sexta-feira, 20 de maio de 2011

As primeiras 500 Milhas de Indianápolis

"(...) tudo começa com a invenção do automóvel, em 1886, e da realização da primeira corrida, em 1894, quando vários automóveis fizeram um percurso de duzentos quilómetros entre Paris e Rouen. Com esse inicio e o seu sucesso nos dois lados do Atlântico, no inicio do século, várias foram as cidades que queriam ter a sua corrida, não só para apoiar a nascente industria automobilística, como também para garantir uma imensa receita financeira, bem como atrair os adeptos curiosos pelas velozes máquinas, que rivalizavam com outra industria nascente: a aviação.

Já se faziam corridas na zona de Indianápolis desde o inicio do século, mas é em 1909 que um grupo de industriais de Indianápolis decide investir numa pista permanente de 2,5 milhas, com o intuito de melhorar a qualidade dos carros de competição. Construido num tempo recorde numa superficie feita de brita e asfalto, a primeira corrida ocorreu a 19 de Agosto, e o vencedor recebeu uma medalha. Contudo, os materiais usados na sua construção revelaram-se demasiado frágeis e aliado ao imenso calor, a pista ficou destruída, causando vários acidentes, resultando na morte de um mecânico e dois pilotos. Sendo assim, os organizadores decidiram cobrir a superfície com 3,2 milhões de tijolos, dando à pista a sua alcunha que tem hoje em dia: “The Brickyard”." (...)

O inicio do século XX era vertiginoso. A paixão pela velocidade era grande graças a duas novas invenções: o automóvel e o avião. A paixão por ambas faziam atrair multidões que queriam ver aqueles que desafiavam a morte, a gravidade e a velocidade, em verdadeiras "cascas de noz", sem qualquer tipo de segurança. E as cidades um pouco por todo o lado queriam ter corridas, pois eram uma excelente fonte de receitas e atraiam os melhores pilotos do seu tempo. Foi assim que Carl Fischer, promotor imobiliário que mais tarde se celebrizou por ter "construido" Miami Beach, em conjunto com mais alguns empresários locais, construiu uma pista oval e colocou tijolos, por estes serem mais sólidos e duradoiros do que a gravilha ou as placas de madeira.

Para atrair os melhores pilotos do mundo, arranjou um "prize money" que tinha de ser o maior de então. Em 1911, o "prize money" era de 27.500 dólares, dos quais dez mil eram somente para o vencedor. Era o mais gordo até então, e sempre foi a subir até aos dias de hoje.

E o homem que os bateu a todos, Ray Harroun, colocou no seu Marmon aquilo que iria ser o futuro do automobilismo: guiou sozinho no seu monolugar (todos os outros tinham um mecânico cuja função na corrida era de olhar para trás para ver onde estavam os seus adversários) e colocou um grande espelho retrovisor, no sentido de ver onde eles andavam, assim evitando que torcesse o pescoço e se concentrasse na corrida. No final, sem problemas mecânicos, Harroun tornou-se no primeiro vencedor das 500 Milhas, recolheu os dez mil dólares e teve uma vida calma até à sua morte, em 1968.

Para ler o resto da história, basta ir ao Pódium GP.

Sem comentários: