segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Depois do Crashgate, o Cearágate?

Já tinha ouvido uns zuns-zuns há umas três, quatro semanas. O Dú Cardim tinha-me mandado, via Twitter, uma noticia sobre a operação da Policia Federal no sentido de investigar as contas da Federação Cearense de Automobilismo e sobre a operação de lavagem de fundos. Sendo uma coisa tão... local, confesso que não liguei muito. Mas esta segunda-feira, a coisa teve sérios desenvolvimentos porque a revista Veja implica seriamente Nelson Piquet nesse esquema de lavagem de dinheiro que atinge números sérios: 51 milhões de reais, que circularam entre 2004 e 2008.

Há algumas semanas, a Policia Federal elaborou a operação Pódium, onde sob mandato, entraram na sede da Federação Cearense de Automobilismo e investigaram as suas contas e as do seu presidente, Hyberton Cysne, (que está detido) demasiado boas para ser verdadeiras. Segundo me conta o Leandro Verde no seu blog, as contas da Fedreração Paulistana, a maior do pais, tem uma receita cinco vezes menores. Esses 51 milhões teriam entrado como patrocínios fictícios, e Piquet, que entrou com 2,7 milhões de reais, estaria envolvido através da sua empresa, a Autotrac, do qual seria parcialmente devolvido ao seu proprietário, outra parte estaria em contas no esterior e a Federação ficaria com apenas nove por cento do total. Envolvidos nesse esquema estariam outros pilotos como o seu filho Nelson Piquet Jr., o Alexandre Negrão e Diego Nunes (ambos do Stock Car). Nunes entregou 8,3 milhões de reais à federação, que retornou com 7,8 milhões, enquanto se desconhece as quantias pagas por Negrão durante esse tempo.

O velho Nelson confirmou a operação à revista, justificando: "Fiz assim porque tenho boas relações com os cearenses". Por enquanto, ainda não há acusações sobre os pilotos referenciados, mas as coisas mudam de dia para dia...

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