sexta-feira, 1 de abril de 2011

Hispania: os pontos fortes e os possiveis salvadores da pátria

Por estes tempos, falar sobre a Hispania é quase uma inevitabilidade. Como os impostos, a morte e o FMI. Falei sobre eles na terça-feira e hoje debruço-me sobre um artigo escrito ontem pelo James Allen no seu blog. Mais do que um "update", trata-se de uma conversa que teve com Geoff Willis, e como provavelmente as coisas que José Ramon Carabante e Colin Kolles andam para aí a dizer, podem ter uma ponta de verdade.

Segundo ele, uma das razões pelo qual a Hispania não alcançou tempos abaixo do limite dos 107 por cento tinha a ver com a asa frontal, que não tinha passado os testes de resistência exigidos pela FIA, e que por causa disso, tiveram de andar com o pacote aerodinâmico do F110. E Willis acredita que, com esse novo pacote, poderão andar mais rápidos do que os Virgin de 2011, cujo chassis é desenhado computorizadamente por Nick Wirth. E claro, nas hostes da Virgin, esse temor é bem real, pois como é sabido, o carro de Vitantonio Liuzzi foi apenas 1,7 segundos mais lento do que o pior dos Virgin.

Caso isso seja verdadeiro, pode-se dizer que Willis é o menos culpado da situação atual da Hispania, uma equipa que precisa de dinheiro como nós precisamos de respirar. Mas até nesse aspeto, existe algo que James Allen assinala no seu post: Carabante foi procurar dinheiro e patrocinadores na Russia, e aparentemente poderá ter arranjado um salvador bem conhecido: Vladimir Antonov, o uzebeque dono do Snoras Bank. Aparentemente, Carabante pode ter pedido dinheiro emprestado ao Snoras Bank, dando como garantia a equipa, e que em caso de falha nos pagamentos, o banco poderia avançar para ficar com a equipa. Antonov, como é sabido, é ultra-rico - tem quase sete mil milhões de dólares de patromónio - está apaixonado por automóveis, pois quer comprar a Saab e deseja o colocar nos ralis a partir de 2013, o mais tardar. E recentemente uma das suas firmas adquiriu os direitos de transmissão do Mundial WRC de ralis.

Agora a grande pergunta é saber se ele quer só investir nos ralis ou não. Ter para si uma equipa no qual poderia colocar a sua marca nos palcos um pouco por todo o mundo, quase de presente, seria uma oportunidade que não deixaria escapar. Mas Carabante e Kolles prefeririam que esse negócio acontecesse através de uma compra e não de um arresto...

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