quarta-feira, 3 de agosto de 2011

As impressões de Armindo Araujo após o Rali da Finlândia

Sabia-se à partida que Armindo Araujo iria encrarar o Rali da Finlândia para aprender, pois nunca tinha corrido lá. E num ano onde tem uma máquina nova do qual está a desenvolvê-la, ajudando a Prodrive, ainda mais baixas eram as expectativas que o piloto de Santo Tirso tinha para alcançar um bom resultado. No final, conseguiu a 20ª posição, a mais de oito minutos do vencedor, Sebastien Löeb, mas a sua aventura por terras finlandeses foi mais uma odisseia, do qual chegar ao fim foi o seu maior prémio.


Um bom exemplo dessas dificuldades foi o que aconteceu no último dia do rali, quando tinha ainda onze classificativas pela frente. O objetivo dele era de recuperar algum tempo, mas... "logo no arranque partiu-se o coletor de escape, ficamos sem pressão no turbo e tivemos de disputar cinco classificativas nessas condições. Na parte da tarde, nas segundas passagens e com os pisos mais degradados começaram a surgir outros problemas. Os radiadores ficaram entupidos, o carro entrou em modo de segurança várias vezes e só podíamos pensar em chegar ao final. Foi o que fizemos", começou por dizer.

Numa prova tão complicada e onde denotou a falta de experiencia neste tipo de condições, Armindo Araújo mostrava-se ainda assim satisfeito pelo trabalho que conseguiu desenvolver. "Aprendi muito como piloto neste rali e não tenho dúvidas que isso me ajudará no futuro. Esta prova é mítica por vários aspetos e conseguimos entender quais. Os nossos objetivos ao nível de aprendizagem neste tipo de rali foram claramente cumpridos e estamos contentes com isso", acrescenta.

E em relação ao mini John Cooper Works, o piloto de Santo Tirso afirma que ainda há muito para desenvolver nesse carro, e como prova disso foi que dos seus carros que alinharam à partida, apenas dois chegaram ao fim: Armindo Araujo e o brasileiro Daniel Oliveira. "O Mini está cada vez mais competitivo mas é preciso ainda muito desenvolvimento. Todos os problemas que senti nas anteriores provas acabaram por voltar a acontecer quando os pisos se tornaram mais irregulares. Fomos a única equipa que conseguiu disputar a totalidade das especiais o que não deixa de ser um dado importante, ainda que o tenhamos feito também dentro de algumas limitações. Este ano sabíamos que seria assim e por isso vamos continuar a trabalhar com grande empenho para colocar este projecto no patamar que desejamos", concluiu o piloto.

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