sábado, 18 de abril de 2009

Formula Renault: Formiga foi quarto em Barcelona

A Formula Renault Eurocup 2.0 começa este fim de semana no circuito de Barcelona, e a primeira corrida desta jornada dupla deu à Epsilon Euskadi e a Albert Costa, respectivamente, uma vitória "em casa", complementada com o segundo lugar de Nathaniel Berthon. O suiço Nico Muller, da Jenzer Motorsport, foi o terceiro classificado, tendo atrás dos seus escapes o português da Motorpark Academy, que ficou a oito segundos do carro vencedor.

A corrida de Antonio Felix da Costa foi de trás para a frente: partindo do oitavo lugar da grelha, na corrida esteve sempre ao ataque, chegando no sexto posto até à parte final da corrida, quando a chuva começou a cair no circuito de Barcelona. Obrigado a uma condução bastante mais exigente, Félix da Costa aproveitou os erros dos outros, como o dinamarquês Johan Jokinen, para ganhar mais duas posições e chegar ao quarto lugar final.

"A pista estava bastante escorregadia, mas consegui segurar bem o carro nas zonas mais molhadas. Sabia que estava mais rápido que os meus adversários e decidi que era altura de atacar. Foi pena a corrida não ter tido mais duas voltas, pois julgo que tinha boas hipóteses de subir ao pódio, uma vez que já estava colado ao terceiro classificado quando a corrida terminou", comentou o piloto de Cascais.

Com 9 pontos amealhados hoje, António Félix da Costa terá amanhã, Domingo, a segunda corrida do fim-de-semana, ondce terá boas hipóteses de um pódio, pois partirá da quarta posição da grelha, que será invertida para os oito primeiros.

KERS, esse mal amado

Estamos já na terceira prova do ano, e o sistema KERS de recuperação de energia é cada vez mais um dispositivo mal amado. Cada vez menos carros o usam, e este fim de semana, na China, depois de McLaren e Renault terem anunciado que iriam abandonar os dispositivos, somente os McLaren de Lewis Hamilton e e Heiki Kovalainen decidiram usar, bem como o BMW Sauber de Nick Heidfeld. Inicialmente, o outro BMW de Robert Kubica iria também usar o dispositivo, mas o faxto deste ter degradado precocemente os pneus traseiros nos treinos livres, fez com que o dispositivo fosse retirado.

Resultados? Hamilton foi nono na grelha, enquanto que Kovalinen foi 12º, apenas um lugar atrás de Nick Heidfeld. Pergunto a mim mesmo se no Bahrein, a próxima prova do Mundial, haverá algum carro a usar esse dispositivo na grelha de partida...

Formula 1 - Ronda 3, China (Qualificação)

Afinal, esta temporada não vai ser um passeio para os Brawn GP, como muitos temiam. E a melhor prova disso é um jovem alemão de 21 anos chamado Sebastien Vettel, que deu a si mesmo a sua segunda pole-position da carreira, e a primeira da história à Red Bull. Mas ainda mais inesperado foi o segundo lugar na grelha de Fernando Alonso, no seu Renault R29 "ornintorrinco", feita sem KERS e com um novo difusor. A Brawn GP não conseguiu melhor do que as quarta e quinta posições na grelha, talvez seja por partirem para a corrida um pouco mais pesados...


Apesar deste resultado, foi uma qualificação no fio da navalha, como o próprio Vettel admitiu: "Foi sempre no último minuto, quer na Q2, quer na Q1 e não foi fácil. Tivemos um problema com o carro e decidimos andar o mínimo, mas o monolugar estava muito bom e pude fazer uma volta sem erros", afirmou o piloto alemão. "Para a corrida, antes de mais, estou contente porque o Fernando [Alonso] não tem o KERS, porque sabemos que é uma vantagem nos arranques. Mas a corrida de amanhã é muito longa, temos um carro bom e estamos confiantes", acrescentou.

Fernando Alonso é a surpresa desta qualificação, ao ser segundo classificado, perdendo apenas 0.197 segundos para o alemão da Red Bull. inesperado, até para a própria equipa francesa. "Foi um fim-de-semana estranho para nós, porque com o difusor tínhamos um carro completamente novo esta manhã e não sabíamos como se iria comportar, mas foi muito bom verificar esta melhoria", começou por dizer o asturiano, acrescentando que "sair da primeira linha era algo que não esperávamos e agora vamos desfrutar deste feito e aproveitar o momento", confessou.

A fechar o pódio ficou o segundo Red Bull, de Mark Webber: "Foi um grande trabalho da equipa nas últimas semanas e este é um bom resultado. Gostava de ter ficado na primeira linha, mas o Fernando tirou-me essa possibilidade", admitiu o australiano.

Quanto aos Brawn, que pela primeira vez nesta temporada não estão na primeira fila, o melhor foi Rubens Barrichello, quarto na grelha, que bateu por 0.041 segundos o seu companheiro Jenson Button. Na Australia e na Malásia seriam suficientes para fazer a "pole-position", mas neste caso em particular... não deu. Apesar de tudo, as suas aspirações à vitória mantêm-se intactos, pois estão um pouco mais pesados do que a Red Bull e a Renault, que vão parar mais vezes na corrida.

Trulli foi sexto com o seu Toyota, Rosberg sétimo com a sua Williams, e Kimi Raikonnen conseguiu colocar a sua Ferrari na Q3, conseguindo o oitavo tempo, mesmo á frente de Lewis Hamilton, o actual campeão do Mundo, no seu McLaren. A fechar o "top ten" ficou o novato Sebastien Buemi, no seu Toro Rosso.

No meio da grelha estão Nick Heidfeld, no seu BMW Sauber, Felipe Massa, a demonstrar que o Ferrari ainda continua longe da forma ideial (e por isso ficou na 13ª posição), Timo Glock, que teve problemas de caixa de velocidades no seu Toyota e ficou logo a seguir, Heiki Kovalainen, que conseguiu o 12º tempo, e Robert Kubica, que foi apenas um pálido 18º qualificado.

A corrida é amanhã, a partir das sete da manhã, horário europeu. Veremos se numa pista tão aborrecida como Xangai, haja a mesma emoção das corridas anteriores...

O piloto do dia - Anthony Davidson

Engraçado... ontem escrevi a biografia de um ex-piloto de Formula 1 que tinha chegado à casa dos trinta, e hoje vai-se passar exactamente a mesma coisa. O piloto em questão foi considerado um dos mais promissores enquanto andava nas categorias de acesso, mas quando chegou à Formula 1, ficou durante muito tempo com o papel de piloto de reserva da BAR e depois da Honda. Hoje em dia, cumpre o mesmo papel na Brawn GP, mas é comentador na britânica Radio 5. Hoje é dia de dar os parabéns a Anthony Davidson.


Nascido a 18 de Abril de 1979 em Hernel Hempstead, no Herefordshire, Davidson começou a competir aos oito anos, no karting. Até 1995, competiu em diversos campeonatos, quer em Inglaterra, quer na Europa, quer nos Estados Unidos, onde venceu três campeonatos britânicos, e em 1996 foi segundo classificado na Formula A europeia. Em 1999, com 20 anos, passou para os monolugares, nomeadamente a Formula Ford 1600, onde ganhou na sua classe no Formula Ford Festival. Em 2000, repete o feito, mas no campo geral.


Em 2001, passa para o nivel seguinte, a Formula 3, onde fez parceria com o japonês Takuma Sato, na equipa Carlin. Ambos dominam o campeonato desse ano, mas o japonês é o campeão daquele ano, com Davidson a ficar logo a seguir na classificação, com sete pole-positions e seis vitórias. Mas nesse ano, vence a Taça Europeia de Formula 3 e é terceiro na Masters de Zandvoort. Isso é o suficiente para ser o piloto de testes e de reserva para a BAR-Honda em 2002, e quando Alex Yoong se magoa e fica de fora por duas corridas, Paul Stoddart pede à BAR para que empreste Davidson por duas corridas: Hungria e Belgica. Dá-se bem nessas corridas, mas não as termina.


Em 2003 continua como piloto de testes da BAR, mas as oportunidades para correr na categoria maior não aparecem. Portanto, a temporada vai ser passada na Le Mans Series, onde a bordo de um carro da Prodrive Racing, na classe GTS. Isso incluiu uma passagem pelas 24 Horas de Le Mans, onde não terminou a corrida. No ano seguinte, torna-se terceiro piloto da BAR, e tem a oportunidade de correr nas sextas-feiras antes da qualificação, para se dar melhor a conhecer. Faz boas performances, e no final do ano, a Williams tentou contratá-lo por uma temporada. Contudo, a BAR faz exigências elevadas, e o negócio é abortado.


Davidson volta a correr no GP da Malásia de 2005, substituindo Takuma Sato, que se sentira mal disposto, mas a corrida só dura duas voltas, devido a um motor rebentado. Continua a ser piloto de testes, mesmo depois da BAR ter mudado o nome para Honda. No final desse ano, a Super Aguri pede à Honda para que ele seja o seu piloto para a temporada de 2007, ao lado de Takuma Sato. E assim, aos 26 anos, tinha finalmente a sua primeira temporada completa.

Apesar do carro ser um chassis da Honda do ano anterior, as performances de Sato e Davidson são tão ou bastante melhores do que o da casa-mãe, e conseguem pontuar por algumas vezes. Contudo, Davidson nunca tem oportunidade para chegar lá, excepto por uma ocasião, no Canadá. Nessa corrida, rodava a caminho de um lugar no pódio quando... atropelou uma marmota. Os estragos sofridos no carro fizeram com que terminasse a corrida na 11ª posição final, o que lhe estragou a sua unica hipótese de pontuar...

Apesar de tudo, e dos problemas que a Super Aguri passava, ficou para 2008, ao lado de Sato. Mas as dívidas e as exigências da casa-mãe, principalmente Nick Fry, fizeram com que a Super Aguri terminasse as suas actividades após o GP da Turquia, a quinta prova do campeonato.

A sua carreira na Formula 1: 24 Grandes Prémios, em quatro temporadas (2002, 2005, 2007-08), zero pontos.


Aprós o fim da Super Aguri, Davidson tornou-se piloto de testes da Honda, enquanto que começava um trabalho como comentarista de rádio na britânica BBC Radio 5, trabalho que continua nos dias de hoje, bem como de ser piloto de testes da nova Brawn GP.

Fontes:


sexta-feira, 17 de abril de 2009

A Ferrari solidária

Apesar dos maus resultados em pista este ano, a Ferrari não está indiferente ao que se passa fora das paredes de Maranello. O sismo de há dez dias na região de Abruzzo, no centro de Itália, que matou quase 300 pessoas, a maioria dos quais na cidade medieval de L'Aquila, causou uma cadeia de solidariedade dento do país, e comoção no resto do Mundo. E a Ferrari não deixou passar esse evento ao lado, e decidiu colocar na sua carenagem a frase "Abruzzo nel cuore" (Abruzzo no coração). Um bom exemplo de, mesmo os momentos piores são relativos, face às catástrofes da Natureza.

Formula 1 - Ronda 3, China (Treinos)

Sexta-feira tem demasiada importância para aquilo que vale realmente, porque no final, os tempos que se reflectem não se correspondem a aquilo que se verá no dia seguinte, na qualificação. Sendo assim, vamos aos factos do dia, com a devida ressalva.

Na primeira sessão de treinos do dia, Lewis Hamilton surpreendeu toda a gente ao liderar a teabela de tempos, demonstrando as melhorias que o monolugar sofreu nas ultimas semanas. Um resultado encorajador para a McLaren, pois o seu companheiro Heiki Kovalainen fez o quarto tempo. Entre estes dois carros, ficaram os da Brawn GP, de Jenson Button e Rubens Barrichello. Button ficou a 0.110 segundos de Hamilton.

Na quinta posição ficou Mark Webber, da Red Bull, seguido de Jarno Trulli, da Toyota. O equilibrio ficou patente no pelotão, com os 15 primeiros separados por cerca de um segundo. O primeiro a aparecer acidma desse segundo foi... o Ferrari de Felipe Massa. Mas aqui, o piloto brasileiro queixou-se da granulação excessiva dos seus pneus, em especial dos super-macios. Kimi Raikonnen ficou um pouco acima, na 11ª posição.

Quanto à Renault, de Flavio Briatore (que ainda continua a queixar-se dos difusores da concorrência e da decisão do Tribunal de Apelo da FIA), Fernando Alonso fez o nono tempo do dia, enquanto que Nelson Piquet Jr. fez o último tempo do dia.

Algumas horas depois, na sessão da tarde, a normalidade voltou com Jenson Button a liderar a tabela de tempos, com 1.35,679 segundos. Nico Rosberg foi o segundo, a 0.025 segundos do piloto inglês, conseguindo bater nos instantes finais o segundo Brawn de Rubens Barrichello.

Os Red Bull demonstraram em bom nível nesta sessão de treinos, fazendo o quarto e quinto tempos com o australiano Mark Webber a conseguir ficar à frente do seu companheiro Sebastien Vettel, embora o alemão tenha ficado a 0.426 segundos do tempo de Button. Quanto à McLaren e Ferrari, Heiki Kovalainen foi o melhor, conseguindo o nono tempo, a 0.995 segundos de Button e o unico a ficar a menos de um segundo. Felipe Massa foi 12º, e Kimi Raikonnen o 14º. Entre eles ficou Lewis Hamilton. A Renault rodou ainda pior, com Nelson Piquet Jr. na 16ª posição e Fernando Alonso foi o 19º classificado, a quase dois segundos de Button!



Amanhã é a sessão de qualificação, onde se verá quem está realmente melhor...

O piloto do dia - Christijan Albers

Hoje puxarm-me pela memória recente, para recordar um piloto cuja passagem pela Formula 1 é mais lembrada pelos seus desastres do que as suas performances em pista. Mas só falar do desastre é um pouco injusto para alguém que, mesmo não tendo uma carreira fabulosa, foi um piloto que passou pela Formula 1 e fez parte dela durante duas temporadas e meia. Na semana em que comemora o seu 30º aniversário, vou falar da vida e carreira do holandês Christijan Albers.


Nascido a 16 de Abril de 1979 em Eindhoven, na Holanda, Albers é filho de André Albers, piloto de Rallycross nos anos 70 e 80. Durante muito tempo pensava-se que era parente de Marcel Albers (1967-92), promissor piloto holandês que morreu numa prova de Formula 3 em Thruxton, mas não existe qualquer relação de parentesco. Começou a sua carreira no karting, onde teve como auge a vitoria no campeonato nacional, em 1997. Nesse ano, tinha dado o salto para os monolugares, na Formula Ford 1800, onde foi campeão nacional na Holanda e na Bélgica. No ano seguinte, passa para a Formula 3 alemã, onde se torna campeão nacional, com dez vitórias na carreira.

Em 2000, passa para a Formula 3000 europeia, onde é companheiro do australiano Mark Webber. Não marcou qualquer ponto nessa temporada, e isso fez com que passasse em 2001 para os turismos alemães, mais concretamente o DTM. Começando numa equipa privada, os resultados foram a principio modestos, mas o talento existia. Quando em 2003 passa para a equipa oficial da Merecedes, após a retirada de Uwe Alzen, os resultados começaram a melhorar significativamente. Nesse ano venceu três corridas e desfiou abertamente Bernd Schneider na luta pelo título desse ano, mas falhou a sua conquista. No ano seguinte, com mais uma vitória no Estoril, continuou a desafiar Schneider para o título, mas acabou na terceira posição final.

Todos estes bons resultados acabam por chamar a atenção do seu antigo patrão na Formula 3000, que era nada mais, nada menos do que… Paul Stoddart. Na altura era o patrão da Minardi, e ainda em 2004 tinha assinado um contrato com a equipa para ser piloto de testes. No final desse ano, depois de uma sessão de testes bem sucedida, Stoddart escolheu-o para ser o piloto efectivo da equipa para a temporada de 2005, tendo a seu lado o austríaco Patrick Freisacher.

Estando na Minardi, Albers iria ter uma temporada difícil com um carro que iria ficar sempre na ultima fila da grelha de partida. Mas em Indianápolis, a sorte iria calhar a ele, quando os carros com pneus Michelin decidiram não alinhar na corrida, devido ao perigo de acidente devido à fragilidade dos compostos franceses. Somente seis carros alinharam, e Albers marcava os seus quatro únicos pontos da sua carreira. No final do ano, será 19º classificado.

No final de 2005, a Jordan é comprada pela Midland, e escolhem Albers para alinhar ao lado de Tiago Monteiro. Contudo, o ano de 2006 não é melhor do que o ano anterior, e Albers tem como melhor resultado um décimo lugar na Hungria, pior do que o seu companheiro Monteiro, que apesar de também não marcar pontos, tem melhores resultados, como um nono lugar nessa mesma corrida.

Mas Albers fica na Formula 1 por mais uma temporada, graças… aos holandeses. No final de 2006, a Midland é comprada pelos holandeses da Spyker, e Albers é a escolha natural da equipa. Contudo, os resultados não são os melhores, pois é constantemente batido pelo seu companheiro, o alemão Adrian Sutil. As coisas chegaram a um ponto baixo quando no GP de França, em Magny-Cours, sai de um reabastecimento cedo demais e leva atrás de si a mangueira de combustível. Alguns dias depois, a Spyker decidiu dispensar os seus serviços.

A sua carreira na Formula 1: 46 Grandes Prémios, em três temporadas (2005-07), quatro pontos.

Após a sua passagem pela Formula 1, Albers voltou ao DTM, desta vez para correr na rival Audi, num carro com especificações de 2006, tendo como companheira a inglesa Katherine Legge. Não marcou pontos. No final do ano, Albers foi correr na American Le Mans Séries, mais concretamente na etapa de Laguna Seca, a bordo de um Audi R10 oficial. Este ano, Albers vai continuar nos Sport-Protótipos, mais concretamente na Le Mans Séries, a bordo de um R10 da equipa privada Kolles, do seu ex-patrão na Spyker, e pode ser que corra de novo no DTM…


Fontes:

GP Memória - Pacifico 1994

Passaram-se duas semanas desde a primeira prova do ano, em Interlagos, mas a Formula 1 andava agitada nos bastidores. A Jordan tinha apelado da suspensão do seu piloto Eddie Irvine, depois de ter causado o múltiplo acidente com Verstappen, Brundle e Bernard, e a FIA decidiu agrava-la para três corridas, ou seja, estava fora de serviço até ao GP do Mónaco, a 15 de Maio. Assim sendo, em Aida, Eddie Jordan foi buscar o piloto local Aguri Suzuki, que depois de ter ficado sem lugar no final do ano na Footwork-Arrows, voltava temporariamente à competição.


Na Ferrari, havia uma cara nova, mas a razão tinha sido outra: Jean Alesi tinha tido um acidente em testes, e magoara-se seriamente no pescoço, e fora substituído pelo piloto de testes, Nicola Larini. Para além disso, começavam-se a avolumar suspeitas nos bastidores de que poderia haver equipas que não seguiam as regras tal qual como haviam sido estipuladas. E algumas pessoas começavam a questionar a Benetton devido à enorme facilidade pela qual tinha feito aquela partida em Interlagos…


A Formula 1 ia neste fim-de-semana de 17 de Abril de 1994 para um circuito novo: Ti-Aida. Situado no sudeste do Japão, era um circuito sinuoso e lento, com muito poucos pontos de ultrapassagem existentes. Um Hungaroring asiático em perspectiva. Mas para Hajime Tanaka, era o concretizar do sonho de uma vida. Então com 47 anos, o homem que conseguira a sua fortuna desenhando campos de golfe no Japão, e que se apaixonou pelo automobilismo oito anos antes, quando foi ver as 24 Horas de Le Mans, demorou sete anos e mais de 25 milhões de dólares para construir Aida. Mas com um problema: para além de ser um circuito demasiado travado, estava no meio de nenhures, entre Osaka e Hiroshima...

Nos treinos, Ayrton Senna foi de novo o melhor, batendo Michael Schumacher por 0.222 segundos (1.10,218 contra 1.1o,440 segundos) A segunda fila tinha o segundo Williams de Damon Hill, que tinha a seu lado o McLaren de Mika Hakkinen. O quinto tempo era do Ferrari de Gerhard Berger, que partia ao lado de Martin Brundle, no segundo McLaren e já recuperado da mazela de Interlagos. Nicola Larini era sétimo na sua Ferrari, e tinha a seu lado Rubens Barrichello, no Jordan-Hart. A fechar o "Top Ten" estava o Arrows de Christian Fittipaldi e o Benetton e Jos Verstappen.

Do resto da grelha, Aguri Suzuki era 20º, e Pedro Lamy era 24º, a bordo de um Lotus demasiado instável para ser guiado nesta pista. A última fila era da Simtek, com David Brabham e Roland Ratzenberger, deixando os Pacific de Paul Belmondo e Bertrand Gachot a assistir a corrida do dia seguinte na boxe.

Nos primeiros metros da corrida, o momento decisivo: Schumacher parte na frente de Senna, que tinha logo atrás Hakkinen e Brundle, que tinham ganho posições graças a bons arranques. O brasileiro tinha decidido ter uma postura prudente nesta corrida, ou seja, seguir o alemão até onde pudesse ir. Só que na primeira curva, Hakkinen fora apanhado de surpresa e toca no piloto brasieliro, colocando-o na escapatória. Para pirar as coisas, Larini sai da pista no mesmo local e bate no Williams. Fim de prova para os dois, e Schumacher ficava sem o seu maior rival nos primeiros metros.

Schumacher passava na frente no final da primeira volta, com Hakkinen e Hill logo atrás. Mas com o avanço que o piloto tinha dado, já tinha encontrado o vencedor da corrida, salvo qualquer problema mecânico. Hill tentava chegar ao segundo lugar, e na quarta volta tenta ultrapassá-lo, mas despista-se. Volta à pista e faz uma corrida de recuperação até à altura dos reabastecimentos. O finlandês era um segundo classificado muito sólido até à volta 19, altura em que foi fazer o seu primeiro reabastecimento. Nessa altura, o motor Peugeot para, devido a problemas hidraulicos. Volta a funcionar, mas na volta seguinte, o carro encosta definitivamente na berma, deixando Schumacher cada vez mais isolado.

Mais atrás, Hill chega ao segundo lugar, mas na volta 49, a transmissão do seu carro cede e tem de parar. Assim, o segundo lugar cai no colo de Gerhard Berger, com uma meia-surpresa: o Jordan de Rubens Barrichello era terceiro, conseguindo escapar às armadilhas do lento e sinuoso circuito, muito sujo nas bermas... Logo atrás vinha o veterano Brundle, mas na volta 67, com o radiador furado, o motor Peugeot "encomenda a alma ao Criador".

De resto, não houve mais história. Schumacher vence a corrida, com Berger e Barrichello a acompanhar no pódio. Para o jovem brasileiro de 22 anos, era um sonho, e uma pequena compensação pela perda de Senna no inicio da corrida. Christian Fittipaldi foi o quarto, Heinz-Harald Frentzen conseguia os seus primeiros pontos da carreira e o Larrousse de Eric Comas fechava os lugares pontuáveis, mas a... três voltas de Schunmacher. Pedro Lamy era oitavo classificado a sua melhor posição até então, num mau carro.

Fontes:

Santos, Francisco – Formula 1 1994/95, Editorial Talento, Lisboa/São Paulo, 1994

http://en.wikipedia.org/wiki/1994_Pacific_Grand_Prix
http://www.grandprix.com/gpe/rr550.html

quinta-feira, 16 de abril de 2009

C'etait un Rendez-Vous - O making of




Esta foi uma das sequências mais famosas de sempre. Ultimamente virou um videoclip dos Snow Patrol, e especulou-se muito sobre quem era a pessoa que ia ao volante nessa sequência, se era um piloto profissional ou outro qualquer. A curta-metragem "C' était un Rendez-Vous" é de 1976 e mostra um homem, ao nascer do sol de um dia de Verão, a correr esbaforido para ter com a sua amada, sem ter em conta as regras de transito.


Filmado numa unica cena, a curta-metragem foi feita numa altura de experimentalismo, em especial um género chamado "cinema-verité". Foi um estrondo quando estreou, e correu ainda mais tinta quando a policia francesa deteve Lelouch para interrogatório, no intuito de saber quem era o louco atrás do volante. Especulou-se que tinham sido pilotos profissionais a fazê-lo: Jacky Ickx, Jacques Laffite, Jean Ragnotti, Jean-Pierre Beltoise eram os nomes propalados. Lelouch nunca se preocupou em dissipar esses rumores, o que deu ainda mais aura à curtta-metragem.






30 anos depois, a TV francesa decidiu reconstruir a famosa curta-metragem, acompanhada pelo próprio Lelouch. O reporter vai ter com Lelouch, ao volante do carro que fez a filmagem, um Mercedes 450 SL 6.9 do próprio realizador, que explica que toda aquela sequência foi feita por ele próprio, porque foi algo decidido à ultima da hora, numa inspiração instintiva do realizador. Este video recria todos os movimentos feitos naquele dia, no mesmo carro, com o mesmo piloto, só que a uma velocidade muito mais suave... O video... descobri-o no fantástico Saloma do Blog!

The End: Franco Ambrosio (1932-2009)


O Felipão, do Blogsport Brasil, deu hoje a noticia: Franco Ambrosio, o homem que patrocinou a Shadow e um dos fundadores da Arrows (era o A) foi hoje encontrado morto, bem como a sua esposa, a golpes de picareta, na sua casa perto de Nápoles, no sul de Itália. A policia suspeita de um roubo que correu mal. Tinha 77 anos.


Ambrosio construiu a sua fortuna na área financeira, e entra na Formula 1 em 1977 através de um piloto: Renzo Zorzi. O italiano era mau piloto, ficando apenas cinco provas, sendo depois substituido por outro italiano, Riccardo Patrese. No final do ano, um grupo de elementos da Shadow, Tony Southgate, Franco Ambrosio, David Wass e Jackie Oliver, tentam um golpe interno contra o patrão da equipa, o americano Don Nicols. O golpe falha e eles saem no final do ano para fundar a Arrows e Ambrosio iria ser o patrocinador da aventura (era o A do nome)


Contudo, ele acaba preso no inicio de 1978 devido ao escândalo financeiro mais famoso da década: o da loja maçonica P2, que está ligada ao Banco Ambrosiano, que fazia negócios com o Vaticano. Aliás, segundos os teoristas da conspiração, essa loja maçónica, com ligações à Máfia, estaria por detrás do alegado assassinato de João Paulo I, em Setembro de 1978...



Depois de cumprir sentença, envolveu-se na Italgrani, a maior do seu país na área da agropecuária, mas ele sempre foi uma personagem envolvido em escândalos: em 1994, foi acusado de fraude, ao enganar a União Europeia em 32 milhões de euros numa exportação fantasma de farelo de trigo para a Argélia. Cinco anos depois, a empresa declarou falência, mas as autoridades desconfiaram, e descobrou-se que era uma fraude. Resultado: Ambrosio foi condenado em 2008 a nove anos de prisão. Contudo, o processo estava em recurso num tribunal superior quando foi morto.


Quanto à história do primeiro ano da Arrows, e da controvérsia do seu modelo A1, podem ler aqui.

Noticias: Ron Dennis termina ligação com a McLaren F1

Ele já tinha anunciado no inicio do ano que se ia afastar do muro das boxes, mas agora é definitivo: Ron Dennis afastou-se da competição, depois de uma ligação de 28 anos. O anuncio foi feito esta manhã em conferência de imprensa, e o responsável inglês ficará agora ligado a uma nova estrutura independente, a McLaren Automotive, que se vai dedicar a construir modelos de estrada, cujo primeiro modelo sairá em meados de 2011. Dennis afirmou que a decisão foi tomada sem pressão.

"Passei o cargo de director de equipa da Vodafone McLaren Mercedes ao Martin Whitmarsh a 16 de Janeiro, no dia de lançamento do novo carro. Naquele dia perguntaram-me muitas vezes se eu iria estar no GP da Austrália de 2009. A minha resposta foi 'sim'. Eu estive presente - apesar de não ser a pessoa no comando da Vodafone McLaren Mercedes. Admito que foi uma sensação estranha", referiu o agora ex-patrão da McLaren.

"Admito que nem sempre fui fácil de lidar. Admito que sempre dei tudo pela McLaren na Fórmula 1. Duvido que o Max Mosley ou o Bernie Ecclestone fiquem descontentes com a minha decisão. Mas ninguém me pediu para o fazer. Foi uma decisão minha. Igualmente, fui o arquitecto da reestruturação do Grupo McLaren. Uma vez mais, ninguém me pediu para o fazer. Foi uma decisão minha", acrescentou, não deixando escapar em claro as suas divergências com os actuais manda-chuvas da FIA...

Quanto à sua nova vida, Ron Dennis confessa: "Sinto um grande entusiasmo com as perspectivas para o Grupo McLaren e a McLaren Automotive, e não tenho qualquer dúvida em deixar o Martin [Whitmarsh] a responder à administração no que diz respeito a qualquer assunto relacionado com a Fórmula 1", concluiu. Em suma: o Tio Ron não diz "adeus", mas sim um "até já", pelo menos até aqueles dois senhores se forem embora...

5ª Coluna: Difusores e uma boa tarde de Páscoa

Como este foi um fim de semana onde não houve Formula 1 em pista, posso dividir o espaço com outras modalidades, o que até é bom, pois este é um blog automobilístico, e nunca de Formula 1, senão teria um nome como “Speeder Formula 1” ou algo assim… Mas mesmo assim, a categoria máxima do automobilismo é um assunto incontornável, ainda por cima num ano como este, onde a emoção se divide entre a pista… e a secretaria.


A FIA decidiu, está decidido!

O grande assunto desta semana era a história dos difusores traseiros da Brawn GP, Toyota e Williams. Ferrari, Renault e Red Bull tinham-os contestado no fim de semana de Melbourne, por acharem que eram ilegais, à luz da leitura que fizeram dos regulamentos. Os comissários negaram a reclamação e as três equipas recorreram, com a decisão a ser anunciada ontem. Mas os juízes da FIA decidiram imitar o mesmo “hobby” do seu chefe sado-maso e anunciou que iria adiar a sua decisão em 24 horas, para podermos especular e elaborar teorias da conspiração na Blogosfera. Sabendo-se que Mosley e Ecclestone andam este ano a sofrer de alguma doença bipolar, tudo era possível, mas no final, decidiram manter a mesma posição que os comissários australianos: os difusores são legais!


Obviamente, os vencedores rejubilaram e os perdedores reclamaram, mas na minha visão das coisas, digo que justiça foi feita. E porquê? Primeiro, porque uma instância superior confirmou uma decisão dos seus comissários, e que por causa disso, legitimou uma ordem nova, que virou completamente de cabeça para baixo a Formula 1, e que nos deu duas corridas plenas de emoção, como há muito não víamos, com um vencedor diferente, de uma equipa que há menos de um mês era dada como “morta”… E por outro lado, foi uma forma de Ferrari e Renault evitarem conseguir uma vitória na secretaria, que minorasse o facto de quão medíocres são os seus carros em 2009, pois seguiram um caminho que se verificou errado. Em suma, a velha frase de Colin Chapman se tornou verdadeira. Agora o meu conselho é: parem de choramingar e trabalhem nos vossos difusores!


E em termos de classificação, tudo fica na mesma. A Brawn GP e Jenson Button mantiveram a sua vitória e meia, e os Ferrari e Renault lá vão ter de voltar ao estirador para redesenhar as suas traseiras. Ainda vão sofrer em Xangai e Shakir, no Bahrein, mas veremos como será a reacção quando a Formula 1 chegar à Europa, no Grande Prémio de Espanha, senão antes…


“Motorsport is back to town!”


Sem Formula 1 no Domingo de Páscoa, tivemos A1GP na TV. E ainda por cima em Portugal! Finalmente o Autódromo de Portimão recebeu o primeiro grande evento internacional de uma época que promete ser cheia. Uma semana depois de Max Mosley ter ficado de boca aberta ao ver o nosso circuito, mais de 35 mil pessoas foram passar o fim-de-semana da Páscoa no Autódromo português, embora somente dez mil foram ver a corrida. Mas deu para encher a bancada principal… Corridas emocionantes, batidas a rodos, houve até uma corrida que acabou antes do seu termo, toda a gente elogiou a pista portuguesa, pelo facto de ser desafiante, algo que já não viam há imenso tempo. Em suma, é um “back to the basics”, mas com a segurança do século XXI. E não é “tilkiano”!


E pela primeira vez em quase três anos, via uma prova automobilística em sinal aberto, num canal de TV português. A SIC transmitiu em directo as corridas de Portimão, especialmente a Feature Race. Mas… que xaropada! O comentador habitual era pior que o Galvão Bueno, e a transmissão foi pobre, para não dizer miserável. Quem é a alminha que se lembra de fazer um intervalo para publicidade de sete (!) minutos a meio da corrida? A minha sorte pessoal é saber que a RAI Sport transmite as corridas em directo, e foi aí que vi o choque entre Vitantonio Liuzzi e Marco Andretti, e consequente entrada do Safety Car. Ridículo, para dizer o mínimo. O que salvou foi eles terem convidado o Pedro Couceiro, um piloto de automóveis, para a transmissão, e ele foi excelente.


Mas no final, a corrida valeu a pena. Suiça (Neel Jani), Irlanda (Adam Carrol) e Portugal (Filipe Albuquerque) foram os dominadores, embora a Holanda, com Robert Doornbos ao volante, deu um ar da sua graça quando ganhou a Sprint Race. Agora os três primeiros estão separados por seis pontos, e a corrida vai para Brands Hatch com tudo por decidir. Emoção não vai faltar, meus amigos!


E agora vamos para Xangai, palco do GP da China. Um circuito com fama de desértico (o governo distribui os bilhetes pela população local! Quem me dera que fosse assim por aqui…) e onde depois da decisão de Paris, os Brawn GP e Toyota são os naturais favoritos. Será que McLaren e Ferrari irão pontuar? E será que a Toyota quebrará o enguiço e ganha a sua primeira corrida? Uma coisa é certa: pela primeira vez este ano, a corrida será a horas decentes, quer no local, quer na Europa. Ao menos isso!

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Noticias: Os difusores são legais

A FIA anunciou hoje no Tribunal de Apelo de Paris que os difusores da Williams, Toyota e Brawn GP são legais, confirmando a decisão emanada dos comissários de pista australianos. Assim sendo, a queixa de Ferrari, Renault e Red Bull, feita em Melbourne, foi rechaçada.


"O Tribunal de apelo da FIA decidiu negar os apelos submetidos (...) baseado nos argumentos ouvidos e nas provas apresentadas, este Tribunal entende que os comissários Desportivos procederam correctamente ao considerar os carros legais.", lê-se no comunicado.


Ross Brawn estava naturalmente satisfeito com a decisão: "Estamos satisfeitos com a decisão tomada pelo Tribunal Internacional de Apelo. Respeitamos o direito dos nossos concorrentes em questionar qualquer desenho ou conceito utilizado nos nossos carros, através dos canais disponíveis para os mesmos. O Departamento Técnico da FIA, os Comissários Desportivos do GPs da Austrália e Malásia e agora, cinco juízes do Tribunal Internacional de Recurso confirmaram a nossa convicção de que os nossos carros sempre respeitaram os Regulamentos Técnicos. Esta decisão do Tribunal de Apelo encerra este assunto e agora estamos ansiosos para regressar à pista para continuar os desafios tem sido muito estimulantes neste início de Mundial de Fórmula 1.", referiu Brawn, à saída do Tribunal de Apelo, em Paris.



Em claro contraste com a Brawn é a Ferrari, que reagiu à decisão por intermédio de Stefano Domenicalli: "Estamos à espera de saber as razões que levaram o TAI a rejeitar o apelo. Infelizmente, esta decisão força-nos a mexer em áreas fundamentais do nosso carro no sentido de podermos competir em igualdade de circunstâncias com as outras equipas do ponto de vista técnico, o que irá levar tempo e dinheiro", explicou. No entanto, o responsável italiano lança já o mote para todos dentro da marca do Cavalino Rampante: "Vamos duplicar os nosso esforços para colocar de novo a equipa no nível mais alto de competitividade".


Termina assim este capitulo pendente da Formula 1, referente aos difusores, especialmente o da Brawn GP, actual lider do campeonato. Agora resta às outras equipas deixarem de ser choramingas e trabalhar para apresentar os seus difusores, no sentido de recuperar o tempo perdido.

Novos blogues na área!

A cada dia que passa, novos blogues de automobilismo em português aparecem, muitos deles escritos por verdadeiros amantes do desporto, mas também há projectos bem planeados, feitos por verdadeiros profissionais, e no meu caso pessoal, um destes novos blogs tem o meu cunho pessoal, pois até o nome é uma sugestão minha!


O primeiro desses novos blogs vem de perto da minha casa, e trata de modelos. Chama-se Mania de Carrinhos, e é o blogue de Pedro Costa, militar de profissão e montador de carrinhos por paixão. Por enquanto, mostra as fotos ao pormenor do “maldito” Ferrari 126C2 de 1982, que foi guiado por quatro pilotos, e que foi o “túmulo” de Gilles Villeneuve, nos treinos do GP da Bélgica, a 8 de Maio desse ano. Não tendo muitos blogs de modelismo (tirando o Quatro Rodinhas, conheço poucos em Portugal), esta é uma mais-valia. Que este seja o primeiro de muitos modelos mostrados!


O segundo caso é mais profissional. Trata-se do blog Splash and Go, do jornalista e entusiasta de automobilismo Daniel Gomes. A ideia dele e não só colocar a actualidade, mas ir para além dela, e um bom exemplo disso é o seu primeiro artigo, que é uma análise profunda sobre o GP da Malásia. Bem analisada e detalhada, promete ser uma mais valia neste domínio.


Mais um blog, e este é um regresso. Hugo Becker, depois de ter extinguido o Motor Home, decidiu regressar ás lides com outro blog: o BRF1, onde volta a fazer a mesma coisa que no anterior. Sei que o Hugo é gente boa, e espero que este novo projecto dure mais que o anterior, pois as suas análises são úteis à blogosfera.


E “last, but not least”, deixei para o fim o projecto no qual tive o meu cunho pessoal. A Ingryd Lamas, brasileira temporariamente instalada em Londres, e dona do ding!, decidiu ir para além do seu blog pessoal e fazer outro dedicado exclusivamente à Formula 1. Sugeri o nome “Athena Grand Prix”, e é esse o seu nome de baptismo. Mas não foi só aí que dei a minha contribuição. Todo o esquema do blog foi sugerido por mim, excepto o logótipo, pois não tenho vocação de “designer”. Da maneira como escreve sobre a coisa no outro blog, este blog promete deixar a sua marca. E precisamos sempre de blogueiras que falem de automobilismo, pois tem uma sensibilidade diferente, não é?


E estes são as minhas mais recentes sugestões. Desejo-lhes longa vida e muita paciência para escrever, pois o mais fácil é fazer um blog, mais difícil é mantê-lo. É o que digo sempre aos recém-chegados…

terça-feira, 14 de abril de 2009

Há 350 mil visitas atrás...

Há 350 mil visitas atrás (dois anos e dois meses, mais concretamente) comecei este blogue, com o objectivo de fazer duas coisas: mostrar a minha paixão pelos automóveis, e praticar numa plataforma, que é o Blogger, tudo aquilo que eu aprendi quer na "tarimba" (a prática), quer nos bancos da Faculdade.

Há dois anos, dois meses e dois dias atrás (e digo isto como claro contraste com a actualidade), eu era um recém saído da Faculdade, procurando por um emprego, e sem saber muito com o que fazer. Hoje estou numa situação completamente diferente: estou empregado num projecto que promete muito, do qual vesti convictamente a camisola.


Poderia facilmente deixar isto para trás, mas não quis, nem vou querer. Estou aqui, agora, por gosto e porque acho que este projecto está longe de se ter esgotado. E por causa da multidão de amigos virtuais que arranjei, vindos de todo o mundo, e todos eles torcem por uma causa comum: o automobilismo. E portanto, já que cheguei até aqui, posso já começar a olhar para trás e verificar que já começo a fazer parte da "mobilia" blogosférica. E agora, de futuro, é sempre mais, e cada vez melhor, apesar de agora dedicar um pouco menos de tempo.


Mas quem corre por gosto, nunca, mas nunca, se cansa. Para os 500 mil e mais além!

Noticias: Tribunal de Apelo decidiu... adiar para amanhã

Mais 24 horas de especulações, debates e teorias de conspiração. O Tribunal de Apelo em Paris decidiu esta tarde que só comunicará amanhã a decisão referente aos difusores da Toyota, Williams e Brawn GP, cuja legalidade foi contestada na Austrália por Renault, McLaren e Ferrari.

Caso os juizes confirmem com as decisões dos comissários de pista locais, as outras equipas terão que rapidamente redesenhar os seus fundos planos, no sentido de apresentar difusores semelhantes, no sentido de recuperar o tempo perdido nestas duas primeiras corridas do ano, ganhas por Jenson Button, da Brawn GP.

Contudo, caso o Tribunal declare a sua ilegalidade, é possivel que os pontos serem retirados às equipas que utilizam aqueles difusores. Caso isso suceda, o Mundial de 2009 leva uma grande volta, pois o novo lider passa a ser Fernando Alonso ao invés de Jenson Button. Mas também pode ser que se declare a ilegalidade, e se mantenham os pontos, tal como aconteceu no ano de 1978, após a vitória de Niki Lauda no GP da Suécia, a bordo do Brabham BT46B "Ventoinha". Mais um caso para apimentar uma temporada que mal começou, mas já é considerada como a mais polémica dos últimos 30 anos...