domingo, 15 de julho de 2012

GP Memória - Grã-Bretanha 1967

Quinze dias depois de terem corrido em Le Mans, máquinas e pilotos tinham atravessado o Canal da Mancha para correrem na pista de Silverstone o GP da Grã-Bretanha, a sexta prova do campeonato do mundo daquele ano.

Normalmente, a corrida britânica era o palco ideal para que alguns pilotos pudessem fazer a sua estreia e a grelha, que tinha tido apenas 15 carros em Le Mans, tinha aumentado para 21. Entre os pilotos que se estreavam ou estavam de volta, haviam os britânicos David Hobbs (num BRM da Bernard White Racing), Alan Rees (um Cooper oficial) e Piers Courage (num BRM da Reg Parnell Racing). Mas este último teve de ceder o seu carro para Chris Irwin, ficando de fora da corrida.

Havia também mais cinco carros privados presentes em Silverstone: os dois Cooper-Maserati de Jo Siffert e Jo Bonnier (da Rob Walker Racing), os carros privados guiados por Bob Anderson e pelo suiço Silvio Moser, e o carro do francês Guy Ligier.

A Ferrari aparecia com apenas um carro, para Chris Amon, enquanto que a Cooper, por exemplo, tinha carro para Jochen Rindt e Pedro Rodriguez, para além do outro carro para Alan Rees. Para finalizar, a Lotus queria corrigir o que tinha acontecido em França, quando dominou, mas viu os seus carros desistirem devido a problemas mecânicos. E assim sendo, tentou melhorar os modelo 49 de Jim Clark e Graham Hill, no sentido de continuarem a ser mais velozes, mas serem mais eficientes.

E conseguiram: numa grelha em que os carros se dispunham numa fila de 4-3-4, Clark fez a pole-position, com Hill no segundo lugar. Jack Brabham foi o terceiro e Dennis Hulme o quarto, compondo a primeira fila. Dan Gurney era o quinto, seguido por Chris Amon, o Honda de John Surtees, os Cooper de Jochen Rindt e Pedro Rodriguez, e a fechar o "top ten", o segundo Eagle de Bruce McLaren.

A corrida começou com Clark a disparar na frente, seguido de Hill e Brabham. O australiano ultrapassou o segundo Lotus na segunda volta, enquanto que o seu companheiro de equipa Dennis Hulme tinha feito uma má partida, mas agora estava numa fase de recuperação, pois na nona volta, já era quarto classificado, atrás de Hill.

Entretanto, o britânico da lotus estava ao ataque, determinado em recuperar o segundo posto, algo que iria conseguir algumas voltas mais tarde. Depois, o australiano seria passado pelo seu companheiro de equipa que, não se ficando por ali, partiu atrás de Hill, disposto a ficar com o segundo lugar. Mas este também tinha o ritmo elevado, porque queria apanhar Clark, o que conseguiu na volta 26.

A partir dali, tentou afastar-se do escocês, mas na volta 55, começa a ter problemas com uma das suspensões traseiras. Os problemas causados foram mais do que suficientes para que parasse nas boxes para tentar reparar o problema, cedendo a liderança a Clark. Hill voltou à pista, mas na volta 64, o motor rebenta e acaba por abandonar.

Assim, Clark somente tem de levar o seu carro até à meta, para vencer pela segunda vez na temporada, com Dennis Hulme no segundo lugar. Chris Amon ainda conseguiu ultrapassar Jack Brabham para ficar com o lugar mais baixo do pódio, enquanto que nos restantes lugasres pontuáveis ficaram Jack Brabham, o Cooper-Maserati de Pedro Rodriguez e o Honda de John Surtees.

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