segunda-feira, 3 de novembro de 2014

A Formula 1 na sua "razão de ser"

Andamos todo o fim de semana com uma "espada de Dâmocles" em cima das nossas cabeças por causa da ameaça de boicote por parte das equipas do meio do pelotão. E pelo que aparece hoje nos jornais um pouco por todo o mundo, tal foi evitado em Austin por meros 90 minutos graças à promessa de Bernie Ecclestone de que irá melhorar os acordos financeiros de forma a distribuir melhor os lucros.

O problema é que uma coisa é promessa, outra coisa é a prática. E eles andam a falar que o boicote continua no ar mesmo nas corridas seguintes, ou seja, Interlagos e Abu Dhabi. Force India, Lotus e Sauber querem mesmo que os dinheiros sejam redistribuídos, pois acham que isso é uma forma de desigualdade. E é verdade: quando Gerard Lopez diz que uma das equipas da frente recebe 170 milhões de dólares só para aparecer, estamos tramados. A meritocracia está morta, se quiserem colocar as coisas dessa forma.

Contudo, as equipas do meio do pelotão estão confiantes de que vai haver um acordo nos próximos dias para que haja uma nova redistribuição das receitas, e assim, eles respirem um pouco melhor. E eles têm um número na cabeça: 100 milhões de libras, ou 150 milhões de dólares. Mas para que as coisas fiquem definitivamente resolvidas, é a velha história: têm de haver um teto orçamental para as equipas gastarem, e certas partes têm de ser mais baratas. Como por exemplo, os motores.

Mesmo o velho anão reconhece o problema e sabe que têm de fazer algo para manter a Formula 1 e evitar ver tudo isto desmoronar enquanto ainda viver. Já passou a ideia de que as coisas estão desiguais e terá de haver uma renegociação dos contratos. Claro, na sua estratégia de "divide et impera", desta vez, ele provavelmente vai ficar do lado das equipas do meio do pelotão, para dizer depois, caso tudo falhe, a Ferrari, Red Bull, McLaren, etc... são os grandes culpados.

Tudo isto acontece quando também se ouve que a Marussia poderá voltar a correr em Abu Dhabi, na última prova do ano. Resta ver para crer.

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