sexta-feira, 15 de junho de 2012

GP Memória - Canadá 1997


Três semanas depois de terem corrido em Espanha, máquinas e pilotos atravessam o Atlântico para irem correr a Montreal, num circuito que todos têm o prazer de guiar por lá. Por aqueles dias, hávia uma briga pelo comando entre Jacques Villeneuve e Michael Schumacher, que fazia aquecer o campeonato, já que ambos os pilotos estavam separados por três pontos, beneficiando o canadiano da Williams. E com a corrida em território canadiano, os locais vieram aos montes para apoiar o seu filho pródigo.

No pelotão, havia uma novidade: o austriaco Gerhard Berger era obrigado a ausentar-se devido a uma crise de sinusite que se tinha agudizado ao ponto de ser operado para corrigir o problema. Para piorar as coisas, poucos dias depois, o seu pai sofre um acidente aéreo mortal nas montanhas austríacas. Com Berger a viver um inferno astral, o seu substituto foi o jovem compatriota Alexander Wurz.

Na qualificação, e contrariamente às expectativas, o melhor foi o Ferrari de Michael Schumacher, que bateu Jacques Villeneuve por... 13 centésimos! O terceiro lugar era outra surpresa, pois quem lá estava era o Stewart de Rubens Barrichello. Ao seu lado, na segunda linha, estava o segundo Williams de Heinz-Harald Frentzen. A terceira fila tinha o McLaren-Mercedes de David Coulthard e o Jordan-Peugeot de Giancarlo Fisichella, que ficava na frente do segundo Jordan de Ralf SchumacherJean Alesi era o oitavo, no seu Benetton-Renault, e a fechar o "top ten" estava o segundo McLaren-Mercedes de Mika Hakkinen e o Prost-Mugen Honda de Olivier Panis.

A corrida começou em confusão, quando na primeira curva, Irvine tenta passar Panis, que faz com que o francês tocasse na traseira de Hakkinen, arrancando a asa traseira do finlandês e a asa frontal do piltoo da Prost, obrigando-o a ir às boxes. O irlandês da Ferrari faz um pião, enquanto que o segundo Stewart de Jan Magnussen também é afetado no acidente, despistando-se pouco depois. Na frente, Schumacher safa-se melhor que Villeneuve, e este tenta apanhar o alemão. Mas o canadiano bate no "Muro dos Campeões" e desiste na hora, deixando Schumacher mais à vontade.

Atrás do alemão ficava o Jordan de Fisichella, pressionado por Alesi e Coulthard. Frantezen era o quinto, mas foi superado por Ralf Schumacher na volta seis. Pouco depois, o alemão da Williams tem problemas com um dos pneus e tem de ir às boxes para fazer uma troca extra, caindo para o meio da classificação geral.

Na frente, Schumacher estava intocável, mas após a primeira passagem pelas boxes, Coulthard ficou com o comando da corrida, fazendo com que o piloto alemão tivesse de esperar mais nove voltas para poder regressar à liderança, quando o escocês foi às boxes para reabastecer. Coulthard voltou à liderança na volta 44, para ceder ao alemão na volta 51 para reabastecimento. E quando tudo indicava que provavelmente, este seria a corrida para o escocês, houve drama: na volta 54, o Prost de Olivier Panis despista-se com força na barreira de pneus e magoa-se sériamente nas pernas.

A dezoito voltas do fim, os comissários decidem primeiro colocar o Safety Car, mas pouco depois, vendo que o local do acidente era demasiado estreito e era necessária uma ambulância para levar o piloto francês para o hospital, é mostrada a bandeira vermelha. Pouco depois, verificou-se que Panis tinha fraturas em ambas as pernas, que o colocariam fora de combate durante, pelo menos, boa parte da temporada.

No final, Michael Schumacher levava a melhor, passando também para o comando do campeonato, na frente de Jean Alesi e de Giancarlo Fisichella, que o acompanharam no pódio. Para o italiano, era o seu primeiro de sempre. Heinz-Harald Frentzen era o quarto, no seu Williams, enquanto que nos restante lugares pontuáveis ficaram o Sauber-Petronas de Johnny Herbert e o Prost-Mugen Honda de Shinji Nakano, que conquistava o primeiro ponto da sua carreira.

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