quinta-feira, 7 de julho de 2011

A mudança de tática de Armindo Araujo

Já se sabia de antemão que Armindo Araujo iria ter uma temporada complicada com uma nova máquina e os consequentes problemas de juventude. Mas após duas provas algo frustrantes, na Sardenha e na Acrópole, o piloto de Santo Tirso resolveu mudar de tática, arranjando novos elementos na sua equipa e mudando de tática, com o objetivo de se preparar para a sua próxima participação, o Rali da Finlândia, que vai acontecer no final deste mês.

Assim, Armindo substituiu o seu engenheiro, o grego Michel Zotos, por Richard Thompson, vindo da Prodrive. Este elemento, para Armindo Araújo, "está bastante mais dentro de toda a informação técnica do carro e tem a possibilidade de encontrar melhores soluções com uma maior rapidez devido à experiência que já possui devido a trabalhar com o MINI WRC há muito." afirmou em declarações publicadas na edição de hoje do jornal A Bola.

De fato, parece que a Prodrive quer ajudar o piloto português, dado que ele está a participar neste primeiros ano com a máquina em mais provas do que a equipa oficial (oito, contra os seis da Prodrive), e este trabalho feito até agora tem sido bastante válido pela casa mãe na procura das melhores soluções: "A nossa equipa está na linha de frente para ajudar a desenvolver o MINI e por isso alteraram-se algumas coisas que vão ajudar a melhorar. A Prodrive decidiu colocar mais esforços no nosso projeto devido ao bom trabalho que temos vindo a fazer, e também para preparar melhor as corridas que se aproximam.", referiu.

Para além destas mudanças, Armindo Araújo já tem agendados dois testes, em asfalto e terra, e também um estágio técnico com Rob Wilson, um conceituadíssimo 'guru' de pilotos, cujos vastos conhecimentos já ajudaram a aprimorar a condução de pilotos como Marcus Gronholm, Chris Atkinson ou Mikko Hirvonen. A ideia? 'polir' o estilo de condução do bicampeão do Mundo de PWRC. "Vou realizar um estágio técnico com Rob Wilson, um treinador de pilotos muito conceituado, que me vai ajudar a reciclar e refinar detalhes da minha condução. É uma estratégia há muito seguida por pilotos ao mais alto nível, e ao entrar neste programa só tenho é a ganhar. É uma clara mais-valia.", disse.

Para além disso vai contar também com a ajuda e conhecimentos de Pasi Hagstrom, um antigo finlandês voador, agora instrutor e consultor. A ideia é de se adaptar às classificativas rápidas da Finlândia, dado que ele nunca pilotou por lá quando andava no PWRC. "Para além do teste que já temos agendado na próxima semana em asfalto, em Inglaterra, teremos antes do Rali da Finlândia mais dois dias de testes em percursos muito semelhantes aos que vamos encontrar na prova. Aí vou contar com a ajuda de Pasi Hagstrom, com quem vou analisar os troços bem como ficar a saber qual a melhor abordagem a fazer a todos os percursos da prova finlandesa, que deverá ser, certamente, a mais difícil da época.", concluiu.

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