mais potentes.

Apesar de ser um campeonato competitivo mas mais acessível para se poder andar na frente, ganhar a Fórmula Renault NEC não tem tanto impacto como ganhar o Europeu. E para estar em condições de o fazer é preciso fazer também o NEC, para se acumularem quilómetros com o carro. Os que têm ganho a Eurocup nos últimos anos, ou seja, o Filipe Albuquerque, o Brendon Hartley e o Valtteri Bottas, têm participado em dois campeonatos ao mesmo tempo, o que dispara o orçamento para valores exorbitantes."


FÓRMULA 3


"Para mim, a opção mais realista é fazer a Taça Alemã de F3. Já conheço esta categoria, pois corria nos mesmos fins-de-semana que a ADAC Fórmula Masters. A minha equipa, a URD, está a ponderar dar o salto para a F3 alemã, e se estiverem dispostos a ajudar-me, acredito que seria possível reunirmos um orçamento que nos permita fazer este campeonato. Antes, quando me falavam da F3 alemã, eu torcia o nariz, mas agora sei que é extremamente competitivo, mesmo que não esteja ao mesmo nível que a Euroseries. Também já tem as mesmas marcas a fornecer motores, Mercedes e Volkswagen. Mesmo assim é preciso um apoio forte, pois mesmo aqui é preciso um orçamento três ou quatro vezes superior à ADAC.

Infelizmente, na Euroseries estamos a falar de valores acima de meio milhão de euros para poder ganhar. O grande problema deste campeonato é que tenho que estar numa das duas ou três equipas de topo, com um motor de preparação oficial, para poder ser competitivo, caso contrário é praticamente impossível ganhar. Eles sabem que são as melhores equipas, e pedem valores exorbitantes. Como não gosto de fazer número, para não poder lutar pelo título prefiro não correr. O Campeonato Britânico continua a ser uma categoria competitiva, mas já há algum tempo que deixou de estar ao nível actual da Euroseries, situando-se um furo abaixo. Sobre o Campeonato Espanhol e o Campeonato Italiano de F3, não acho que valha a pena levar muito a sério. São bons apenas para ganhar rodagem, não têm impacto significativo nem se ganha nome se fosse campeão."

FÓRMULA MASTER

"A Fórmula Master tem motores mais potentes que a Fórmula 3, e fala-se que poderá passar a ser a GP3, abaixo da GP2 e acompanhando a Fórmula 1, pelo que acaba por ganhar algum interesse. Vi uma corrida o ano passado em Valência, quando fiz uma corrida de Fórmula BMW, e achei um campeonato muito bom, as corridas foram competitivas e os carros não aparentaram ter problemas. Sinceramente, não tenho grandes noções dos valores necessários para participar ou do retorno dado, mesmo acompanhando o WTCC, mas do pouco que vi, gostei."

FÓRMULA 2

"Engraçado, porque no outro dia, o meu pai falou-me disso, mas para ser sincero já há algum tempo que não tenho ouvido falar muito sobre o assunto. Sei que vai ser um novo campeonato, com custos controlados, e que as equipas não vão ter permissão para mexer nos carros, mas mesmo assim vou esperar para ver. Mesmo na F. Renault, onde os chassis e os motores são iguais, são sempre as mesmas equipas que estão à frente. Se houver possibilidade de os carros se manterem realmente iguais na F2, o que acho muito difícil, pode ser um campeonato bom para um piloto se destacar pelo seu valor e não por estar simplesmente na melhor equipa."

WORLD SERIES BY RENAULT

"Acho que seria um salto demasiado grande ir directamente para a World Series by Renault. Vê-se que os pilotos bons que chegam à World Series conseguem andar depressa imediatamente, mas não é fácil porque os carros têm mais aerodinâmica, são muito mais potentes e também mais difíceis de conduzir. Se surgisse a oportunidade, gostaria de aproveitar e tenho a certeza que conseguiria andar depressa, mas se calhar no início ia ter que me habituar, só conseguiria ser rápido para o final do ano."

OUTRAS COMPETIÇÕES

"Campeonatos como a Euro 3000, ou a Fórmula Palmer Audi, parecem ser giros para quem tiver dinheiro e quiser divertir-se com um monolugar, mas para mim não têm grande interesse. A Euro 3000 tem carros antigos e nenhum deles tem grande visibilidade, não fazem sentido para quem quiser seguir carreira como piloto."

CONCLUSÃO

"Numa primeira análise, a F3 alemã parece ser o passo mais correcto a dar. Já existem os contactos com a equipa, o orçamento parece ser-me dos mais acessíveis, os carros são competitivos e posso adaptar-me depressa ao carro, como fiz na ADAC. Se conseguisse um bom resultado, e houvesse interesse em alguma marca em apoiar-me oficialmente, então poderia passar para a Euroseries.

A este nível a pressão é muita, e já não há aquela história de um ano para aprender e outro para ganhar, só pode fazer isso quem tem dinheiro. Quem não estiver nesta situação precisa de aproveitar as oportunidades para brilhar no primeiro ano. É difícil, mas se fosse para um campeonato desses teria que andar depressa desde o início."

Paulo Manuel Costa

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Bolides Memoráveis - McLaren M19A/C (1971-73)

O modelo do qual falo hoje trata-se do primeiro chassis bem sucedido da marca, na Formula 1, depois da morte do seu fundador, Bruce McLaren. Quando este morreu, em Junho de 1970, a equipa ficou nas mãos do americano Teddy Mayer, sócio e amigo de McLaren, e de Dennis Hulme, compatriota de McLaren, e o piloto principal da equipa desde 1968. O chassis M19A foi o primeiro a ser desenhado após a morte de McLaren, e após um periodo inicial modesto, recebeu uma versão modificada, o modelo C, que melhorou significativamente as suas performances e os colocou no caminho do sucesso.

No final de 1970, a McLaren ainda lambia as feridas da morte de McLaren, e estava envolvida em várias frentes, como a Formula 1, a Can-Am e a USAC (a antecessora da CART). Gordon Coppuck, o projectista principal, estava ocupado em desenhar o nodelo M16, para a USAC, logo, quem estava encarregado de desenhar o novo chassis era outro projectista: Ralph Bellamy. O chassis que desenha tinha uma forma de "garrafa de Coca-Cola", com o chassis feito de aluminio, com uma entrada de ar feira de fibra de carbono, no sentido de fazer respirar melhor o motor Cosworth DFV V8, com uma potência de 450 cavalos. A suspensão era levantada, no sentido de se adaptar ao solo, diminuindo as vibrações sentidas no carro. Contudo, isso não resultou bem, e na versão C, foi substituido por uma suspensão mais convencional.

O chassis estreou-se em Kyalami, palco do GP da Africa do Sul de 1971. Hulme portou-se bem nessa corrida, liderando por muito tempo. Só que a quatro voltas do fim, uma falha na suspensão retira a Hulma a possibilidade de vitória. Aliás, a fragilidade do carro em termos de componentes iria prejudicar, e muito, os resultados da equipa naquela temporada de Formula 1. Para além disso, era apenas Hulme a trabalhar no carro, já que o seu segundo piloto, o inglês Peter Gethin, era demasiado lento, e foi despedido após o GP da Alemanha desse ano, substituido por David Hobbs.


Ironicamente, o melhor resultado nesse ano, foi obtido por um... privado. O americano Mark Donohue, estrela na USAC e na Can-Am, fez uma incursão na Formula 1, guiando num chassis inscrito pela Penske, e levou o carro ao terceiro lugar no chuvoso GP do Canadá, em Mosport, acabando mesmo à frente do carro oficial, guiado por Hulme. No final de 1971, a equipa oficial tinha conseguindo somente dez pontos, todos conquistados por Hulme.

Em 1972, a McLaren trabalha numa versão modificada do M19A, que vai ser a versão C, no sentido de corrigir os defeitos encontrados na versão A. Um bom exemplo disso era que nesta versão C, a suspensão era convencional. Mas antes da estreia da nova versão, Denny Hulme leva o M19A a uma vitória retumbante no GP da Africa do Sul, a primeira vitória da marca desde 1969. Nessa altura, a marca tinha abandonado o tradicional laranja, para colocar o branco e dourado da marca de cosméticos Yardley. Quando a versão C se estreou no Mónaco, pelas mãos de Dennis Hulme, não faz grande coisa, devido ao tempo que se fazia sentir, mas consegue um pódio na corrida seguinte, na Belgica.


A segunda parte da temporada, com Hulme e Revson ao voltante, (e o inglês Brian Redman a substitui-lo, quando o americano tinha que correr na Can-Am), faz com que tenha melhores resultados do que a versão anterior. Com esse modelo, Hulme consegue cinco pódios (quatro dos quais consecutivos), e Revson obtêm uma "pole-position", no Canadá, para além de dois pódios. Aqui, a fiabilidade foi rei, e finalmente, a rapidez que tanto prometia na versão A, foi revelada. No final da temporada, a McLaren é terceira no Mundial de construtores, com 47 pontos. No final desse ano, a McLaren fornece um terceiro carro para um jovem sul-africano que tinha dado nas vistas em Inglaterra, pela sua rapidez: Jody Scheckter.

No inicio de 1973, a equipa prepara o M23, que promete ser um carro diferente, para melhor, do M19C. Só que o carro só se estreará na Africa do Sul, logo, Hulme ainda corre durante duas corridas com o M19, onde consegue um pódio (e a volta mais rápida) em Interlagos. Revson ainda correrá com este modelo na Africa do Sul, altura em que Hulme estreia o novo M23, onde faz a "pole-position", mas desiste a meio. Revson, com o modelo antigo, consegue um segundo lugar. A partir dali, o M23 o iria substituir, e escreveria páginas ainda mais douradas da história da marca...

Chassis: McLaren M19A
Projectista: Ralph Bellamy
Motor: Cosworth DFV V8 de 3 Litros
Pilotos: Dennis Hulme, Peter Gethin, Jackie Oliver, Peter Revson, Mark Donhahue, Brian Redman, David Hobbs, Jody Scheckter
Corridas: 26
Vitórias: 1 (Hulme 1)
Pole-Positions: 1 (Revson 1)
Voltas Mais Rápidas: 3 (Hulme 3)
Pontos: 91 (Hulme, 54 Revson 29, Redman 4, Donanhue 4)

Fontes:

http://www.group7.suite.dk/html/body_1972.html

Imprensa britânica reage mal à proposta das medalhas de Ecclestone

Um dia e meio depois de se saber da proposta de Bernie Ecclestone em substituir o sistema de pontos por uma de medalhas para os três primeiros classificados, as reacções começaram a surgir. E a imprensa britânica de hoje fala que a proposta não tem qualquer hipótese de vingar, dizendo até que é "disparatada".

O jornal The Times afirma na sua edição de hoje que, "a FIA não deverá apoiar esta ideia, devendo ser rejeitada", com a mesma publicação a garantir que mesmo em caso de aprovação, nunca poderia ser posta em prática antes de 2010.


Outra publicação, o The Guardian, cita uma fonte próxima da FOTA para garantir que "a ideia não foi aceite por nenhuma das equipas. Ao invés de encorajar os pilotos a ultrapassarem, ter medalhas de ouro, prata e bronze para os três primeiros seria altamente desencorajador para os pilotos fora do top quatro. Qual o interesse de ultrapassar alguém se não há a perspectiva de ganhar mais pontos para o campeonato?", concluiu.


Um terceiro jornal, o Daily Telegraph, vai mais longe, indicando que a proposta de Ecclestone "não deverá ser, sequer, discutida na próxima reunião da FIA". Aparentemente, a ideia de Ecclestone pode ter morrido à nascença...

Noticias: Tiago Monteiro é o novo dono da BCN, e muda de nome

Agora, a noticia é oficial: Tiago Monteiro comprou a BCN, e vai voltar à GP2 como dirigente. A conferência de imprensa foi esta tarde, em Lisboa, e o piloto português, o primeiro a pisar um pódio de Formula 1, e actualmente a guiar na equipa oficial da Seat no WTCC, e do qual venceu duas corridas em 2008, anunciou a compra da BCN, e vai ter um novo nome: a Ocean Racing Technology (ORT), com capital cem por cento português.


"É um passo que há muito queríamos dar, mas não pensámos que viesse a acontecer tão cedo. No entanto, a oportunidade surgiu e, após encontrarmos a forma de financiar a operação, avançámos com as negociações", disse o piloto português. O piloto português vai assumir um papel activo na parte técnica da equipa, escolha do pessoal e dos pilotos, mas não vai abandonar a competição activa, continuando a ser piloto da Seat no WTCC. A gestão do dia-a-dia vai estar a cargo de José Guedes.


Segundo afirmou Monteiro, a equipa participará na GP2 Series e na GP2 Asia, a começar na próxima semana, no circuito do Dubai. O piloto português também revelou que irá "testar" cinco ou seis pilotos nessa competição, e fará a mesma coisa no próximo ano, quando começar a temporada da GP2. "Esta é ainda uma equipa em construção, mas rapidamente vamos ter a estrutura fechada. Estamos a reunir um grupo de profissionais que nos dá garantias, porque sabemos que a GP2 é um dos campeonatos mais competitivos da actualidade", revelou o piloto português.



Quanto à eventual inclusão de pilotos portugueses na equipa, Monteiro confessa que um dos seus principais desejos é ter uma equipa com 100 por cento de pilotos portugueses, mas está consciente que em Portugal ainda não existem profissionais com a experiência que o GP2 exige, no que é considerado o último nível antes da Fórmula 1.



Quanto à localização da futura sede da ORT, Monteiro não avança com locais, mas a ideia de Portimão é uma boa possibilidade. Para além desta aposta na equipa de GP2, o piloto português relevou que se encontra em fase de projecto uma academia de pilotos e de mecânicos em Portugal, que tem como objectivo promover os pilotos e mecânicos portugueses nacional e internacionalmente.

Noticias: Ferrari testa com "jovens lobos" da Formula 3

A Ferrari decidiu dar uma oportunidade aos três primeiros classificados da formula 3 italiana de 2008, uma oportunidade de dar algumas voltas num Formula 1. Mirko Bortolotti, Edoardo Piscopo e Salvatore Cicatelli, os três primeiros classificados da Formula 3 italiana, guiaram o monolugar da Scuderia do Cavalino Rampante, equipa vencedora do Mundial de Construtores de 2008.


O campeão, Mirko Bortolotti, com apenas 18 anos, adaptou-se bastante bem à condução do F2008 e surpreendeu tudo e todos, ao realizar a sua melhor volta a Fiorano em menos de 59 segundos, um registo semelhante ao habitual piloto de testes da Scuderia, Andrea Bertolini. "O carro oferece toda a confiança pelo que consegui andar depressa rapidamente. Perto do fim da sessão consegui um bom tempo, e acho que com mais um pouco de tempo conseguiria ir ainda mais longe.", referiu o jovem Bortolotti ao jornal italiano Gazzetta dello Sport.

Piscopo, que também corre na equipa italiana da A1GP, não realizou mais do que 1:00,3, enquanto Salvatore Cicatelli, não foi além de 1:01,2, após 33 voltas à pista privativa da marca de Maranello.

Noticias: "Proposta não faz sentido", diz Jordan

A proposta de Bernie Ecclestone, de substituir a tabela de pontuação por um sistema de medalhas, premiando apenas os três primeiros classificados, começa a ser criticado pelos responsáveis do meio. Eddie Jordan, o ex-dirigente da sua equipa, vendida em 2005, criticou ontem a proposta, afirmando que "não faz sentido".


Em declarações à Rádio BBC, Jordan afirma: "Não consigo acreditar que Ecclestone está raciocinando direito, especialmente neste assunto. A preocupação dele deveria ser cortar custos e nada mais. Essa proposta não tem qualquer sentido", disse Jordan, cuja equipa conquistou três vitórias na Formula 1. Para o ex-dirigente irlandês, a proposta de Ecclestone não é sensata: "Ele pensa que só a vitória interessa. Este assunto ainda não foi discutido como deveria. Ecclestone diz que tem o total apoio das equipas - peço desculpas, mas simplesmente não acredito nisso", concluiu, em declarações captadas pelo site Pitstop.


Jordan ainda acrescentou: “Todos deveriam estar preocupados com a redução de custos, o resto é perda de tempo. Os pontos são necessários, porque um ponto para uma equipa pequena é quase uma vitória. Já estive nessa situação e sei do que estou a falar. Pilotos como o Felipe Massa, que começaram em equipas médias, também sabem dar valor a isso”, concluiu.


De facto, ainda não se ouviram vozes vindas das actuais equipas de Formula 1, mas certamente que muitas delas, senão todas, não deverão concordar com as propostas vindas do actual patrão da Formula 1. Numa altura de cortar custos, e fazer, por exemplo, que os motores durem mais, e num campeonato em que a decisão aconteceu praticamente na última curva, para gáudio dos fãs, revolucionar o sistema de pontuação seria uma ridicularia. Aliás, curiosamente, estas declarações surgem no mesmo dia em que é anunciado que a Ilmor é apontada como a eventual vencedora no fornecimento de motores padrão a partir de 2010...

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Noticias: Toyota faz apresentação virtual do TF109

A Toyota anunciou hoje que fará uma apresentação virtual do seu novo modelo, o TF109, no próximo dia 15 de Janeiro, dispensando uma apresentação fisica, no sentido de poupar custos em época de crise. O carro, que terá um novo esquema cromático, será visto pela primeira vez ao vivo no novo Autódromo de Portimão, cinco dias mais tarde, a 20 de Janeiro.


Nessa altura, os pilotos da marca, Timo Glock e Jarno Trulli, terão um primeiro contacto com a sua nova montada ao longo de três jornadas de testes, no sentido de aprefeiçoar a máquina, já com os novos regulamentos, para a temporada de 2009, no qual a marca tem legítimas esperanças de que irá finalmente ganhar corridas.

Eu gosto muito de desenho! - Parte 3

Hoje aproveito este espaço para colocar mais dois blogues de desenho que descobri por estes dias.


No primeiro caso, foi um simples avido por e-mail: conheço esta personagem há alguns anos, quando eu e ele fomos dois dos três sobreviventes da enxurrada inicial de inscritos no Fórum do Autosport, no inicio de 2005. O Tony Costa, a.k.a, Laserbombo, é um sennista como eu, mas também já lhe passou o fanatismo pelo senhor. Ora, o que desconhecia, era que ele trabalha como designer gráfico, e que anteontem iniciou um blog, destinado a colocar por lá as suas criações artisticas, em papel e não só.

Chama-se "Laser Car Design", e no momento em que escrevo estas linhas, só tem três posts. Mas o desenho inicial é interessante: uma mistura de foto e desenho do BT54 de Nelson Piquet, no primeiro GP da Austrália, em Adelaide, em 1985. E pelas amostras iniciais, acho que promete, especialmente os modelos de Ralies...

Para o Laser, do qual sou admirador e amigo, só posso desejar-lhe boa sorte, e que mostre muitos e bons trabalhos para a gente, que agradecemos!

O segundo blog do dia já é mais antigo, mas tem mais piada: é um açoriano, de seu nome Bruno Rafael, que faz desenhos humoristicos para o seu blog pessoal, os "Bonecos do Bruno". Só que normalmente, desenha coisas mais relacionadas com os ralies locais, a NASCAR ou o todo o terreno. Mas também há Formula 1 e IRL, claro...



Já colaborou em sketches para o programa cómico "Revolta dos Pasteis de Nata", e faz outras caricaturas para publicações locais. Aconselho a ver as d'"O Toiro e o Cagarro", que são muito engraçadas...

E vamos estar quietinhos e caladinhos?

Bernie Ecclestone está decidido: quer abolir o sistema de pontos e substitui-lo por um sistema de medalhas, que só premeie os três primeiros classificados, e que qualquer pontuação, a acontecer, só contaria para o campeonato de construtores. O "Big Boss" da Formula 1, de 78 anos, está esperançoso que o Conselho Mundial ratifique a sua proposta na próxima reunião do Conselho Mundial, em Dezembro.

"Vai mesmo acontecer. As equipas estão confortáveis com o assunto, e a razão principal que me leva a querer introduzir esta questão deve-se ao facto de ouvir demasiadas vezes falar de ultrapassagens. A não existência de ultrapassagens deve-se a pouca necessidade que os pilotos têm de ultrapassar e não devido aos circuitos ou às pessoas. Se alguém lidera e eu sou segundo na corrida, não vou arriscar só para conseguir mais dois pontos, mas se precisar de uma medalha a minha atitude em pista será certamente diferente. Preciso de medalha? Vou ultrapassar!", disse Ecclestone, num evento em Londres, em declarações produzidas no jornal inglês Autosport.

Quando questionado relativamente à possibilidade de um piloto vencer por exemplo, seis corridas e desistir em todas as outras vencer o Mundial por troca com um que terminou todas as corridas em segundo, a resposta de Ecclestone foi célere: "Azar! Tente novamente no próximo ano!". Relembre-se que neste esquema, o campeão de 2008 tinha sido Felipe Massa e não Lewis Hamilton.

Quando leio coisas destas, vindas da boca de alguém como Bernie Ecclestone, começo a questionar a sua sanidade mental e a sua autocracia. É evidente que despreza as coisas feitas de forma democrática, e que muitas das vezes se comporta como se fosse um monarca absoluto. Mas há aqui uma ideia subjacente: a valorização da vitória. Ora... há meia dúzia de anos atrás, modificou-se o sistema de pontuação, porque descobriu-se que o campeonato se decidia em Julho, porque a Ferrari, na altura, tinha uma máquina tão poderosa, que deixava os outros em posições muito, mas muito seciundárias. Daí que em 2003, tinham modificado o sistema de pontuação, dando uma diferença de dois pontos do primeiro para o segundo, para ver se havia disputa até ao fim.

Esse desiderato foi alcançado: o campeonato deste ano foi decidido na penúltima curva da última volta, da última prova do campeonato. Melhor seria impossivel. E agora, quer modificar o sistema de pontuação, só porque o tipo que ganhou mais provas não foi campeão? Das duas uma: ou apoia largamente a Ferrari, ou então aquele senhor já começa a faltar algo naquela cabeça...

O sistema de pontuação faz parte do Mundial desde a sua criação. Todas as categorias seguem um sistema desses, valorizando ou não a vitória. Logo, aboli-lo simplesmente para substituir por algo que só acontece de quatro em quatro anos, roça o ridículo. O ridículo que todos cairiam se a ideia de um velho senil de 78 anos for para a frente. Eu digo já: sou absolutamente contra! Querem valorizar a vitória e dar espectáculo até ao fim? Dêm 15 pontos ao vencedor e oito ao segundo classificado, e façam com que só contem 13 resultados em 18, por exemplo. Era esse o sistema que funcionou de 1960 a 1988 na Formula 1, e não me lembro do pessoal se queixar dela, pois não?

Quero acreditar que é um "bluff" de Ecclestone, para modificar o sistema. Já fez isso em 1982 e em 1992, e a coisa morreu naturalmente. Mas hoje em dia, as coisas são diferentes. Ele pode querer levar esta ideia louca por diante, e se ninguém fizer nada para o impedir, a coisa vai acontecer. Se os contrutores não apresentarem uma alternativa, ou se mostrarem contra, receio pelo futuro da Formula 1... mas também acho que é altura de mostrar ao "Tio" bernie que a categoria máxima do automobilismo sobrevive bem sem ele.

O renascer do automobilismo angolano

Angola saiu de uma guerra civil sangrenta, que durou mais de 30 anos (com uma ou outra interrupção) em 2002. Desde então, tem efectuado uma longa recuperação das suas infraestruturas, ao qual, aliado à alta dos preços do petróleo, proporcionou crescimentos da ordem dos 20 a 30 por cento por ano. Contudo, apesar disso, ainda existem largas camadas de pobreza naquele país. Vai ser um trabalho de anos pela frente para recuperar algo que existia no tempo pré-1974...


Mas nesse tempo colonial, Angola tinha uma enorme actividade automobilistica. Nessa altura, tinham provas e circuitos permanentes de alta qualidade, em Luanda e Benguela, e máquinas de sonho, especialmente na categoria de Protótipos, para não falar das provas que se organizavam, como os 500 km de Luanda, ou as Seis Horas de Nova Lisboa (actual Huambo), de onde vinham pilotos de craveira internacional, muitos deles com passagem pela Formula 1. E não estou a falar só dos sul-africanos...

Ora, depois do final da guerra, as provas automobilisticas voltaram de novo, quer aos circuitos permanentes, quer aos percursos citadinos. Este fim de semana, o campeonato nacional de velocidade terminou na cidade de Sumbe (ex-Novo Redondo), nas duas categorias que ela é constiuida: a categoria de Turismos, onde alinham carros como Renault Clio e Honda Civic Type-R, e a Categoria TGS (Turismo, GT's e Sport), onde pode-se ver um Porsche 996 GT3 ao lado de... um Formula Novis ou um Radical SR3, que não é mais do que uma Barchetta...


Na primeira categoria, que contou com doze participantes, Rui Ferreira e José Carlos Madaleno, ambos em Honda Civic Type R, dividiram as vitórias, sendo que Madaleno, o primeiro angolano a competir no Dakar, levou para casa o ceptro de campeão da classe. Na classe TGS, que só teve a participação de cinco viaturas, o Mygale Ford de Mário Ferreira venceu a primeira corrida, suficiente para o piloto do monolugar ex-Formula Novis By Ford celebrar o título da categoria. A segunda contenda foi ganha pelo Porsche 996 tripulado por Maló Almeida que finalizou na frente do Radical SR3 de Manuel Dias e do Ford Sierra Cosworth de Carlos Dias.


Apesar das grelhas não serem ainda ricas em carros, uma coisa é certa: o entusiasmo do automobilismo naquelas bandas está mais vivo do que nunca. E com o tempo, começarão a ouvir falar na reabilitação das infraestruturas, do crescimentos das grelhas, e quem sabe, corridas internacionais com passagem por Africa e pilotos angolanos a correr no exterior. Sei de dois deles, Fiório de Sousa e Luis Sá Silva, que correm na Formula Renault 2.0, com alguns resultados de relevo, ou a equipa Ultimate, que corre na Formula 3 inglesa e na Worls Series by Renault, sendo irlandesa de nascimento, é largamente financiada pela angolana Sonangol...

Noticias: BBC já divulgou a sua lista de comentadores

A BBC, cadeia britânica que no próximo ano vai voltar a transmitir os Grandes Prémios, divulgou ontem a sua lista de comentadores de Formula 1, constituida por cinco elementos. Para além de Martin Brundle e Johnatan Legard, que eram os comentadores regulares da ITV, também o ex-patrão da Jordan, Eddie Jordan, e o ex-piloto da Red Bull e da McLaren, David Coulthard, farão parte da equipa.

"A paixão pelo desporto ainda está muito viva e, como tal, fiquei muito entusiasmado com a hipótese de partilhar a minha visão e as minhas experiências através da cobertura da BBC", afirmou Coulthard no comunicado da cadeia de televisão.

Mas o melhor reservo para o fim. A BBC anunciou também que o mítico comentador Murray Walker irá participar nas transmissões televisivas, numa "presença regular". Recorde-se que Walker tem agora 85 anos...

Speeder questiona... Octeto Racing Team

Desta vez, no “Speeder Questiona…” são quatro convidadas numa. Quatro meninas brasileiras, duas irmãs e duas amigas de sempre, decidiram um dia construir um blog, onde falam da Formula 1 no geral, e de oito pilotos em particular. Curiosamente, nenhum deles é brasileiro… Ludmila e Tatiana Coimbra, irmãs, Vick Zorzim e Luane Magalhães, amigas, fizeram o blog como forma de gozo, e que se tornou em algo mais sério: o Octeto Racing Team. Agora, cerca de um ano depois do seu inicio, as coisas são completamente diferentes. Têm uma legião de fãs, e referências em orgãos de imprensa no país e no estrangeiro, nomeadamente pelo locutor espanhol António Lobato, da Tele 5, que leu os cartazes que colocaram em pista, em Interlagos, palco onde desde 2007 vão assistir a corrida ao vivo.


Antes de passar a palavra às meninas, quero dizer o seguinte: esta foi provavelmente foi a entrevista mais complicada que já fiz até agora, feita por e-mail. Não que as meninas não tenham sido cooperativas, muito pelo contrário, foram super amorosas (um beijo para elas), mas colocar aqui quatro respostas à mesma pergunta foi algo que nunca tinha feito antes, e por vezes tornou-se num quase pesadelo logístico, mas do qual acabou em bem. E as respostas até ficaram boas… Agora, passo a palavra às meninas do Octeto.


1 – Olá meninas, é um prazer ter-vos aqui, neste humilde blog, a responder às minhas perguntas. Querem explicar, em poucas linhas, como começaram este blogue?

Ludy: O estopim para que o Blog do Octeto Racing Team nascesse veio depois do GP de Nurburgring de 2007 após aquele dilúvio em que a maioria dos carros saíram da pista e somente Lewis Hamilton foi resgatado à pista. Brincamos na época que formaríamos a nossa equipe dos sonhos e que os pilotos teriam todos os benefícios possíveis. Da brincadeira, veio a proposta e então nasceu o Blog do Octeto.


2 – O nome que ele tem, foi planeado ou saiu, pura e simplesmente, da cabeça de qual?

Ludy: Ele surgiu da cabeça da Tati (minha irmã). Na realidade costumávamos chamar a nossa equipe de Octeto Fantástico, e daí surgiu o Octeto Racing Team.


3 – Antes de começarem este blog, já tinham participado em algum blogue ou site?

Ludy: Eu já havia participado de um blog com a Luane, no início de 2007, mas que não pudemos levar adiante. Também tive com outra amiga um blog sobre cinema e seriados, e além do Octeto, tenho com a Tati e a Vick um outro espaço para assuntos fora da F-1, o Blog Sonhando Acordadas. Em termos de site, escrevi por três anos a coluna “Visão Feminina” para o F1 Na Veia.

Tati: Sim! Antes do Octeto, eu e minha irmã Ludmila, tínhamos (ou melhor temos) um outro blog chamado Sonhando Acordadas. Por lá falamos de tudo um pouco! Mas foi com o Octeto que entramos de verdade neste mundo bloguístico.

Vick: Não. Possuíamos apenas uma comunidade “fechada” no orkut, onde debatíamos e desabafávamos diariamente sobre F1.

Lu: Eu e a Ludy já havíamos começado um blog entre nós duas mas ele acabou não vingando como Octeto. Também colaborei por um tempo no site F1 na Veia.


4 – Em que dia é que começou, e quantas visitas é que já teve até agora?

Ludy: Acabamos de completar um ano de vida no dia 4 de Novembro de 2008, e já passamos das 53.500 visitas.

5 – De todos os posts que já escreveram, lembras-te de algum que te orgulhe… ou não?

Ludy: Olha, é sempre muito difícil escolher um em especial. Mas recentemente (em Outubro), um que me orgulho muito foi a Semana Kimi Räikkönen, onde compilei em fotos, vídeos, notícias, e textos próprios, a carreira do finlandês, na semana em que ele fez aniversário. Ficou bonito. Eu gostei.

Tati: Nossa!!! Que pergunta difícil! Bom... eu sou uma pessoa bastante emocional e que coloca tudo o que sente nos posts! Às vezes até me arrependo depois por me expor tanto, mas eu sou assim! Como diria a Lu : “ O slogan da Tati é: Muito franca, Falei!”. É bem por aí! E por isso tenho bastante orgulho dos meus posts pós-GP, o chamado “My Comments”.

Vick: Eu, particularmente, tive um dia inesquecível no início do ano. Fiz uma vigília incansável na Internet, e com isso, o Blog do Octeto foi o primeiro site no Brasil, a publicar fotos da Honda 2008. Pena que o carro foi um desastre.

Lu: Nossa! Pergunta difícil porque foram tantos. Tentamos sempre actualizar e abastecer com a maior frequência possível. Não lembro de nenhum especifico mas gosto muito dos posts que faço sobre o Nico e neles tento “mostrá-lo” para as pessoas, uma vez que sinto que ele não é muito conhecido aqui no Brasil. Também gosto muito daqueles posts que surgem quando achamos alguma informação em lugares inusitados como jornais húngaros (a imprensa húngara parece óptima as vezes) e nossa curiosidade e sede por saber do que eles falam fazem com que nos viremos em mil para traduzir e entender os textos.

6 – Este é um blogue diferente: vocês falam dos vossos ídolos, que são Nico Rosberg, Juan Pablo Montoya, Jenson Button, Jacques Villeneuve, David Coulthard, Jarno Trulli, Kimi Raikonnen e Fernando Alonso. Tanta gente para seguir… não deve ser fácil!

Ludy: Não é mesmo. Mas temos um sistema de cobertura personalizada! (risos) Cada uma de nós é responsável por dois pilotos, no meu caso, Villeneuve e Räikkönen. Mas nada que me impeça de postar sobre Trulli, o Octete que todas nós adoramos.

Tati: Ah sim!!! É muito difícil!!! Às vezes sempre falta “cobrir” um piloto ou outro! É muita gente para acompanhar, mas fazemos o possível! (risos) A vantagem do nosso Blog é que somos em 4 e que cada uma de nós é responsável por 2 pilotos... (risos) Assim, fica menos complicado!

Vick: Realmente dá um pouquinho de trabalho... mas dividimos bem as responsabilidades. O mais prejudicado acaba sendo Montoya, porque definitivamente não gosto muito da NASCAR, então é um pouco complicado acompanhar a carreira dele. Mesmo assim, me esforço, porque ele faz parte do meu “pacote”.

Lu: Realmente não seria fácil se fosse apenas uma menina. Mas, somos quatro e dividimos nossos “assessorados”. Claro, que existem aqueles como o Trulli é querido de todas, mas normalmente cada uma cuida dos seus e todos recebem atenção assim.


7 – Daqueles blogues que conhecem sobre automobilismo, qual(is) dele(s) é que vocês nunca dispensam uma visita diária?

Ludy: Entre os jornalistas que cobrem a categoria acesso diariamente no “Dentro e Fora das Pistas” do Felipe Motta, o “Voando Baixo”, o “Blig do Gomes” e também o “Grand Prix Inside” do Mario Bauer.

Já da galera amiga da rede, acesso o Kimi Räikkönen Space, o FKR, o GP Séries, The Henry Channel, o seu blog, e basicamente aqueles que estão no nosso blogroll.


Tati: Ai… são tantos (vou me guiando pela atualização do nosso Blogroll), mas tem um que entro sempre que é o do Felipe Motta.

Vick: Complicado... diariamente passo por 31 sites brasileiros e 23 internacionais. Na verdade, não dispenso nenhum deles (risos)

Lu: Dos jornalistas de carreira eu não dispenso uma passadinha no Blig do Gomes. Adoro a maneira quase azeda e crua como ele aborda certas coisas. Normalmente ele é “do contra” e eu tenho tendência a gostar disso. Outro “do contra” que eu adoro é o Mario Bauer.

Do pessoal como a gente eu visito frequentemente o seu blog, claro. Também do da Aline e o GP Series do Marcos Antônio que são os mais voltados para a a minha querida Williams. Geralmente eu me guio muito pelo blogroll do Octeto. Aliás, agora que traz a manchete do ultimo post ficou bem mais bacana de pesquisar...



8 – Falamos agora de Formula 1. Ainda se lembram da primeira corrida que assistiram?

Ludy: Uma corrida em especial não lembro, mas sim da temporada em que comecei a acompanhar, que foi 1989. A intensa rivalidade entre Senna e Prost. Foi neste ano que pisei em um autódromo, o circuito de Jacarepaguá, no Rio de Janeiro, pela primeira vez, para ver um treino. Meu pai nos levou, e a sensação foi inesquecível. O resultado é que esta paixão dura até hoje. (risos)

Tati: Bom... a primeira corrida de F1 na TV, eu não me lembro! Mas me recordo do GP de Mônaco de 1992! A família estava reunida assistindo a corrida! E eu, atrapalhando o meu pai, ficava perguntando “ Pai, cadê o Senna?!” “ Ué, tem um carro igual ao dele?” (risos) Tadinha de mim, ainda não entendi nadinha de F1!

Agora, a primeira ao vivo é impossível esquecer: GP do Brasil de 2006! Embora em 1989 meu pai tenha nos levado a um treino de F1 em Jacarepagua, 2006 foi a primeira e inesquecível!


Vick: Lembro... não sei se foi a primeira corrida que assisti, mas é a primeira de que tenho lembranças... foi em 1987, GP da Alemanha. Estávamos nas férias de Julho, todos os primos reunidos em uma fazenda. Lembro que as crianças torciam por Piquet, que acabou vencendo a corrida. Minha mãe e minha tia já eram fãs de Senna, que chegou em terceiro lugar com sua Lotus.

Lu: A primeira corrida propriamente dita, não lembro pois era muito pequena. Mas tenho muito vivo em minha memória os feitos de Ayrton Senna, porque meu pai era seu fã e assistia e sofria muito em cada prova. Lembro de ver minha mãe medido a pressão dele durante as provas com medo que algo acontecesse pois, ele se emocionava demais. Mas o primeiro campeonato que acompanhei de forma “consciente”, digamos assim, foi o de 1996.


9 – E qual foi aquela que mais vos marcou?

Ludy: Tenho tantas, Meu Deus!!! Mas fico com duas: GP da Europa de 1997 e GP do Brasil de 2007. Ambas consagraram campeões os pilotos pelos quais torço, sendo que na última, eu estava lá, e foi inesquecível!

Tati: GP do Brasil de 2006, sem sombra de dúvida. Já na minha primeira corrida de Formula 1 tive a oportunidade de ver o piloto por quem torço ser bicampeão mundial, isso é algo inesquecível! Foi um dia especial!

Vick: Nossa, são muitas. Enlouqueci em 1991, quando Senna teve pane seca em 2 corridas seguidas (GP da Inglaterra e GP da Alemanha), não me conformava, não entendia como a McLaren havia deixado aquilo acontecer. Essa primeira pane, em Silverstone, me trás outra lembrança maravilhosa, de Mansell dando carona (boleia) para Senna. E como esquecer das duas vitórias de Senna no Brasil, são cenas e emoções que jamais sairão de minha mente.

Mais recentemente, o GP da Europa de 1997, em que Jacques Villeneuve sagrou-se campeão do mundo... e falando em Jacques, nunca me esqueço do GP da Austrália de 1996, corrida de estreia do canadense na F1, que só não venceu, porque foi traído pelo motor.

Nossa, são muitas... deixei de falar de várias.


Lu: GP da Europa em Jerez em 1997, quando Jacques Villeneuve tornou-se campeão.


10 – Fittipaldi, Piquet e Senna. Qual dos três é aquele que mais agradam, e porquê?

Ludy: Ayrton Senna. Gosto da determinação cega, da busca incansável pelo limite próprio e do carro, do perfeccionismo levado ao extremo, da capacidade de concentração impressionante que ele tinha. Sem contar a habilidade na chuva. Respeito muito Emerson e Piquet por tudo que fizeram e representam para nosso esporte, mas Senna é o melhor dos três para mim.

Tati: Ai... Que difícil! Cada um tem um estilo bem diferente de ser! Dentro das pistas eu vi pouco, mas ainda assim prefiro o estilo Senna! Um mestre na arte de pilotar! Mas Nelson e Emerson são óptimos pilotos e campeões, né? Fora das pistas, gosto da sinceridade do Nelson Piquet, embora desaprove certas atitudes e brincadeiras, mas o estilo malandro carioca que ele tem, é muito divertido! Eu adoro o Senna, mas ele sempre foi muito marketeiro e Emerson é normal até demais! (risos)

Vick: Pergunta difícil. Admiro os três, mas no momento, penso que é Nelson Piquet. Não só como piloto, mas por sua postura sempre verdadeira e directa.

Lu: Putz! Na verdade eu gosto dos três e acho que cada um deles tem algo que me atrai. Pela minha idade lembro mais do Senna e Piquet mas, depois li sobre o Fittipaldi e a garra e vontade dele como um dos pioneiros na Europa em encantaram também. Gosto de gente aguerrida como ele e Senna mas, também, como já disse gosto de gente “do contra” como o Piquet. Porém, acho que ainda fico com o Senna por ser quem está mais vivo na minha memória.


11 – E acham que algum dia, Felipe Massa vai fazer parte deste trio de campeões?

Ludy: Acho que Massa tem grandes chances de se tornar campeão. Amadureceu muito este ano e provou que está pronto para a briga.

Tati: Não gosto do Felipe Massa, mas o considero um bom piloto. Este ano evoluiu muito, engoliu as críticas e a partir delas, encontrou a motivação para melhorar. Mas ainda assim, Felipe é um piloto limitado. Ele tem arrojo, mas sucumbi diante grandes adversidades, a chuva é um belo exemplo disso. Para chegar ao nível destes 3 grandes mestres será preciso fazer muito, com no mínimo um bi-campeonato, como Emerson!

Vick: Infelizmente, principalmente para os brasileiros sedentos de um ídolo, acho que vai demorar para Felipe ter a chance que teve este ano. A F1 está se renovando, são muitos talentos em pista, e confesso, que apesar da evolução deste ano, existem pilotos muito a frente do brasileiro.

Lu: Se ele seguir na Ferrari e ela manter o bom nível de equipamento acho que ele tem todas as condições para tal. Mas, como não gosto muito dele não o colocaria jamais no patamar dos citados anteriormente. Vejo que tem um grande talento mas acredito que assim como existem pilotos e pilotos também, existem campeões e campeões.


12 – Comparando-o aos três pilotos acima referidos, Massa é mais parecido com quem, e porquê?

Ludy: Não vejo similaridades. Massa ainda está abaixo de qualquer um dos três. Ele tem talento, mas não o vejo com características de nenhum dos pilotos acima.

Tati: Não sei... cada um tem seu estilo! Não acho que Felipe se pareça com nenhum dos três.

Vick: Ahhh, não consigo fazer uma ligação. Acho ele completamente diferente dos três. Completamente mesmo.

Lu: É difícil dizer. Não vejo em massa o carisma e determinação enlouquecida de Senna, por exemplo. Não tem definitivamente o humor e a audácia Piquet, também. È difícil dizer, até porque são gerações muito distintas e a Formula 1 de hoje é plastificada e fachada, vácuo se comparada à Formula 1 de antigamente. Hoje exige-se dos pilotos características diferentes.


13 – Acham que o título de 2008 foi bem entregue?

Ludy: Ganhou quem fez mais pontos, e Lewis fez o trabalho mais perfeito para chegar ao título. Porém, acho que Massa teve mais consistência da segunda metade da temporada em diante, mostrou-se mais amadurecido para o título, acho que foi melhor.

Tati: Ai! Será que preciso responder esta pergunta!?? (gargalhada)

Não! Não acho que o Hamilton mereça este título, primeiro pelo que ele parece ser fora das pistas: um rapaz de atitudes arrogantes ao extremo. Ao meu ver, um campeão mundial começa a se formar através das atitudes, e neste quesito ele está mal. Dentro das pistas é um menino muito talentoso, mas que, às vezes, faz um uso errado deste talento e da sua auto-confiança. É imprudente, não respeita seus companheiros de trabalho e comete muitos erros (erros estúpidos, diga-se). Na verdade, esta temporada foi marcada pelos erros, e aquele que menos errou levou a taça! Não foi à toa que este campeonato foi o de menor aproveitamente dos últimos 10 anos. O que vou falar aqui poderá parecer coisa de torcedora, mas pelo desempenho ao longo de toda a temporada o piloto que mais mereceria o título de campeão seria Fernando Alonso. Mas como isso não foi possível e disputa ficou entre Felipe e Lewis ... eu fico com Felipe!

Vick: Em uma temporada, em que a Ferrari cometeu tantos erros, não poderia ser diferente. Torci por Massa, mas confesso que o resultado acabou sendo justo, não pela capacidade do piloto campeão, mas como lição para a Scuderia.

Lu: O título foi entregue ao piloto que somou mais pontos no final como deveria ser. Acho que Massa foi melhor piloto que Lewis a partir do meio da temporada para o final. Mas, Lewis contou com erros dos adversários e administrou a vantagem que tinha.


14 – Tirando os brasileiros, qual é para vocês o piloto mais marcante da história da Formula 1, e porquê?

Ludy: Gilles Villeneuve. Infelizmente não pude vê-lo correr, mas graças a Internet, temos o Youtube. Ele era simplesmente maravilhoso. Parecia que nada no mundo existia mais quando ele estava em sua Ferrari. Era perfeito.

Tati: Bom... tirando Ayrton Senna, obviamente o piloto mais marcante da história da F1 chama-se Michael Schumacher. Os seus números e recordes falam por si. A Formula 1 mudou (para pior, diga-se de passagem) por causa dele. Eu pessoalmente não o considero o melhor, nunca gostei das táticas que ele usava para vencer, mas não posso fechar os olhos para o seu talento e seus números.

Vick: Alain Prost. Piloto aguerrido, sempre correndo com muita raça. Enfrentou Senna, sem medo. Ao mesmo tempo, é um dos pilotos de mais carácter e educação que eu vi correr.

Lu: Gilles Villeneuve pelo, talento, garra, determinação, empenho e audácia. Sem contar que conseguiu, mesmo sem ter sido campeão deixar uma marca mais profunda que muitos pilotos que figuram no hall da fama da categoria.


15 – Para além de Formula 1, que outras modalidades de automobilismo que vocês mais gostam de ver?

Ludy: Adoro as “24 Horas de Le Mans” e o campeonato que ela faz parte, o Le Mans Series. Passei a acompanhar quando Jacques Villeneuve foi competir por lá. Além disso, acho o Rally (WRC) algo impressionante, pilotagem para quem é realmente corajoso e competente. E este ano acompanhei também um pouco da MotoGP, bem bacana.

Tati: Confesso que acompanho pouco as outras categorias. Às vezes, GP2, Indy, Stock Car e Superleague.

Vick: De longe, a Le Mans Series. Me apaixonei pela categoria. Tudo culpa de Jacques Villeneuve. Gostaria de vê-lo correndo o campeonato inteiro, seria um presente.

Lu: Adoro monospostos. Uma pena o Brasil não investir mais em categorias de monopostos. No Turismo, gosto muito da DTM e as vezes assisto rally. Mas, infelizmente não consigo acompanhar mais nada com o mesmo empenho e conhecimento da Formula 1.


16 – E acham que vale a pena falar sobre eles no vosso blogue?

Ludy: Acho muito válido. Não sou conhecedora profunda, mas gosto de opinar, ler os comentários dos leitores e aprender sobre estas categorias. Sempre postamos algo com relação a elas.

Tati: Sim, claro! Mas ainda estamos devendo mesmo ponto! Os octetes sugam toda a nossa atenção... (risos)

Vick: Já falamos... aliás que falamos sobre Rally, Motovelocidade... somos bem ecléticas.

Lu: Valer vale, mas prefiro não me arriscar a falar sobre algo que não tenho tanto domínio. Acho melhor não tentar discutir e opinar sobre aquilo que não se conhece bem.


17 – O que é que já alcançaram, em termos de prémios, convites referências… desde que iniciaram o vosso blogue?

Ludy: Fomos indicadas ao Prêmio Podcast 2008 por voto popular, e agora estamos entre os finalistas para escolha de melhor Podcast categoria Esporte, pelo voto do júri especializado, o que é muito especial mesmo. Mas acima disso tudo está o respeito e o carinho, além das amizades, que conquistamos através do blog. É extremamente gratificante e verdadeiro o feedback que recebemos. Faz tudo valer a pena.

Lu: Fomos indicadas ao Premio Podcast 2008 para a votação do público e agora para a eleição do júri. Mas a melhor coisa que já recebemos no blog com certeza é amizade e o carinho dos leitores. Nenhum prémio deve superar isso.


18 - “Correr é importante para as pessoas que o fazem bem, porque… é vida. Tudo que fazes antes ou depois, é somente uma espera.” Esta frase é dita pelo Steve McQueen, no filme “Le Mans”. Concordas com o seu significado?

Ludy: Sim, e aqueles que o fazem bem, independente de serem campeões ou não, serão inesquecíveis.

Tati: Sim... porque depois que você começa a seguir este caminho não há mais como parar!!! Basta um ronco do motor e pronto! Olha que eu estou do outro lado, hein? Imagine quem está dentro do cockpit?!

Vick: Quem sou eu para discordar. Eu, que nem sou piloto, considero isso a minha vida. É uma das experiências mais enlouquecedoras e grandiosas que já vivi. Cada vez que me lembro do barulho dos motores, em seu giro mais alto, antes da largada, penso que é o esporte mais apaixonante pelo qual eu poderia torcer.

Lu: Imagino que defina bem o que um piloto sente. Tiro por base a minha visão de fã do esporte, que durante a temporada “pauta a vida de 15 em 15 dias” mesmo sem sair do sofá da sala...


19 - Tens algum período da história da Formula 1 que gostarias de ter assistido ao vivo?

Ludy: Queria muito ter visto Gilles Villeneuve pilotar. Presenciar, vivenciar intensamente a carreira deste piloto que na minha opinião foi uma dos maiores da história da F-1. Gostaria também de ter visto Jackie Stewart e James Hunt ao vivo, por tudo que falam dos dois e pelo que vi em vídeos.

Tati: Sem dúvida alguma os anos 80 no auge da disputa entre Ayrton Senna e Nelson Piquet!!! Até hoje fico na dúvida de qual lado eu estaria! (risos)

Vick: Sim... sem dúvida alguma, queria ter vivido a carreira de Gilles Villeneuve. Gostaria de tê-lo assistido ao vivo, de ter torcido por ele em tempo real, e não pós-morte. Acho que é uma das coisas pelas quais mais lamento na F1. Mas ainda bem que existe Internet, assim posso matar um pouco dessa curiosidade.

Lu: Adoraria ter visto Gilles correr! A época era triste, a morte estava sempre a espreita, mas mesmo assim vê-lo correr com toda aquela gana e paixão teria me emocionado.


20 - Costumas jogar em algum simulador de corridas, como o “Gran Turismo”, o “Formula 1”, ou jogos “online”, como o BATRacer ou o “Grand Prix Legends”?

Ludy: Não, não sou muito boa de jogos. (risos)

Tati: Não! Confesso que entendo muito pouco sobre esses simuladores. O pouco que sei sobre o assunto foi o amigo Nuvolari que me apresentou!

Vick: Ih, sou péssima em video-game.

Lu: Jogar seriamente não. Mas, já brinquei no Gran Turismo para PS2 e Formula 1 para PC (uma versão mais antiga). Porém eu sou uma verdadeira tragédia jogando... Só me saio razoavelmente bem com todos os assistentes ligados... (risos)


21 - Já alguma vez viste a briga entre o René Arnoux e o Gilles Villeneuve, no GP de França de 1979? Para ti, aquelas voltas finais significam o quê?

Ludy: Sim, diversas vezes, e não me canso de fazê-lo. Uma luta incessante pela vitória apenas? Não, uma disputa limpa, justa, de pilotos bravos, talentosos, que juntos travaram o maior duelo da história da F-1 (para mim) e que em nenhum momento se destruíram, mas sim se complementaram. Simplesmente traduz a essência do automobilismo, na minha humilde opinião de seguidora apaixonada pelo esporte.

Tati: Claro que vi!!! Aquilo é “racing car” de verdade! É a essência deste esporte: o pilotos e carros no limite! É simplesmente SENSACIONAL!

Vick: Nossa, vejo mil vezes. Sempre que posso assisto novamente. É um dos momentos mais épicos da Formula 1, na minha opinião. Aquilo demonstra a competitividade e a capacidade de pilotos geniais. Sempre digo, que considero estes homens, que pilotam a 300 Km/h, os seres mais capacitados da face da terra. Aquelas cenas, só me fazem amar mais ainda este esporte, e ao mesmo tempo, lamentar a ausência de Gilles Villeneuve. Ele ainda tinha muito a nos mostrar.

Lu: Claro!!!! Para mim significam a gana por vencer, o desejo mais puro de ser melhor e mais rapido que o adversário. Assim que deveria ser sempre.


22 – Vamos falar do futuro próximo: Bruno Senna, Lucas di Grassi, Nelson Piquet Jr. Um já está lá, os outros dois querem lá chegar. Achas que algum dos três tem estofo de campeão? Se sim, qual?

Ludy: Nelsinho teve um ano de estreia complicado, mas acredito que tem potencial e que vai provar isto neste ano. Lucas di Grassi só precisa da oportunidade, acredito que dos três é aquele que está mais bem preparado para um possível título. Quanto ao Bruno, acho que tem talento também, mas vai precisar ser paciente e aproveitar as oportunidades para sabermos a que nível chegará. Mas no final das contas, o Brasil terá um futuro promissor na F-1 com estes três. Tenho certeza.

Tati: Nossa... para 2009 não acho nada! (gargalhada) Este ano eu colocava muito fé no Nelsinho, e ele, ao meu ver, foi uma certa decepção, mas por favor, não no sentido pejorativo! Acho que ele tem talento, só que para ser campeão será preciso muito, muito mesmo! Senna já demonstrou que é rápido e muito bom na chuva, mas não é só disso que se faz um campeão mundial. Di Grassi foi fantástico na GP2 nesta temporada 2008, porém F1 é outra história. Portanto, eu sinceramente não sei o que dizer! Mas gostaria que pelo menos um deles (não importa qual) fosse campeão.

Vick: Pergunta complexa. Dos três, vejo o perfil de campeão em Lucas Di Grassi, mas não sei se ele terá a chance de mostrar do que é capaz. A Formula 1 tem apenas 20 vagas, e no momento, parece que não há lugar para ele. Ao mesmo tempo, espero que Piquet e Senna contrariem essa minha opinião.

Lu: É cedo para dizer mas, gosto muito da personalidade que o Piquet Jr. mostra. Não gosto dos chorões e com todas as dificuldades pelas quais passou na última temporada (a imprensa inteira o trocando até pelo Sato, veja só!) não lembro de ter lido uma entrevista na qual ele “chorasse” pela sua situação. Confesso que não conheço muito bem os outros dois. Mas desejo uma cabeça forte ao Bruno, pela pressão que vão colocar nas costas dele, e admiro o Di Grassi pelo desempenho na GP2. Entrar em uma categoria no meio da temporada e somar os resultados que somou não é tão comum assim.


23 – Têm algum plano para o blogue, no futuro próximo?

Ludy: Sim, estamos agilizando algumas novidades, mas só chegarão a partir de 2009 (risos)

Tati: Ah! Sim... temos muitos planos!!!!! Mas por enquanto é segredo!!!! 2009 promete! (gargalhada)

Lu: Temos vários... Mas, até o lançamento serão uma doce surpresa. (risos)