quarta-feira, 6 de outubro de 2010

As últimas da Lotus

Hoje decidi colocar num só post tudo (ou quase tudo) que apareceu sobre a Lotus nestes últimos oito dias, pois assim acho que seria muito mais "saboroso" do que me dispersar em três ou quatro. Se vocês lerem isto até ao fim, podem ver que vale a pena.

Para começar, direi que a cada dia que passa, Tony Fernandes está determinado em colocar a Lotus no lugar em que já pertenceu. Depois de comprar os direitos do nome "Team Lotus" e de ter rescindido contrato com a Cosworth, abrindo caminho para a chegada dos motores Renault, agora Fernandes conseguiu fazer um acordo com a Red Bull para fornecer o conjunto caixa de velocidades/sistema hidráulico que a equipa tem, com os resultados já conhecidos.

"O anúncio de que chegámos a acordo por vários anos com a Red Bull Technology para o fornecimento de caixas de velocidades e sistemas hidráulicos a partir de 2011 é obviamente um enorme passo em frente para a nossa equipa, quer em termos de engenharia, quer na expressão das nossas ambições para o próximo ano e para os futuros campeonatos", afirmou o diretor técnico da equipa, Mike Gascoyne, em comunicado.

Christian Horner, director da Red Bull, também se congratulou com este acordo: "Estamos muito satisfeitos pela decisão da Lotus Racing de usar as caixas de velocidades e sistemas hidráulicos da Red Bull Technology a partir de 2011. O facto da Red Bull Technology ter sido escolhida como fornecedora de outra equipa apesar da sua curta história demonstra o quanto nos alcançámos desde a nossa primeira época. Estamos ansiosos por trabalhar com a Lotus Racing a partir de 2011", admitiu. Aos poucos, a ideia de ver a Lotus imitar a Red Bull é real, mas provavelmente as mãozinhas de Mike Gascoyne podem fazer a diferença para os energéticos. De qualquer das formas, o potencial salto de qualidade na próxima temporada é bem real.

É sabido que a dupla da marca será a mesma de 2010, ou seja, os veteranos Jarno Trulli e Heiki Kovalainen. Mas com a entrada da Team Air Asia, em 2011, na GP2, significa que no futuro, a Lotus poderá trazer um piloto de lá. E uma das hipóteses é o português Alvaro Parente. Depois de no inicio do ano ter visto gorada a sua hipótese de ser terceiro piloto da Virgin por causa do falhanço de patrocinios do Estado português, o seu regresso a part-time para a Coloni fez despertar as atenções da Lotus, que procura pilotos ganhadores para a sua nova equipa na GP2. O francês Charles Pic, o venezuelano Johnny Cecotto Jr., o espanhol Andy Soucek e o holandês Gierdo van der Garde são outras hipóteses para o futuro. Resta saber se o malaio Fairuz Fauzy entra nesses planos...

Para finalizar, o caso politico. As últimas vindas da Malásia mostram que isto é mais politico do que técnico, e o melhor exemplo disso é o facto de Tony Fernandes ter apelado à intervenção do antigo primeiro ministro Mahatir Mohamed, o tal que vendeu a Air Asia pelo valor - simbólico - de um ringgit e o transformou numa das marcas de maior sucesso na região. Mohammad decidiu reunir ambas as partes e afirmou que irá procurar uma solução satisfatória.

Como se sabe, Tony Fernandes entrou em polémica com a Lotus Group, cuja face visivel é o suiço Dany Bahar, ex-Ferrari e Red Bull, pelos direitos de usar o nome da marca fundada por Colin Chapman. A marca malaia acha que tem o direito de usar o nome Team Lotus e tem os seus próprios planos de competição, ao aliar-se com a ART nas suas equipas de GP3 e GP2, para além de ter assinado um acordo com a Toyota para o fornecimento de motores para os seus modelos de estrada, que, quem sabe, pode se estender para o seu programa na Le Mans Series...

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