sábado, 12 de outubro de 2013

Youtube Motorsport Classic: GP da Suécia de 1978, na íntegra

Esta é uma pequena pérola que encontrei neste sábado à tarde: a corrida - na íntegra - do Grande Prémio da Suécia de 1978, que se realizou no circuito de Anderstorp, e no qual se viu o Brabham BT46B, com uma ventoinha a servir de "efeito-solo" alternativo ao sistema arranjado por Colin Chapman e o seu Lotus 79, que começava a dominar a concorrência naquela temporada, depois de ter sido estreado em Zolder, no GP da Belgica.

O "carro-ventoinha" foi controverso desde o inicio, com quatro equipas a contestar a sua legalidade: Lotus (quem diria!), Tyrrell, Ligier e Surtees. Contudo, os comissários disseram que não havia nada que fosse contra os regulamentos e deixaram seguir. Sabe-se que Bernie Ecclestone, então o patrão da Brabham, ordenou que os carros de Niki Lauda e John Watson estivessem carregados de gasolina para que não existisse um monopólio da primeira fila. Mário Andretti fez a pole-position, mas Watson e Lauda estavam logo a seguir.

Não foi uma corrida muito emocionante na frente, dado que Lauda o domina, graças à ventoinha instalada no Brabham BT46B, mas os grandes duelos acontecem mais atrás, especialmente entre o Arrows de um jovem Riccardo Patrese e o Lotus 79 de Ronnie Peterson, que queria muito vencer "em casa", mas é batido por cerca de um centésimo de segundo, e fica com o terceiro posto. Os troféus são entregues pelo Rei da Suécia, Carl Gustaf, que é um notório "petrolhead".

No entanto, para mim, a imagem mais impagável acontece a partir da 1:57 horas: após Lauda parar o seu Brabham, toda a gente espreitava a ventoinha colocada no BT46B, incluindo um jovem Patrick Head, da Williams, identificado com a camisola verde com o numero 27, e o projetista Gerard Ducarouge, com óculos escuros e a segurar uma placa.

O resto da história é conhecido: a FIA considera o BT46B ilegal, mas apenas a partir do GP de França, logo, validando a vitória do austríaco na Suécia. Assim, este chassis retirou-se com um palmarés perfeito: uma corrida, uma vitória. 

E claro, este foi a última corrida na Suécia. Com as mortes de Ronnie Peterson e Gunnar Nilsson, as pessoas perderam o interesse em ver a Formula 1 e apesar de ter sido marcado um GP da Suécia no calendário de 1979, este foi cancelado, devido à escassa procura de bilhetes.

Eis a corrida na íntegra, ideal para quem quiser "queimar tempo" até à corrida de Suzuka. 

Formula 1 2013 - Ronda 15, Japão (Qualificação)

Depois da Coreia do Sul, onde vimos pneus a explodirem e carros que entraram na pista quando não deviam, num circuito que todos estão desejosos de se verem livres, a Formula 1 chegou a um clássico: Suzuka. O Japão adora a Formula 1 e a Formula 1 adora Japão. Mais do que sentirem em casa, toda a gente sabem que eles serão amados pelos fãs que acorrem às dezenas de milhares, todos os anos. 

Claro, longe vão os tempos em que havia sorteios - sim, isso aconteceu! - para que um sortudo pudesse ir ver os McLaren-Honda de Ayrton Senna a vencer na pista japonesa. Conseguem imaginar 1,2 milhões de pessoas ansiosas para conseguir um dos 120 mil bilhetes disponibilizados pela organização? Pois isso aconteceu em 1991. Mas nesse tempo, Suzuka era a penúltima corrida do ano - antes de Adelaide, na Austrália - e normalmente os campeonatos eram decididos ali, naquela pista com quase seis quilómetros de extensão, num estranho desenho de "oito", entre montes e vales. E essa visão fez moldar - e marcar - as infâncias de toda uma geração, inclusive a minha.

Com o acréscimo da mais corridas no calendário, Suzuka foi recuando, com apenas em 2011 a ganhar contornos de decisão quando Sebastian Vettel foi terceiro classificado e se tornou bicampeão mundial. E neste fim de semana, começava o primeiro "match point" do campeonato de 2013, com o alemão a poder sagrar-se tetracampeão, caso Fernando Alonso desistisse. E com isso, Suzuka ganhava a importância de tempos idos.

Mas para isso, primeiro tinha de se passar pela qualificação. E esta pensava-se que iria ser calmo, mas a meio da Q1, o Toro Rosso de Jean-Eric Vergne viu os seus travões pegarem fogo após o gancho, causando a interrupção da sessão. Isso acontecera pouco depois de um vazamento de gasolina no carro do Esteban Gutierrez ter causado fogo na garagem da Sauber. No final da Q1, com Romain Grosjean a fazer o melhor tempo, na frente de Felipe Massa e de Nico Rosberg, os excluidos foram os habituais Caterham e Marussia, ficaram também o Toro Rosso de Jean-Eric Vergne (por razões óbvias) e o Force India de Adrian Sutil. Mas o piloto da Force India iria perder cinco lugares porque decidiu trocar de caixa de velocidades.

Chegados ao Q2, as coisas não tiveram muita história, excepto com um incidente na primeira curva, quando Mark Webber aparentemente bloqueou Sérgio Perez, o que deu especulações sobre uma penalização do australiano. Contudo, o mexicano estava a "descontrair" e não havia razões para penalizar o piloto da Red Bull. No final, com os taurinos austríacos a fazerem os melhores tempos, entre os que infelizmente não conseguiram passar para o "top ten" foram o Sauber de Esteban Gutierrez, o McLaren de Sergio Perez, os Williams de Pastor Maldonado e Valtteri Bottas, o Force India de Paul di Resta e o Toro Rosso de Daniel Ricciardo.

Por fim, chegados ao Q3, tudo parecia "conspirar" para que Sebastian Vettel estivesse a caminho da sua quinta pole-position consecutiva, mas depois um aviso na rádio dizia que o seu KERS tinha falhado, as coisas começaram a ficar interessantes. A sua volta teve ainda uma "escapadela" na Spoon, mas fez o melhor tempo... antes de Webber fazer um pouco melhor: 1.30,975 segundos.

E na parte final, as coisas foram diferentes: Webber fez 1.30,915 e conseguiu superar Vettel por 174 centésimos de segundo. Lewis Hamilton foi o terceiro, na frente de Romain Grosjean, Felipe Massa e Nico Rosberg. Fernando Alonso foi apenas oitavo, atrás de Nico Hulkenberg, e a fechar o top ten estavam Kimi Raikkonen e Jenson Button.

Ainda havia aquela "espada de Dâmocles" sobre o incidente com Perez, mas se a FIA nada fizesse, poderemos dizer que vimos a última "pole-position" de Webber na sua carreira. Agora, seria interessante saber se amanhã, por quanto tempo essa vantagem seria mantida. É que o australiano não é o melhor dos largadores...

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Noticias: De Villota morreu devido a sequelas do seu acidente

A autópsia à piloto espanhola Maria de Villota, encontrada morta esta manhã no seu quarto de hotel em Sevilha, revelou que aparentemente ela morreu devido a uma sequela neurológica decorrente das lesões sofridas em julho do ano passado, no acidente que teve no aeródromo de Duxbury, onde numa sessão de testes a bordo de um Marussia, sofreu um grave traumatismo craniano-maxilar e a perda do seu olho direito.

"Queridos amigos, venho lhes informar que o médico forense nos disse que a morte de Maria foi causada por sequelas e danos neurológicos do acidente que ela sofreu no ano passado. Maria será enterrada em um jazigo familiar em Madrid, e desde já agradeço o apoio e o carinho demonstrados por todos vocês", afirmou a sua irmã Isabel.

Entretanto, o governo espanhol, pela voz do Ministro do Desporto, Juan Ignacio Wert, anunciou que concederá a título póstumo a medalha de ouro da Ordem Real do Mérito Desportivo, reconhecimento normalmente atribuído a atletas que contribuíram para o desenvolvimento do desporto.

Entretanto, enquanto pilotos e dirigentes renderam homenagem a De Villota em Suzuka, surgiram noticias sobre a sua última entrevista, que tinha sido dada esta terça-feira à Navarra TV. Questionada pelo entrevistador sobre os seus motivos para viver e vencer na vida, De Villota foi objetiva: "Se ganha com dois componentes essenciais: estar perto das suas pessoas, dos amigos, inclusive gente que você não conhece mas que te manda muita energia, reza por você e está por perto... E com a paixão. Com o sonho de viver, com amor, com todas essas coisas que te dão vida e que suprem as principais perdas. Vamos viver de uma maneira apaixonada", disse.

Na entrevista, voltou a dizer que tinha memórias claras do acidente, e tinha pesadelos com isso: "Meu caso foi um pouco especial, porque tive uma lesão cerebral, mas os médicos esperavam que eu não seria capaz nem de falar e nem de lembrar. Mas eu me recordo. Não sei por que... creio que o destino quis que esse episódio não passasse esquecido. Tenho pesadelos, não posso evitar. Mas assim que me levanto, desconecto, o acidente passou. Mas foi parte da minha história."

"A partir daí, tive uma segunda oportunidade de viver. Me considero uma privilegiada, e estou começando a viver minha segunda vida. Com coisas em comum da velha María, e coisas que estou descobrindo, coisas novas", concluiu.

ATUALIZAÇÃO: O Andy Bono, que trabalha na versão espanhola do GPUpdate.com, acaba de colocar na sua página do Twitter que De Villota será cremada este sábado em Sevilha, numa cerimónia privada, antes das suas cinzas serem colocadas no jazigo da sua familia, em Madrid. 

Youtube Motorsport: Jeremy Clarkson testa o McLaren P1

Sabemos sempre que por estes dias está a ser gravada a 21ª temporada do Top Gear, e claro, aparecerão por aí imagens de onde os três apresentadores surgirão por estes dias, a testar os carros que todos sonham em testar. E um dos carros que todos sonham em testar neste momento - e o Jay Leno já o fez! - é o McLaren P1.

Ora bem, hoje, o Jeremy Clarkson andou a testar o carro no circuito de Spa-Francochamps. A pista estava algo molhada, e pode ver-se no momento em que quase perde o controle do carro em La Source, mas o mais interessante é ver o aparato da situação para as filmagens. Um carro especial e um helicóptero no circuito belga, só para começar...

Enfim, veremos em janeiro o resultado final.  

The End: Maria de Villota (1980-2013)

A piloto espanhola Maria de Villota foi encontrada morta esta sexta-feira num quarto de hotel em Sevilha, onde iria participar num congresso. Tinha 33 anos e era filha do ex-piloto Emilio de Villota.

De acordo com a Cadena Ser, os serviços de emergência foram chamados ao hotel onde estava hospedada pelas sete da manhã, onde após algum tempo de reanimação, a declararam como morta. A imprensa afirma que não foram encontradas drogas ou sinais de violência. A família já emitiu um comunicado onde confirma a notícia, mas para já não dizem nada sobre a "causa mortis": "Queridos amigos: A Maria morreu. Foi para o Céu como todos os anjos e damos graças a Deus pelo ano e meio que ela ainda esteve entre nós. A família Villota".

A piloto espanhola estava para lançar a sua biografia na semana que vêm, com o título "A Vida é um Presente", onde falaria sobre o seu acidente em julho do ano passado e a recuperação das cirurgias que foi submetida à cabeça, para reduzir as fraturas cranianas sofridas.

Nascida a 13 de janeiro de 1980, em Madrid, era filha do piloto Emílio de Villota, que andou na Formula 1 entre 1976 e 1982, sem grandes resultados. Crescendo num ambiente automobilístico, começou a correr aos 21 anos na Formula 3 espanhola, onde ficou até 2005. Depois teve participações na Ferrari Challenge e no WTCC, entre 2005 e 2007, para em 2008 fazer uma participação na Formula 3000 Euroseries, onde foi sétima na corrida de Spa-Francochamps.

A partir do ano seguinte, participou na Formula Superleague, defendendo as cores do Atlético de Madrid, onde conseguiu alguns bons resultados, sendo o melhor um quarto lugar na segunda corrida de Nurburgring, em 2010. Por essa altura, tentava a sua sorte na Formula 1, tendo feito um teste no circuito de Paul Ricard, a bordo de um Renault R29 de 2009, no sentido de obter a Super-Licença. E no inicio de 2012, conseguiu um lugar como terceiro piloto da Marussia, esperando que pudesse ser usada para as sessões de testes que a equipa pudesse fazer.

Contudo, quando a equipa a chamou para tal tarefa... foi quando o azar aconteceu. No dia 3 de julho de 2012, a Marussia fazia testes aerodinâmicos no aeródromo de Duxbury, no sul de Ingaterra, quando a piloto pisou demasiadamente o acelerador e foi de encontro com a a porta do camião que tinha transportado o chassis até ao local. O capacete levou com todo o impacto, fazendo com que ela sofresse fraturas graves na sua cabeça, bem como a perda do seu olho direito. Socorrida de imediato - o resgate demorou mais de uma hora - e em estado grave, foi operada de emergência para reduzir as fraturas.

A sua recuperação foi lenta, mas em outubro desse ano, estava suficientemente bem para fazer a sua primeira aparição pública na revista "Hola", onde afirmou que tinha sofrido mais do que um olho perdido e fraturas cranianas: tinha perdido o sentido do olfato e do paladar, e sofria de dores de cabeça constantes, do qual afirmava que provavelmente iria passar por mais cirurgias, para resolver a sua situação. E afirmava que se recordava de tudo o que se passou:

Lembro-me de tudo, até mesmo do momento do impacto. Quando acordei, todos estavam à minha volta e ninguém sabia se eu iria falar, ou como iria falar. Comecei a falar em inglês, porque achei que estava nos exames da FIA e que o enfermeiro era um instrutor”, começou por dizer.

Então, meu pai me disse ‘por favor, Maria, fale em espanhol, porque sua mãe não está entendendo metade das coisas’. Foi quando fiquei ciente de tudo, do que tinha acontecido, de onde eu estava e o porquê de eu estar lá”, completou.

Quando viu as cicatrizes no seu rosto, confessou que sentiu um choque: “No começo, a lesão estava coberta, então eu não podia vê-la. A primeira vez que me vi no espelho, eu tinha 140 pontos no rosto, que pareciam costurados com corda de barco. Fiquei horrorizada”, disse. E naquela altura, revelava que ainda sentia sequelas: “Tenho dores de cabeça que ninguém sabe quanto tempo irão durar. Talvez anos. Tenho que evitar me esforçar por causa da pressão craniana. Também perdi paladar e olfato – agora, gosto das coisas com o gosto bem forte”, referiu.

Nessa entrevista ainda esperava que, num futuro mais ou menos distante, ela poderia voltar a correr. “Ainda não sei. Tudo depende da licença. Há pilotos nos Estados Unidos que perderam um olho e ainda assim têm a licença. Mas a verdade é que você perde um pouco do senso de profundidade, porque são os dois olhos que te dão perspectiva”, contou.

A partir dali, dedicou-se a contar a sua vida e à segurança rodoviária, e ela iria dar o seu testemunho nesta sexta-feira em Sevilha quando aconteceu o desfecho fatal. Ars lunga, vita brevis  

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Youtube Motorsport Interview: Os 90 anos de Murray Walker

As lendas no automobilismo não são só os pilotos, os engenheiros ou dos diretores e fundadores de equipa. Por vezes são também as pessoas que nos levam as emoções de uma corrida, ou seja os apresentadores. Se o Brasil atura Galvão Bueno, na Grã-Bretanha, durante anos, ouviam Murray Walker. E hoje, ele comemora o seu 90º aniversário.

Atualmente na reforma, Murray Walker é lembrado com carinho e respeito pelos seus pares, especialmente com os comentários que fazia ao lado de James Hunt. E também as pessoas recordam com carinho os seus "murrayismos", ou seja, os momentos em que ele disse coisas que não deveria dizer...

Hoje, em entrevista ao podcast do James Allen, ele afirmou: “Não sinto ter 90 anos. Acho que quando tens uma paixão na vida, e para mim essa paixão é o automobilismo, é algo que te faz continuar. Estou em ótima forma e espero continuar por muitos mais anos no automobilismo".

E ele têm razão: no últimos tempos, Walker passou por problemas de saúde: uma fratura na bacia em junho, quando fazia um cruzeiro no Reno, na Alemanha, e pouco depois, detectaram-lhe um cancro abdominal na sua fase inicial, do qual esteve a fazer tratamentos para o debelar.

E hoje mesmo, o jornalista Mario Muth colocou no seu canal no Youtube uma entrevista com o próprio Walker, onde em cerca de uma hora, fala como tudo começou, e o que faz comentar sobre automobilismo, numa carreira que dura há mais de 60 anos.

Dragon Ball e Ayrton Senna

Tive este "poster" de Ayrton Senna no meu quarto quando tinha 14 anos, e achei espectacular. Creio que veio nas páginas centrais de uma revista de automóveis que não sei se ainda existe, a "Auto Hoje", mas na altura não sabia que era o "Goku" do Dragon Ball, porque nessa altura, não passava na - ainda monopolista - televisão portuguesa. Anos depois descobri o Dragon Ball e todas as personagens, e ainda deu tempo para ficar na minha memória, especialmente num verão em especial, algures em 1997, onde eu, o meu irmão e os meus primos - entre distantes e aproximados - ficávamos horas a ver o Dragon Ball Z, para escaparmos ao sol quase assassino que havia lá fora.

Contudo, eu já não recordava este poster - a minha mãe tirou-os a todos da parede quando teve a oportunidade - e desconhecia a relação entre o criador de Dragon Ball, o japonês Akira Toriyama, e o piloto brasileiro. Que os japoneses tinham uma enorme admiração pelo piloto, tinham, agora ao ponto de haver mangás sobre ele, desconhecia. Mas houve.

Neste site que descobri, o Cogumelando, vejo que houve uma revista, o Shoen Jump, que decidiu popularizar a modalidade no país do Sol Nascente, nos anos 80. E também surgiram mangás e promocionais onde o piloto brasileiro aparecia. Toriyama até fez trabalhos para a Honda, em 1991, e é por isso que as personagens de Dragon Ball aparecem ao volante de um McLaren MP4/5B de 1990.

E claro, Toriyama chegou a estar com Senna em pessoa, o que é um momento glorioso para qualquer um. 

Formula 1 em Cartoons - Coreia do Sul (Riko Cartoon)

Segundo o italiano "Riko" (Frederico Ricciardi), a FIA decidiu experimentar um "Safety Car" personalizado, cujo critério é a performance. E claro, para ele, o Sebastian Vettel fica com o Mercedes, enquanto que o resto do pelotão fica com o famoso carro dos bombeiros... ou outro tipo.

Youtube Formula 1 Classic: GP Dino Ferrari, Imola, 1979


Descobri estas filmagens graças a uma foto colocada pelo Rianov o "ressuscitado" blog F1 Nostalgia. O nosso "russo" colocou uma foto do GP Dino Ferrari, que aconteceu a 16 de setembro de 1979, e que serviu como a "reinauguração" da pista italiana, para que servisse como palco, no ano seguinte, do GP de Itália.

A corrida aconteceu uma semana depois do GP de Itália, que consagrou o sul-africano Jody Scheckter como campeão do mundo, e os Ferrari - de Scheckter e do canadiano Gilles Villeneuve - fizeram uma dobradinha triunfal em Monza. Agora em Imola, a parada continuava, com os dois Ferrari a arrastarem mais de 35 mil espectadores para uma corrida que duraria 40 voltas. 

E para além dos Ferrari, estavam os Alfa Romeo, recém chegados à Formula 1, guiados por Bruno Giacomelli e Vittorio Brambilla, o Lotus de Carlos Reutemann e o Brabham-Alfa Romeo de Niki Lauda, para além dos Williams não oficiais de Giacomo Agostini - sim, o multiplo campeão do mundo de motociclismo! - e de "Gimax", um piloto que corria com... peruca.

Eis a corrida na sua íntegra, que terminou com a vitória de Lauda, na última vez em que usou o motor Alfa Romeo no seu Brabham. O austríaco terminou na frente de Reutemann e Scheckter. E também para Lauda seria a sua última corrida antes de se retirar abruptamente da Formula 1 alguns dias depois, em Montreal.

Outra curiosidade: a transmissão da televisão italiana têm como auxiliar... Clay Regazzoni.

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

A exposição de pintura de Ricardo D'Assis Cordeiro

O Ricardo D'Assis Cordeiro mandou-me o convite e eu coloco aqui no blog: entre os dias 18 e 20 de Outubro, ele irá expor na Box da Racing School no Autódromo de Portimão, durante o Algarve Classic Festival 2013, que se realizará no mesmo fim de semana.

Segundo diz ele, "a exposição será constituída por telas originais pintadas a óleo representando corridas, pilotos e automóveis históricos". E os quadros dele valem sempre a pena.

Eis o link para o seu blog - http://dassiscordeiro-classiccars.blogspot.pt/ - onde podem observá-los, bem como o seu processo de desenho.

Hammond, Emilia e o Lambo cor de rosa


Eu já vi isto no final da semana passada no Jalopnik, mas as repercussões têm sido grandes. E ao fim e ao cabo, envolve duas coisas: o nosso amos pelos automóveis e o cumprimento de um desejo. E têm um dos apresentadores do Top Gear, Richard Hammond.

O caso é simples: Emília é uma menina está gravemente doente, e provavelmente não vai viver por muito mais tempo. A vida é cruel, e parte o coração quando vemos uma criança a sofrer. E ela tinha um desejo: ver um Lamborghini cor de rosa. E Hammond, mais a organização "Rays of Sunshine", cumpriu esse desejo, mas não num Lambo qualquer: foi num Aventador.

Claro que a marca italiana nunca pintou um carro cor de rosa: este era originalmente branco, mas por Emília, não há problema. E no dia em que ele a foi buscar, ela esta pronta com o fato de competição rosa.

No final, "Hamster" estava comovido: “Foi um enorme privilégio fazer esta contribuição para uma ocasião positiva e única. Emília foi maravilhosa. Pensava que ficaria muito tímida, mas ela falou sem parar. Foi verdadeiramente inspirador e ver como é que as pessoas são corajosas e dignas. Quero dar os parabéns do fundo do coração à Rays of Sunshine por organizar uma ocasião tão especial como esta."

Este mês, no Nobres do Grid...

Confesso que esqueci de colocar aqui o habitual excerto da minha crónica mensal no site Nobres do Grid, mas como por aqueles dias estava envolvido nos artigos sobre a temporada de 1976 de Formula 1, que foram pano de fundo para "Rush", ficou para segundo plano. Mas o assunto deste mês surgiu depois de uma leitura por parte de outra "petrolhead", a venezuelana Serena Navarrete, tentando explicar a razão porque Sebastian Vettel é uma pessoa assobiada nos pódios. E ela liga isso à sua (não presença) às redes sociais.

Eis um excerto:

"Nestes tempos de redes sociais, Facebook, Youtube e outros, onde esta geração cumpre em pleno a profecia da "aldeia global" ditada 50 anos antes pelo professor canadiano Marshall McLuhan, sabemos que não aparecer por aí quase significa "estar morto para a sociedade". E é para que nos mostremos quem somos e o que fazemos por aqui que temos toda esta parafernália: escrevemos em blogs, colocamos fotografias em Instagrams, dizemos os nossos estados de alma no Facebook e no Twitter, para que os nossos amigos, familiares e fãs nos saibam o que estamos a fazer. E o fazemos quer no nosso computador, quer cada vez mais frequentemente, nos nossos "smartphones" celulares, que na sua outra face mais nos viciam, tornam-nos escravos do instante.

Inevitavelmente, toda a gente quer lá estar nas redes sociais, e a Formula 1 não é excepção. Os pilotos têm, as equipas têm – quer em termos oficiais, quer em termos oficiosos, como o “Horse Whisperer”, da Ferrari; e o “Red Bull Spy”, da marca austríaca; os jornalistas; os canais de televisão; os blogueiros e até os humoristas. Sim, existem falsas contas de pessoas famosas só com objetivos humorísticos! Todos eles estão no Twitter, e eles estão todos mais acessíveis do que nos poderiam fazer imaginar. Para o ser humano dito “normal”, ter os seus ídolos do outro lado e interagir com eles sem intermediários é algo extraordinário. 

 Mas este também é um mundo totalmente novo para muita gente e não tem aquilo que os meios de comunicação ditos “normais” têm: filtros. E os filtros os impedem de cometer uma “gaffe” do qual milhares farão “retweet” (RT) e do qual será tema de conversa por dias a fio, por exemplo. Ou de serem politicamente incorretos com uma mensagem inapropriada, como já aconteceu no passado com outros desportistas, de outras modalidades. No Twitter, ao contrário de outras redes sociais, são eles mesmos que falam, e logo, têm de haver mais cuidado, onde no Facebook, por exemplo, as suas páginas oficiais podem ser feitos por alguém contratado por eles."

O resto do artigo podem ler a partir deste link.

Youtube Motorsport Record: um modelo a 329 quilómetros por hora

Esta vi no Blog do Boueri, e fiquei espantado. Basicamente é uma tentativa de recorde do mundo feita com um carrinho de modelismo. Mas não é um daqueles radiocomandados, é daqueles que se vê mais no aeromodelismo. 

Ou seja: um cabo de aço acoplado ao modelo, com uma pessoa no centro a rolar o modelo que esta num circuito oval. Durante alguns segundos, ele roda rapidamente, como se fosse daqueles lançadores do martelo, e aí, establece-se o recorde. Que foi de 329 quilómetros por hora, ou 205 milhas, na medida imperial.

Simplesmente impressionante. O evento ocorreu em Whittier Narrows, na zona de Los Angeles, no inicio de outubro. 

terça-feira, 8 de outubro de 2013

Formula 1 em Cartoons: A Williams de 2013 (GP Toons)

O venezuelano Hector Garcia decidiu fazer um desenho sobre a atual situação da Williams e os desabafos de Pastor Maldonado, que se queixa de que o carro deste ano ser uma autêntica tartaruga, e que com isso conseguiu apenas um ponto no campeonato... até agora.

E claro, ele e Valtteri Bottas desesperam por terem uma tartaruga entre mãos...

Formula 1 em Cartoons - Coreia do Sul (Bruce Thomson)

A corrida da Coreia do Sul ficou marcada pela estranha aparição de um jipe, colocado no meio da pista para ir socorrer o Red Bull de Mark Webber, que estava a arder por causa do seu KERS. E o "cartoonista" canadiano Bruce Thomson imaginou a situação em que Sebastian Vettel viu tamanha aparição na pista...

"Sebastian não tinha a certeza o que era mais estranho: o facto de estar ATRÁS de outro carro, como o facto desse carro ser DIFERENTE do habitual..."

Noticias: Franchitti operado ao tornozelo

O escocês Dário Franchitti foi operado na tarde desta segunda-feira ao tornozelo direito para estabilizar a fratura que teve ontem após o seu pavoroso acidente em Houston. Segundo conta a sua equipa, a Ganassi, assim que receber o "OK" dos médicos, o piloto será transportado para Indianápolis, para iniciar a sua convalescência. 

Entretanto, pelo Twitter, o tetracampeão ainda agradeceu às mensagens de melhoras e também manifestou apoio às vítimas. "Obrigado a todos pelas mensagens. Significam muito para mim. Também gostaria de enviar o meu melhor para todos os fãs envolvidos no acidente e espero que estejam todos bem", escreveu. 

Recorde-se que Franchitti, de 41 anos, envolveu-se neste domingo num acidente com o venezuelano Ernesto Viso e o japonês Takuma Sato, onde voaram pedaços dos carros para as bancadas, ferindo 13 espectadores, nenhum deles em estado grave. Já Franchitti, para além do tornozelo fraturado, teve fissuras na coluna e contusões na cabeça.

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Noticias: Mika Salo detido por fraude fiscal

Uma noticia interessante surgiu nos últimos dias: o finlandês Mika Salo foi preso em Helsinquia sob acusações de fraude fiscal. A noticia foi dada pelo jornal finlandês ‘Suomen Kuvalethi’, e a detenção aconteceu durante dois dias, e surge na sequência de um processo aberto pelas autoridades fiscais finlandesas, que o acusam de ter sonegado nas suas declarações de impostos durante um tempo indeterminado.

Atualmente comentarista na rede televisiva local MTV3, com participações esporádicas na Endurance, não é a primeira vez que Salo, com 46 anos, teve problemas com a policia. Em 1990, na Grã-Bretanha, na altura em que competia na Formula 3 contra o seu compatriota Mika Hakkinen, foi apanhado com álcool ao volante, o que fez com que apreendessem a sua carta de condução e visse as suas chances de Formula 1 serem bastante diminuídas, acabando por se "exilar" no Japão, acabando por se estrear na categoria máxima do automobilismo em 1994, ao seviço da Lotus.

A partir dali, acabaria por fazer 110 Grandes Prémios, até 2002, com passagens por Tyrrell, Arrows, Sauber, Ferrari - onde substituiria Michael Schumacher, lesionado na perna após o acidente de Silverstone - Sauber de novo e por fim, a Toyota. Ao todo, conseguiu dois pódios e 33 pontos, com o seu melhor resultado um segundo lugar no GP da Alemanha de 1999.

O que poderia ter sido Francois Cevért em 1974

Belo desenho, hein? Como sempre, o autor é o Bruno Mantovani.

Já escrevi várias vezes sobre Francois Cevért, naquelas duas vezes por ano que devemos lembrar sobre ele: quando do aniversário do seu nascimento e agora, no aniversário da sua morte. Se agora comemoramos um numero redondo, em fevereiro do ano que vêm haverá outro numero redondo: aquele que deveria ter sido os 70 anos do seu nascimento. Mas mesmo assim, existe sempre um bom motivo para escrever sobre ele, como verão nas linhas a seguir.

Soube neste sábado que houve um evento de tributo ao piloto francês nos arredores de Paris, com a presença da familia - Jackie Stewart, a sua irmã Jacqueline e o cunhado Jean-Pierre Beltoise estiveram presentes - e dos seus amigos mais próximos, que assistiram ao tributo feito ao piloto francês, desaparecido precocemente aos 29 anos.

Nas últimas semanas, andei a ler muita coisa sobre ele, e o que mais me espanta são duas coisas: a primeira é que a Tyrrell estava a preparar tudo para que Cevért atacasse o título de 1974. Ao ler a edição deste mês da Motorsport, vi que o modelo 006, que deu a Jackie Stewart o seu terceiro título mundial, tinha um grande defeito: a sua distância entre eixos, que era mais curta do que o Lotus 72, a referência. Aliás, o próprio Emerson Fittipaldi perguntou certa vez ao escocês: "Como é que consegues guiar esse carro?". Certamente que o escocês tinha os seus segredos, mas o carro era certamente mais complicado de controlar. Aliás, foi esse descontrole que levou ao final trágico do piloto francês.

O modelo 007 foi feito para que a Tyrrell corrigisse esse erro, e Stewart ajudou Derek Gardner nesse campo, mesmo sabendo que não o iria guiar. Basicamente queria ajudar o francês a ser o primeiro piloto a ganhar o campeonato do mundo. E pelo que vejo dos resultados que Jody Scheckter teve nesse ano, convenço-me que Cevért iria ser o grande adversário de Fittipaldi nessa temporada. Ou então seria um "duelo a cinco" com o brasileiro contra os Ferrari de Niki Lauda e Clay Regazzoni, com o sul-africano a trocar com o francês as vitórias, a não ser que Ken Tyrrell combinasse um estatuto entre Scheckter e Cevért, como fizera entre o francês e o escocês.

A realidade é que o sul-africano conquistou duas vitórias - Suécia e Grã-Bretanha - e lutou pelo campeonato até ao fim. Em Monza, a duas corridas do término do campeonato, estava um ponto atrás de Clay Regazzoni - que tinha 46 - com Emerson Fittipaldi apenas dois pontos atrás dele, com 43, com Niki Lauda no quarto lugar, com 38. E falávamos de um piloto que fazia a sua primeira temporada completa. O sul-africano ficou afastado do título mundial apenas porque não acabou as corridas americanas. Portanto... se ele fez isso, o que faria o francês, quatro anos mais experiente e que tinha feito uma excelente temporada de 1973?

É um grande ponto de interrogação sem resposta.

A segunda coisa que ficou na memória foi o relato do jornalista suiço Gerard "Jabby" Crombac, falecido em 2005, sobre os dias a seguir ao acidente mortal de Cevért em Watkins Glen. Adam Cooper recuperou o seu testemunho para a revista americana "Racer".
   
Era um amigo pessoal, e depois do seu acidente, tinha de ajudar. Levei Jean-Pierre Beltoise a um telefone, e nós telefonamos para a familia. Eu fiquei com algumas das tarefas mais ingratas dadas por Ken [ndr: Ken Tyrrell, o patrão da equipa com o seu nome]: fui com a Norah [a mulher de Tyrrell] para buscar as coisas de Francois. É uma das coisas mais tristes que tu podes fazer, que é tirar os pertences de alguém que está morto e arrumar a sua mala. E depois, tive de escolher um caixão. Essa é uma das minhas piores memórias da minha vida.

Depois tive de organizar as burocracias para trazer o corpo de volta, porque na América, há muito disso. Chamei Francois Gutier, da Elf, porque sabia que tinha estado nos serviços secretos. No dia seguinte, apareceu uma pessoa dos serviços secretos franceses e ele faz as devidas diligências em pouco tempo, portanto, trouxemos o corpo de volta."

Tenho aquela certeza que caso não tivesse sido morto, ele teria sido campeão do mundo no ano seguinte. Jackie [Jackie Stewart] tinha ensinado tudo a ele, e a razão pelo qual era bom era porque ele era mais jovem, mais ambicioso - porque não tinha ganho nada - e adquiriu toda a experiência a Jackie. Jody Scheckter usou o 006 nas primeiras corridas de 1974. Não era um bom carro, mas Jackie e Francois aprenderam a lidar com ele. Jody não marcou quaisquer pontos até que o 007 estivesse pronto, mas no final do ano, não ficou muito loge do título."

Acho que com Cevért vivo, o título de Emerson Fittipaldi teria sido mais suado.

Youtube Motorsport Cartoon: A História da McLaren, parte 5


Este domingo foi o dia do pessoal da McLaren mostrar, nos 50 anos de história que andam a contar, o episódio sobre Alain Prost, com a presença do próprio. Chamado de "O Professor", podemos ver a sua carreira na equipa, bem como as tentativas do "Professor M" de falar francês...

Escusado será de avisar que o próximo episódio será sobre Ayrton Senna.

Formula 1 em Cartoons - Coreia do Sul (Grand Prix Toons)

E se Bruno Mantovani já mostrou como foi a corrida da Coreia do Sul, já o Hector Garcia, dos Grand Prix Toons, mostrou que na corrida de Yeongam, há um pódio onde o vencedor já está em Suzuka, o segundo classificado não quer saber do que se passa e deveria haver um "numero Pi" no pódio para premiar a performance de Nico Hulkenberg. E claro, "Webber on fire"... 

Formula 1 em Cartoons - Coreia do Sul (Pilotoons)

O Bruno Mantovani fez o cartoon deste GP coreano, com a figura do dia a ser o alemão Nico Hulkenberg, um "Incrivel Hulk" bem convincente que consegue parar Lewis Hamilton, numa corrida onde Kimi Raikkonen está a ver a nova capa do seu telemóvel e claro, Sebastian Vettel descansa sobre um mais do que provável quarto titulo mundial.

domingo, 6 de outubro de 2013

Youtube IndyCar Crash: O acidente de Dário Franchitti em Houston (II)


Surgiu agora um novo video, mais pormenorizado, do acidente múltiplo entre Dário Franchitti, Ernesto J. Viso e Takuma Sato na segunda corrida de Houston, onde o piloto escocês da Chip Ganassi saltou pelas redes de proteção, acabando magoado como resultado. Como é sabido, o piloto de 41 anos têm alguma concussões, fratura no tornozelo direito e uma fissura na coluna vertebral, de pouca gravidade.

Desconhece-se ainda a sorte dos 15 espectadores atingidos pelos destroços, mas aparentemente continua a não haver casos graves. Haverá uma atualização assim que for possível. 

WRC 2013 - Rali de França (Final)


Sebastien Ogier já é campeão do mundo desde sexta-feira, quando conquistou o ponto que faltava na Power Stage, mas este domingo, festejou essa conquista com a vitória no rali da sua terra natal. Depois de nos dois primeiros dias se ter atrasado um pouco na luta pela liderança, ao ver o belga Thierry Neuville a destacar-se, o francês teve um último dia de prova praticamente perfeito, convertendo um atraso de 1,5 segundos numa diferença de 12.2 segundos a seu favor, face a Dani Sordo. E também viu um dos seus rivais, o seu compatriota Sebastien Löeb, a capotar à chuva, terminando mais cedo aquele que terá sido o seu último rali oficial no WRC.

Dani Sordo fez o seu melhor, ao terminar na segunda posição, enquanto que Jari-Matti Latvala terminou no lugar mais baixo do pódio, depois de ter passado pela liderança da prova no final do dia anterior. Aos poucos e poucos, parece que está cada vez mais adaptado ao VW Polo R WRC e espera ser um melhor rival para o piloto francês, agora o novo campeão do mundo.

Thierry Neuville foi quarto, demonstrando que é um piloto a ter em conta, apesar de neste rali, aquele furo o ter prejudicado grandemente, dando cabo das suas hipóteses de vitória. O belga foi o melhor ford, na frente do russo Evgueny Novikov e de um irreconhecível Mikko Hirvonen, sexto classificado num rali - e num final de época - para esquecer.

Andreas Mikkelsen foi o sétimo no terceiro Volkswagen, na frente de Mads Ostberg, do Citroen DS3 WRC2 de Robert Kubica - cada vez mais o candidato ao título nessa categoria - e do Ford Fiesta WRC do local Romain Dumas. Sim... esse Romain Dumas, que vai ser piloto da Porsche na sua equipa oficial da Endurance, ao lado de Mark Webber. Mais um belo exemplo de versatilidade!

Agora, o WRC só volta à acção no final do mês, com o Rali da Catalunha.

Youtube IndyCar Crash: o acidente de Dario Franchitti em Houston


A segunda corrida em Houston ficou marcada pelo acidente que envolveu os carros do escocês Dário Franchitti, o japonês Takuma Sato e o venezuelano Ernesto Viso, que aconteceu na última volta. O veterano escocês de 41 anos foi o que ficou em pior estado, num acidente que aconteceu numa curva rápida à direita, pois levou o choque de ambos os carros.

As primeiras informações, dadas pelo próprio Chip Ganassi, afirmam que Franchitti está magoado, mas passa bem. Há também noticias de que alguns destroços poderão ter voado para as bancadas, com espectadores - ou comissários - atingidos. 

Mais informações assim que for possivel.

Vi o video em primeiro lugar no Velocidade.

ATUALIZAÇÃO: A IndyCar acaba de anunciar que Franchitti teve uma contusão, uma fratura no tornozelo direito e na coluna vertebral, entre a sexta e oitava vértebras, do qual não necessita de operação. Em principio, a sua mobilidade não está afetada, apenas necessitará de repouso absoluto.

Youtube Monster Crash: Acidente com "Monster Truck" mata oito


Vi isto no Jalopnik: as coisas correram mal numa demonstração de "Monster Truck" na zona de Chihuahua, no México, quando uma das máquinas perdeu o controle e foi direto para uma multidão de pessoas, matando oito. Aparentemente o acidente foi causado por um acelerador quebrado, mas fala-se também que o condutor pode ter desmaiado após ter batido com a cabeça no teto, após um salto.

A agência de noticias AP fala que mais de 40 pessoas estarão no hospital a recuperar dos ferimentos, alguns deles em estado muito grave.

Está aqui o video, mas devo avisar: as imagens são chocantes.

Youtube Rally Crash: O capotamento de Sebastien Löeb

Provavelmente não deverá ter sido o final que Sebastien Löeb queria ter, mas aconteceu: na 15ª especial deste ral, o francês capotou na chuva com o seu Citroen DS3, ficando de pernas para o ar e sem possibilidade de continuar o rali "da casa", que tanto queria ganhar, provavelmente para fechar com "chave de ouro".

O mais interessante disto tudo é que Löeb, ao longo das treze temporadas que já leva no WRC, apenas capotou... quatro vezes. Isso deve ser um fim de semana para os padrões do Jari-Matti Latvala...

Enfim, vejam as imagens. 

Formula 1 2013 - Ronda 14, Coreia do Sul (Corrida)

Havia muita expectativa em relação à corrida da Coreia do Sul. Não tanto em relação aos carros ou ao campeonato em si, mas em relação ao tempo. Depois do aviso de tufão, havia a expectativa de que a corrida iria ser debaixo de chuva, pois o tufão não iria passar muito longe dali - embora mais longe do que o inicialmente previsto. Contudo, no dia da corrida... essas expectativas saíram goradas. O céu estava nublado, mas as chances de chuva eram mínimas, pois o tufão estava mais longe e tinha-se dissolvido mais depressa do que o esperado.

A desilusão era de facto grande, mas isso não impedia de esperar que as coisas saissem bem no circuito de Yeongam. O público apareceu em magotes neste domingo - vale o facto de haver uma ligação direta em comboio de alta velocidade - mas havia bancadas vazias naquele circuito construído no meio de nenhures, onde o motel é o meio de dormida de eleição. Sebastian Vettel estava na frente, ladeado por Lewis Hamilton e o Lotus de Romain Grosjean.

A partida começou com Vettel a ir embora em relação à concorrência, seguido por Rosberg e Grosjean. Atras, o pelotão juntava-se e na curva 3, houve toques, com Felipe Massa a ser o pior, sendo tocado por Fernando Alonso e despistado, caindo para o fundo do pelotão. Enquanto alguns caiam, outros subiam imenso, como Pastor Maldonado, que saltou de 18º para nono.

Nas voltas seguintes, as coisas andavam calmas, com Webber a subir alguns lugares enquanto que Button teve de trocar de nariz por causa dos toques na primeira volta. Mas com o passar das voltas, os pilotos começaram a parar nas boxes devido ao desgaste dos pneus. Grosjean pára na volta 11, ao mesmo tempo que Rosberg e Ricciardo. Na volta seguinte, foi a vez de Vettel, e na volta 13, foi de Webber.

Após as paragens, Hamilton tentou superar Grosjean, mas não conseguiu. E a seguir, a corrida chegou a um adormecimento, pelo menos nas posições da frente. Mas depois, as atenções centraram-se em Hulkenberg, que sofria com o asédio de Alonso, Kimi Raikkonen e Mark Webber. Ele aguentava todas as tentativas de ultrapassagem, mesmo que os pneus não dissessem o mesmo.

Depois vieram os problemas dos Mercedes. Primeiro, foi Hamilton a queixar-se dos pneus, e isso fazia com que Rosberg aproximasse ao ritmo de dois segundos por volta. E na volta 29 - uma depois de Paul di Resta ser a primeira desistência da corrida - Nico Rosberg apanha-o, no preciso momento em que a asa cai na pista! Claro, as faiscas fizeram lembrar o passado, mas o alemão tinha de parar, fazendo com que Hamilton tivesse de esperar até que resolvessem o problema.

Mas na volta 31, foi pior: o pneu de "Checo" Perez delamina-se e os destroços ficam no meio da pista, obrigando a entrada do Safety Car para poderem retirar esse pedaço. E isso foi o pretexto ideal para irem às boxes, como Vettel, Webber (que estava atrás de Perez e sofreu um furo) e Grosjean. A corrida foi neutralizada até à volta 37, mas foi sol de pouca dura. Apesar de Hulkenberg ter passado Nico Rosberg, Adrian Sutil despistou-se e bateu em Mark Webber. Imediatamente depois, o Red Bull do australiano pegou fogo. E a seguir, os bombeiros tiveram de entrar e o SC também esteve na pista.

A bandeira verde é agitada na volta 41, e a partir dali, Hamilton começou a pressionar Hulkenberg pelo quarto posto, mas apenas na volta 48 e que o passou... mas o alemão voltou ao lugar na curva seguinte. Hamilton não deixou de tentar, mas o Sauber do alemão conseguia resistir aos ataques. 

E conseguiu resistir até ao fim, enquanto que na frente, Sebastian Vettel vencia pela 34ª vez na sua carreira, na frente dos Lotus de Kimi Raikkonen - excelente corrida, vindo de décimo para segundo - e de Romain Grosjean. Hulkenberg foi o herói da corrida, conseguindo levar o carro ao quarto posto, a sua melhor classificação de sempre e a melhor da Sauber nesta temporada, na frente de Hamilton e Alonso, que recolhendo apenas oito pontos, fez com que a diferença subisse para 77. Assim sendo, Vettel arrisca-se a ser campeão... em Suzuka!

Mas agora, despedimo-nos de Yeongam. Apesar de não haver tufões, a corrida foi tão agitada como se esperava, graças aos Safety Cars e os bombeiros "à la anos 70". Espera-se que esta despedida seja definitiva, e que o promotor seja inflexível com Bernie Ecclestone, ou que Kim Jong-un mande um míssil para aquela zona, pois confirma-se a cada ano que a Formula 1 vai para um circuito situado numa zona de nenhures, onde nada é construido por ali e os motéis continuam a ser o meio de dormida de eleição.