sábado, 2 de novembro de 2013

Última Hora: Kimi excluído da qualificação de Abu Dhabi!

A FIA ouviu as explicações da Lotus sobre a falha no teste da rigidez do assoalho, mas decidiu que os seus argumentos não eram válidos e decidiu excluir Kimi Raikkonen da qualificação, tirando-lhe o tempo que lhe deu o quinto lugar na grelha de partida e o relegar para o último posto na corrida de amanhã.

Contudo, isso pode querer significar uma boa prestação, pois a unica vez que o piloto finlandês largou da 22ª posição na sua carreira foi em 2006, no Bahrein, ao serviço da Ferrari. Terminou a corrida na terceira posição. Pode ser uma inspiração, se ele não se armar esta noite em James Hunt...

Formula 1 em Cartoons: Vettel na História (Riko Cartoon)

O Frederico Ricciardi (Riko) fez mais um cartoon sobre o título de Sebastian Vettel e sobre o seu domínio na Formula 1, onde entre corridas, apanhou um Vettel pensativo, refletindo sobre o seu lugar na história...

Eis a tradução do Cartoon:

Vettel na Historia (do Automobilismo)

- ... ei Seb, despacha-te, temos que ir para Abu Dhabi!
- Espera um minuto que estou a terminar este capitulo e já vou.

Campeonissimo, mas para toda a gente?

- E eu devo deixar o meu carro para outro piloto para demonstrar realmente a toda a gente que sou mesmo forte? Quem julgam que sou, o Pai Natal?

Última Hora: Detetadas irregularidades no carro de Raikkonen

Pode haver alterações na grelha para amanhã. A FIA anunciou esta tarde que o Lotus de Kimi Raikkonen falhou num teste de deflexão no solo, o que faz com que o carro não esteja conforme os regulamentos. A FIA ja chamou os responsáveis da equipa para que expliquem esta irregularidade na ordem dos cinco milimetros que não é devida à quebra de algum elemento do carro.

"O chão da parte da frente do carro defletiu mais de cinco milímetros na vertical quando se fez um teste para ver até que ponto este verte do centro para o lado esquerdo [do automóvel]", afirmou a FIA em comunicado.

Segundo conta a Autosport britânica, esta não é a primeira vez que acontece um incidente destes. Na Hungria, o carro de Romain Grosjean teve uma irregularidade semelhante, que a Lotus explicou afirmando que tinha acontecido devido a um acidente, onde o assoalho ficou quebrado, após o piloto francês ter exagerado na subida a uma zebra. Por causa disso, a FIA não penalizou Grosjean.

Veremos as cenas dos próximos capitulos. Mas parece que Raikkonen anda a ter um mau fim de semana... 

Formula 1 2013 - Ronda 17, Abu Dhabi (Qualificação)

Uma semana depois de Sebastian Vettel e a Red Bull ficar com ambos os tetracampeonatos nos seus bolsos, máquinas e pilotos rumavam para Abu Dhabi para cumprir calendário. Faltam agora três corridas para o final da temporada, e tal como em 2011, o ambiente já deveria estar bem mais descontraído, agora que tudo estava resolvido, e começando a pensar no que vinha para 2014. Descontraído para uns... e não tão descontraído para outros, especialmente na Lotus, onde Kimi Raikkonen lentamente colocava a boca no trombone, reclamando de salários por pagar e ameaçando com um abandono precoce da equipa onde está a correr, caso não regularizassem os salários o mais depressa possível. Desde o incidente da semana passada que muitos achavam que a relação estava estragada, mas os eventos de quinta-feira, mais as confissões do dia seguinte faziam pensar que a relação já estava desfeita e que esta poderia ser a última corrida do finlandês.

Era com este ambiente que máquinas e pilotos partiam para a qualificação de Abu Dhabi. Querendo ser uma corrida única, desde 2010 que os árabes decidiram que esta seria uma corrida ao "lusco-fusco", seguindo o horário europeu, com o sucesso que é medido pelo dinheiro investido pelo governo local, tentando rivalizar com a sua irmã Dubai. Mas na pista propriamente dita, a Q1 não teve grandes problemas, com todos os pilotos da frente a fazerem os seus tempos, enquanto que na cauda do pelotão, com Jules Bianchi a cumprir uma penalização de cinco lugares, os do costume ficavam nos seus lugares, desta vez com a Caterham a levar a melhor sobre a Marussia, enquanto que o Force India de Adrian Sutil e o Sauber de Esteban Gutierrez a serem os azarados da vez.    

A Q2 teve mais interesse na sua parte final. Enquanto que Nico Rosberg e Sebastian Vettel se davam ao luxo de dispensarem uma volta final para confirmar a sua passagem para a Q3, o resto tentava a sua sorte. E no final havia duas enormes surpresas: Button era apenas 13º e estava de fora, mas dois lugares mais acima estava... Fernando Alonso! Já está a ser normal ver o piloto espanhol atrás do brasileiro na qualificação, mas pela primeira vez nesta temporada, o piloto da Ferrari estava de fora da Q3. É verdade que a sua volta não foi famosa, mas quando se vê que o brasileiro conseguiu apenas o décimo melhor tempo a bordo do outro carro da Scuderia, pode-se ver que as coisas em Maranello andam muito mal. Presumo que eles já pensam em 2014...

Passado para a Q3, as coisas começaram com os Mercedes a tentarem dar um ar da sua graça, antes de Sebastian Vettel marcar o seu tempo e ficar à frente deles. Parecia que o filme das outras qualificações iria repetir-se, mas nos minutos finais, Mark Webber decidiu puxar dos galões e fazer um tempo-canhão, que o colocasse na "pole-position". E assim foi, com um tempo abaixo do um minuto e 40 segundos, fazendo a sua segunda pole-position na temporada e batendo Vettel pela primeira vez desde o GP do Japão, e igualando o seu compatriota Jack Brabham no número de "poles", deixando Vettel no segundo posto.

O engraçado é que Webber faz a sua volta canhão no preciso momento em que Lewis Hamilton perde o controlo numa das curvas do circuito de Abu Dhabi, mas não é o suficiente para incomodar os pilotos que iam nas suas voltas mais rápidas. E assim, a Red Bull ficou com o monopólio da primeira fila - nada de anormal - mas agora, com as ordens trocadas. Logo a seguir estavam os Mercedes - pois mesmo com a saida de Hamilton, este manteve o quarto posto - e Kimi Raikkonen era o quinto na grelha, na frente do Sauber de Nico Hulkenberg. Romain Grosjean era o sétimo, na frente de Felipe Massa. O "top ten" era encerrado com o McLaren de Sergio Perez e o Toro Rosso de Daniel Ricciardo.

Claro que domingo de corrida é diferente, pois vai depender de quem arrancar melhor, mas parece que mesmo com o tetra nos bolsos, nem Vettel, nem a Red Bull não querem deixar de ser competitivos em Abu Dhabi. 

Youtube Formula 1 Interview: Kimi Raikkonen a ser franco

... ou então a ser persuadido de correr pela Lotus em Abu Dhabi. Enfim, eis a entrevista que Kimi Raikkonen fez hoje, explicando a sua atual situação no seio da equipa de Enstone. Cenas dos próximos capítulos nos próximos dias...

Esta vi no Loosewheelnut.co.uk

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

A ameaça de Kimi Raikkonen

Com Sebastian Vettel a receber o troféu de campeão, as atenções vão para outras equipas... ou para as polémicas do momento. Aparentemente, o caso de Kimi Raikkonen na Índia fez despertar o mal-estar que já havia na equipa desde há algum tempo. E desde então que o finlandês decidiu colocar a boca no trombone, com atrasos e ameaças, já que a relação está inquinada. e bem inquinada...

Esta tarde, em Abu Dhabi, 24 horas depois de os jornalistas terem perguntado pelo seu paradeiro, Raikkonen apareceu e fez o seu trabalho, mas no final, fez uma revelação importante: a Lotus não lhe tinha pago qualquer tostão nesta temporada. E ameaçava que, caso não recebesse o que devia nas próxmas semanas, ele não aparecia nem em Austin, nem em Interlagos, terminando mais cedo o seu vínculo com a equipa de Enstone.

"Vim a Abu Dhabi só porque espero que cheguemos a acordo em certos problemas que temos tido. Tenho esperanças que fiquem resolvidos e possamos finalizar bem a temporada", começou por dizer o finlandês em declarações à Autosport britânica."Gosto de correr e de pilotar, mas grande parte disto é negócio", continuou. Quanto à discussão no rádio na Índia, Raikkonen assegurou que "não é de todo o problema. É tudo o resto, e as coisas acabaram por se juntar. Como disse, é fácil dizer que essa é a razão, mas não é o que se passa", concluiu.

Isso, apesar das declarações de Gerard Lopez, um dos sócios da Genii Capital, que minimiza os estragos. Numa entrevista concedida ao site da marca, afirmou: “Claro, recentemente muito foi dito sobre os comentários entre Alan Permane e Kimi durante um momento tenso na corrida, mas isso foi apenas uma discussão que durou alguns segundos em dois anos de relacionamento”, começou por afirmar.

Certamente não foram as melhores palavras, mas você tem de dar um passo atrás e aceitar que todos são apaixonados por corrida e, às vezes, essas coisas acontecem. Um dos lados maus de estar no centro das atenções é que as pessoas sempre tentam fazer com que pareça que aconteceu uma briga enorme”, concluiu.

Aparentemente, temos novela nos próximos dias. E claro, iremos ver até que ponto as coisas na Lotus se aguentarão.   

O regresso de um nome

Aguri Suzuki não deixou de estar ativo depois de retirar a sua equipa da Formula 1 em 2008. Especialmente no Japão, nos Super GT, a Super Aguri esteve ativa no automobilismo e a partir de 2014, voltará à ribalta. Por onde? Ora, na nova Formula E, a competição elétrica que iniciará as suas atividades em setembro do ano que vêm.

Suzuki volta à ativa com o projetista Peter McCool, a mesma dupla que esteve presente no projeto da Formula 1, e foi ele que disse à Autosport britânica que o seu interesse pelo projeto aconteceu desde que esta foi divulgada ao mundo: “Quando o projeto da Formula E foi anunciado, nós instantaneamente fomos atraídos a ele e começamos a formular alguns planos. Nós nos encontramos com Alejandro Agag e sua equipe neste ano e o informamos dos nossos planos e objetivos, apresentando nossa visão da Formula E, que representa o Japão e Ásia”, começou por declarar o dirigente. 

McCool disse, ainda, que a presença de Aguri Suzuki foi a peça que faltava para os planos da escuderia na próxima temporada. “Quando Aguri entrou no projeto durante o verão, a maior peça do quebra-cabeça foi colocada no lugar, e agora nós estamos ansiosos para a temporada inicial da Formula E”, encerrou.

A chegada da Super Aguri representa a sexta equipa a confirmar a sua participação na Formula E, depois de há alguns dias a francesa DAMS ter confirmado a sua participação, apadrinhada por Alain Prost. Das outras quatro, duas são americanas (Dragon Racing e Andretti Autosport) a britânica Drayson Racing e a China Racing. 

Youtube Motorsport Show: os piões de Coulthard em Abu Dhabi

Depois de Sebastian Vettel ter feito uma dúzia de piões no circuito indiano de Buddh, para comemorar o seu quarto título mundial, a Red Bull decidiu continuar com a brincadeira, desta vez usando David Coulthard, um Red Bull de 2011 e o edificio Burj Al Arab, em Abu Dhabi. Mais concretamente... o heliporto do hotel de sete estrelas.

Eis o resultado final.

quinta-feira, 31 de outubro de 2013

5ª Coluna: No tetracampeonato de Sebastian Vettel

Como já sabem, e como era mais do que esperado, Sebastian Vettel tornou-se no passado domingo, em paragens indianas, tetracampeão do mundo de Formula 1 consecutivo. Aos 26 anos e 191 dias, o piloto de Heppenheim está a escrever, corrida atrás de corrida, uma era de domínio na categoria máxima do automobilismo, apenas uma década depois de outro alemão, Michael Schumacher, ter feito o mesmo ao serviço da Ferrari.

A cada ano que passa, Vettel derruba recordes atrás de recordes de precocidade, e ainda ninguém sabe onde ele vai parar. Com um tal dominio ao volante dos carros da Red Bull, já se começa a imaginar que muito provavelmente o alemão está a caminho - ou será o melhor candidato - a alcançar os feitos de Michael Schumacher. Está a meras três temporadas de o alcançar, é verdade, e se o fazer de forma consecutiva, poderá o fazer antes dos 30 anos de idade, o que faria dele, em termos estatísticos, num dos mais prolífico pilotos do automobilismo mundial.

Mas se ele factualmente e estatisticamente é um dos melhores, não alcança o coração de muitos. Os críticos falam que Sebastian Vettel é um "robot", que não têm carisma, que é o que é por causa dos carros preparados por Adrian Newey, e que os quatro títulos ganhos por ele não valem nada comprados com os dois do Fernando Alonso ou os três Ayrton Senna. E é por isso que muitos o assobiam no pódio, principalmente nas corridas europeias. Mas vamos ser sinceros: todas estas criticas acontecem porque essas pessoas não gostam de estar do lado errado da História. Ninguém gosta de ser segundo classificado, isso é certo, e esses gostariam de ver os seus pilotos no lugar mais alto do pódio pela mesma razão de que as pessoas querem ver o seu clube de futebol a ganhar: para poder gozar na cara dos amigos que apoiam os seus adversários no trabalho - ou no café - na segunda-feira de manhã.

Entende-se todas essas razões pessoais e mesquinhas. Mas essa razão só demonstra que, mais do que mau perder, sofrem de uma cegueira da pior espécie. Principalmente depois de se ver a comemoração de Sebastian Vettel no circuito indiano de Buddh. todos sentiram que o piloto alemão libertou um monstro adormecido. Os "donuts" que fez na pista e o "pular para a cerca", à boa maneira de Hélio Castro Neves na IndyCar, para atirar as luvas ao público presente no circuito de Buddh, voltaram a demonstrar que há um Vettel carismático, que foi visto em 2010, quer em Abu Dhabi, quando comemorou o seu primeiro título mundial, quer dias mais tarde, quando foi à famosa cerimónia da Autosport britânica, onde mandou piadas para toda a gente, num feito memorável. Ou então quando foi ao Top Gear, onde chegou a imitar Nigel Mansell, inspirado pelas histórias contadas por... Newey.

E o mais engraçado é que essa "desobediência" indiana foi punida com 25 mil euros de multa (patacos para a Red Bull) por uma Formula 1, que quer afastar os festejos dos pilotos ao público em nome da "segurança" - o mais indicado é "politicamente correto". Mas valeu a pena essa multa, porque vi algo que está escondido.

Eu francamente, mando os ceguetas para aquela parte e prefiro ler o que os jornalistas falam sobre ele. Aqueles que estão no circo e o acompanham olham para o que é verdadeiramente Sebastian Vettel: um piloto competente, muito forte na pista e extraordinariamente trabalhador. Não têm tiques de vedeta e protege ostensivamente a sua vida privada. Para ele, o que interessa é o trabalho e ele quer gozar o momento. Nâo interessa muito se têm fãs e não lhe interessa ter uma conta no Twitter, porque acha que é para exibir os egos dos seus colegas, como Fernando Alonso, ou para ouvir os "mimimis" de Lewis Hamilton quando se separou da sua mediática namorada, a cantora Nicole Scherziger. Vettel é feliz dessa maneira e não liga nenhuma ao que os outros dizem.

Mas o que acho piada em todas essas acusações mesquinhas é que Vettel têm uma postura semelhante a de Kimi Raikkonen. E o finlandês é tratado como um semideus, ou se preferirem, como um "anti-herói", mas têm tiques semelhantes ao alemão. Mas já entendi há muito tempo que a mente humana têm coisas que poucos conseguem discernir...

Para concluir, quero dizer que este quarto título aparece num momento decisivo da história da Formula 1. como sabem, a partir de 2014, aparecerão novos regulamentos, com novos motores e novos chassis. É bastante importante que o conjunto chassis/motor esteja equilibrado, pois é assim que se alcançam títulos. Como todas as equipas terão os mesmos pneus Pirelli, aqueles que se adaptarem melhor serão as vencedoras. E pergunto-me: será que a Red Bull irá acertar, quando temos Mercedes, Ferrari e McLaren a quererem batê-los? Essa mudança de regulamentos vai ser, provavelmente, o maior teste de todos. Se os energéticos conseguirem esse feito na próxima temporada, então tirarei mais uma vez o chapéu.

Onde esta Kimi Raikkonen?

Ao longo desta temporada, a Lotus gostava muito de fazer perguntas na sua conta do Twitter sobre #Whereiskimi (Onde está Kimi), no sentido de ganhar empatia entre a equipa e os adeptos. Mas agora, e a pouco menos de 24 horas do começo dos treinos livres em Abu Dhabi, a pergunta... não tem graça nenhuma. É que correu forte o rumor de que o piloto finlandês tinha rompido com a equipa comandada por Eric Boullier e que não iria correr mais nesta temporada.

As coisas têm a ver - de forma imediata - com os eventos do passado domingo na Índia, mas em termos mais distantes a grande razão é referente aos pagamentos que a Lotus e a Genii Capital têm em atraso para com o piloto finlandês, que como sabem, em 2014 vai correr para a Ferrari. Mas parecia que Kimi Raikkonen e Lotus tinham passado uma esponja em cima do assunto... até esta tarde, quando a Lotus decidiu cancelar todas as entrevistas que havia com o finlandês, quando este não foi visto a passear pelo circuito. E aos observadores de pelotão, soou o alarme.

Jonathan Noble, da Autosport britânica, afirmou que a relação está tão deteriorada que o finlandês pensou brevemente em não participar na corrida. Logo depois da corrida de Nova Delhi, ele foi para Genebra, em vez de ir para Abu Dhabi, onde de lá conversou com Boullier e Alan Permaine, que o lembraram das suas obrigações contratuais - apesar do atraso nos pagamentos - o que fez pensar um pouco. E esta quinta-feira, bem em cima da hora para o treino livre de amanhã, decidiu que iria participar na corrida, estando já num avião a caminho do local.

Uma coisa é certa: a relação entre ambas as partes viveu melhores dias, e nada garante que o fim vá ser pacífico. Veremos nas próximas horas.

Rumor do Dia: Maldonado é piloto da Lotus em 2014

Afinal de contas, não é Nico Hulkenberg que ficará no lugar de Kimi Raikkonen na Lotus, em 2014. Eric Boullier bem queria o piloto alemão na equipa de Enstone, mas aparentemente poderá não ter resistido à tentação dos petrodólares venezuelanos. Segundo o jornalista Américo Teixeira Jr, do Diário Motorsport, o acordo já está assinado, mas o anuncio só vai ser feito mais tarde.

Desconhece-se se o acordo implica a transferência da verba da PDVSA da Williams para a Lotus, ou se Maldonado chega lá sem o os petrodólares venezuelanos, já que poderão existir conflitos com a petrolifera Total, que está nos flancos dos carros da Lotus, e que apoia Romain Grosjean. A ser verdade, cada vez mais se confirma a ideia de que o seu lugar poderá ser preenchido por Felipe Massa.

Entretanto, em Abu Dhabi, onde este e outros rumores correm livremente, Maldonado afirmou à imprensa que o a decisão de por onde correr em 2014 "está apenas nas minhas mãos".

"Eu realmente espero ter uma decisão antes do final da temporada e ainda temos algumas semanas até lá, então vamos ver o que acontece. Eu não posso garantir que vou deixar a equipa ou ficar. Essa é a minha terceira temporada e estou um momento muito importante da minha carreira", afirmou, em declarações captadas pelo site Grande Prêmio. 

"Tenho algumas opções. Eu conversei com algumas pessoas e vamos escolher o melhor caminho em breve. A decisão de onde vou correr será 100% minha. É uma grande responsabilidade, por isso estou tomando cuidado e não quero cometer nenhum erro", concluiu o piloto.

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Formula 1 em Cartoons - Red Bull 2013 (Riko Cartoon)

O Frederico Ricciardi (Riko) resolveu colocar no site F1 Passion.it as duas faces da Red Bull em 2013: a face de Sebastian Vettel e a face de Mark Webber. Sempre contrastantes...

Marko vai reter Félix da Costa para 2014. Com que objetivo?

Apesar das manifestações de desagrado sobre António Félix da Costa, quando este foi preterido pelo russo Daniil Kvyat no lugar deixado vago por Daniel Ricciardo na Toro Rosso, Helmut Marko afirma têm planos para ele para a temporada de 2014. Em declarações à Autosport britânica, o homem por trás da Red Bull Junior Team afirma que não o vai dispensar no final desta temporada.

Ainda não terminou, está em aberto. Estamos trabalhando em uma programação para ele [em 2014]. Explicamos a situação [da escolha por Kvyat] para ele, que obviamente, não ficou feliz. Mas ele sabe que o desempenho foi fundamental em nossa escolha. No momento da decisão, Kvyat era, em nossa opinião, a opção correta”, afirmou.

Estamos vendo onde podemos incluí-lo, tentando não atrapalhar o calendário dele na próxima temporada. Mas o queremos conosco, trabalhando no simulador, realizando testes e nos representando em exibições”, concluiu. Já agora, o piloto português será o terceiro piloto da marca no fim de semana de Abu Dhabi.

O mais estranho no meio disto tudo é que Marko conta com ele para continuar a competir pelas cores da Red Bull, apesar de ser preterido por um russo de 19 anos e de ter chamado de "velho". Normalmente, nove em dez pilotos são despedidos sem apelo nem agravo, com muitos poucas excepções. Sei que Sebastien Buemi é uma dessas excepções, mas ele alterna os trabalhos de terceiro piloto com o seu contrato na Toyota, no Mundial de Endurance.

Enfim, apesar de tudo, Félix da Costa agradece a oportunidade: “Meu futuro está em boas mãos. Estou decepcionado por não ter sido escolhido [na Toro Rosso], mas tenho que agradecer a Helmut e à Red Bull. Eles me ajudaram a ganhar destaque [no mundo do automobilismo], e se você me perguntasse há dois anos se eu estaria tão próximo de estar na Formula 1, eu não acreditaria”, afirmou.

Na noticia do Autosport, o editor Glenn Freeman dá uma pista do que deverá ser o futuro do piloto português: a alemã DTM. Descartada a hipótese da GP2, e uma terceira temporada - segunda completa - na World Series by Renault como a não ser uma prioridade, apesar de ter trabalhado bem com a Carlin nos recentes testes em Barcelona, o campeonato alemão de Turismos é uma forte hipótese, especialmente quando esta está a passar por uma forte expansão internacional, para os Estados Unidos e o Japão.

Contudo, a minha forte suspeita é que Helmut Marko quer um "ás na manga", no sentido de pressionar todos os pilotos que estão na Formula 1: Daniel Ricciardo e Jean-Eric Vergne. E de uma certa forma, o russo Daniil Kvyat, apesar da almofada de 15 milhões que o deverá proteger na Toro Rosso. É costume Helmut Marko "descartar" pilotos a meio da temporada, se estes não deslumbrarem na Formula 1. E por exemplo, no caso de Vergne, este já têm duas temporadas completas e o máximo que conseguiu foi um sexto lugar.

Youtube Racing Crash: As 47 cambalhotas de um Yugo



Esta vi no Jalopnik, e aconteceu neste domingo, na cidade de Kragujevac, na Sérvia. Nesta corrida de Yugos (curiosamente, esta era a cidade onde eles eram fabricados) podemos ver o impressionante acidente de um deles, onde deu... 47 cambalhotas antes de chocar com outro automóvel que estava parado na pista.

Felizmente, apesar do susto, o piloto ficou bem. Mas o acidente é impressionante.

terça-feira, 29 de outubro de 2013

Noticias: Procuradoria suiça vai investigar Ecclestone

Nesta terça-feira, no dia em que começou em Londres o julgamento sobre a desvalorização das ações da Formula 1, relativos ao "caso Gribowsky", Bernie Ecclestone soube que depois da Grã-Bretanha e da Alemanha, a justiça suiça decidiu investigar as alegações de corrupção no mesmo "caso Gribowsky". Um porta-voz da promotoria de Genebra confirmou hoje que as autoridades locais estão a examinar um pagamento de 44 milhões de dólares feito pela Bambino Trust, um fundo familiar de Ecclestone, ao banqueiro germânico Gerhard Gribkowsky.

"Uma investigação criminal foi iniciada”, explicou Henri Della Casa, porta-voz da procuradoria de Genebra. “Nós temos de estabelecer a veracidade dos fatos e se isso constitui uma violação criminal”, concluiu.

Entretanto, no High Court de Londres, e sem a presença de Ecclestone - só aparecerá na semana que vêm - os advogados de acusação e de defesa começaram as alegações iniciais sobre o caso. Do lado da acusação, o representante de Constantin Medein, Philip Marshall, afirmou em declarações captadas pela BBC, que "um banqueiro tinha assistido o senhor Ecclestone para facilitar a venda da Formula 1 Group a um comprador escolhido por Ecclestone". O advogado afirmou que "pagamentos corruptos" na ordem das 27 milhões de libras tinham sido feitos a Gerhard Gribowsky, um "oficial de alto escalão, a mando do senhor Ecclestone".

O advogado afirmou que o negócio permitiu a Bernie Ecclestone "manter a sua posição", dado que haveria "um risco real da remoção do senhor Ecclestone da sua posição na Formula 1 Group".

Do lado da defesa, os argumentos foram apresentados de forma escrita, onde o seu representante, Robert Miles, escreveu que as alegações carecem de crédito: "São alegações artificiais e manufaturadas", acrescentando que "estas alegações fracassam em cada um dos seus elementos. Não houve conspiração, nem qualquer intenção de prejudicar Constantin, pois este não sofreu qualquer prejuízo financeiro".

O representante de Ecclestone afirmou que Gribowsky iria ser pago pelos seus "serviços de consultadoria" e que Ecclestone "sofreu ameaças" de ordem fiscal: "Ficou acordado que Dr. Gribowsky iria ser pago pelos seus serviços de consultadoria, e que o senhor Ecclestone decidiu pagar uma determinada quantia devido às insinuações e ameaças de ordem fiscal feitas pelo Dr. Gribowsky". 

Justificando o injustificável

Desde que a Red Bull anunciou a surpreendente decisão de colocar o russo Daniil Kvyat na Toro Rosso, no lugar deixado vago por Daniel Ricciardo, que Helmut Marko anda a desdobrar-se em entrevistas a tentar justificar a escolha do russo em detrimento do português António Félix da Costa, que todos julgavam ser o candidato natural ao lugar. E agora a última justificação é que o piloto russo de 19 anos têm o estofo de Felipe Massa e Kimi Raikkonen, que entraram cedo na Formula 1 e a demonstrar todo o seu talento. 

Se você olhar para Räikkönen ou Massa, em como eles se adaptaram rapidamente à Formula 1 mesmo com pouca experiência em categorias menores, nós acreditamos que Kvyat pode fazer isso também”, começou por dizer. “Nós vimos como Daniil melhorou na Formula 3 e na GP3 neste ano, e o progresso dele tem sido fantástico de diversas maneiras”, afirmou, em declarações captadas pelo site brasileiro Grande Prêmio.

Nós também temos a impressão que ele está mais maduro, de menino para um rapaz. Félix [da Costa] teve seus altos e baixos. Algumas vezes ele foi rápido, mas não de uma forma constante. Além disso, Kvyat tem apenas 19 anos e Félix da Costa, 22, o que tornou a decisão mais fácil”, encerrou.

Portanto, Helmut Marko afirma que a sua rapidez inata foi o que o fez tomar uma decisão dessas. Não contesto a sua rapidez, mas ele está neste momento a disputar a liderança da GP3 com o argentino Facundo Regalia e ele até têm menos vitórias que Félix da Costa em 2012 - o russo têm duas, enquanto que o português conseguiu com três. O espantoso de toda a gente foi que só esperavam Kvyat em 2015, depois de ele passar pela World Series by Renault e fazer uma boa temporada, se conseguisse. E não há garantias de que em Abu Dhabi, apesar dos sete pontos que separam Kvyat de Regalia, ele tenha o "estofo suficiente" para superar o argentino na jornada dupla que falta disputar.

Também acho piada Marko usar a carta da "idade". Para ele, um piloto de 22 anos já é "velho para a Formula 1", o que me espanta um pouco, mas não tanto. Afinal de contas, lançou para os leões um jovem chamado Jaime Alguersuari, que tinha 19 anos quando chegou à categoria máxima do automobilismo. E não teve pejo nenhum de o dispensar dois anos mais tarde, transformando-o no mais jovem ex-piloto da história da Formula 1. E acho piada esta pressa toda. Se era isso, porque é que não colocou Félix da Costa num Toro Rosso nalgum treino livre no final do ano passado, inicio deste ano, ou então, que o colocasse como piloto titular a meio de 2013, em substituição de Jean-Eric Vergne ou Daniel Ricciardo? Para mim, não é mais do que uma desculpa esfarrapada. Só mesmo na cabeça de Helmut Marko que está a ver o Kvyat a fazer a pole-position em Melbourne numa Toro Rosso...

Não sei se o russo se vai estatelar "forte e feio", e eu não desejo isso, claro. Só tenho sérias dúvidas sobre a "divindade" do piloto, que Marko apregoa aos quatro cantos da Terra. Mas acho que toda a gente sabe como o programa da Red Bull consegue ser implacável com os seus pilotos. E ele não terá mais aquilo que Felipe Massa, Kimi Raikkonen e até Jenson Button tiveram na década passada: experiência em testes. É certo que ele vai ter a oportunidade de andar no carro da Toro Rosso em Austin e Interlagos, e terá também a oportunidade de correr nos testes de pré-época. Mas não vejo Kvyat a fazer cinco mil quilómetros como tiveram Button, Massa ou Raikkonen na década passada. Os tempos dos testes ilimitados acabaram, e esta gente nova têm muito menos experiência a guiar carros de Formula 1, num tempo em que se exige que aprendam da pior forma. E Kvyat vai ter menos treinos livres que Ricciardo em 2011, por exemplo, e não terá uma vaga na HRT como teve o australiano.

Quero ver para crer que esse Kvyat é algum iluminado, como diz o Marko. Até prova em contrário, só foi para a Toro Rosso devido ao tamanho da sua carteira. Ponto.

Noticias: Ross Brawn sai da Mercedes no final da temporada

Os rumores sobre a continuidade de Ross Brawn já corriam há algum tempo, especialmente desde a chegada de Paddy Lowe, vindo da McLaren, mas parece que Eddie Jordan "bateu o martelo": Brawn sai da Mercedes no final de 2013. Ele não chegou a acordo para manter-se por lá a partir de 2014, e numa equipa que já têm Lowe, Christian "Toto" Wolff e Niki Lauda em lugares de topo, a melhor maneira é rumar a outras paragens.

Aos 58 anos de idade, Brawn sai da estrutura onde estava desde 2008, quando ainda era a Honda, e desenhou o carro que iria ser da marca, mas no final do ano, esta abandonou a Formula 1 sem aviso prévio, dando a Brawn a oportunidade de ter - relutantemente - a sua própria equipa, dando a Jenson Button o campeonato do mundo e a Rubens Barrichello o regresso às vitórias.

O futuro de Brawn é diverso: a Honda já disse que gostaria de voltar a ter os seus serviços para a McLaren, enquanto que a Williams acena com os 15 por cento pertencentes a Toto Wolff para ficar na equipa como diretor técnico.

A carreira de Brawn é recheada de sucessos: começando em 1976 na March, passou dois anos depois pela recém-criada Williams, indo depois em 1985 para a Haas-Lola (onde teve como colega de equipa... Adrian Newey) e Arrows, antes de experimentar a Endurance, desenhando os Jaguar de Sport-Protótipos. Em 1991 volta à Formula 1 ao serviço da Benetton, onde ajudou Michael Schumacher a vencer os seus dois primeiros títulos mundiais. Em 1996, passou para a Ferrari, onde em conjunto com Jean Todt e Rory Bryne, deram ao piloto alemão cinco títulos mundiais, entre 2000 e 2004. Saiu da Scuderia em 2006, para fazer um ano sabático, antes de regressar à competição, ao serviço da Honda. 

Outra vitima do Sr. Marko

Quem não andava atento à estrutura da Red Bull Junior Team, poderá não saber que eles tinham uma mulher a correr nos escalões de formação: a holandesa Beitske Visser. Com 18 anos de idade - nasceu a 10 de março de 1995 - Visser corria na Formula ADAC Masters alemã, onde nesta temporada venceu uma corrida e acabou na oitava posição do campeonato. Contudo, Visser estava ali pelo segundo ano e no anterior, tinha alcançado duas vitórias, embora tenha acabado também na oitava posição do campeonato. E como "estagnou", nas "sábias" palavras de Helmut Marko, acabou por ser dispensada.

Ela fez o anuncio na sua página oficial do Facebook: "É com tristeza que anuncio que não faço mais parte da Red Bull Junior Team. Foi uma temporada complicada onde os resultados não correram como o esperado. Agradeço à Red Bull e ao Dr. Marko pelo apoio que me deram. Trabalharei no duro para voltar mais forte. E não tenciono desistir."

Mais do que ter uma má temporada - ninguém escapa a isso - é um pouco a face cruel deste programa. É por isso que alguns pilotos já começam a fugir da Red Bull e de Helmut Marko: a exigência e a pressão é feroz e destroi os pilotos. Pode-se compreender isso em pilotos medianos, mas estamos a falar de pilotos com potencial para serem vencedores. Pelos vistos, a Red Bull não procura isso: procura extraterrestres. Já têm um na figura de Sebastian Vettel, agora andam desesperadamente à procura de outro.

E enquanto houver pilotos que estejam dispostos a fazer um "pacto com o Diabo", as coisas continuarão assim. E espero que a Beitske Visser continue com a carreira, porque acho que é provavelmente a mulher com maior potencial para fazer uma carreira nos monolugares. 

Youtube Motorsport Record: Um Ford GT a quase... 450 km/hora!

Esta vi no Jalopnik. Não sabia, mas aparentemente, duas vezes por ano, numa localidade chamada Beeville, no Texas, existe uma coisa chamada "Texas Mile" onde se celebra a velocidade dos automóveis. E como sabem, o pessoal da Hennessey está a ganhar a reputação de fazer carros que de tão "alimentados" estão a bater recordes de velocidade de carros de produção.

E no domingo, enquanto que o mundo celebrava o tetracampeonato de Sebastian Vettel, um Ford GT40 preparado pela Hennessey, com... dois mil cavalos (!) conseguia a espantosa velocidade de 278 milhas por hora. Convertido para quilómetros por hora, dá a espantosa velocidade de... estão sendados? 447,72 quilómetros por hora.

Não sei porquê, mas isto tudo faz-me lembrar aquela famosa cena do "Ludicrous Speed" do "Spaceballs", a comédia do Mel Brooks a gozar com o "Star Wars".

Quanto ao carro em si, aparentemente é um projeto feito pelos empregados nas horas livres. Veremos se isto vai em alguma coisa...

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Noticias: Bernie Ecclestone vai amanhã a julgamento

No dia em que Bernie Ecclestone comemora o seu 83º aniversário natalício, o homem que comanda a Formula 1 não tem muitos motivos para festejar: desde há algum tempo que está a ser assombrado pelo "caso Gribowsky", onde o dirigente subornou o alemão Gerhard Gribowsky, funcionário do banco BayernLB em 2005 em cerca de 50 milhões de euros, para conseguir para si mesmo os direitos televisivos da Formula 1, que tinham pertencido ao Grupo Kirch, após a falência deste, em 2003. Como se sabe, Gribowsky foi julgado em 2012 e condenado a oito anos de prisão por suborno e fuga aos impostos. 

Contudo, o julgamento que começa amanhã em Londres é um "spinoff" do caso Gribowsky. O processo foi levantado por Constantin Medien, que pede uma indemnização de 171 milhões de dólares pelo facto de a sua proposta para comprar os direitos da Formula 1 ter sido artificialmente sobrevalorizada por Ecclestone e Gribowsky. O negócio foi concluido em 2005 por um valor aproximado de 5,9 mil milhões de dólares, e Medien deveria ter sido pago, caso este tivesse um excesso de mil milhões, só que não aconteceu. Após uma avaliação, descobriu que o valor real da venda deveria ter sido de 2,8 mil milhões de dólares, resolveu processar Ecclestone e Gribowsky por fraude.

Apesar do dirigente ter afirmado que está tranquilo com o julgamento, disse que o ideal era não ter que enfrentá-lo enquanto comanda a categoria. “Isso não é o ideal. Seria melhor se não estivesse acontecendo, mas não podemos mudar o sistema de justiça”, declarou à agência de notícias ‘Bloomberg.’

Já o advogado de defesa Alexander Engelhardt acrescentou, explicando que a decisão dos tribunais ingleses é importante porque pode influenciar naquilo que a justiça alemã irá julgar a partir do ano que vem. “Ecclestone está empenhado em uma guerra em diversas frentes, encarando o problema com diversas linhas de defesa. O que o ajudar na Grã-Bretanha poderá feri-lo na Alemanha e o que for produzido em ambos os julgamentos deve reaparecer em outra ação civil ou criminal no futuro”, começou por afirmar. 

O caso Constantin [Medein] não é apenas sobre muito dinheiro. O julgamento na Grã-Bretanha é perigoso porque pode produzir evidências incriminatórias, que podem ser usadas pelos promotores de Munique”, concluiu.

Até agora, Medien conseguiu um dado importante: pediu ao tribunal que ordenasse à FOM e à CVC Partners que entregasse documentos relativos ao negócio. Estes acederam ao pedido, logo, novos detalhes poderão surgir ao longo do julgamento. 

Extra-Campeonato: um impressionante salvamento na Nazaré

Não costumo falar muito sobre "surf", mas sei que moro a 30 quilómetros de um dos melhores sitios para surfar no inverno: o canhão da Nazaré. E sei que entre novembro e janeiro, quando o Atlântico Norte se torna num sitio agitado, os surfistas vão até lá e tentam cavalgar ondas de 30 metros, para bater recordes, como fez no ano passado o Grant McNamara

E era o que estava a fazer a brasileira Maya Gabeira, de 26 anos, esta manhã. Estava a surfar ondas dessa altura por volta das sete da manhã, quando tudo correu mal. As imagens do resgate são impressionantes, e parecia que as coisas iriam correr para o pior, quando esteve inconsciente e de cabeça para baixo por vários minutos, enquanto a tentavam resgatar. Felizmente, no último minuto, ela conseguiu ser resgatada e levada para terra.

Está agora no hospital de Leiria, onde ela têm apenas... um tornozelo quebrado. Deverá sair amanhã de lá. Podemos dizer que foi uma mulher de sorte. 

No aniversário de Bernie Ecclestone

Hoje passa mais um aniversário sobre o nascimento de Bernie Ecclestone. Ao vermos que o "anãozinho tenebroso comemora 83 anos de vida, mais do que ficarmos admirados com o trabalho que fez para transformar a Formula 1 de um clube de "gentleman drivers", onde a cada fim de semana arriscávamos a ver um piloto a morrer em chamas, preso dentro de um carro de alumínio com gasolina à sua volta, a algo que está espalhado por todo o mundo, com autódromos amplos e "esterilizados", onde o poder da televisão nos permite assistir a um desporto que movimenta mais de 1500 milhões de euros anualmente, e a ter uma importância semelhante ao Mundial de Futebol e aos Jogos Olímpicos, com uma diferença: vemos a Formula 1 a cada uma ou duas semanas, vinte vezes por ano. 

No passado dia 24, o Humberto Corradi fez este belo ensaio sobre Bernie, especialmente acerca dos seus tempos na Brabham, em meados dos anos 70. De como ele conseguiu equilibrar as contas naquela equipa, e principalmente, a razão pelo qual ele a vendeu, no final de 1986. Os pormenores são fascinantes, e claro, recomendo sempre a sua leitura.

Como resposta, escrevi o seguinte na caixa de comentários:

"Bernie Ecclestone foi o homem certo no lugar certo, no tempo certo. A Formula 1 atual é moldada nos seus propósitos e todos querem seguir o seu modelo. Até digo uma coisa: se não fosse ele, este campeonato já teria "rebentado" e surgido outro. Por causa das desuniões entre as equipas, por exemplo.

Bernie é um dos homens mais ricos da Grã-Bretanha, porque de uma certa forma, retêm uma percentagem das receitas para ele. Não a totalidade dos 50 por cento que a FOM (Formula One Management) fica a cada ano, mas com a parte que vai para o fundo Delta Topco, que normalmente anda pelos 17,5 por cento. Se a receita de 2013 for - vamos supor - de 1500 milhões de dólares, podemos ver a percentagem que ele ganha... teria dado para manter a Brabham e ainda levar mais algum para casa, se quisesse.

No dia em que escrevo isto, Bernie está a poucos dias de fazer 83 anos. Não sabemos quanto tempo ele têm mais de vida, mas todos suspeitamos que no dia em que não estiver mais por aqui, as coisas não serão mais o mesmo. Ficará a FIA, na figura do Jean Todt, ficarão as equipas, e personagens como Luca di Montezemolo - que cada vez mais olho como "o filho que Enzo Ferrari nunca teve" - Christian Horner ou até "Toto" Wolff, entre outros, e eles farão tudo para receber mais um pouco desse bolo.

Suspeito que os tempos a seguir serão muito agitados, apesar de haver um Acordo da Concórdia assinado até 2020, do qual sabemos muito pouco dos seus pormenores. O que é mau para uma firma que no futuro quer entrar em Bolsa.

Mas o que suspeito é que no pós-Ecclestone, algumas pessoas vão querer exercer a "vingança". E olho para a Ferrari, porque historicamente, eles sempre querem que as regras sejam feitas à sua medida, e barafustam muito para conseguir a sua parte."

De então para cá, andei a olhar de novo para a história da Brabham. E lembrei-me dos tempos pós-Bernie. Para quem já não se lembra da história, eu conto: no final de 1987, depois do fracasso do chassis BT55 no ano anterior e da partida de Gordon Murray, o seu projetista, para a McLaren, Ecclestone decide vencer a equipa e retira-a durante a temporada de 1988. Quem fica com ela é um financiador suiço, Joachim Luthi, que decide voltar a colocar na Formula 1 em 1989. Contudo, em abril daquele ano, Luthi é preso devido a evasão fiscal e fraude, e a equipa passa para as mãos da Middlebridge Group, um grupo liderando por um bilionário japonês, Koji Nakauchi

Contudo, três anos depois, em 1992, a Brabham sai definitivamente de cena, e descobre-se um esquema de fraude fiscal e corrupção proporcionado por uma firma, a Landhurst, cujos dirigentes foram condenados a prisão pela justiça britânica. Quanto aos resultados, foram escassos: o melhor que conseguiram foi um terceiro lugar no GP do Mónaco de 1989, por Stefano Modena.

Quando leio sobre os últimos dias da Brabham na Formula 1, e outros exemplos como a cisão CART-IRL em 1995, não deixo de recear que os tempos pós-Ecclestone possam ser semelhantes a esse. Sei que vão ser agitados - toda a gente tem esse pensamento na cabeça, vendo e observando o que os dirigentes falam e pensam, e as ambições que outros têm de tomar posse de uma máquina que vale milhares de milhões de dólares, construída à sombra de um "anãozinho tenebroso". E quando leio esta tarde o James Allen a falar sobre o julgamento que vai começar amanhã em Londres sobre um "spinoff" do "caso Gribowsky", e o Joe Saward a cantar o "Remember, remember, the 6th of november...", a versão modificada da música de Guy Fawkes, o "conspirador da pólvora", sobre o inicio do seu julgamento por fraude no mesmo "caso Gribowsky", desta vez na Alemanha, só posso pensar que os últimos dias, mais o pós-Bernie, vão ser tudo menos um passeio...

Enfim, gozemos estes últimos dias de tranquilidade. 

Formula 1 em Cartoons - Kimi Raikkonen (Grand Prix Toons)

O GP da India ficou marcado pela famosa comunicação de rádio entre Kimi Raikkonen e Alan Permane, um dos diretores da Lotus-Renault, onde se usaram as famosas palavras de baixo calão para pedir a Kimi que deixasse passar Romain Grosjean, quando lutavam pelo quarto posto.

Claro, o Hector Garcia, do GP Toons, imaginou uma situação onde o finlandês pudesse excercar a sua vingança sobre esse caso em particular... 

WRC 2013: Rali da Catalunha (Final)

Este foi um rali onde se mostrou a competência e a força de um piloto em situações adversas. A meio do segundo dia, Sebastian Ogier teve um furo e perdeu quase um minuto para a concorrência, colocando-o no sexto posto, mas a partir dali, o francês começou a recuperar um atraso que parecia impossível. E aproveitou este dia final, em troços de terra, para ultrapassar Thierry Neuville e beneficiar do abandono de Dani Sordo para chegar... e tirar a liderança a Jari-Matti Latvala... no último troço. Dando um avanço de 14,5 segundos ao seu companheiro de equipa.

E assim podemos descrever a vitória de Sebastian Ogier no Rali da Catalunha, que terminou na tarde deste domingo.

Mas este domingo ficou marcado pelo abandono de Dani Sordo e o atraso de Thierry Neuville, dois dos candidatos à vitória, que apesar de terem facilitado a vida ao piloto francês, não tiveram a capacidade de lutar - ou dificultar a vida de Ogier. E com isso, o beneficiado foi Mikko Hirvonen, que chegou ao lugar mais baixo do pódio com o seu Citroen DS3 WRC, superando o belga Thierry Neuville.

O russo Evgueny Novikov foi o quinto, noutro Ford, na frente de Mads Ostberg, enquanto que Martin Prokop foi o melhor privado, com o seu Ford Fiesta WRC. O neozelandês Haydon Paddon conseguiu o oitavo posto final, naquele que foi o seu primeiro rali a bordo de um carro do WRC.

Mas o nono classificado revelou ser uma pessoa especial: o polaco Robert Kubica. Nesta sua segunda vida como piloto de Ralis, conquistou mais uma vitória na classe WRC2 e o título mundial na classe, na frente do qatari Abdelaziz Al-Kuwari. Ao assegurar o seu primeiro título de ralis, tornou-se no primeiro piloto de Fórmula 1 a vencer ao mais alto nível no WRC, graças às suas cinco vitórias nesta temporada. E no rali final, em Gales, irá experimentar um carro da categoria principal, um WRC da equipa oficial da Citroen, para saber como se comportará neste tipo de máquina.

O Mundial de Ralis encerrará no País de Gales, entre os dias 14 e 17 de novembro. 

domingo, 27 de outubro de 2013

Formula 1 em Cartoons - India (Pilotoons)

O quarto titulo mundial de Sebastian Vettel, visto pelo Bruno Mantovani, do Pilotoons. Não há muito com que dizer...

Youtube Motorsport Cartoon: A História da McLaren, parte 6


Como eles prometeram, eis o episódio do "Tooned" - que comemora os 50 anos da McLaren - sobre Ayrton Senna. Até cabe perfeitamente ver um episódio sobre um dos pilotos mais carismáticos da Formula 1 no dia em que Sebastian Vettel conquistou o seu - muito antecipado - quarto título mundial e saiu do "clube dos tricampeões", onde Senna estava incluído.

Já agora: a voz que faz de Ayrton é a do Bruno Senna, o seu sobrinho.

Formula 1 em Cartoons - Prost vs Vettel (Grand Prix Toons)

Os dois tetracampeões do mundo, desenhados por Hector Garcia, do Grand Prix Toons. E comparados com os adjetivos mais usados pelos "fãs" da atualidade. Aqueles mais preconceituosos, que diziam que "no meu tempo é que era bom..."

Para pura informação histórica, Adrian Newey deu um título a Alain Prost... empatado com Gordon Murray. Os outros dois conseguiu em carros desenhados por John Barnard.

Agora, quanto ao Prost, a alcunha dele era "Le Professeur" e o "Big Balls" era do departamento do Tio James...

Youtube Formula 1 Radio: as discussões de Kimi Raikkonen com a equipa

Os tempos de Kimi Raikkonen na Lotus estão a ser famosos não só pelos seus resultados, mas também pelas suas frases, e hoje na Índia, não foi excepção. Especialmente quando tentava aguentar - com os pneus desgastados - os carros de Romain Grosjean e de Sergio Perez. Mas o mais curioso é que o "não me grites comigo" não vai certamente ficar na mente das pessoas, mas sim a frase anterior...

Formula 1 2013 - Ronda 16, India (Corrida)


A Formula 1 chegava à sua primeira grande chance de resolver tudo a favor de Sebastian Vettel. Em paragens indianas, num "tilkódromo" que em breve será abandonado às vacas, o piloto da Red Bull necessitava de apenas dez pontos para poder ser coroado campeão do mundo pela quarta vez consecutiva, o que seria (mais) um recorde batido pelo alemão. E ao chegar à India, havia mais uma curiosidade: como desde 2011 que Sebastian Vettel liderou todas as voltas neste circuito indiano, a hipótese de que o mesmo se repetir pela terceira vez consecutiva era bem real.

A largada começou com Vettel a abrir a liderança, enquanto que atrás, via-se Felipe Massa a conseguir fazer uma excelente largada e a conseguir na terceira curva na... segunda posição, na frente das Mercedes! Atrás, Mark Webber perdia posições para Kimi Raikkonen e Nico Hulkenberg, e andava aos toques com o finlandês e com Fernando Alonso, que danificou a sua asa e arrastava-se no meio do pelotão.

Mas na volta 2, Vettel... ia para as boxes! Ele tinha pneus moles e tinha de os livrar o mais depressa possivel, e isso o faz cair para quase a cauda do pelotão, dando a Felipe Massa a liderança da corrida, o que era algo inédito, provavelmente desde os tempos de 2010. Atrás, acontecia a primeira desistência, com o Caterham de Giedo van der Garde a levar com o Marussia de Max Chilton.

As voltas seguintes vimos pilotos a livrarem-se dos pneus moles e colocar os pneus médios, pois eles tinham provado a sua durabilidade no circuito indiano. A classificação ficou confusa nas primeiras voltas, com Massa a parar na volta 8, por exemplo, dando a liderança para Webber, enquanto que Vettel ficava no meio do pelotão, tentando passar o mais possível.

Mas com as coisas a estabilizarem, Webber continuava na frente, com Massa a conseguir manter-se na frente dos Mercedes, enquanto que Vettel passava os pilotos à sua frente e a partir da volta 20, já era o segundo classificado, apenas com Webber à sua frente. Atrás, Alonso trancava-se no pelotão, lutando contra o Sauber do penalizado Esteban Gutierrez - que queimou a partida só como um "rookie" sabe fazer - pelo 14º posto...

Chegados ao meio da corrida, o grande motivo de interesse era a luta dos Mercedes para passar Felipe Massa, mas o brasileiro estava a fazer uma grande corrida, defendendo-se dos ataques dos carros alemães. Tanto que Nico Rosberg só se livrou do brasileiro da Ferrari... indo para as boxes. A partir dali, as coisas viraram-se para os Red Bull de Mark Webber e Sebastian Vettel, com Adrian Sutil e Kimi Raikkonen atrás. O finlandês passou o alemão da Force India na volta 37, ficando com o lugar mais baixo do pódio.

Mas na volta 41, o inesperado acontece, quando o alternador do Red Bull de Mark Webber acaba de ceder e o australiano encosta à berma, terminando a corrida por ali. Com isso, Sebastian Vettel regressava à liderança, com Raikkonen na segunda posição, bem distante do piloto alemão. E com isto, o alemão do Red Bull numero um tinha uma "auto-estrada" rumo ao título mundial.

Mas antes de virmos o inevitável, assistimos ao lento definhar de Kimi Raikkonen na pista, que não tinha pneus na parte final e viu desaparecer o seu segundo lugar para o resto do pelotão. Acabou por parar na penúltima volta, mas foi para fazer pouco mais do que a volta mais rápida. E também assistimos ao falhanço dos travões de Nico Hulkenberg, que assim viu escapar um oitavo lugar - e mais alguns pontos - tão perto do fim.

No final, Sebastian Vettel venceu aquela que deve ter sido a última corrida em paragens indianas por muito tempo. E com Fernando Alonso fora dos pontos pela primeira vez em três anos e meio - excluindo as desistências - o piloto da Red Bull era o campeão do mundo pela quarta vez consecutiva, juntando-se a outras duas lendas do automobilismo: Juan Manuel Fangio e Michael Schumacher. Com 26 anos e 161 dias, ao alemão de Heppenheim constrói o seu caminho para virar uma lenda do automobilismo, numa idade tão precoce, batendo recordes. E comemorou em estilo: donuts na pista, atirando as luvas para a multidão.  

Formula 1 em Cartoons - A chegada de Massa à Williams (Grand Prix Toons)

Com as noticias da iminente chegada de Felipe Massa à equipa Williams, o venezuelano Hector Garcia, do Grand Prix Toons, decidiu mostrar-nos como é a situação na equipa de Grove, com Pastor Maldonado aparentemente a caminho da Lotus-Renault... 

WRC 2013 - Rali da Catalunha (Dia 2)

O segundo dia do Rali da Catalunha está a demonstrar ser uma "luta a quatro", com o grande destaque do dia a ser o furo de Sebastien Ogier, que o fez atrasar mais de 40 segundos e a fazer cair para o quarto lugar da geral. Mas de resto, Dani Sordo, Jari-Matti Latvala e Thierry Neuville andam a alta velocidade para ver quem se dá melhor no asfalto catalão.

O dia começou com Ogier na liderança, com o resto a não estar muito longe, mas o piloto da Volkswagen estava a afastar-se paulatinamente de Dani Sordo, quando na terceira especial da manhã, o francês sofreu um furo e atrasou-se face à concorrência. Ogier caiu para o sexto lugar, mas depois recuperou cerca de dez segundos e está agora no quarto posto.

Com isso, a batalha ficou-se entre Sordo e Latvala, com os dois a acabarem... empatados no final da manhã. Atrás, Thierry Neuville queixava-se da afinação e perdia cerca de trinta segundos face aos da frente, enquanto que mais atrás, Anders Mikkelsen tinha-se tornado na primeira vitima do rali, ao bater numa pedra e arrancar a suspensão traseira esquerda do seu Polo R, acabando por desistir.

Pela tarde, a luta continuou dura, com Ogier a recuperar algum tempo em relação aos três, mas no final do dia, era Jari-Matti Latvala a levar a melhor, por apenas... 1,4 segundos sobre Dani Sordo. E o último dia é essencialmente feito em pisos de terra, como é tópico deste rali, que é misto. Atrás, Thierry Neuville mantinha o terceiro posto, mas tinha Ogier na sua peugada. Nikko Hirvonen é o quinto, a 57 segundos, na frente de Evgueny Novikov, que está... um centésimo de segundo mais atrás.

Muito distante - a mais de dois minutos - está o norueguês Mads Ostberg, que parece ser uma sombra de si mesmo desde há alguns ralis a esta parte. Não muito distante está Martin Prokop, no ford Fiesta WRC privado, com Haydon Paddon no nono posto, na frente do melhor dos WRC2, o polaco Robert Kubica.

O rali da Catalunha termina amanhã.