terça-feira, 13 de julho de 2010

GP Memória - Grã-Bretanha 1980

Duas semanas depois de Paul Ricard, máquinas e pilotos estavam em Brands Hatch a disputar o GP da Grã-Bretanha, aplicando a politica de rotatividade entre este circuito e Silverstone. Os dois anos de ausência mostraram até que ponto estes carros estavam evoluidos, pois quando Didier Pironi fez a pole-position, tinha tirado cinco segundos ao recorde da pista.

Mas antes disso, outras coisas tinham acontecido no pelotão automobilistico. A Shadow desaparece de cena e na Brabham, Bernie Ecclestone decidira dispensar os serviços do argentino Ricardo Zunino e contratado no seu lugar o mexicano Hector Rebaque. Em Brands Hatch aparecia uma equipa, a RAM Racing, de John McDonald, que inscrevia um Williams FW07 para o britânico Rupert Keegan. Outra equipa, a Brands Hatch Racing, inscrevia outro Williams FW07 para a sul-africana Desireé Wilson. Ambos os carros costumavam participar no campeonato britânico de Formula 1.

A Fittipaldi iria estrear o novo chassis F8, desenhado por Harvey Postlethwaithe, mas só havia um chassis pronto para Emerson Fittipaldi, enquanto que Keke Rosberg tinha de se haver com o velho F7.

Na qualificação, os Ligier foram os melhores, com Pironi a ser melhor do que Jacques Lafitte, e ambos davam uma bela prenda de anos ao seu patrão, Guy Ligier, que comemorava o seu cinquentenário naquele Sábado. A segunda fila era toda da Williams, com Alan Jones a ser melhor do que Carlos Reutemann, enquanto que na terceira fila estavam o Brabham de Nelson Piquet e o Alfa Romeo de Bruno Giacomelli. O estreante francês Alain Prost dava o seu melhor num McLaren datado e partia no sétimo posto da grelha, à frente do segundo Alfa Romeo de Patrick Depailler. E na quinta fila, a fechar os dez primeiros, estavam o Lotus de Mario Andretti e o Tyrrell do irlandês Derek Daly.

Com 27 inscritos para 24 lugares, três destes carros iriam ficar de fora. Foram eles o Ensign de Jan Lammers, o Fittipaldi de Keke Rosberg e o Williams privado de Desirée Wilson. E mesmo entre os qualificados, havia algumas posições embaraçosas, como os dos Ferrari, que largavam do 19º (Villeneuve) e 23º (Scheckter). Entre eles estava Fittipaldi, que era 22º com o seu novo carro. E os Renault não andavam longe, com Jean-Pierre Jabouille em 13º e René Arnoux em 16º, à frente da Ferrari, mais muito longe das primeiras posições.

Na partida, os Ligier mantiveram as suas posições na grelha, enquanto que um pouco atrás, Piquet conseguiu se enfiar entre os dois Williams e ficar com o quarto posto. As coisas não se alteraram muito até à volta 17, quando Pironi começou a ter um furo lento e teve de ir às boxes, onde demorou demasiado tempo para colocar um novo jogo, que o relegou para o final do pelotão, onde iria tentar recuperar o tempo perdido.

Com isto, Laffite herdou a liderança, seguido de Jones e Piquet. As coisas ficaram nesta ordem até à volta 31, quando Laffite começou, também ele, a sofrer um furo lento e a tentar levar o carro até às boxes. Só que em Hawthorn Bend, o pneu explodiu e o francês perdeu o controle do carro, acabando nas redes de protecção. Com isto, o lider era agora Jones, à frente de Piquet e Reutemann, enquanto que Pironi fazia uma incrivel corrida de recuperação. Na volta 63, já o francês era quinto classificado quando sofreu novo furo e desistiu. Mais tarde se veio a descobrir que as razões dos furos tinham a ver com fissuras nas jantes dos Ligier.

Com isto, Jones acaba tranquilamente no primeiro lugar, com uma diferença de dez segundos sobre Nelson Piquet, o segundo classificado. Carlos Reutemann fechava o pódio, no terceiro posto, e nos restantes lugares pontuáveis ficavam os Tyrrell de Derek Daly e Jean-Pierre Jarier, e o McLaren de Alain Prost.

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