quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Impressões sobre Richie Ginther

Se estivesse vivo, Richie Ginther faria hoje 80 anos. Somente viveu 59, e para os mais desatentos, parece ele não deixou grande marca na história do automobilismo. Mas quem diz tal coisa, parece que desconhece os seus feitos ou quer reduzi-los ao minimo. Não é assim, pois vendo bem, foi um dos melhores dos anos 60. Um piloto regular que fez história, pelo menos na Honda e na Goodyear, pois foi o primeiro a ganhar por ambas as marcas. E foi o último vencedor na época da Formula 1.5 litros, no GP do México de 1965.

Teve como companheiros de equipa pilotos como Graham Hill, Wolfgang von Trips e os seus compatriotas e amigos Phil Hill e Dan Gurney. Foi segundo piloto nas equipas em que passou, mas a sua capacidade mecânica e regularidade eram os seus maiores trunfos. O seu melhor lugar na classificação foi um terceiro lugar na temporada de 1964 e era presença regular no pódio. Quando foi para a Honda, em 1965, o seu estatuto mudou e teve a oportunidade de demonstrar todo o seu potencial. Nas duas épocas que se seguiram, conseguiu, para além da tal vitória no México, mais algumas proezas dignas de registo.

Quando via a sua biografia, algures na Wikipédia, descobri que ele teve uma "ponta" no mítico filme sobre automobilismo, o "Grand Prix". O seu nome não aparecia nos créditos, mas descobri que fazia a personagem de "John Hogarth", companheiro de "Pete Aaron" na Yomura. Sendo assim, achei por bem trazer de novo o sr. Hogarth na minha história, com forma de tributo ao sr. Ginther, pois acho que merece plenamente este pequeno tributo meu. Hão de ver isso nos próximos dias.

Um dia, fartou-se. Os acidentes mortais que vitimaram alguns dos seus companheiros e amigos e a sensação que já tinha feito tudo o que tinha a fazer, e a provar, deve tê-lo feito tomar tal decisão. Correu na Can-Am e depois reformou-se, mas não fora esquecido. Poucas semanas antes de morrer, em Setembro de 1989, Ginther tinha sido convidado para aparecer na festa dos 40 anos da BRM, e guiou um dos carros que tinha feito 25 anos antes. Já estava doente, mas serviu para alegrar os seus últimos dias. Perlo menos, quero pensar dessa forma.

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