sábado, 18 de janeiro de 2014

WRC 2014 - Rali de Monte Carlo (Final)

Sebastien Ogier foi o vencedor do Rali de Monte Carlo, conseguindo assim começar a defender o seu título de campeão mundial, ao volante do seu Volkswagen Polo R. O mais surpeendente no meio disso tudo é que Ogier teve como seu maior adversário... um Ford Fiesta privado. Mas neste caso, pertencia a um piloto bem conhecedor dos troços: o francês Bryan Bouffier, que aproveitou bem o facto de estar num WRC para chegar ao fim no segundo lugar, na frente dos Citroen e Ford oficiais. Kris Meeke, a bordo de um Citroen DS3 WRC, conseguiu aos 34 anos o seu primeiro pódio da sua carreira, conseguindo ser cauteloso e veloz quando bastasse, e conseguindo bater os Ford oficiais.

O último dia do Rali de Monte Carlo foi agitado, com o tempo a não colaborar muito devido à forte queda de neve, que alternava com a chuva gelada, especialmente quando estava nas altitudes mais baixas. Mas mesmo com estas mudanças do clima - e o Col de Turini cheio de neve, para gaudio dos fãs - o duelo pela liderança nas quatro classificativas finais, incluindo duas passagens pelo Col de Turini, estava entregue a dois franceses: Sebastien Ogier e Bryan Bouffier.

As coisas começaram com neve misturada com água, mas a grande novidade na primeira passagem pelo Turini foi um furo sofrido por Mads Ostberg quando faltavam cinco quilómetros para o final da prova. Mas ele somente perdeu meio minuto para Ogier e manteve o quarto lugar da geral no seu Citroen DS3 WRC. Em termos de classificativa, Ogier levou a melhor, 0,3 segundos mais veloz do que Jari-Matti Latvala e 0,9 segundos mais veloz que Bryan Bouffier. Mas nesta altura, os dois primeiros "navegavam isolados" do resto, já que Bouffier tinha uma vantagem de quase um minuto sobre o Citroen de Kris Meeke, o terceiro classificado.  

Mais tarde, na 13ª especial do rali, a de Sospel - Breil sur Roya, foi de azar para Bouffier, que apareceu no final da classificativa com uma jante traseira esquerda quebrada devido ao toque numa pedra. O francês explicou depois que saiu largo numa curva e foi surpreendido pela água na estrada naquele ponto, confessando que “agora o importante é concentrarmo-nos em mantermo-nos na estrada pois neste último troço isso não foi fácil devido há muita água presente no asfalto que, muitas vezes, é difícil ver”.

Contudo, o francês não perdeu muito tempo: apenas 9,2 segundos para Ogier. A diferença agora é de um minuto e um segundo, quando faltavam apenas duas classificativas para o final do rali. Por esta altura, já Mikko Hirvonen coneçava a ter problemas no alternador do seu Ford Fiesta WRC, acabando por desistir do rali.

Mas na classificativa a seguir... a neve, que já era muita, tornou-se enorme. Tão grande que os organizadores decidiram cancelar a especial, e passar para a última especial a de Sospel, onde Ogier confirmou a vitória, com um minuto e oito segundos sobre Bryan Bouffier. Kris Meeke conseguiu o lugar mais baixo do pódio, a um minuto e 54 segundos.

Atrás, esteve o companheiro de Meeke, Mads Ostberg, que apesar de ter ficado a mais de três minutos do vencedor, pelo resultado em conjunto, ajudou muito a Citroen no cômputo geral, ficando na frente de Jari-Matti Latvala, que nunca conseguiu recuperar do furo do dia anterior. Elfyn Evans foi o sexto classificado, na frente de Anders Mikkelsen, o sétimo e uma das grandes desilusões do rali.

Jaroslav Melchiarek foi o oitavo, num Ford Fiesta WRC, enquanto que o italiano Matteo Gamba (Peugeot 207 S2000) e o ucraniano Yuri Protassov (Ford Fiesta R5) fecharam o "top ten" do rali.

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