quinta-feira, 18 de abril de 2013

Os apelos, as respostas e os receios no GP do Bahrein

Em semana de GP do Bahrein, apesar de não ter havido tantas manifestações como se esperava, ou como aconteceu no ano passado, as pressões para que Bernie Ecclestone cancelasse o evento continuaram a existir. Esta semana, soube-se que um grupo de vinte deputados britânicos, liderados por Andy Slaughter, pediu a Ecclestone para que cancelasse a corrida, afirmando que a situação no país não melhorou desde o ano passado.

Segundo o deputado, a corrida somente aconteceu porque o país estava sob lei marcial: "Cerca de 300 manifestantes foram presos, alguns passaram meses na prisão. Eu acho que a maioria das pessoas com espírito democrático ficaria horrorizada se você permitir que a etapa do Bahrein da Formula 1 continue em meio a tantas atrocidades dos direitos humanos”, escreveu. 

Em resposta, Ecclestone ironizou, afirmando que “é uma pena que isso não tenha sido trazido até mim antes de setembro de 2012, quando o calendário do Mundial de Formula 1 foi elaborado, e agora é tarde demais para fazer quaisquer mudanças ao calendário”. 

Eu não recebi nenhuma reclamação de nenhum jornalista demonstrando preocupação com o credenciamento para a corrida desse ano”, completou Ecclestone.

Entretanto, a oposição xiita afirmou que iria intensificar as manifestações pacificas no país no fim de semana de Grande Prémio, e que tentaria falar com Bernie Ecclestone para que discuta as reformas no país. "Estamos abertos para encontrá-lo", disse Ali Salman Ahmed Salman, uma das principais lideranças do partido muçulmano xiita Al-Wefaq, à agência Reuters. 

"Nós falamos o tempo todo sobre reforma, direitos humanos e democracia. Qualquer pessoa pode compartilhar dessas preocupações, porque são de interesse comum. Convido todos a participar em protestos pacíficos para enviar uma mensagem para o mundo sobre a nossa necessidade de uma reforma democrática pacífica aqui", continuou. 

"Eu sou contra a violência. Nosso protesto está marcado para acontecer hoje e na sexta-feira. Mas não é contra a corrida em si", garantiu.

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