sábado, 22 de setembro de 2012

Youtube Musical Meme: Formula 1, Gagnam Style


É a musica, o meme do momento. Vem da Coreia do Sul, e a pessoa que o canta dá-se pelo nome de "Psy" e basicamente trata-se de gozar com as pessoas do bairro luxuoso de Gagnam, em Seoul. Daí o título da musica, "Gangnam Style". Desde que o video foi lançado, há dois meses, este foi visualizado por... 242 milhões de vezes, e dezenas de videos a gozar ou a aproveitar esta situação foram gravados um pouco por todo o mundo, incluindo no Brasil (onde há uma polémica com o cantor Latino, que alegadamente plagiou a musica) e aqui no nosso retângulo, onde se aproveitou a crise para fazer uma versão para "Gamar com Style".

Mas porque falo do Gagnam Style? É porque na própria Coreia do Sul, onde a Formula 1 estará no inicio de outubro, os funcionários do circuito de Yeongnam decidiram fazer a sua versão do "Gangnam style". Em um mês, só teve onze mil visualizações, mas pode ser que agora aumente um pouquinho mais. 

Enfim, era inevitável que aparecesse uma versão destas, não é? Só falta os pilotos (ou uma equipa, porque não?) fazer o seu video "Gagnam Style". A HRT, por exemplo, só teria tudo a ganhar.

Formula 1 2012 - Ronda 14, Singapura (Qualificação)

A primeira das sete rondas em paragens asiáticas, em paragens de Singapura, acontece não só na única vez que acontece à noite - e ironicamente, as temperaturas da pista são das mais baixas do campeonato, numa paragem equatorial como o desta cidade-estado - esta também acontece num fim de semana onde as autoridades locais anunciaram com um sorriso nos lábios a extensão do seu contrato até 2017, e onde no último treino livre, o Marussia de Charles Pic desobedeceu a uma série de bandeiras amarelas e teve a inédita penalização de vinte segundos no seu tempo final... e fazer serviço comunitário. Que nova penalização irão inventar em Suzuka?

Com essas novidades, começou a qualificação do GP de Singapura. Muitos sabiam que Sebastian Vettel era o piloto a observar, pelo facto de ter sido o mais veloz nos treinos livres, e os pilotos da McLaren e o Ferrari de Fernando Alonso também a espreitar o lugar mais cobiçado da grelha de partida. E claro, nada impedia que existia alguma surpresa... 

Com o decorrer da Q1, não houve novidades de especial, a não ser que dos seis do costume que ficam para trás nesta parte da qualificação, o azarado do dia foi o Sauber de Kamui Kobayashi, que duas corridas depois de ter ficado na primeira fila da grelha...

Na Q2, o grande momento foi o toque de Bruno Senna no muro, que deu cabo da sua suspensão traseira-direita, menos de dez minutos depois de um toque anterior, no mesmo local, com menores danos para o seu carro. Com o 17º lugar na grelha mais do que garantido, parece que não vai ser um grande fim de semana para o piloto brasileiro. E com o final da sessão, soubemos quem iriam fazer companhia a ele: o Lotus de Kimi Raikkonen, o Ferrari de Felipe Massa, o Sauber de Sergio Perez e os Toro Rosso de Daniel Ricciardo e Jean-Eric Vergne. Mas no caso de Raikkonen, por exemplo, também aconteceu o mesmo que Bruno Senna: um toque no muro.

E com a chegada da Q3, com todos os candidatos à pole-position por lá - mais o Lotus de Romain Grosjean, os Mercedes e o Force India de Paul di Resta - alguns pilotos sairam para a pista mal o relógio começou a funcionar. Depois de aquecer os pneus, as primeiras voltas rápidas deram vantagem a Hamilton, com Button de Vettel atrás. Mas as voltas eram apenas uma amostra, pois a parte final é a que decidia tudo. E um dos sinais era que a Mercedes ter decidido poupar nos pneus e monopolizar a quinta fila da grelha de partida.

E assim foi. E como acontece normalmente, houve surpresas. Pastor Maldonado, ultra-veloz, mas ultra-desastrado (para não falar desmiolado...), conseguiu um surpreendente segundo lugar, à frente de toda a gente... menos de Lewis Hamilton, o "poleman" que conseguiu um tempo que o colocava quase meio segundo á frente de toda a gente (442 centésimos, para ser mais preciso). Mais um bom trabalho para a McLaren, que parece estar na mó de cima nestes últimos Grandes Prémios. Afinal de contas, são quatro pole-positions consecutivas, algo que não conseguiam desde os tempos de Mika Hakkinen e David Coulthard, em 1999. E também no fim de semana em que, 40 anos antes, em paragens canadianas, o americano Peter Revson deu à equipa a sua primeira "pole-position"...

Amanhã é dia de corrida. O meu desejo é que todos façam as primeiras curvas inteiros. 

GP Memória - Austria 1997

Depois de Itália, a Formula 1 fazia a sua primeira aparição em terras austriacas pela primeira vez em dez anos. Para receber a categoria máxima do automobilismo, o circuito de Zeltweg tinha recebido modificações, de forma a ser mais curto e menos veloz, mas isso não impediu que as médias continuassem a ser altas.

Sem alterações no pelotão, os treinos mostraram que os carros com pneus Bridgestone eram os que estavam melhor adaptados à nova pista, mas o melhor foi Jacques Villeneuve, que bateu o McLaren-Mercedes de Mika Hakkinen por 94 centésimos. O Prost de Jarno Trulli foi um surpreendente terceiro classificado, seguido pelo segundo Williams de Heinz-Harld Frentzen. Na terceira fila estavam ambos os Stewart, de Rubens Barrichello e Jan Magnussen, enquanto que na quarta fila estavam o Arrows-Yamaha de Damon Hill e o Ferrari de Eddie Irvine. Michael Schumacher era apenas nono, enquanto que David Coulthard fechava o "top ten".

A qualificação ficou marcada pela exclusão do Minardi de Tarso Marques, que tinha falhado um controle de peso, pelo carro estar abaixo do mínimo legal para correr.

Debaixo de sol, mas com uma temperatura mais baixa do que o normal, a corrida começa com Berger a partir das boxes com o carro de reserva, e na partida, Hakkinen consegue ser melhor do que Villeneuve, com Trulli no segundo posto. Villeneuve é pressionado logo a seguir pelos Stewart de Barrichello e Magnussen, e passa no final da primeira volta na quarta posição. Mas no inicio da segunda volta, o motor de Hakkinen explode e o jovem italiano da equipa Prost lidera uma corrida pela primeira vez na sua curta carreira.

A corrida, a partir daqui, andou mais calma, com Trulli a liderar até à altura dos reabastecimentos. O italiano foi às boxes na volta 37, altura dos primeiros reabastecimentos, e na volta 44, quando tudo acabou, Villeneuve estava na frente. Mas pelo meio, tinha acontecido um acidente espectacular entre Eddie Irvine e Jean Alesi, quando ambos lutavam pelo quarto posto. Ao chegarem à Curva Remus, feita num àngulo de 90 graus, Irvine bloqueou a passagem do piloto francês, que o tentava passar, fazendo-o saltar e aterrar, felizmente com as rodas no chão, mas na gravilha. Ambos os pilotos acabaram por abandonar logo depois.

Pela mesma altura, Michael Schumacher estava a fazer a manobra de ultrapassagem a Heinz-Harald Frentzen quando ambos chegaram á zona, assinalada com bandeiras amarelas. O alemão da Ferrari completou a manobra, mesmo com o assinalar das bandeiras, e os comissários, pensando que tinha desobedecido às ordens, penalizaram-no com um "stop and go", que cumpriu pouco depois.

Na volta 44, Villeneuve era o lider, seguido por Trulli, e tudo parecia que a estratégia iria calhar bem para o italiano da Prost. Mas na volta 58, o seu motor Mugen-Honda estoura e ele é obrigado a abandonar, terminando ali uma corrida irrepreensível.


Após a segunda paragem Villeneuve começou a ser acossado por Coulthard, que se aproximou o suficiente para ameaçar a vitória. Frentzen também se aproximou o suficiente para os tentar apanhar, mas no final, Villeneuve aguentou e alcançou a vitória. Coulthard foi o segundo e Frentzen o terceiro, enquanto que nos restantes lugares pontuáveis ficaram os Jordan de Giancarlo Fisichella e de Ralf Schumacher, ambos na frente do Ferrari de Michael Schumacher, que tinha passado o Arrows de Damon Hill na última volta.   

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Fibra de Carbono - Emissão numero dezoito

Dois meses depois da última emissão, voltamos a gravar. E aí falamos sobre as últimas da Formula 1, nomeadamente o GP de Itália e os feitos de Sergio Perez, falamos também sobre as especulações do momento, sobre as Seis Horas de Interlagos e o Rali de Gales, e também sobre o futuro de António Félix da Costa, agora que está na "cantera" da Red Bull, a vencer corridas e a ser o piloto mais veloz em pista. 

Em suma, falamos um pouco de tudo, para matar saudades de gravarmos este programa. Para poderem ouvi-lo, sigam este link: http://www.fibracarbono.net/podcast/episodio-18-dois-meses-depois.html

Noticias: Delta Wing vai competir em 2013

Admirado por muitos, detestado por outros, o projeto da Delta Wing, feito pela Highroft Racing e pela All American Racers, de Dan Gurney, com o apoio da Nissan, conseguiu hoje uma importante vitória ao ser admitido pela American Le Mans Series na temporada de 2013 como carro na categoria da LMP2.

Sendo um carro cuja fórmula é o de percorrer a mesma distância do que os carros ditos convencionais, mas com metade do combustível, esta noticia pode significar a viabilidade do projeto e a aposta da FIA e da ACO - bem como da American Le Mans Series - nas tecnologias do futuro, no sentido de elaborar alternativas eletricas, híbridas ou de outras propulsões, como o hidrogénio, em provas de Endurance. E isso também significa que à partida, o Delta Wing poderá estar nas 24 Horas de Le Mans de 2013 como um bólide competitivo.

"A autorização de corrida para o Delta Wing foi uma das clausulas que esteve em cima da mesa no acordo de fusão entre a ALMS e a Grand-Am", afirmou Dan Panoz, um dos diretores do projeto. "Falta melhorar os aspectos da segurança e da performance, mas sabemos que a partir de 2014, a nova competição irá ter Protótipos da classe Le Mans, da classe Daytona e um Delta Wing.", concluiu.

O carro vai estar em ação dentro de um mês, em Road Atlanta, no Petit Le Mans, com Lucas Ordoñez e Gunnar Jeannette ao volante.

Formula 1 2012 - Ronda 14, Singapura (Treinos)

Após a despedida da Formula 1 da Europa - do qual só voltará em abril do ano que vêm - a categoria máxima do automobilismo passeia-se pela primeira das paragens asiáticas, o continente do qual Bernie Ecclestone acha que ela se deveria implantar a toda a força, daí que esteja agora nesta cidade-estado ao qual alguns chamam de "Mónaco do Sudoeste Asiático". Que é uma cidade-estado, é, mas para acontecer tradição, precisa de tempo. O dinheiro ajuda, mas...

Feitas as introduções, vamos ao que interessa. Com sete corridas para o final, é certo que Fernando Alonso é o piloto a abater, pois é o lider do campeonato, mas com a McLaren na mó de cima, graças a Lewis Hamilton e Jenson Button, poderá haver luta até ao fim, e nisso temos de incluir duas equipas do qual andam a recolher pontos calmamente, esperando por um tropeção dos outros dois: Lotus e Red Bull. E parece que esta última está a mostrar-se, pois Sebastian Vettel foi o melhor em ambas as sessões de treinos.

A primeira sessão de treinos livres colocou o atual bicampeão do mundo no centro das atenções. Com um tempo de 1.50,566, o piloto alemão foi o melhor nesta primeira sessão, superiorizando-se aos McLaren de Jenson Button e Lewis Hamilton. Button foi o unico que fez um tempo abaixo de 1.51 (1.50,615 segundos), enquanto que o outro piloto britânico faz um tempo de 1.51,459 segundos. Fernando Alonso foi o quarto, não muito longe de Pastor Maldonado, quinto no seu Williams-Renault. Mark Webber foi o sexto, seguido dos Force India e Paul di Resta e Nico Hulkenberg, o Toro Rosso de Daniel Ricciardo e o Sauber de Sergio Perez.

Curiosamente, nesta primeira sessão, somente houve um terceiro piloto a guiar em Singapura, e foi o chinês Ma Quinghua, onde no seu HRT, fez o tempo de 1.58,053, mais de sete segundos mais lento do que Sebastian Vettel. Em relação aos pilotos brasileiros, Bruno Senna fez o 11º tempo, e Felipe Massa o 16º tempo.

Na segunda sessão do dia, Vettel foi de novo o melhor, com um tempo de 1.48,340, mais 311 centésimos do que o McLaren de Jenson Button e mais 556 centésimos de segundo sobre o Ferrari de Fernando Alonso. Graças aos pneus super-macios da Pirelli, o piloto alemão conseguiu mais uma vez ser o melhor, dando vazão por parte de alguns entendidos, que afirmam os "tilkódromos" são favoráveis às máquinas desenhadas por Adrian Newey, e das sete que faltam, somente dois não foram desenhados por Hermann Tilke, pode ser que Vettel faça uma movimentação de forma a relançar a sua candidatura ao terceiro título mundial.

Mark Webber foi o quarto melhor, com um tempo de 1.48,964, o último dos pilotos que fez um tempo abaixo de 1.49, o primeiro dos quais foi Lewis Hamilton. Depois veio os Force India de Paul di Resta e Nico Hulkenberg, que ficou na frente do Mercedes de Nico Rosberg, do segundo Ferrari de Felipe Massa e do Lotus-Renault do regressado Romain Grosjean.

Amanhã será dia de qualificação, e será sempre interessante saber se o que acontece à sexta-feira se confirma no sábado. Nem sempre é assim, mas nunca se sabe.

Rumor do dia: este é o calendário de 2013

Se ontem apareceu uma noticia sobre o possível calendário do WRC para 2013, esta manhã surgiu o calendário para a Formula 1 na próxima temporada. Aparentemente, este calendário, que será sujeito a debate e aprovação no Conselho Mundial da FIA, algures na semana que vêm, em Paris, as únicas alterações de relevo serão a chegada de New Jersey, no lugar de Valencia, que acabará por alternar com Barcelona na realização do GP de Espanha.

Pelos vistos, o calendário vai ter vinte corridas na mesma e não as 22 ou 23 que se falava que Bernie Ecclestone queria ter a partir de 2013, com a assinatura do novo Acordo da Concordia, que seria uma forma de ter ainda mais dinheiro a jorrar para a organização da Formula 1. Contudo, o jornalista Joe Saward especula no seu blog que o facto de ter três semanas de intervalo entre as corridas de Silverstone e de Nurburgring poderá ser um sinal de que Ecclestone está a querer colocar uma 21ª corrida no calendário, que poderá ser França, já que as negociações, apesar de uma mudança de governo, continuaram a acontecer, de forma mais discreta.

As corridas de New Jersey, Coreia do Sul e Alemanha (Nurburgring) ainda estão por confirmar, e a própria pista de Singapura também, mas tem a ver com o facto do contrato atual chegar ao fim este ano e um novo contrato estar a ser elaborado.

Assim sendo, se este rumor se confirmar, o calendário de 2013 será o seguinte:

17 de Março - Austrália (Melbourne)
24 de Março - Malásia (Sepang)
14 de Abril - China (Xangai)
21 de Abril - Bahrein
12 de Maio - Espanha (Barcelona)
26 de Maio - Mónaco
9 de Junho - Canadá (Montreal)
16 de Junho - Estados Unidos (New Jersey)*
30 de Junho - Grã-Bretanha (Silverstone)
21 de Julho - Alemanha (Nurburgring)*
28 de Julho - Hungria (Hungaroring)
1 de Setembro - Belgica (Spa-Francochamps)
8 de Setembro - Itália (Monza)
22 de Setembro - Singapura*
6 de Outubro - Japão (Suzuka)
13 de Outubro - Coreia do Sul (Yeongnam)*
27 de Outubro - India (Delhi)
3 de Novembro - Abu Dhabi
17 de Novembro - Estados Unidos (Austin)
24 de Novembro - Brasil (Interlagos)

* sujeitos a confirmação

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Formula 1 em Cartoons: Pole-Position! (ou um post de duplo sentido)

Há por aí um site de humor negro chamado "Cyanide & Happiness" que hoje chama a atenção pelo facto de ter um tema automobilístico. Mais concretamente uma posição sexual muito arriscada...

Como dizem no WTF1.co.uk (onde descobri isto): não tem fazer isto em casa. Ou na pista, ou até na playstation... 

Rumor do dia: este pode ser o calendário do WRC para 2013

O calendário do WRC para 2013 foi indiscretamente revelado por uma fonte dento da FIA, e aparentemente, as únicas novidades serão na calendarização de alguns ralis do que a introdução de novidades no calendário, como a FIA gostaria de ver com a introdução do Brasil e da África do Sul. Nenhuma das duas estará presente neste calendário.

A grande novidade será o regresso do Rali da Austrália, que está em rotação com o Rali da Nova Zelândia, e que o Rali de Gales irá voltar a encerrar o calendário, ao contrário do que acontece este ano, onde o seu final acontecerá na Catalunha. Quando ao Rali de Itália, além de voltar a ser corrido em maio, a grande dúvida será que continuará na Sardenha ou se irá para outro local.

Eis o provável calendário para 2013:

15 a 20 de Janeiro - Rally de Monte Carlo 
07 a 10 de Fevereiro - Rally da Suécia 
07 a 10 de Março - Rally do México 
11 a 14 de Abril - Rally de Portugal 
02 a 05 de Maio - Rally da Argentina 
30 Maio a 02 de Junho - Rally da Grécia 
20 a 23 de Junho - Rally da Itália 
1 a 3 de Agosto - Rally da Finlândia 
22 a 25 de Agosto - Rally da Alemanha 
12 a 15 de Setembro - Rally da Austrália 
3 a 6 de Outubro - Rally de França 
24 a 27 de Outubro - Rally da Catalunha 
14 a 17 de Novembro - Rally de Gales

Noticias: Citroen assina com a Abu Dhabi

Depois de ao longo do mês passado surgirem rumores de que iria ser comprada ou iria fazer um acordo com o organismo de promoção do Qatar, a Citroen anunciou esta tarde que assinou um acordo com a Abu Dhabi, o organismo que promove a cidade-estado que faz parte dos Emirados Árabes Unidos.

Assim sendo, a partir de 2013 a equipa oficial da Citroen no WRC terá três carros a correr, sendo um deles para Khalid Al Qassimi, que guiou pela Ford até o ano passado. O piloto do emirado vai, para além do WRC, disputar igualmente o Campeonato FIA de Ralis do Médio Oriente, aos comandos dum Super 2000 não especificado, acreditando-se que a marca francesa irá desenvolver um modelo para concorrer com o Ford Fiesta RRC e o MINI Countryman S2000 1.6 Turbo.

Quanto a Nasser Al Attiyah, é muito provável que em 2013 se dedique ao Dakar e ao campeonato do Médio Oriente, ao volante de um Ford Fiesta RRC, depois deste ano ter andando no Mundial WRC aos comandos de um Citroen DS3 WRC. 

A um ano de vermos Rush no cinema...

Aos poucos, descobrem-se mais alguns detalhes sobre "Rush", o filme de Ron Howard sobre o duelo entre Niki Lauda e James Hunt pelo título mundial de 1976, bem como o acidente que o piloto austriaco sofre em Nurburgring, que quase o mata e corta as suas chances de revalidar o titulo mundial. Se todos sabem que Daniel Bruhl vai ser Niki Lauda e Chris Helmsworth vai ser James Hunt, poucos sabem que Olivia Wilde será Suzy Miller, a primeira mulher de Hunt, e que o vai trocar por Richard Burton, enquanto que a alemã Alexandra Maria Lara será Marlene Knauss, a primeira mulher de Niki Lauda. 

E soube agora de mais dois atores que vão participar no filme: o italiano Pierfrancesco Favino, o inspetor Olivetti do filme "Anjos e Demónios", vai ser o suiço Clay Regazzoni, enquanto que o ator inglês Christian McKay, que ficou conhecido pelo filme "Me and Orson Welles", será Lord Alexander Hesketh, o homem que vai montar a equipa com o mesmo nome e dar um lugar a Hunt no inicio da sua carreira. 

O filme terá estreia mundial a 20 de setembro de 2013, ou seja, daqui a exactamente um ano.

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Formula 1 em Cartoons - Destroyers Racing Club (Singapura)

Os pilotos que fazem parte do "Destroyers Racing Club" chegam a Singapura e podem esperar uma corrida chuvosa. Vai também ser a corrida de regresso de Romain Grosjean, depois da suspensão no GP de Itália. Será que aprendeu a lição?

Não percam o próximo episódio do Mundial de Formula 1, porque nós todos... também não!

Youtube Rally: As dificuldades de Robert Kubica


Apesar de já o termos visto a guiar um carro de ralis em duas provas de asfalto em Itália, a última das quais terminou numa valeta, a reabilitação de Robert Kubica ainda é longa, como o próprio admite. Um ano e oito meses depois do seu acidente no rali Ronda di Andora, o piloto polaco explicou como ele anda e porque é que regressou aos ralis: 

Não guiei perigosamente, simplesmente a estrada estava mais suja que o habitual. Por agora vou regressar à reabilitação e os meus planos futuros, surgirão a seu tempo. Neste momento, tenho condições físicas suficientes para guiar carros de ralis, mas não monolugares.”, referiu em declarações à TF1 francesa.

Continuo a ter muitas limitações para guiar um carro em pista e nem sequer me refiro à Formula 1, mas sim outros monolugares. Não sei se vou conseguir ultrapassar as minhas limitações, vai ser necessária alguma sorte, mas a esperança é a última a morrer e acreditar não custa nada. Continuo a acreditar, mas também sou realista. A estrada à minha frente ainda é longa...”, concluiu.

De facto, pode-se ver que Kubica está em forma para fazer um campeonato de ralis, mas falta saber se irá recuperar totalmente. Só ele saberá se algum dia irá colocar-se dentro de um carro de pista e será suficientemente competitivo para voltar a correr.

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Youtube Weirdness: eis um galês bem humorado...


Gerwyn Richards foi mais um dos muitos habitantes locais que decidiu ver o Rali de Gales no fim de semana que passou e aplaudir os pilotos que passavam. Até aqui tudo bem, mas "o diabo está nos detalhes". É que Gerwyn decidiu saudar Sebastien Löeb... tal como veio ao mundo. 

O feito foi gravado em video e ele ainda teve o desplante de mostrar aos pilotos que andaram por lá. O rapaz que segura a câmara é Daniel Elena, navegador de Löeb, e entre os que observam divertidos, podemos ver Petter Solberg e Sebastien Ogier.

De facto, este galês tem sentido de humor... mas não é o primeiro a fazê-lo este ano. No mais recente rali da Finlândia, há mês e meio, houve dois streakers a exibirem-se em Ouninpohja, enquanto esperavam pela passagem dos carros.

Matthew, filho de Geoff, neto de Jack

Dinastias automobilísticas é o que não faltam por aí, quer seja na Europa e nos Estados Unidos. Andretti, Fittipaldi, Unser, Foyt, Petty, Piquet, Villeneuve, entre mais alguns outros, são apelidos que nos fazem pensar em pilotos com mais do que uma geração, em várias categorias. Desde a NASCAR à Formula 1, passando pela CART ou IndyCar Series, vencedores de corridas importantes como as 500 Milhas de Indianápolis, as 500 Milhas de Daytona, as 24 Horas de Le Mans, para não falar dos Mundiais de Formula 1. Graham Hill e Damon Hill são, até agora a unica dinastia pai e filho a serem campeões do mundo.

Jack Brabham tem algo único: foi tricampeão do mundo, o último dos quais aos 40 anos, a bordo de um dos seus carros. Teve três filhos: Geoff, Gary e David, todos eles com carreira no automobilismo. O mais velho, Geoff Brabham, correu nos Estados Unidos, mais concretamente na IMSA e na IndyCar, com resultados como a vitória nas 24 Horas de Le Mans de 1993. Também venceu no Can-Am, na Bathurst 1000 (com o seu irmão David) e nas 12 Horas de Sebring mas ao contrário dos outros dois irmãos, nunca correu na Formula 1. Gary tentou duas vezes, em 1990, na Life, e David, o mais novo, correu na... Brabham e na Simtek, para além de ter corrido na Endurance, onde venceu as 24 Horas de Le Mans, tal como o seu irmão mais velho.

Pois bem, está a aparecer a terceira geração. Matthew Brabham é filho de Geoff e tem 18 anos de idade. Começou nos karts aos sete anos de idade e aos 16, passou para os monolugares. Crescendo entre a Austrália e os Estados Unidos, decidiu em 2012 estrear-se em paragens americanas, depois de duas temporadas na Formula Ford australiana. E deu certo: venceu esta temporada a US F2000 National Championship, com quatro vitorias. A recompensa, de 350 mil dólares, vai fazer com que em 2013 passe para a Formula Star Mazda, o terceiro degrau antes de chegar à IndyCar Racing, que pode bem acontecer por alturas de 2015 ou 2016.

"Black Jack", apesar de estar quase a chegar aos 90 anos, já pode dizer que viveu o tempo suficiente para ter visto o seu neto correr. E vencer.

BMW considera dar um carro a Zanardi correr no DTM

Os feitos de Alex Zanardi nos Jogos Paralimpicos de Londres, no final do mês passado, podem fazer com que a sua carreira automobilística seja relançada. Isto porque o diretor desportivo da BMW poderá estar a pensar dar um carro ao piloto italiano de 45 anos, que perdeu ambas as pernas em 2001 na pista de Lausitzring, para participar numa prova do DTM.

Jens Marquandt, numa entrevista à "Auto Motor und Sport", afirmou que teriam de ser vistas várias hipóteses, as principais têm a ver com o design dos carros e respectiva segurança, dado que o carro teria de ser modificado de forma ao piloto italiano pudesse acelerar e travar com as mãos, em vez dos pés.

Não estamos dizendo categoricamente não, mas também não categoricamente sim”, completou o porta-voz da empresa, captada pelo site brasileiro Tazio.

Zanardi, de 45 anos, correu pela BMW no Mundial de WTCC até 2009, altura em que a marca fez uma retirada oficial do Mundial de Turismos. Desde então que ele se dedicou ao ciclismo "handbike", onde ele conseguiu três medalhas, duas delas de ouro, nos Jogos de Londres.

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

O Delta Wing vai voltar a correr

Já se sabia que a Nissan iria colocar de novo o seu projeto da Delta Wing a correr, depois das 24 Horas de Le Mans, em junho. Assim sendo, dentro de um mês, em Road Atlanta, a dupla Lucas Ordoñez e Gunnar Jeannette irá experimentar na última etapa da American Le Mans Series, em Road Atlanta, numa prova de seis horas.

"Estou muito orgulhoso que Lucas terá sua chance de andar no carro, ele que é piloto de nossa academia GT", disse Darren Cox, diretor geral da Nissan na Europa. "Estamos muito animados em dar boas-vindas à Gunnar no time DeltaWing. Ele é um ex-campeão da Le Mans Series e conhece Road Atlanta como ninguém. É uma adição perfeita", revelou.

O espanhol Ordoñez, de 27 anos, foi o primeiro piloto a ser selecionado da GT Academy, a competição onde se escolhe o melhor piloto vindo da Playstation, enquanto que o americano Gunnar Jeanette tem 30 anos e este ano participou nas 24 Horas de Le Mans no Ferrari F458 da Luxury Racing, onde acabou por não concluir a prova.

Mediatismos e exigências de Lewis Hamilton

Se formos a ver hoje em dia, as personalidades mais identificáveis, mais mediáticas, mas pesquisadas na Net, no Google, que tem mais seguidores nas redes sociais, são de três tipos: os atores, os cantores e os desportistas. Os atores, pelos seus filmes, os cantores, pelo "hit" mais popeiro possivel, e os desportistas pela profissão. E claro, eles todos á partida são os melhores. Mas nesta sociedade altamente mediatizada do inicio do século XXI, todos os seus gestos são monitorizados ao minuto, ao segundo. Se os famosos têm uma conta no Twitter ou no Facebook, por exemplo, terão milhões a segui-lo, e tudo o que eles dizem e fazem terá repercussões imediatas.

E o que dizem muitas vezes supera o que fazem. Muitos, de uma certa forma, são pressionados a fazerem o impossível porque o ser humano tem aquela tendência quase obsessiva de canalizar para essas personalidades mediáticas os seus desejos, anseios e frustrações, exigindo deles a perfeição. Num David Beckham ou Cristiano Ronaldo, exige-se que tenham cem por cento de eficácia e que vençam sempre, e a mesma coisa se exige a outros desportistas, sejam eles basquetebolistas da NBA ou pilotos de Formula 1.

As redes sociais podem ser uma faca de dois gumes, mas podem ser servidos como uma forma de pressão. O caso de Lewis Hamilton, para mim, é isso mesmo: uma forma de pressão de alguém que deseja o sucesso mediático de David Beckham. Hamilton é uma classe à parte: não há qualquer piloto que tenha um mediatismo tão grande como ele. Isto porque ele quer andar por ali, misturado no meio dos Jay-Z ou Kanye West, namorando, interrompendo e voltando a namorar com a "pussycat doll" Nicole Scherzinger. Este mediatismo pode explicar, em parte - não toda - o braço de ferro que está a fazer com a McLaren.

A razão disto tudo é a mais prosaica de todas: dinheiro. Ele quer ser o desportista mais bem pago da Formula 1. Ele ganha 15 milhões de dólares por ano, fora os contratos publicitários que já assinou com alguns patrocinadores. E esses 15 milhões são apenas menos dez do que ganha Fernando Alonso, que ao contrário de Hamilton, quer pouco saber de mediatismo e mais em trabalhar na equipa e no carro para ser campeão do mundo. Hamilton é profissional, mas quer viver a sua vida mediática e quer o reconhecimento que acha que deve merecer, pelo seu papel na McLaren, que o ajudou no moldar da sua carreira.

Mas Hamilton está crescentemente a erodir essa relação. O caso do Twittergate, em Spa-Francochamps, foi de uma certa forma uma "gota de água" imperdoável na equipa, do qual se fala que ele está a tornar-se em "persona non grata" para os lados de Woking. Sem o pai - e empresário - por perto, está a forçar a equipa a conseguir duas coisas: que ele seja o primeiro piloto da equipa, pelo menos para este final de campeonato - o que é normal, dada a sua classificação no campeonato - e ter uma melhoria substancial no salário, pois tem uma reputação de campeão do mundo a defender. 

Mas pode estar a forçar a barra porque aparentemente, há um contrato bem chorudo à sua espera em Estugarda, sede da Mercedes. Ross Brawn, o homem de Brackley, acha que é tempo do seu pupilo Michael Schumacher se reformar de vez - e claro, a cúpula dirigente em paragens teutónicas deve pensar o mesmo - e colocar um piloto tão mediático e veloz no carro cinzento em 2013 seria um golpe de génio para duas coisas: um eventual prolongamento do fornecimento de motores à McLaren em 2014, na nova era dos motores V6 Turbo, e para que a marca assine de vez o Acordo de Concórdia com Bernie Ecclestone, pois é a unica que ainda não acordou a sua parte dos lucros com o anãozinho tenebroso.

Aliás, para mim e para toda a gente, esta é a maior duvida: Schumacher continuará em 2013? Com tudo garantido nos lugares da frente, incluindo o segundo lugar da Ferrari, este parece ser a maior possibilidade de mudança de cadeiras na elite da Formula 1.

A eventual contratação de Lewis Hamilton na Mercedes poderia fazer com que a marca aposte mais na Formula 1, mas em troca exigiria que ele vencesse o campeonato do mundo. Lutar isso contra Nico Rosberg, que tem talento, mas provavelmente não o suficiente para ser campeão, não vai ser fácil. E talvez Hamilton exiga certas coisas que o façam com que seja o numero um da equipa e faça o que quiser e bem entender, incluindo as suas saídas mediáticas, algo que os restantes pilotos não querem saber para nada, excepto no Mónaco.

Claro, há riscos. O maior deles todos, como alguns já dizem, é ele ser outro Jacques Villeneuve, que depois de ter vencido o campeonato, arrastou-se durante anos num projeto como a BAR que não deu nada de especial. Não voltou a vencer, não voltou a fazer nada de especial e saiu da Formula 1 em 2006, pela porta dos fundos, depois de meia época com a BMW Sauber. O risco da Mercedes não se tornar na potência que tanto investiu é grande, e como qualquer marca de automóveis de estrada, que usa o automobilismo para prestigiar, não perde nada em retirar-se da competição, deixando toda a gente desempregada. Se Hamilton se mudar de Woking para Brackley, é esse o risco que corre.

Não o vejo ainda a ser um piloto a "burocratizar-se". Ainda tem sede de títulos e quer ser o melhor, quer voltar a ganhar campeonatos, batendo os rivais. Vence corridas e sente prazer em consegui-las, mas o que quer é um maior reconhecimento daquilo que tem agora, isso tem. Veremos o que as próximas semanas - e meses - nos trarão. 

Algumas palavras sobre as Seis Horas de Interlagos

Apesar dos eventos que aconteceram esta sábado neste país à beira-mar plantado, ainda consegui ver alguns bocados das Seis Horas de São Paulo. Vi que muitos dos meus amigos e conhecidos foram a Interlagos ver as máquinas de perto, tirar fotos com os pilotos que gostaram de tirar, algo que nunca será visto na Formula 1, dada a proximidade e a facilidade das pessoas a circularem no paddock. Vi isso nos álbuns que colocaram no Facebook. Li isso através das crónicas do Daniel Médici, e observei a cara de felicidade do Rodrigo Mattar, longo adepto da Endurance e que para ele, mesmo estando ali em trabalho, deve ter sentido como que tivesse ganho a lotaria.

O resultado das Seis Horas de Interlagos vai ficar na história da Endurance, pois foi a primeira vitória do Toyota Hybrid, duas corridas após a sua estreia em Le Mans. Alexander Wurz e Nicolas Lapierre conseguiram bater os Audi e-tron de Marcel Fassler, Andre Lotterer e Bernard Treulyer, bem como Tom Kristensen, Alan McNish e Lucas di Grassi - o brasileiro num "one-off". Provavelmente, ouviram-se muitos suspiros de alivio, o primeiro em Tóquio, a sede da Toyota, por ver que a aposta começa a dar os seus primeiros frutos, em Paris, sede da FIA, pois por fim, outra marca que não a Audi venceu o Mundial de Endurance, relançada esta temporada graças aos esforços de Jean Todt, e em Le Mans, na sede da ACO.

Até aposto que em Inglostadt, sede da Audi, se devem ter lançado alguns suspiros de alivio por desta vez não terem ganho...

Apesar de faltar mais três provas para o final do campeonato - passagens pelo Bahrein, Fuji e Xangai - muito provavelmente o campeonato aquecerá mais um pouquinho, mas parece que a Audi tem isto controlado, com os pilotos a controlarem entre si quem vai ser o campeão. Mas creio que aos poucos observamos que a Endurance está a ser uma aposta ganha. Vi as caras felizes dos meus amigos "petrolheads" em Interlagos, vi a felicidade no rosto de Emerson Fittipaldi, um dos organizadores das Seis Horas de Interlagos, vi a felicidade de muitos profissionaism na sala de imprensa, a posarem ao lado do enorme troféu, mais bonito do que as "poias" corporativas que agora vemos nos pódios da Formula 1. Aliás, com a colocação agora de uma espécie de "pódio-padrão", fico com cada vez mais a sensação de que agora sim, é um entretenimento e não uma competição.

Mas voltando às Seis Horas, creio que esse impacto positivo - que compensou a falta de público na pista brasileira - poderá fazer com que no ano que vêm, provavelmente mais gente venha ao autódromo e ver de novo aquelas máquinas. O impacto foi grande e positivo, é isso que observo de fora, e é essa a marca que fica. Os próximos anos irão ver, quer no caso das Seis Horas de Interlagos, quer no WEC em geral, se esta é uma aposta ganha. É por isso que gosto de automobilismo: é muito mais do que a Formula 1. E os que tiveram lá, podemos dizer que são verdadeiros "petrolheads". 

A primeira recompensa de António Félix da Costa

Já se sabia desde ontem que António Félix da Costa iria experimentar um Formula 1, mas não pensava que seria hoje, julgava eu que teria a ver com o Rookie Test do final da temporada, em Abu Dhabi. A experiência, afinal, foi mais cedo, e foram mais umas voltas de exibição do que propriamente um teste a sério, no circuito de Hungaroring. Mas com a boa ponta final da GP3, onde teve azar, após quatro pódios e quarto voltas mais rápidas seguidas, creio que este foi uma primeira recompensa para o piloto português. E a sua rapida adaptação a uma máquina como o Formula Renault 3.5, na categoria da World Series by Renault, está a ser mais veloz do que eu esperava. 

Sempre teve facilidade em se adaptar a máquinas novas, como acompanhei ao longo da sua carreira. Aliás, lembro-me que da primeira vez que sentou a bordo de um carro da World Series by Renault, em Paul Ricard, algures em 2008, ficou em segundo lugar numa das sessões de testes, portanto, sempre foi considerado como um talento em potencial. Não é a primeira vez que esteve dentro de um Formula 1. Afinal de contas, teve a sua primeira chance no final de 2010, no Rookie Test de Abu Dhabi, ao volante de um Force India, onde esteve bem.

A vitória deste domingo, na segunda corrida da World Series by Renault, até pode ter sido com alguma dose de sorte, mas isso faz parte da vida. Afinal de contas, foi um azar com a caixa de velocidades em Monza, na primeira corrida do fim de semana da GP3, na semana passada e quando liderava a corrida, que deitou a perder as suas chances de título. Os resultados são, de facto, o coroar de um esforço e do talento que o piloto têm, e parece que esta foi a recompensa pela aposta, e um estímulo para corridas futuras.

Quanto ao futuro para 2013, creio vê-lo fazer uma temporada na World series by Renault. A Red Bull, por norma, não considera a GP2, e dos pilotos que passaram pela Red Bull e Toro Rosso, nem Sebastian Vettel, nem Jaime Alguersuari, nem Jean-Eric Vergne, passaram por lá. Sebastian Buemi esteve na GP2, mas os seus resultados não foram relevantes, apesar de ter vencido duas corridas, e isso foi em 2008. Desde então que a marca austríaca deixou essa categoria de lado , a favor da WSR, que ainda por cima é financiada pela marca que lhe fornece os seus motores.

Se for para lá, será um dos candidatos ao título. E pode ser que no final de 2013, se não antes, poderá ter a chance que perseguiu durante toda a sua curta carreira nos monolugares... 

domingo, 16 de setembro de 2012

GP Memória - Itália 1962

Seis semanas depois de Graham Hill ter vencido no Nurburgring Nordschleiffe, máquinas e pilotos estavam em Monza, palco do GP de Itália, onde o piloto britânico da BRM chegava a gozar uma vantagem de sete pontos sobre Jim Clark (28 contra os 21 do piloto escocês da Lotus). A organização do GP italiano, que depois dos acontecimentos do ano anterior, decidiu que iria usar apenas a pista, em vez da combinação de pista com o anel exterior. Mas ao aproximar-se dos dias para a corrida, viu a enorme quantidade de carros inscritos, com trinta ao todo, do qual decidiram que apenas iriam aceitar a participação de 21.

A Ferrari alinhava com a impressionante armada de... cinco carros, para o americano Phil Hill, os italianos Lorenzo Bandini e Giancarlo Baghetti, o mexicano Ricardo Rodriguez e belga Willy Mairesse. A concorrência era mais modesta, com dois carros cada uma: A Lotus com Jim Clark e Trevor Taylor, a BRM com Richie Ginther e Graham Hill, a Porsche com Dan Gurney e Jo Bonnier, a Cooper com Bruce McLaren e Tony Maggs e a Lola, com John Surtees e Roy Salvadori.

Havia algumas novidades, como a inscrição de dois De Tomasos, construidos pelo italo-argentino Alessandro de Tomaso, um com motor próprio, e outro com motor OSCA. O carro com motor próprio era guiado pelo argentino Nasif Estefano, enquanto que o outro era guiado por Roberto Lippi. Keith Greene alinhava com o seu Gilby, enquanto que Tony Settember estava com o seu Emmeryson de motor Climax. Quem não estava aqui era Jack Brabham, que estava a melhorar o seu chassis.

Nos carros privados, haviam as habituais inscrições da UDT-Laystall, com Masten Gregory e Innes Ireland, o da Rob Walker Racing, para Maurice Trintignant, o da Ecurie Maasbergen, com Carel Godin de Beaufort, da Ecurie Filippinetti, para o suiço Jo Siffert, a Ecurie Excelsior, do americano Jay Chamberlain, a Scuderia Republica di Venezia, para o italiano Nino Vaccarella, a Jolly Club para o estreante Ernesto Prinoth (que mais tarde construiria uma firma de máquinas de limpeza de neve), a Anglo-American Equipe, para Ian Burgess, e as inscrições privadas de Tony Shelley e Gerry Ashmore


Na qualificação, o melhor foi Jim Clark, seguido pelos BRM de Graham Hill e Richie Ginther. Bruce McLaren era o quarto, no seu Cooper, seguido pelo Lotus de Innes Ireland. Masten Gregory era o sexto, seguido por Dan Gurney, no seu Porsche. John Surtees era o oitavo, seguido pelo segundo Porsche de Jo Bonnier e pelo Ferrari de Willy Mairesse, o melhor dos cinco carros presentes.

Nos carros não-qualificados, destacavam-se o de Jo Siffert, mas havia outros: os De Tomaso de Nasif Estefano e Roberto Lippi, o Gilby de Keith Greene, e os carros de Burgess, Ashmore, Chamberlain, Prinoth e Shelley. 

A corrida começa com Clark na frente, mas pouco depois, Hill o ultrapassa, graças à potência do seu motor. Ginther era o terceiro, seguido de Surtees e McLaren. Contudo, à terceira volta, Clark começa a ter problemas com a sua caixa de velocidades e encosta às boxes, deixando os BRM com o primeiro e segundo lugares. Os problemas de Clark não são resolvidos e no final da 12ª volta, acaba por abandonar.

Na corrida, Hill distanciava-se de Ginther, que tinha de lidar com Surtees. McLaren era quarto, assediado pelos Porsches de Gurney e Bonnier, e as coisas andaram assim até à volta 42, altura em que Surtees tem problemas com o motor e abandona. Por essa altura, Mairesse faz uma corrida de recuperação e ultrapassa os Porsches até se chegar a McLaren, mas não o consegue apanhar. Perto do final da corrida, Gurney tem problemas com a transmissão do seu Porsche e atrasa-se.

No final, Graham Hill alcançava a sua segunda vitória consecutiva, numa dobradinha da BRM, com Ginther no segundo lugar. Bruce McLaren fica com o lugar mais baixo do pódio, enquanto que os Ferrari de Willy Mairesse e Giancarlo Baghetti e o Porsche de Jo Bonnier ficaram com os restantes lugares pontuáveis.  

WRC: Latvala vence em Gales

Ao fim de cinco ralis, um piloto que não Sebastien Löeb venceu um rali do Mundial WRC. Desta vez, quem subiu ao lugar mais alto do pódio foi Jari-Matti Latvala, que contrariou o seu apelido de "Lata na Vala" e conseguiu bater Löeb numa classificativa de terra e dar o triunfo à Ford. Peter Solberg bem tentou fazer uma dobradinha a favor da marca da oval, mas Löeb estragou as coisas e acabou por ficar na segunda posição, a 27,9 segundos de Latvala e a meros 0,9 segundos do piloto norueguês.

Foi um último dia onde a nota dominante foi essa luta pelo segundo posto. Löeb conseguiu apanhar paulatinamente o piloto norueguês, acabando por o passar na penultima classificativa do rali, aumentando essa diferença da Power Stage. O segundo lugar neste rali fez aumentar - mas não muito a diferença para o segundo classificado, o finlandês Mikko Hirvonen, que foi apenas quinto neste rali, a mais de um minuto de Latvala. Muito provavelmente, o piloto francês vai comemorar mais um título mundial "em casa", no Rali da Alsácia.

Outra das novidades deste dia foi a desistencia de Ott Tanak, que arrancou uma roda na 17ª especial, acabando por desistir e perder um sexto lugar mais do que certo. Assim, o russo Evgueny Novikov herdou o sexto lugar, ficando na frente do belga Thierry Neuville e do britânico Matthew Wilson, que regeressa ao WRC depois de uma participação no Rali de Monte Carlo. 

A fechar o "top ten" ficou o qatari Nasser Al-Attiyah, que conseguiu passar na última classificativa o Mini de Chris Atkinson e o Skoda de Sebastien Ogier. Aparentemente, nos lados da Motorsport Italia, ao contrário que muitos afirmavam "convictamente" neste país à beira-mal plantado, o problema do carro não estava "entre o banco e o volante"...

O Mundial WRC prossegue no inicio de outubro com o Rali da Alsácia.

WSR: Felix da Costa vence em Hungaroring

Uma semana depois do final da temporada da GP3, António Félix da Costa concentrou-se na World Series by Renault (WSR), competição que participa desde o meio da temporada, altura em que assinou pela Red Bull, e os resultados estão à vista: a vitória na segunda corrida do fim de semana húngaro, no mesmo local onde ao serviço da GP3, um mês e meio anotes, venceu as duas corridas desse fim de semana.

Partindo do quarto lugar da grelha, o piloto português fez uma boa partida, chegando ao segundo lugar, atrás de Kevin Magnussen. Tentou acompanhar o dinamarquês, mas não o conseguiu até à primeira troca de pneus, altura em que começou a aproximar-se do filho de Jan Magnussen. Contudo, o momento decisivo acontece a quatro voltas do fim, quando Magnussen tem uma fuga de óleo, que o faz abrandar, para tentar levar o carro até à meta. Contudo, na última volta, o motor calou-se e Felix da Costa herdou o comando, que pouco depois se transformou em vitória, a primeira na categoria. O dinamarquês Marco Sorensen foi o segundo classificado, enquanto que o britânico Will Stevens foi o terceiro. Robin Frinjs, o lider do campeonato, terminou apenas na quinta posição, enquanto que Jules Bianchi foi nono.

O líder do campeonato continua a ser Robin Frinjs, agora com uma vantagem de 24 pontos sobre Jules Bianchi (166 contra 142), com Sam Bird no terceiro lugar, com 139, enquanto que Felix da Costa subiu lugares na classificação, sendo agora o oitavo, com 73 pontos. A próxima jornada dupla da WSR será na pista francesa de Le Mans, no fim de semana de 29 e 30 de setembro.