sábado, 22 de dezembro de 2012

Noticias: Já saiu a lista de inscritos para Monte Carlo

A organização do Rali de Monte Carlo anunciou ontem a sua lista de inscritos provisória para a prova, que vai acontecer dentro de um mês nas estradas à volta do Principado. A lista de inscritos é rica, com a participação dos quatro últimos vencedores da prova: Sebastien Ogier, Mikko Hirvonen, Bryan Bouffier e Sebastien Loeb, com Ogier a estrear o Volkswagen Polo R WRC e os três outros pilotos nos competitivos Citroen DS3 WRC.

Outros nomes de relevo são o espanhol Dani Sordo, que regressa à Citroen e espera ser melhor do que o segundo lugar alcançado na edição de 2012, o quarteto da Qatar M-Sport, constituido pelo finlandês Juho Hanninen, o belga Thierry Neuville, o russo Evgeny Novikov e o norueguês Mads Ostberg, bem como o privado Martin Prokop (Ford Fiesta RS WRC), e ainda o polaco Michal Kosciuszko (MINI John Cooper Works WRC) da Motorsport Italia. Jari-Matti Latvala, logicamente, guia o novo Volkswagen Polo R WRC.

Na WRC 2 - que substitui os S2000 - espera-se muita competição com a estrela ascendente, o finlandês Esapekka Lappi, no seu Skoda Fabia S2000 e o alemão Sepp Wiegand, também em Skoda. O veterano alemão Armin Kremer corre com um Subaru Impreza da Stohl Racing e vai participar na Taça de grupo N (competição inserida no WRC 2) contra o ucraniano Yuriy Protasov e o mexicano Ricardo Trivino.

Rumor do dia: Henning Solberg na Prodrive?

Um Solberg pode ter ido embora, mas haverá novo Solberg de regresso. De acordo com noticias postas hoje a circular na Noruega, é forte a possibilidade de Henning Solberg, o irmão mais velho de Petter Solberg, poder regressar ao WRC com um forte patrocinador e ir para a Prodrive na temporada de 2013.

Nada foi ainda confirmado - ou desmentido - mas caso seja verdade, é sinal de que a Prodrive, que tem vindo a passar por dificuldades financeiras para manter o seu programa de ralis, poderá respirar melhor para o resto da temporada, pois já tinha anunciado na semana passada que iria estar ausente do Rali de Monte Carlo, por não ter encontrado um piloto capaz de pagar para correr por lá.

Solberg, que no próximo dia 8 de janeiro comemorará 40 anos, nunca teve o palmarés do irmão mais novo - seis pódios ao todo, todos na terceira posição - teve uma pequena temporada em 2012, correndo apenas nos dois primeiros ralis dessa temporada, num Ford Fiesta WRC, tendo conseguido um sétimo lugar na Suécia, antes do patrocinador ter abandonado a equipa e terminado prematuramente a sua presença no Mundial.

Youtube Animation Trailer: Turbo, o veloz caracol


O ano de 2013 vai ser grande para o automobilismo no cinema. Mas não falo de "Rush" porque... vai haver mais. A Dreamworks Animation irá lançar no próximo mes de maio nos cinemas americanos a historia de um... caracol, que adora automobilismo e quer participar nas 500 Milhas de Indianápolis. E graças a uma experiência cientifica, tal coisa acontece.

O caracol terá a voz de Ryan Reynolds, enquanto que outros atores, como Samuel L. Jackson, Michelle Rodriguez e Snoop Dog terão as suas vozes noutras personagens do filme, que estreará a 19 de julho do ano que vem nas salas americanas. E por estas bandas deverá acontecer, provavelmente, pelo Natal.

Revista Speed - edição de dezembro

Na última edição de 2012 da revista Speed, o grande destaque tem a ver com a entrevista ao piloto Luiz Razia, onde ele fala sobre as suas possibilidades de ir para a Formula 1, afirmando que "Ele está pronto para a Formula 1".

Para além disso, fala-se sobre a temporada de regresso de Kimi Raikkonen, uma matéria especial sobre Sebastian Vettel e a temporada de 2012 da Formula 1, enquanto que em termos históricos, lembramos Colin Chapman, que neste mês se completa os 30 anos da sua morte, e falamos sobre um chassis maldito, o 88.

E há também um destaque sobre as 12 Horas de Tarumã. Tudo isto e muito mais, a partir de agora está disponivel no site da revista.

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Youtube Speed Drift: Fazer aquilo a 160 km/hora


A cada dia que passa, acho o drift uma coisa a ser considerada como uma categoria do automobilismo tão válida como ralis, off-road, entre outros. O que este filme mostra é uma mistura de duas categorias cujo resultado, é no minimo, incrivel.

A filmagem aconteceu este verão, no circuito japonês de Ebisu, e um dos pilotos envolvidos é um dos melhores da categoria, o nipónico Daigo Saito, campeão do mundo em 2008 no D1 Grand Prix, a categoria máxima do drift. Fazer aquilo a 160 km/hora é das coisas mais incríveis que já vi...

Noticias: Albuquerque corre de DTM e vai estar em Daytona

Filipe Albuquerque já tem a sua temporada definida. Depois de se confirmar que o piloto de Coimbra irá correr pelo terceiro ano consecutivo pela Audi no DTM, ele também estará no final de janeiro nas 24 Horas de Daytona, prova onde correrá num Audi R8, ao lado do italiano Edoardo Mortara e do britânico Oliver Jarvis.

"Estou muito contente com o programa que a Audi definiu para mim para 2013. Vai ser um privilégio repetir o DTM e poder usufruir da experiência adquirida até aqui e aplicá-la em pista. Estou muito entusiasmado e ansioso por regressar à pista com o Audi A5. Tenho a certeza que vai ser um ano muito disputado e gratificante", começou por explicar o piloto português.

Os seus companheiros de equipa serão o britânico Jamie Green, o sueco Mattias Ekstrom, os alemães Timo Scheider e Mike Rockenfeller e Edoardo Mortara.

Quanto a Daytona, Albuquerque afirma o seu orgulho por particiar numa competição destas e afirma que a sua ambição é a vitória: "Esta é uma prova que sempre sonhei disputar e na Audi tenho conseguido realizar todas as minhas ambições profissionais. É uma honra poder representar a marca tanto nesta prova em particular como no DTM. Ter o Mortara e o Jarvis, pilotos que já conheço como companheiros de equipa nas 24h, vai ser bastante bom e espero poder discutir a vitória", rematou. 

Youtube Indycar Comedy: The Offseason, segundo episódio


E o pessoal da Indycar volta a atacar. Como eles não vão fazer nada de jeito até abril, decidiram que filmar uns aos outros num escritório seria o ideal para matar o tédio. E o resultado final é o um "spoof" do "The Office", chamado "The Offseason". Hoje saiu o segundo episódio, com Will Power, James Hintchcliffe, Josef Newgarden e Charlie Kimball, e os resultados são os que estão a ver.

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

A minha última 5ª Coluna de 2012

Esta é a minha última 5ª Coluna do ano, porque normalmente não escrevo sobre isto no Natal e Ano Novo. E decedi fazer um balanço muito superficial sobre tudo o que se passou no ano automobilistico em si em quatro categorias à minha escolha: Formula 1, WRC, Endurance e Indy Car.

Sobre a primeira, escrevi o seguinte:

"Foi uma temporada vibrante. Talvez não vibrava assim desde a infância. Fico com a sensação de que se as avarias da McLaren não tivessem acontecido, Lewis Hamilton tinha muito mais hipótses de vencer o título do que na realidade teve. E achei que o McLaren MP4-27 era o melhor carro do pelotão, o unico sem os horriveis "ornintorrincos". Mas na realidade, Fernando Alonso fez milagres com o mau carro que tinha e Adrian Newey conseguiu melhorar o RB8 o mais do que suficiente para que Sebastian Vettel melhorasse e superasse o espanhol da Ferrari. Apesar de ter sido á custa de duas desistências - contra uma de Vettel - o alemão recuperou de 42 pontos de atraso para conseguir o tricampeonato. Nesse campo, Alonso poderia ter merecido o campeonato pelo facto de ter tirado o melhor de um mau chassis, mas Vettel tembém merece o campeonato pela recuperação que fez."

E da passagem da Lotus pela IndyCar, falei da seguinte forma:

"(...) a entrada da Lotus, claramente o motor menos competitivo do pelotão (fruto da politica expansionista, mas totalmente desastrada, de Dany Bahar, o então CEO da marca fundada por Colin Chapman), que fez com que todas as equipas, menos a HVM, desistissem do motor antes das 500 Milhas de Indianápolis. E nessa corrida, a mais importante do ano, a Lotus passou por uma enorme humilhação quando os seus carros foram sinalizados or bandeira negra... por serem demasiado lentos. E a pensar que o apisódio de Al Pease, no GP do Canadá de 1971 tinha sido um "one-off"... 

Claro, no final do ano, a Lotus saiu pela porta do cão. Iria dizer pela porta do cavalo, mas achei demasiado bom para eles, dado aquilo que fizeram nas corridas americanas. (...)

Tudo isto e muito, mas muito mais, podem ler a partir deste link no blog da Formula 1 Portugal.

O cartão de Natal de Bernie Ecclestone

Em alturas do Natal - e em vésperas do alegado "fim do mundo" - Bernie Ecclestone colocou o seu habitual cartão, onde o assunto do ano foi a mudança de Lewis Hamilton da McLaren para a Mercedes, com o piloto inglês a pular a cerca, e indo para Estugarda, a sede da Mercedes, num carro guiado por... Niki Lauda.

Agora tentem encontrar o Tio Bernie...  

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Youtube Rally: Snowkhana by Ford


Ken Block é famoso pelas suas "Ghynkhanas", e claro, é mais do que suficiente para vermos pessoal a gozar com a situação. Como acontece neste video, onde temos uma pessoa que decidiu pegar num Ford Fiesta WRC de brincar e decidiu fazer uma "ghynkhana", com direito a acrobacias ao Pai Natal, brigas de Star Wars, perseguição policial e tudo.

O mais engraçado é que tudo isto é feito... pela Ford. Simpesmente para celebrar o Natal.

Fibra de Carbono - Episódio 24

No episódio desta semana do Fibra de Carbono (feita, escrita e publicada em menos de um dia!), falamos sobre a situação atual da "dança das cadeiras" para 2013 na Formula 1, falando das entradas e saídas de pilotos. Falamos também dos casos específicos de Kamui Kobayashi, que juntou oito milhões de euros e não conseguiu lugar, e de Kimi Raikkonen, que só de prémios, levou 11 milhões de euros para casa, graças à sua vitória e os 207 pontos arrecadados - à razão de 50 mil por ponto. 

Falamos também sobre a situação no Bahrein, com as tensões dos últimos dias a fazerem de novo lembrar que a Formula 1 voltará lá em abril do ano que vêm e que os manifestantes também colocarão esse evento sobre sua mira, do qual tudo farão para o perturbar. 

E também falamos um bocadinho da dança das cadeiras no ralis para 2013.

Podem ouvir isto e muito mais a partir deste link.

A entrevista a Félix da Costa à RTP


A RTP fez uma longa entrevista este fim de semana a António Félix da Costa, no sentido de falar com ele acerca da temporada que passou, das vitórias que teve, quer na GP3, na World Series by Renault, no GP de Macau de Formula 3 e os testes que teve com a Red Bull em Abu Dhabi.

Claro, as suas perspectivas de entrar na Formula 1 em 2014 - ou provavelmente um pouco antes... - também estiveram em cima da mesa, assim como é o ambiente na Red Bull, a equipa que o acolheu na sua Junior Team em junho de 2012, com os resultados conhecidos.

A entrevista é longa - 17 minutos - mas creio que vale a pena ver.

Vimeo Formula 1 Classic: Drifting em 1971



Descobri isto agora, e até acho fantástico: alguém pegou num filme de 8 mm do GP da Africa do Sul de 1971 e fez uma banda sonora dos drifts de pilotos como Jacky Ickx, Chris Amon, Ronnie Peterson, Emerson Fittipaldi, Jo Siffert, Reine Wissell, entre outros.

A escolha da banda sonora é um pouco duvidosa, mas enfim... apreciem estes drifts. Vi isto no site Motorsport Retro.

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

A capa do Autosport desta semana

A capa do Autosport portuguesa desta semana, que estará disponível nesta quarta-feira nas bancas, fala principalmente sobre Dakar, Formula 1, Ralis e a Corrida dos Campeões, que aconteceu em Bangkok.

O grande assunto da revista, que tem na capa o Red Bull de Sebastian Vettel, cujo título é o que se pode ver por aí, tem um relatório completo sobre as corridas da temporada, as rivalidades em pista e as estatísticas de um dos grandes campeonatos que a Formula 1 jamais teve.

Em cima, a revista entrevistou Hélder Rodrigues, que agora é piloto oficial da honda no Dakar de 2013, e logo, candidato à vitória final na categoria de motos. E claro, ele não esconde isso na entrevista.

Por baixo, mostra-se Romain Grosjean e Tom Kristensen, nomeadamente vencedor e vencido da Corrida dos Campeões. O piloto francês da Renault tem o trofeu da Corrida dos Campeões, na mão, curiosamente, um dia antes da Lotus-Renault anunciar a sua renovação com a equipa para 2013... 

Novas tensões no Bahrein

Uma das pessoas que gosto de seguir no Twitter é o jornalista americano Nick Kristof, do New York Times. Vi-o uma vez a falar na CNN e a conversa vale a pena. E no domingo e segunda-feira fartei de fazer RT (retweet) aos seus posts, pois ele estava no aeroporto internacional de Mannama, a capital do Bahrein. 

A razão? Pois... não o tinham deixado entrar no pais, alegadamente, por falta de visto. Ele podia andar à vontade por lá, porque há leis no país que dispensam aos estrangeiros um pedido de visto, caso fiquem por menos de 72 horas no pais - graças ao factor "Grande Prémio" - mas aparentemente havia uma lista negra, do qual ele estava incluido, e como era óbvio, não podia entrar.

O caso que falo aqui demonstra que as coisas no Bahrein, apesar de não serem muito faladas, continuam tensas. E com sunitas (a minoria) e xiitas (a maioria) ainda não se entenderem, as coisas começam a ficar novamente preocupantes para os lados da FIA, pois a Formula 1 voltará no final de abril para mais um Grande Prémio, já que Bernie Ecclestone continua a ser teimoso e colocar o pais no calendário.

O jornal britânico "The Times" fala na edição de hoje que os representantes da FIA estão nervosos com as tensões nos últimos dias na pequena ilha do Golfo Pérsico, que ameaçam agitar de novo aquelas bandas, pois eles já sabem que o Grande Prémio poderá ser um alvo.

Foi um desastre nas relações públicas em todos os níveis. A corrida vai ser realizada, mas você tem que saber o que vai acontecer desta vez. Os manifestantes não estavam muito organizados em abril e eles perceberam que perderam a chance de usar a corrida como uma plataforma. Desta vez, eles têm tempo de sobra para executarem seus planos. É cruzar os dedos e torcer”, disse uma fonte não identificada ao jornal.

Ainda falta muito para abril, mas vamos ser sinceros: as coisas andam assim há dois anos e parece que não existe fim à vista. Algo nos irá dizer que por essa altura, o Bahrein vai andar nas boas do mundo como em 2012. E não será pelos melhores motivos...

Youtube Rally Presentation: O Hyundai WRC na Europa


Depois da Coreia, a Europa. O primeiro Hyundai i20 WRC foi apresentado esta semana na Suiça, onde fez um "test-drive" para os jornalistas locais para poderem ter as suas primeiras impressões de uma máquina que promete aparecer a tempo inteiro na temporada de 2014, depois de andarem todo o ano de 2013 em testes.

Stefan Henrich, o porta-voz da empresa, afirmou que a base será instalada em Frankfurt e que começarão a desenvolver o carro a partir de janeiro, para que tenham tudo pronto e a correr no final da temporada, altura em que colocarão o carro na estrada. "A Hyundai é muito diferente de outros fabricantes, não melhor, não pior, apenas diferente. A velocidade de desenvolvimento na Hyundai é muito boa. Numa empresa estabelecida, você tem o projeto e este necessita de um processo, para construir, para provar e para correr, e ainda temos muito a fazer...", comentou. 

"O nosso caminho é: planear a forma de trabalho. Então posteriormente fazemo-lo depois colocamos em pratica. Isto é o que vamos aplicar para obter o i20 WRC pronto.", concluiu.

Ainda nada se sabe sobre pilotos ou diretor desportivo, mas a marca espera fazer alguns anuncios ainda em janeiro. Para já, eis as primeiras imagens do carro na Europa.

Extra-Campeonato: ver Legos em exposição na minha terra

Confesso que sempre fui fascinado por Legos. E confesso que fiquei agradado que, por alturas deste Natal, aparecer uma exposição sobre estes brinquedos de montar no prédio que no passado foi a dependência do Banco de Portugal na minha cidade natal.

A exposição é pequena, mas tem de tudo: desde palácios gigantes até cidades inteiras, passando por prédios representativos do Velho Oeste, das cidades europeias e de coisas temátcas, como o Star Wars, piratas, ou da arquitectura mundial, este o mais recente da coleção.

Ver aquelas coisas montadas à minha frente parece um sonho de criança realizado. Todas aquelas cidades construidas, os caminhos de ferro, as estações, etc... tudo aquilo, para mim, me fez recordar os tempos de infância em que, sempre que podia, pedia aos meus pais para que me comprassem uma caixa de Legos. O melhor que tive foi um avião que os meus avós me compraram no Natal, quando tinha uns nove ou dez anos. Era fabuloso, e tive pena de não ter preservado nada disso para os dias de hoje.

Na exposição, interessou-se os carros. Desde há muito que eles tinham construido Legos denominados "Technik", onde se construíam coisas mais elaboradas como automóveis, barcos, camiões e outros. Muitos do que se podiam ver eram construções próprias, o que demonstra alguma imaginação por parte dos que construíram  E também tinha alguns Formula 1, enormes, que tive o trabalho de tirar fotos, como esta que embeleza o post.

Acho piada o velho preconceito de que as pessoas se desinteressam de brinquedos, uma vez eles crescem. Muito pelo contrário: existe imensa gente, já com idade para ter filhos e netos, que tem uma vida perfeitamente normal, e que montam aviões, carros e barcos, daqueles modelos que existem na Tamiya, por exemplo. Que colecionam modelos de carros na escala de 1:43 e que têm expostos nos seus escritórios ou em salas especiais nas suas casas. Que montam comboios de brincar, que fazem aeromodelismo, que jogam em "slotcars", carros comandados por aparelhos, em circuitos tremendamente complexos, em provas de velocidade e resistência... tudo coisas que nos encantaram na infância. Acho que se isto tudo ainda nos encanta, mesmo quando estamos crescidos, é sinal que o nosso lado infantil nunca morreu, nunca nos abandonou. Apenas escolheu outros brinquedos...

Aqui neste post não conseguirei colocar todas as fotos desta bela exposição. Se quiserem ver o resto, é ir ao Facebook, seguindo o link que coloco aqui.

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Noticias: Kobayashi não estará na Formula 1 em 2013

Depois de esta tarde a Lotus ter confirmado Romain Grosjean para a temporada de 2013, alguns pilotos que desejavam esse lugar deram a luta por terminada. E um deles foi o japonês Kamui Kobayashi, que afirmou esta noite, no seu site oficial que não iria ter lugar na próxima temporada, apesar de ter arranjado mais de oito milhões de euros dos fãs japoneses.

Numa "carta aos fãs", ele afirmou: "Muito obrigado pelo vosso enorme apoio. Estou agradecido pelo facto das vossas doações e do vosso apoio terem influenciado algumas das grandes companhias japonesas. E por causa desse vosso grande apoio, eu estava numa posição de apresentar às equipas um orçamento a rondar os oito milhões de euros. E essa vossa reação demonstrou às compahias japonesas que existe um grande potencial em apoiar-me.", começou por dizer.

"Infelizmente, o tempo foi demasiado curto para segurar um lugar numa equipa competitiva para 2013. Tenho de admitir que é uma decisão muito triste, por mim, pelos fãs e pelas empresas que decidiram apoiar-me. Contudo, estou confiante de que irei voltar em 2014. Peço que interrompam as vossas doações por agora, que irei guardar o vosso dinheiro para 2014. Começarei a procurar a melhor opção para as duas proximas temporadas, afirmando que a minha prioridade é conseguir um lugar competitivo para 2014", continuou. 

Apesar de dizer que "não tenho quaisquer interesse em correr noutras categorias", afirmou que "irei fazer em breve um anuncio en relação a 2013." Isso poderá dizer muitas coisas, incluindo um possível lugar de terceiro piloto.

Kobayashi, de 26 anos, começou a correr em 2009 na Toyota, onde demonstrou potencial antes de passar para a Sauber em 2010, ficando nas três temporadas seguintes. O seu melhor ano foi 2012, onde conseguiu um pódio e uma volta mais rápida, mas não conseguiu ser melhor que o seu companheiro de equipa, o mexicano Sergio Perez.

Noticias: Lotus confirma Romain Grosjean

A Lotus confirmou esta noite que o francês Romain Grosjean será piloto da marca em 2013, decidindo repetir a dupla desta temporada. Vencedor da Race of Champions este domingo, o francês de 26 anos irá para a sua terceira temporada, segunda pela marca franco-britânica. 

É soberbo ter o apoio de todos em Enstone,” começou por dizer. "Estou ansioso para recompensar todos os que tiveram fé em mim, quando estiver em pista na Austrália. Aprendi imenso com a minha primeira temporada completa na Formula 1 e o meu objetivo é de aplicar essas lições com uma prestação mais forte e mais consistente na próxima temporada". 

Estou muito expectante em relação ao E21. Já moldei o meu assento e já falei com todo o pessoal envolvido na construção do novo carro. Mal espero estar atrás do volante e guiar", concluiu o piloto francês. 

Eric Boullier, o patrão da Lotus-Renault, explica: “Romain é um excelente talento e estamos contentes por tê-lo numa segunda temporada. Temos em Romain e em Kimi [Raikkonen] dois pilotos excepcionais e bem colocadas para fazerem de uma excelente temporada como 2012 em resultados ainda melhores na próxima temporada."

Ambos os pilotos trabalharam muito bem nesta sua primeira temporada como companheiros de equipa, e acho que existe o potencial de serem ainda melhores na próxima temporada. Visitamos regularmente os pódios em 2012 e estamos certos que a tendência irá continuar em 2013", concluiu.

Com esta decisão em relação ao segundo lugar da Lotus - do qual Bruno Senna e Kamui Kobayashi eram potenciais candidatos - faltam vagas na Force India, Caterham e Marussia. Contudo, todos estes lugares já terão dono, com Vijay Mallya a preferir Adrian Sutil, e a Marussia já ter anunciado de forma oficiosa que Max Chilton será o piloto para 2013. Resta a Caterham, um lugar que é disputado por Heiki Kovalainen, Vitaly Petrov, Luiz Razia e o holandês Gierdo Van der Garde, que em 2012 foi um os terceiros pilotos da equipa.

Noticias: Kubica pode correr no Europeu

Robert Kubica vai fazer algumas provas do Europeu ao volante de um Ford Fiesta RRC da M-Sport. A noticia aparece hoje no site do jornal francês Autohebdo, onde se refere que, apesar de não se saber quantos ralis ele irá fazer - e vai estar ausente do primeiro, o Jänner Rally, na Austria - parece que o piloto polaco de 28 anos está disposto a fazer em 2013 uma passagem pelas classificativas um pouco por toda a Europa, e quem sabe, algum rali do Mundial.

As suas prestações ao volante de um Citroen C4 WRC, bem como a totalidade das suas prestações desde que regressou à competição, em setembro - após ano e meio de imobilização e recuperação depois do acidente sofrido no Rali Ronda di Andora, em fevereiro de 2011 - fizeram com que pelo menos por agora, Robert Kubica esteja concentrado nos ralis.

WRC: Prodrive vai estar ausente em Monte Carlo

Os rumores que já circulavam desde há semana e meia foram confirmados: a Prodrive não vai colocar os seus carros em Monte Carlo. Tudo tem a ver com os problemas financeiros que afligem a equipa e o facto de não terem encontrado um piloto capaz de pagar para correr neste rali, segundo diz o jornalista britânico Martin Holmes, na Autosport portuguesa.

A equipa diz agora que está a preparar-se para o Rali da Suécia, com os seus Minis de motor BMW, mas ainda nada se sabe sobre que poderão pilotar os seus carros a partir desse rali. 

A noticia também fala que a lista de inscritos para Monte Carlo pode não ter mais do que 18 carros WRC, o que inclui três M-Sport, para Evgueny Novikov, Mads Ostberg e Thierry Neuville, dois Volkswagens, para Sebastien Ogier e Jari-Matti Latvala, e quatro Citroens, para Mikko Hirvonen, Dani Sordo e Sebastien Löeb.

domingo, 16 de dezembro de 2012

Noticias: patrão da Marussia confirma Max Chilton

Max Chilton vai ser piloto da Marussia em 2013. A noticia, apesar de ainda não ser oficial, foi dada este domingo por Nicolai Fomenko, o patrão da marca russa, à imprensa local. O piloto britânico irá substituir o francês Charles Pic e correrá ao lado de Timo Glock na quarta temporada que a equipa irá fazer na Formula 1.

Chilton, de 21 anos e piloto da GP2 na última temporada, onde terminou na quarta posição, levará uma contribuição proveniente da AON, a seguradora cujo vice-presidente, Graheme Chilton, é o seu pai, a rondar os 11,5 milhões de euros. Não se sabe ainda a duração do seu contrato, mas poderá ser, pelo menos, de duas temporadas.

Colin Chapman, trinta anos depois

Que Anthony Colin Bruce Chapman foi provavelmente um dos melhores engenheiros automobilísticos da segunda metade do século XX, é um facto. Que ele explorou como ninguém os "loopholes" existentes nos regulamentos da Formula 1, também é verdade. E que ele foi, indiscutivelmente, a pessoa que mais inovações trouxe à categoria máxima do automobilismo, também é verdadeiro. Sem ele, creio que esta ainda andaria no tempo dos "charutos", com motores ultra-potentes, pois poucos, hoje em dia, conseguem pensar "fora da caixa". Não é só por causa das imensas regulações hoje existentes em termos aerodinâmicos, mas porque pouco tem imaginação para construir algo diferente. Talvez Adrian Newey e Ross Brawn consigam hoje em dia, e pouco mais.

Mas Colin Chapman foi um homem complexo. De uma certa forma, ele construiu um labirinto tal que ele muitas das vezes ele mesmo se viu enredado. Tinha vidas paralelas, quer em termos de negócio, quer em termos pessoais. Tinha a mulher oficial e as ocasionais amantes, pagava impostos como toda a gente, mas havia sempre um esquema no qual ele conseguia colocar algum numa "offshore" no Panamá, onde assim escapava aos pesados impostos que as autoridades britânicas aplicavam às industrias. Aliás, era assim que pagava os salários aos seus pilotos, por exemplo. Um esquema que vinha desde os tempos de Jim Clark e Graham Hill.

Nos próximos dias, quando for publicada a edição deste mês da revista Speed, falarei sobre "Os últimos dias de Colin Chapman". E daquilo que li e vi, acho que daria para um bom filme de Hollywood, se calhar com o Ewan McGregor no papel de Chapman e George Clooney no papel de John DeLorean, pois esses últimos tempos são dedicados ao DeLorean DMC-12, que tem como base um modelo seu, o Lotus Esprit.

Publico aqui - em antecipação, é verdade - um extenso extrato sobre esses últimos dias e estes esquemas extraordinários para financiar - e depois salvar - um projeto estrambólico, para dizer o mínimo:

(...) Antigo “numero dois” da General Motors, [John] DeLorean era um génio de marketing que tinha criado o primeiro “muscle car” com o Pontiac GTO, em 1964, imediatamente antes de sair o Ford Mustang. Demitira-se da companhia em 1973 para prosseguir o seu sonho: ser construtor de automóveis. A DeLorean tinha aparecido em 1975 e o seu primeiro projeto iria ser o modelo DMC-12C. Desenhado por Giorgetto Giugiaro, ele queria construir com um composto ainda não testado, chamado Elastic Reservoir Moulding (ERM), que basicamente serviria para ter um carro mais leve, e assim baixar os custos.

Ao procurar um lugar para montar a sua fábrica, considerou primeiro a Republica da Irlanda, antes de atender ao pedido para que considerasse uma localização na Irlanda do Norte, mais concretamente em Belfast. Ele concedeu, e em 1978, concordou em construir uma fábrica em Dunmurry, nos arredores de Belfast. Convenceu o governo britânico, então liderado por James Callaghan, em conceder ajudas no valor de 35 milhões de libras para montar a fábrica, prometendo criar 2500 empregos e que iria ter os primeiros carros na estrada em 1979. 

Mas em 1981, não havia qualquer carro a sair da fábrica e DeLorean perdia dinheiro e os investidores perdiam confiança. Assim sendo, ele pediu a Chapman que ajudasse a melhorar o projeto do seu carro. Ironicamente, Chapman tinha ficado inicialmente furioso com o projeto da DeLorean, especialmente na parte dos subsídios que o governo tinha prometido ao construtor americano, em vez de conceder a Chapman, que sempre tinha ajudado a indústria automóvel britânica. (...)

(...) Após quatro meses de negociações, algo tensas, acordo foi concluído a 1 de novembro de 1978 em Genebra, com o valor de 18 milhões de dólares, e uma parte das ações da DeLorean, Chapman tentaria convencer o governo britânico a injetar mais algum dinheiro no projeto. Para isso, falou com a pessoa que sabia melhor do assunto: Margaret Thatcher. Em 1981, esteve nas instalações de Hethel e convenceu-a a financiar o projeto. Ela acedeu, concedendo-lhes mais apoios, que no final iriam totalizar 80 milhões de libras para a fábrica de Belfast.

Com a ajuda de Chapman, transformou o carro a partir de um modelo seu existente, o Esprit, os carros iriam sair a partir desse ano da fábrica de Dunmurry e De Lorean, confiante, afirmava que sairiam três mil automóveis por mês para satisfazer a crescente procura que já aparentemente já existia nos Estados Unidos. (...)

(...) O que ninguém sabia na altura era que DeLorean não aplicava todo o seu dinheiro na empresa. Tinham um estilo extravagante de vida e tinha feito alguns negócios “por debaixo da mesa”. E é aí que Chapman entra no esquema. Quando o contrato inicial de colaboração é assinado, em 1978, o valor é de 18 milhões de dólares, mas na realidade foi o dobro, com metade ir para uma conta situada no paraíso fiscal do Panamá chamado Grand Prix Drivers (GPD).

Chapman tinha criado essa empresa em meados dos anos 60 com a ajuda do seu contabilista, Fred Bushell, para escapar às rígidas leis fiscais britânicas, e servia para diversos serviços, desde pagamentos aos seus pilotos até para a sua própria conta pessoal, e em 1978 serviu para Chapman ter um melhor fundo de maneio para ele mesmo e para a equipa. Só que esse dinheiro não era de DeLorean, mas sim do governo britânico.

Os confusos esquemas financeiros de DeLorean e Chapman funcionariam se as criticas ao carro fossem boas e as vendas do DMC-12C corressem bem. Mas em meados de 1982, nada disso acontecia e De Lorean estava desesperado por dinheiro fresco para fazer andar por diante o seu projeto. (...)


Mas John DeLorean não foi o unico esquema louco que Chapman se tinha metido, ou se tinha deslumbrado. Pouco tempo antes, tinha conhecido David Thiemme, um engenheiro americano que a meio dos anos 70 tinha vendido o seu negócio de engenharia e investido muito dinheiro com o negócio de compra e venda de petróleo, sob o nome Essex Petroleum, e quando a segunda crise petrolifera surgiu, em 1979, tinha ficado multimilionário. Aparentemente, só nesse ano, tinha conseguido 70 milhões de dólares de lucro. 

Thiemme, um homem que cultivava a sua imagem - sempre de óculos escuros e chapéu andaluz, para esconder a sua careca - ficou admirado com Chapman. O interesse foi mútuo e Thiemme injetou muito dinheiro na equipa em 1980. A tal ponto que a apresentação do carro, o Lotus 81, no Royal Albert Hall de Londres, custou à volta de um milhão de dólares. Suficiente para o orçamento de uma equipa de tamanho médio, por exemplo.

Chapman estava deslumbrado com a boa vida e deixou-se influenciar por isso. Tanto que, quando Thiemme foi apanhado pelas autoridades suiças com acusações de fraude - nunca provadas - ele ficou desiludido e sem apoio financeiro. Quando a Essex declarou falência, em meados de 1981, voltou-se para a Imperial Tobacco e os carros negros e dourados tinham voltado. Mas pouco antes, tinha ficado também magoado com a recusa da FISA de legalizar o Lotus 88 de casco duplo - um raro conluio entre Jean-Marie Balestre e Bernie Ecclestone, numa era de conflito entre os dois, aque ficou para a história como a Guerra FISA-FOCA - e ele pensava seriamente em abandonar a competição.

Mas depois, as coisas tinham-lhe corrido bem. Tinha vencido uma corrida na Austria e começava a explorar as possibilidades dos motores Turbo. Mas no fim de 1982, o esquema da DeLorean caía como um castelo de cartas.

(...) Em outubro desse ano, DeLorean é preso numa operação do FBI e da DEA (Drugs Enforcement Agency) e acusou-o de estar por trás de uma operação de introdução de cocaína dos Estados Unidos, no valor de 24 milhões de dólares. Isso tinha acontecido após uma reunião em Nova Iorque, em julho desse ano, onde se encontrou com uma personalidade do mundo do crime, que na realidade, era um informador do FBI. A reunião tinha sido gravada pela agência e baseado unicamente nessa gravação, avançou para a operação. A notícia causou ondas de choque um pouco por todo o mundo e foi o prego que faltava no caixão da marca, que declarou falência logo a seguir, fechando a fábrica de Dunmurry em dezembro e colocando 2500 trabalhadores no desemprego. O investimento do governo britânico tinha-se esfumado e dos 30 mil carros que De Lorean queria construir por mês, apenas nove mil foram construídos durante a sua existência.

Por essa altura, em Hethel, Chapman já desenhava o carro para a próxima temporada, o primeiro com motores Renault Turbo, e em Londres, com a falência da De Lorean declarada e as autoridades fiscais britânicas a entrar em cena, os rumores de fraude no projeto da fábrica norte-irlandesa eram cada vez maiores, e o nome de Chapman e de Bushell estavam cada vez mais envolvidos, embora o nome principal era o próprio De Lorean. Mesmo Chapman, ocupado com o projeto do carro para 1983, e a desenhar o projeto da suspensão ativa, sentia a pressão. Em outubro, tinha recebido um membro da comissão liquidatária, que já tinha descoberto os papéis do contrato que tinha feito com DeLorean. Chapman negou a existência de tal contrato. (...)

Colin Chapman morreu - vítima de um ataque cardíaco fulminante na sua casa de Hethel, ao lado da sua mulher Hazel, às 4 da manhã do dia 16 de dezembro de 1982 - na pior altura possível: no meio da tempestade. E numa altura de transição entre os carros de efeito-solo para os turbocomprimidos - ele tinha elaborado um esquema de suspensão ativa que iria ser experimentada no dia em que acabou por morrer - a sua falta foi tremendamente sentida, apesar de Gerard Ducarouge ter feito excelentes carros, principalmente no período em que teve Ayrton Senna como piloto. Certamente, se Chapman estivesse vivo em 1985, teria ficado agradado com ele, e talvez o veria como um novo Jim Clark.

Mas Chapman, como disse no parágrafo anterior, morreu em plena tempestade. Já estava a ser acossado pelo governo britânico, que sabia sobre o contrato que Chapman tinha assinado com DeLorean, e certamente, queria o dinheiro de volta. No final, somente o seu contablista, e braço-direito - Fred Bushell, foi julgado e condenado por três anos devido a fraude. O próprio DeLorean foi julgado nos Estados Unidos, mas como o DEA fez mal as coisas, os jurados não se decidiram e DeLorean foi colocado em liberdade. Claro, não mais recuperou a sua reputação, e passou o resto da vida a fazer isso mesmo. Morreu em 2005, aos 80 anos.

A morte de Chapman foi, como se podia esperar, um choque. Um choque tal que, aliado a que pouca gente viu o seu corpo e o seu funeral foi tão veloz que, claro, surgiram as teorias de conspiração, principalmente as que diziam que Chapman estaria no Mato Grosso, escapando da justiça britânica porque nessa altura, a Grã-Bretanha não tinha um acordo judicial com o Brasil para o extraditar, um caso que ficou famoso com Ronald Biggs, um dos autores do Grande Assalto ao Comboio (Trem), em 1963. E ainda hoje, há quem - a brincar ou nem tanto - não deixam deixar morrer essa possibilidade, como os que ainda hoje dizem que "Elvis está vivo".

Uma coisa é certa: depois de Chapman, a Formula 1 perdeu muita da sua inovação. Poucos pensavam "fora da caixa" como ele, e depois disso, este automobilismo tornou se demasiadamente regulamentada e artificializada, perdendo muito do objetivo de ser uma categoria de ponta, com o descobrimento e teste de novas tecnologias que anos depois, estariam dentro dos carros de estrada. Hoje em dia, com Bernie Ecclestone ao leme, a Formula 1 privilegia a vertente do espectáculo à vertente tecnológica. Os equilibrios são artificiais, os pneus são artificialmente fracos, os carros, apesar de serem feitos por chassis diferentes, só mesmo os mais experientes é que descobrem as diferenças. E tornou-se quase num "último reduto" dos projetistas, porque nos outros lados, à exceção da Endurance, são categorias de chassis monomarca.

Contudo, mesmo com a sua morte e as suas dúvidas quanto ao seu estilo a roçar a legalidade - que Johnny Cash tão bem cantou na sua musica "I Walk The Line" - Colin Chapman deixou um legado que hoje em dia pode ser apreciado e reconhecido como um dos maiores génios da história do automobilismo. Apenas porque queria que os seus carros fossem simples, leves e velozes. E estivessem à frente da concorrência.

WRC: M-Sport corre com Novikov e Neuville

A M-Sport, a equipa que Malcom Wilson correrá em 2013 no lugar da Ford, já escolheu os restantes pilotos para a sua equipa na próxima temporada. E as suas escolhas são algo inesperadas: o russo Evgueny Novikov e o belga Thierry Neuville foram os pilotos selecionados para correrem nos Ford Fiestas existentes, ao lado de Nasser Al-Attiyah, Juho Hanninen e Mads Ostberg.

A aposta da Wilson numa tripla muito jovem - Novikov tem 22 anos, Ostberg 25 e Neuville com 24 - faz com que sejam velozes, mas provavelmente com poucas possibilidades de vitórias na geral, onde Citroen e Volkswagen poderão ser mais capazes de lutar pelas vitórias, enquanto que a Mini está em refundação e a Hyundai só irá aparecer mais tarde.

Mas apesar destes quatro pilotos confirmados, poderá haver mais: Juho Hanninen poderá ser o quinto elemento. Apesar de somente estar confirnado para Monte Carlo e Suécia, outros ralis poderão estar a caminho para o finlandês de 31 anos.

Entretanto, quem também confirmou que irá continuar a correr com um Ford Fiesta em 2013 é o checo Martin Prokop, que anunciou ontem na sua conta do Twitter que vai correr em dez ralis do WRC, ou seja, todas as etapas europeias. O piloto checo de 30 anos, que foi nono classificado em 2012, vai fazer mais uma temporada ao serviço da sua equipa, a Czech Ford National Team.