sábado, 29 de novembro de 2014

Formula 1 em Cartoons - O futuro de alguns pilotos (Rathborne)

Fernando Alonso e Jenson Button foram dois dos pilotos que terminaram a temporada sem que soubessem do seu futuro. E o cartoonista britânico Rathborne desenhou sobre esse assunto... com o Sebastian Vettel a provar as novas roupagens.

A foto do dia

Sebastian Vettel no seu primeiro dia com a Ferrari, hoje em Fiorano. Com o carro de 2012, com o numero 5 no bólido e um capacete alusivo à ocasião. Mesmo na Scuderia, Vettel continuará a fazer capacetes alusivos às ocasiões...

Veremos se isto não é a auto-estrada para o Inferno...

Vergne e o desafio americano

Fora da Toro Rosso, após três temporadas de bons serviços, e preterido por adolescentes, o francês Jean-Eric Vergne pensa no seu futuro, provavelmente fora da Formula 1. E quando muitos pensam na Endurance ou na Formula E, Vergne quer tentar a sorte no outro lado do oceano, ou seja, nos Estados Unidos. Numa entrevista à revista americana Racer, o piloto de 24 anos está realmente interessando em tentar a sua sorte.

"Eu teria muito interesse nas corridas da IndyCar. Acho que é um grande campeonato", começou por dizer à RACER. "Eu estou trabalhando com o meu empresãrio, Julian Jakobi, que trabalha com alguns pilotos nos Estados Unidos e, no momento, parece que é muito difícil para ir de imediato para uma equipa de topo, mas estou muito interessado em ver que lugares estão disponíveis", comentou.

"A Toro Rosso não é realmente uma equipa onde você possa ficar por muito tempo, mesmo se você bata os seus companheiros de equipa. Se formos ver o que [Daniel] Ricciardo fez este ano e que eu andei a fazer, estou confiante de que poderia ter feito o mesmo que ele. Eu não me sinto amargurado por deixar a Toro Rosso, tenho algumas outras opções na Fórmula 1, mas eu quero voltar a uma série onde eu possa vencer corridas e ganhar campeonatos. O meu objectivo é ir para o campeonato da IndyCar meu primeiro ano", continuou.

"Não há assim muitas equipas para ir onde possa ganhar um campeonato logo de imediato, mas isso não me impede de olhar e falar para os proprietários dessas equipas para ver se poderemos fazer algo juntos", acrescentou. "Eu sempre gostei de correr na América, e eu sempre fui muito interessado na IndyCar. O momento é o ideal para que isso aconteça", concluiu.

Sendo assim, não há muitos bons lugares disponíveis no momento. Andretti Autosport, Chip Ganassi, KV Racing e Schmitt Peterson Motorsports têm todos uma vaga por preencher, e cada um deles têm motores Honda ou Chevrolet para correr, embora que na próxima temporada, aparecerão os apêndices aerodinâmicos para colocar em cada um dos carros. E para Vergne, isso é uma vantagem.

"Novas peças aerodinâmicas, componentes de suspensão e tudo o mais é algo que fazemos todo fim de semana na Fórmula 1", disse ele. "Isso é algo que eu gosto muito; o desenvolvimento é muito grande para o sucesso da equipa, o sucesso do fabricante, e esta é uma área do qual eu tenho com muita experiência", comentou.

Assim sendo, a probabilidade da IndyCar acolher mais um ex-piloto de Formula 1 é bem grande, e poderá estar a ir um pouco na contramão de outros pilotos que acham a Endurance algo bem mais atraente do que é agora.

sexta-feira, 28 de novembro de 2014

Formula 1 em Cartoons - Abu Dhabi ou Bahrein (Riko)

O cartoonista italiano Frederico Ricciardi, ou Riko, colocou aqui o seu cartoons relativo à corrida de Abu Dhabi... revelando um cartoon feito (mas nunca publicado) por alturas do GP do Bahrein, em abril. Surpreso? Nem tanto, se formos a ver que o assunto é o mesmo: a má prestação dos carros de Maranello. É que Fernando Alonso e Kimi Raikkonen fecharam a zona pontuável nesta corrida...

Noticias: Carlos Sainz Jr será piloto da Toro Rosso

O espanhol Carlos Sainz Jr. será piloto de Formula 1 na próxima temporada, em substituição do russo Daniil Kvyat. O piloto de vinte anos, campeão na World Series by Renault esta temporada, vai estar ao lado de Max Verstappen, e assim constituir a dupla mais jovem de sempre da Formula 1, com 18 anos e meio de média.

"Com Carlos Sainz a juntar-se a Max Verstappen na nossa dupla de pilotos no próximo ano, continuamos a tradição Toro Rosso de fornecer jovens da Red Bull Júnior Team nos seus primeiros passos na Fórmula 1", começou por dizer Franz Tost. "Tenho observado o progresso de Carlos através das categorias júnior, e esteve sempre a melhorar quando ele subiu de escalão, que culminou com uma vitória bem merecida na World Series by Renault deste ano. No entanto, eu também me recordo dos testes que fez com em 2013, em Silverstone, no STR8. Ele realmente surpreendeu a mim e aos seus engenheiros naquele dia, com sua abordagem madura e sua velocidade", concluiu.

Aos 20 anos de idade (nasceu a 1 de setembro de 1994, em Madrid) e filho do bicampeão do mundo de Ralis, Carlos Sainz, vai-se juntar a outro filho de piloto, Max Verstappen, que aos 17 anos, será o mais jovem de sempre num chassis de Formula 1.

Em relação à sua carreira, Sainz começou a correr em karts antes de em 2010 passar para os monolugares, correndo na Formula BMW Europe e na Formula BMW Pacific, acabando no quarto lugar na primeira competição. No ano seguinte passou para a Formula Renault 2.0, onde foi campeão na categoria NEC (North Europe Challenge) e vice-campeão na categoria europeia, sendo batido pelo holandês Robin Frinjs.

Em 2012, passou para a Formula 3 europeia e britânica. Na primeira categoria, foi nono classificado, com apenas um pódio, enquanto que na britânica, foi sexto classificado, com quatro vitórias. Em 2013, passou para a GP3 e para a World Series by Renault (WSR) em regime de "part-time". Na primeira categoria, pela Arden, conseguiu dois pódios e uma pole-position, sendo décimo classificado, enquanto que na segunda categoria, conseguiu apenas 22 pontos e o 19º posto na classificação geral.

Porem, em 2014, e de novo na WSR, ele dominou, vencendo sete corridas e sendo campeão com avanço, alcançando 221 pontos. Para além disso, fez vários testes com a Toro Rosso.

WTCC: Vila Real confirmado em 2015

Apesar do calendário do WTCC para 2015 só ser divulgado na proxima terça-feira, tudo indica que Vila Real irá receber o mundial de Turismos no fim de semana de 10 e 12 de julho. O contrato com a Eurosport Events, a entidade que organiza o Mundial, terá uma duração de três temporadas, até 2017.

Rui Santos, presidente da Câmara Municipal de Vila Real, referiu em comunicado oficial que "internacionalizar o Circuito de Vila Real era um dos objetivos da Câmara Municipal e da FPAK para os próximos anos, a oportunidade surgiu e não a quisemos perder, graças ao esforço de todas as entidades envolvidas".

Já Tiago Monteiro, atualmente piloto oficial da Honda, mostrou-se muito satisfeito com esta noticia: "Estou muito contente por todas as entidades envolvidas, Câmara Municipal de Vila Real, Eurosport Events, WTCC e FPAK terem chegado a acordo. Já tinha percebido que as pessoas envolvidas estavam muito motivadas para tornar esta prova uma realidade no calendário do WTCC. Estão todos de Parabéns pelos esforços que fizeram. Para mim é sempre muito especial correr em Portugal, ter o apoio do público português que é sempre muito efusivo mas sobretudo por poder ter os meus amigos e família por perto", começou por referir o piloto do Porto.

"Nunca corri em Vila Real, mas é curioso que as primeiras corridas de automóveis que vi ao vivo foram em Vila Real quando era criança. Tenho muita família na região de Trás-os-Montes e recordo-me perfeitamente daquela altura. Depois de ter visto o circuito ao vivo a semana passada percebi o porquê de estar no imaginário de tanta gente. É uma pista atípica e muito exigente. E não tenho dúvidas que será um fim-de-semana festivo", concluiu.

A noticia de Vila Real acolher o WTCC em 2015 surgiu um ano antes da aposta da câmara municipal na internacionalização do circuito citadino, que ressurgiu este ano, após quatro anos de ausência. Agora, terão de ser feitas as devidas obras, essencialmente no "paddock".

quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Noticias: Nico Hulkenberg será piloto da Porsche em 2015

O terceiro carro da marca de Estugarda arrisca a ser preenchido por pilotos de primeira linha. A Porsche anunciou esta quinta-feira que o alemão Nico Hulkenberg será seu piloto nas corridas de Spa-Francochamps e de Le Mans de 2015. O compromisso assinado agora não inviabiliza a sua permanência na Formula 1, ao serviço da Force India.

"Sou fã da Porsche há algum tempo, e tenho acompanhando de perto seu regresso à classe LMP1. O desejo de dirigir aquele carro em Le Mans cresceu, e eu estou muito satisfeito pelo calendário da Fórmula 1 em 2015 permitir isso. Também sou grato a equipa Sahara Force India pelo apoio. Agora cabe a mim trabalhar duro para dar conta destes compromissos.”, revelou.

Do lado da Porsche, um dos seus vice-presidentes, Franz Enzinger, deu as boas vindas ao piloto, esperando entender que as coisas na Endurance funcionam de forma diferente do que na Formula 1:

"Estamos muito ansiosos por contar com os serviços do Nico. Temos total confiança nas suas habilidades de condução e com certeza ele vai se encaixar bem na nossa equipa. A capacidade de integração é de extrema importância em corridas de Endurance. Para um piloto de Fórmula 1 é uma situação incomum aceitar que seus próprios resultados são a soma do seu desempenho e mais outros pilotos”, referiu.

Com a confirmação de Nico Hulkenberg, isso poderá indicar que a Porsche quererá preencher o terceiro carro da marca com nomes consagrados da Formula 1, para prestigiar a sua equipa, já que ambas as datas não coincidem com a categoria máxima do automobilismo. e entre os vários nomes considerados, dois estão à baila: Fernando Alonso e Jenson Button. Ambos estão no final dos seus contratos, quer na Ferrari, quer na McLaren, e apesar do espanhol se saber que poderá ser piloto da McLaren em 2015, ele foi visto na boxe da marca alemã as Seis Horas do Bahrein, há duas semanas.

Hulkenberg, de 27 anos (nascido a 19 de agosto de 1987) foi campeão da GP2 em 2009, antes de ir para a Formula 1 no ano seguinte, ao serviço da Williams, assegurando uma inesperada pole-position no GP do Brasil. No ano seguinte, foi terceiro piloto da force India, antes de ser piloto titular em 2012. No ano seguinte, passou para a Sauber, onde conseguiu um lugar no "top ten" e 51 pontos. Em 2014, regressou à Force India, conseguindo a sua melhor classificação de sempre, um nono lugar, com 96 pontos. Foi por causa disso que assinou a renovação de contrato para a temporada de 2015.  

quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Noticias: Jean-Eric Vergne anuncia que não está mais na Toro Rosso

Jean-Eric Vergne anunciou esta quarta-feira que terminou o seu vinculo à Toro Rosso, depois de três temporadas de bons serviços. Na sua conta do Twitter, o piloto de 24 anos afirmou: “Apesar de uma boa temporada e 22 pontos, não vou ficar na Toro Rosso em 2015. Obrigado por estes anos. Agora é hora de um novo grande desafio”, completou.

O anuncio veio na sequência de rumores de que o espanhol Carlos Sainz Jr. poderá ficar com a vaga para a próxima temporada, depois de ele ter conquistado o título deste ano na World Series by Renault. Depois do anuncio da subida do russo Daniil Kvyat para a Red Bull, pensava-se que Vergne poderia ficar para dar mais maturidade à Toro Rosso, que terá o jovem Max Veerstappen, de apenas 17 anos, no seu lugar. Mas pelos vistos, a equipa de Faenza irá arriscar em 2015 com uma dupla totalmente "virgem", ou seja, sem grandes prémios.

Quanto a Vergne, de 24 anos (nascido a 25 de abril de 1990), com 51 pontos em 58 Grandes Prémios, e sendo bem melhor piloto do que Kyvat nesta temporada, é hora de arranjar outros lugares, mas provavelmente os caminhos na Formula 1 em 2015 estão neste momento totalmente tapados, já que todas as equipas já confirmaram os seus pilotos para a próxima temporada. Resta provavelmente a hipótese de tentar a sua sorte noutras categorias, como a Endurance.

A foto do dia

Esta vi no blog do Humberto Corradi. É o projeto da Manor-Marussia para a temporada de 2015, agora parado e provavelmente nunca verá a luz do dia, pois praticamente não há noticias de possíveis interessados na sua aquisição, e especialmente depois do fracasso no acordo entre os credores para levar os carros para correr em Abu Dhabi, a última prova do ano, ao contrário da Caterham, que aparentemente está em conversações com possíveis investidores.

Caso seja definitivo, este parece ser um projeto nado-morto. Mas também um possível vislumbre sobre o que vão ser os carros no ano que vêm.

terça-feira, 25 de novembro de 2014

A (nova) carga de Todt pelo teto orçamental

Jean Todt pode estar calado, mas não parado. Pode estar a trabalhar noutras categorias, como a Endurance, Turismos, Ralis ou a nova Formula E, mas não deixa de estar atento ao que se passa na Formula 1, especialmente agora que o assunto do teto orçamental e a revolta das equipas médias em relação ao aumento de custos começou a ser mais vocal.

Por estes dias, ele quebrou o silêncio sobre a situação anual para dizer que vai voltar a abordar o assunto da redução de custos. "Vou voltar a colocar a questão da redução de custos na agenda. Falei com os representantes das equipas mais vocais e falamos sobre os meios para reduzir os custos", referiu Todt em declarações captadas pela Autosport britânica.

Todt quer reunir-se com os representantes das equipas - incluindo os do Grupo de Estratégia, que não querem mudar o atual status quo - no sentido de discutir onde se podem cortar. E uma das áreas do qual Jean Todt vai pedir que haja corte nos custos será nos motores, que este ano são V6 Turbo, mas que subiram os custos de forma vertiginosa.

"O preço médio dos motores é de 30 milhões de dólares, é muito alto", começou por dizer Todt. "Eles subiram de 18 milhões para 30 milhões, o que é muito - um aumento de 70 por cento. Eu vou lutar para que haja um preço de motores para as equipas pequenas, para que tenham uma situação mais acessível

"Vou fazer o meu melhor. Não posso garantir resultados, mas vou tentar", concluiu.

Vai se ver no que vai dar, mas Todt têm alguns argumentos a favor. Têm o apoio de algumas das equipas, nomeadamente todas fora do Grupo de Estratégia, e provavelmente a simpatia de Caterham e Marussia, que neste momento lutam pela sobrevivência e correr na próxima temporada. Com três - eventualmente cinco - equipas presentes e interessadas no corte de custos, poderá haver algo interessante neste inverno. Resta saber se existe brechas no Grupo de Estratégia, ou continuarão a ser inflexíveis. Veremos.

Mattiacci por Arrivabene: as razões da troca de topo na Ferrari

Mal a loja fechou em Abu Dhabi, a Ferrari começou a fazer a limpeza da sua equipa, com o anuncio da dispensa de Marco Mattiacci por outro italiano, Maurizio Arrivabene. Um antigo funcionário da Marlboro, Arrivabene chega apenas oito meses após a chegada de Mattiacci ao cargo que era antes de Stefano Domenicalli.

No meio da Formula 1, apesar de as pessoas dizerem que a estadia de Mattiacci seria temporária, a noticia da sua demissão chocou as pessoas no meio, pois ele até fez um bom trabalho, quer na escolha de bons técnicos para ajudar a equipa, como na contratação de Sebastian Vettel, que muitos viram como uma excelente movimentação, para além de ter confrontado Fernando Alonso do alto do seu pedestal. Contudo, segundo conta a Autosport (AS) britânica, a decisão veio do topo do Grupo Fiat, ou seja, de Sergio Marchionne, que quer um dirigente mais decisivo, daí a escolha de Arrivabene.

O jornalista Jonathan Noble, da AS britânica, mostra uma carta escrita por Marchionne e mandada para os funcionários da Scuderia, onde afirma que a grande razão pelo qual fez a substituição nas cúpulas foi porque queria ter o homem certo para voltar a colocar a Ferrari no topo. "Estou determinado a que a Ferrari mantenha o seu lugar em termos de influência na Formula 1", escreveu.

"Maurizio traz um conjunto único de experiências com ele", começa por dizer Marchionne. "Além de um relacionamento de longa data com a nossa equipa, ele também atuou na Comissão da Formula 1 e já está consciente dos desafios que enfrentamos.

"Ele tem um conhecimento profundo dos mecanismos da governação e as exigências deste desporto, o nível de concorrência e os desafios dos circuitos. Também tem sido uma fonte constante de idéias inovadoras para a revitalização da Formula 1".

"Em Maurizio, vejo as qualidades de alguém que levado pelo seu forte exemplo pessoal, o seu profissionalismo, bem como a integridade de suas decisões - em suma pelo tipo de pessoa que ele é."

"Todos nós sabemos como é importante ter um espírito de equipa saudável, principalmente neste momento. O tipo de espírito que só pode vir de um grupo de pessoas que acreditam em um projeto e que estão preparados para compartilhar o empenhamento, sacrifícios e resultados", concluiu o presidente do Grupo Fiat.

Contudo, o próprio jornalista aponta outra razão para a substituição de Mattiacci, que é o facto de ele mesmo ter afrontado Bernie Ecclestone, em circunstâncias semelhantes ao que aconteceu com Adam Parr, então na Williams. A chegada de Arrivabene, que têm anos de estadia na Formula 1 e conhece relativamente bem o anão, poderá ser uma forma de manter o seu estatuto e claro, a sua influência. Pelo menos, enquanto o octogenário andar por aí.

Veremos qual vai ser o impacto da sua chegada por lá, numa altura em que a Scuderia vive mudanças e está a receber o alemão Sebastian Vettel, depois de cinco temporadas com Fernando Alonso ao volante.

segunda-feira, 24 de novembro de 2014

WRC: Löeb vai regressar... temporariamente

Sebastien Löeb vai voltar a pegar o volante de um DS3 WRC em 2015 para fazer o Rali de Monte Carlo. O regresso não é definitivo, apenas o irá fazer para matar as saudades e ver como é que está perante a concorrência, após mais de um ano de ausência da competição, ele que está concentrado no WTCC, correndo na equipa oficial.

"É um rali que eu aprecio particularmente, com um percurso fantástico, que me traz um monte de boas lembranças. Vamos tentar correr em janeiro. Eu tomo isso como um desafio pessoal: guiar contra os melhores após uma longa ausência nos ralis", referiu o piloto de 40 anos.

O regresso de Löeb será apenas pontual, dado que o piloto francês está focado no WTCC, o Campeonato Mundial de Carros de Turismo, onde fará sua segunda temporada a serviço da Citroën. Em 2014, na sua estréia no certame, ele terminou no terceiro lugar do campeonato, com duas vitórias. 

Mas esta não vai ser a unica incursão de Loëb nos ralis. Dentro de alguns dias, o piloto fará uma aparição no Rali de Var, ao lado da sua mulher Séverine, que já foi sua navegadora no inicio da sua carreira.

domingo, 23 de novembro de 2014

Formula 1 em Cartoons: o abraço de Abu Dhabi (Groo)

O meu amigo Ron Groo têm uma boa interpretação sobre esta fotografia...

A foto do dia (II)

A velha frase dos construtores de automóveis quando se metem na competição sempre foi de "vencer no domingo para vender na segunda-feira". E esta noite, já surgiram na televisão e na Net os anúncios da Mercedes sobre o seu campeonato. E um deles é este que... não é lá muito feliz. Mas enfim, gostos não se discutem, e a marca de Estugarda têm de vender mais uns Classes C, S ou G's até ao Natal...

Formula 1 2014: Ronda 19, Abu Dhabi (Corrida)

De uma certa forma, tudo o que aconteceu esta tarde era do conhecimento geral. Sabíamos que Lewis Hamilton seria campeão, pela vantagem que tinha. Sabíamos que a corrida de Abu Dhabi iria decidir tudo, mas pensávamos que a corrida iria ser tão aborrecida que nem nos daríamos ao trabalho de a ver, ou se víssemos, seria mais por obrigação do que por paixão. Mas apesar do roteiro previsível, não saberíamos que esta corrida iria ser mais dramática do que pensávamos.

Primeiro, uma pequena declaração de interesses. Não nego que gostaria de ter visto Nico Rosberg como campeão do mundo. Ficava-lhe bem, um alemão a vencer num carro alemão, com motor alemão, e ainda por cima, um filho de campeão a vencer um campeonato, como fez Damon Hill quando venceu em 1996, quase 30 anos depois do seu pai ter ganho o seu segundo título mundial. Mas sabia que o título ficaria bem a Lewis Hamilton, por ter vencido mais corridas, e ser bem mais veloz em corrida, e isso é o que interessa, em muitos aspectos. Mas ele errou mais vezes do que Rosberg, e ele poderia ter resolvido por ele mesmo mais cedo. Enfim, veio a tempo para corrigir - ou se preferirem, salvar a situação. E claro, merece o campeonato.

E da maneira como se comportou hoje, fez tudo para merecer. O fabuloso arranque, que deu meio segundo a Nico Rosberg, mostrou que ele queria resolver o assunto o mais depressa possivel. O alemão nunca conseguiu reagir nas voltas seguintes, ocupado que estava em se livrar dos Williams de Felipe Massa e Valtteri Bottas. Atrás, Daniel Ricciardo e Sebastian Vettel tratavam de recuperar os lugares perdidos pela exclusão na qualificação. O australiano parecia sair melhor no transito - e saiu, fez 28 voltas com o mesmo jogo de pneus! - enquanto que Vettel tinha outras dificuldades.

Mas o grande drama aconteceu a meio da corrida, quando Nico Rosberg começou a ter problemas com a falta de potência com o seu carro. Eles surgiram na volta 22, quando ele, primeiro, teve uma saida de pista, para logo depois, queixar-se de que os travões não funcionavam. Logo depois, descobriu-se que era a sua unidade de energia. Aos poucos, aquele segundo lugar que parecia ser seu, estava a escapar-se, sendo apanhado e depois ultrapassado pelos seus adversários.

O aborrecimento tinha-se transformado em drama, e as pessoas despertaram dessa letargia no almoço europeu.

A partir dali, o Inferno instalou-se em Nico Rosberg. os mecânicos faziam o seu melhor para que ele pudesse continuar, tal como o próprio piloto. E isso colocava em segundo plano os acontecimentos na pista, como o incêndio do carro de Pastor Maldonado e a reação dos seus mecânicos (um belo tributo à sua temporada, diga-se de passagem...) a tática de Felipe Massa para poder apanhar Lewis Hamilton, que a onze voltas do fim, decidira colocar pneus super macios para poder carregar rumo à liderança, que estava segura, mas de forma mais descontraída e cautelosa, dado que o seu principal rival estava a arrastar-se.

No final, Rosberg arrastava-se e perdia uma volta. Mas mesmo assim, mantinha a sua dignidade. Tato que a duas voltas do fim, a equipa pediu a ele para que fosse às boxes, sinalizando a sua desistência. Mas o piloto não obedeceu, afirmando que queria manter na pista, independentemente do resultado. De uma certa forma, queria ser digno e provar que fez de tudo para continuar, acreditando num milagre. Que não aconteceu e não iria acontecer.

Por fim, Hamilton cortou a meta, com Massa não muito atrás. O brasileiro não conseguiu chegar a ele - ou o inglês não concedeu a vitória - e assim conseguiu tudo: o campeonato, a vitória, 50 pontos. Tudo. Mostrou ao mundo que ele foi o melhor na sua temporada, que é um dos melhores pilotos do seu tempo. Deu um titulo à Grã-Bretanha, que escapava desde 2009 e recebeu os parabéns do príncipe Harry, o terceiro pretendente ao trono britânico. E comemorou como deve de ser: pegou na "Union Jack", como fizera Nigel Mansell mais de vinte anos antes, e fez um "donut" na pista, para expressar o seu contentamento.

Depois, Rosberg foi cumprimentar o seu companheiro de equipa, num gesto de "fair-play" e longa amizade, que poderá ter sido abalada ao longo do ano, mas que não foi destruída. E como todos os outros, aplaudiu o pódio, onde estiveram para além do campeão, os Williams de Felipe Massa e Valtteri Bottas, sinal do reerguer da equipa de Grove, com Claire Williams a assistir a tudo.

E assim acabou a temporada de 2014. Os pontos a dobrar não serviram de nada, porque não houve a mudança dramática que muitos queriam que existisse. E espera-se que, ao mostrar a sua inutilidade, esse capricho acabe no ano que vêm. Mas isso veremos daqui a alguns meses, num inverno que se prevê longo e quem sabe, agitado. 

Formula 1 em Cartoons - Abu Dhabi (Pilotoons)

Eis a corrida de Abu Dhabi, vista pelo Bruno Mantovani, com tudo a acontecer a Nico Rosberg, e um triunfante Lewis Hamilton, acossado por Felipe Massa.

A foto do dia

Lewis Hamilton levando a Union Jack em Abu Dhabi. Ele é o campeão merecido de 2014, por tudo o que fez na temporada: onze vitórias. E este domingo mostrou tudo o que poderia mostrar que merecia aquele campeonato, passando Nico Rosberg no momento da partida, com um arranque soberbo.

Os problemas de Nico aliviaram bastante Hamilton, e lhe deu o seu final de sonho: 50 pontos, contra zero do alemão. Comemorou pesadamente, recebeu os parabéns do príncipe Harry e ficou aliviado por desta vez, os deuses do automobilismo estarem a seu favor. E a Mercedes mereceu estas vitórias, no ano em que dominou tudo. 

Hamilton mereceu todos os milhões que Toto Wolff e Niki Lauda gastaram para o resgatar da McLaren. E ano que vêm, há mais.