quarta-feira, 9 de novembro de 2011

As dificuldades da Mini e as ambições limitadas de Armindo Araujo

No dia em que já começaram os "shakedowns" para o último rali do ano, o Rali de Gales, surgem noticias de que a Mini está em dificuldades em desenvolver o seu programa de ralis para 2012. Isto porque o seu fornecedor de motores, a BMW, está mais concentrado no seu programa da DTM e não está a fornecer com a rapidez desejada, novos componentes e novas evoluções do seu motor.

Para além disso, a falta de um patrocinador "grande" está também a impedir que a Prodrive, a equipa de David Richards que está a preparar estes carros, se envolva como deve de ser no desenvolvimento de novos componentes, logo, está dependente do dinheiro que os seus clientes gastam para adquirir os exemplares já construídos, como o português Armindo Araujo, o brasileiro Daniel Oliveira ou o francês Pierre Campana, dado que essa era uma parte importante do programa, e que está a resultar.

Logo, apenas com uma das frente a resultar, suspeita-se que Dani Sordo e Chris Meeke só terão um programa parcial em 2012, contrariando os planos da Prodrive de uma tempora a tempo inteiro, pois este é um "ano zero" com ótimos resultados, especialmente nos troços em asfalto, onde Dani Sordo já levou o seu carro ao pódio na alemanha e em França, onde até lutou pela vitória com Sebastien Ogier.

Enquanto isso, Armindo Araujo continua a preparar-se para o Rali de Gales, e na véspera de começar a sua participação, fala sobre as condições dificeis que tem de enfrentar e das ambições limitadas que tem devido ao desconhecimento do comportamento do carro neste tipo de troços:

"Esta prova é das mais complicadas e exigentes do campeonato. Há sempre muita lama e nevoeiro que fazem das especiais de Gales as mais traiçoeiras de todas. Teremos por isso que nos adaptar as condições que vamos encontrar e tentar fazer o melhor resultado possível", começa por dizer o piloto de Santo Tirso.

"Para além de todas as características conhecidas das especiais temos mais um dia de rali e queremos aproveitar, ao máximo, a possibilidade de rodarmos num tipo de terreno que ainda não sabemos como se comporta o Mini. Na terra e no asfalto já estamos familiarizados com o carro mas na lama e com chuva ainda é tudo uma incógnita. Por tudo isto, não temos grandes objectivos em termos de resultado final, sendo mais importante o trabalho de desenvolvimento do Mini neste tipo de terreno. É isso que vamos fazer e esperamos que tudo corra dentro do planeado", disse ainda.

O Rali de Gales começa amanhã, com as três primeiras especiais, e terminará no próximo domingo após a conclusão das 23 provas especiais previstas, com os concorrentes a percorrerem quase dois mil quilómetros percorridos, 354.97 dos quais disputados ao cronómetro.

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