sexta-feira, 18 de maio de 2012

GP Memória - Suiça 1952

O final de 1951 e o inicio de 1952 foram tempos agitados para a Formula 1. A retirada de cena da Alfa Romeo, no final daquele ano, e o facto da Maserati não correr a tempo inteiro na competição fizeram com que a Ferrari fosse, sozinha, a unica equipa que podia estar em condições de correr o campeonato. Como a então Comission Sportive International não queria esvaziar ou terminar o campeonato dois anos depois do seu começo, decidiu que a partir daquela temporada, iriam incluir regras e equipas da Formula 2, para preencher as grelhas de partida nas corridas.

A temporada de 1952 iria começar com um vencedor quase certo, a Ferrari, mas quando máquinas e pilotos alinharam no circuito de Bremgarten, na Suiça, para a primeira prova da temporada, o natural favorito, Alberto Ascari, não estava presente, pois tinha ido a Indianápolis para tentar a sua sorte. Assim sendo, a Scuderia alinhava oficialmente com três carros, um para Nino Farina, outro para o Piero Tarrufi e um terceiro para o francês André Simon. Na lista de inscritos estavam mais alguns Ferraris, dois da Ecurie Espadon, para os locais Rudi Fischer e Peter Hirt, e outros dois para Louis Rosier, que corria com a sua própria equipa. Para além dele, outro francês, Maurice Trintignant, também estava inscrito.

A Maserati previa aparecer na corrida, com dois carros para os argentinos Juan Manuel Fangio e Froilan Gonzalez, mas acabaram por não aparecer. Mas havia mais dois Maserati privados, da Platé, para o local Toulo de Grafenried e o americano Harry Schell.

Quanto à Gordini, a equipa francesa inscrevia três carros para o nobre tailandês Bira e os franceses Robert Manzon e Jean Behra. Uma equipa inglesa, a HWM, tinha quatro carros inscritos para quatro dos seus pilotos: George Abecassis, Lance Macklin e os estreantes Peter Collins e Stirling Moss, o primeiro com 21 anos e o segundo com 23, e do qual se apostavam que seriam pilotos de muito futuro.

Mas havia mais máquinas britânicas em Bremgarten: dois Coopers, inscritos pela Ecurie Richmond, para Eric Brandon e Alan Brown, e um Frazer-Nash para Ken Wharton.

Havia mais um Simca-Gordini, para o local Max de Terra, e dois carros alemães, um Vertias de origem BMW guiado por Toni Ulmen e um AFM guiado pela lenda dos Grand Prix nos anos 30, Hans Stuck.


Após a sessão de treinos, a pole-position ficou nas mãos de Nino Farina, seguido por Piero Taruffi e do Gordini de Robert Manzon. André Simon foi o quarto, seguido de Rudi Fischer e o sexto posto ficou nas mãos do HWM-Alta de Peter Collins. Jean Behrta foi o sétimo, no seu Gordini, seguido de Toulo de Grafenried, no seu Maserati. A fechar o "top ten" estavam os HWM de Stirling Moss e George Abacassis.

A corrida começou com Farina a partir para a frente, seguido de Taruffi. As coisas ficaram assim até à 16ª volta, quando uma peça do carro do italiano parte-se e ele é obrigado a abandonar, ficando Taruffi na liderança. Apesar de tudo, Farina chega às boxes e vai correr no carro de André Simon, que estava a lutar pela segunda posição com o Gordini de Jean Behra. Farina volta à pista e apanha o francês, mas na volta 51, tem um problema mecânico e acaba por abandonar.

Na frente, Taruffi estava na frente sem ser incomodado por Behra, que tinha herdado a segunda posição, mas este tem problemas de sobreaquecimento quando o seu tubo de escape cai, fazendo com que a posição fosse herdada pelo Ferrari de Rudi Fischer. Behra aguenta até ao fim, abrandando o seu ritmo.

No final, Taruffi fica com a vitória, a sua primeira na Formula 1, com Fischer a dar um inédito pódio à Suiça, com Behra a conseguir também o seu primeiro pódio da sua carreira, no seu Gordini. O britânico Ken Wharton é o quarto no seu Frazer-Nash, enquanto que o último lugar pontuável fica nas mãos de Alan Brown, no seu Cooper-Bristol.  

Sem comentários: