sexta-feira, 22 de novembro de 2013

A história de um calendário... que não o foi

Ontem à noite, dei de caras com uma noticia no suplemento "Life & Style" do jornal português "Público", onde se fala sobre o famoso calendário Pirelli, que no ano que vêm comemora os seus 50 anos de existência. Lá, a jornalista Ana Brasil fala sobre os calendários que nunca aconteceram, e uma das que mais me impressionou foi sobre Helmut Newton, o fotógrafo australiano (mas de origem alemã) que em 1986 andou a tirar fotos para um calendário... que acabou por não acontecer.

Eis um excerto da noticia:

O calendário de 2014 recupera as fotos que Newton produziu para a Pirelli em 1986 e que foram preteridas em favor das de Bert Stern, fotógrafo norte-americano célebre pelas suas fotos de Marilyn Monroe. Como? A competição entre a sede italiana e a sua sucursal no Reino Unido, que produziu o calendário desde o seu início, fez com que em 1986 fossem criados dois calendários distintos. Os dois projectos desenrolaram-se paralelamente, ignorando-se mutuamente até que os esforços da Pirelli Itália, que tinha percebido o enorme potencial global do calendário e o quis tornar seu, se revelaram inúteis.

As fotos de Bert Stern sobre a criatividade artísticas e o nu são publicadas, enquanto as de Helmut Newton, pedidas por Itália, são postas de parte. Agora, são essas as fotos que acompanharão, de Janeiro a Dezembro de 2014, o grupo de eleitos a quem é oferecida uma edição do “The Cal”, como é comummente chamado o calendário Pirelli.

As fotos, tiradas em Montecarlo e na região de Chianti, têm como protagonistas nomes que actualmente estão fora dos holofotes, como o da modelo brasileira Betty Prado ou da italiana Antonia Dell’Atte. Aparentemente com pouca ou nenhuma maquilhagem, as mulheres revelam-se em cenários simples, com uma sensualidade discreta e, sobretudo, natural, bem ao estilo de Newton. (...)

Porque é que falo disto? Bom, uma das fotos coloca uma modelo diante do Ligier JS25, de 1985, guiado naquela temporada por Jacques Laffite, Andrea de Cesaris e Philippe Streiff. Tinha motor Renault, mas ao contrário do que se vê na foto, tinham pneus Goodyear. A Pirelli entrou em 1986, mas com o chassis seguinte, o JS27. E tiveram uma boa temporada: 23 pontos, quatro pódios e uma volta mais rápida.

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