terça-feira, 21 de junho de 2011

Noticias: Ex-patrão da Citroen critica decisões do seu sucessor

Os resultados desportivos da marca PSA, que agrupa Peugeot e Citroen, até podem ser positivos no cômputo geral, mas em certos aspetos são passiveis de critica, especialmente quando as derrotas tem algum estrondo, como aconteceu com as 24 Horas de Le Mans. Mas aparentemente, até a maneira como a Citroen lida com os seus Sebastiões é motivo de alguma critica, mesmo sabendo que os resultados são bons.

Isso vem a propósito das mais recentes declarações do antecessor de Olivier Quesnel na Citroen/Peugeot. Guy Frequin, ex-piloto de ralis nos anos 70 e diretor da Citroen Sport entre 1989 e 2007, foi bastante duro com Quesnel, que depois de ter sido derrotado nas 24 Horas de Le Mans pela Audi, viu os seus dois pilotos do WRC se digladiarem pela vitória no Rali da Grécia, colocando em risco os interesses da própria equipa na luta pelo campeonato de Marcas. Em declarações à Motors TV, ele afirmou que a andar daquela maneira, era fácil ter havido problemas:

"Pessoalmente não teria gerido a questão da mesma forma, porque considero que dirigir um rali desta forma é um grande risco para a Citroen, e também para os pilotos, porque olharam somente pelos seus interesses, ao invés de fazerem o mesmo pelos interesses da Citroen o que não me parece uma boa solução.", começou por dizer.

"Ficamos com a impressão que ele (Quesnel) não tem autoridade sobre os pilotos, que fazem o que querem. Um jovem como Sébastien Ogier nunca poderia ter um contrato de equidade com Sébastien Löeb. Esse foi o grande erro de Quesnel. Vejam a quantidade de erros que já cometeu Sébastien Ogier este ano, o que me faz parecer que tem ainda muito a aprender, pois para vencer um rali há que terminá-lo primeiro. Desta feita foi bem sucedido, mas antes já cometeu demasiados erros. Ogier tem potencial para ser campeão nos próximos anos, mas precisa atrás de si uma liderança forte. Teria sido mais simples esperar pela retirada de Löeb para dar carta branca a Ogier, mas para isso é preciso autoridade, e ser competente na gestão da equipa.", concluiu.

É óbvio que Frequin falou sobre a dupla oficial nos ralis, mas provavelmente não se deve ter esquecido dos eventos em Le Mans, não só agora, mas por exemplo os eventos do ano passado, onde os Peugeot desistiram, um a um, de forma desnecessária, dando uma vitória de bandeja à Audi. Para além de outras coisas mais, como por exemplo, as razões ainda por explicar sobre os "serviços minimos" a Pedro Lamy no carro deste ano...

Sem comentários: