sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

A foto do dia

Hoje é sexta-feira 13. Nesta sociedade ocidental, o treze é simbolo do azar, em paralelo com o gato preto, por exemplo. Mas em Itália, os símbolos do azar são outros, que é o 17, e na China dizer o numero 4 é a mesma coisa que dizer "morte". Logo, estas coisas não são tão uniformes assim nas culturas espalhadas por este Planeta Terra.

A razão do 13 ter sido num numero banido durante muito tempo teve a ver com - segundo explica o Rodrigo Lombardi - dois acidentes mortais acontecidos em 1925 e 1926 por dois pilotos ao volante de Delages: Paul Torchy e o Conde Giulio Masetti, na Targa Flório. Por causa disso, o Automobile Club de France tirou o numero e como era a federação mais poderosa do mundo de então, a FIA pura e simplesmente herdou a decisão da sua congenere francesa. 

Até 2014, quando Pastor Maldonado adotou o numero 13 como o seu - e arcou com as consequências disso - este era um numero banido na Formula 1. Contudo, houve duas excepções sobre isso: o mexicano Moisés Solana e a britânica Divina Galica. A piloto e antiga esquiadora tentou qualificar-se para o GP britânico, em 1976, mas não conseguiu, mas treze anos antes, Solana conseguiu o que queria a bordo de um BRM P57 inscrito pela Scuderia Centro Sud.

Parece que por aquelas bandas, o treze nem deve ser um numero amaldiçoado, logo, ele aceitou sem problemas. Piloto experiente no seu México natal, não teve problemas de adaptação no carro, conseguindo o 11º posto da grelha, num total de 21 pilotos presentes. Solana até andou bem, nessa que era a sua estreia na Formula 1, mas um problema de motor, a oito voltas do fim, fez com que acabasse na 11ª posição na geral.

Piloto veloz, Solana - que era contemporâneo dos irmãos Rodriguez - nunca correu muito na Europa, preferindo os Estados Unidos, apesar dos convites que teve de Enzo Ferrari para andar nos seus carros de Formula 2. A sua carreira - e a sua vida - terminaram a 27 de julho de 1969, quando se despistou numa subida de montanha, a Carrera Valle del Bravo, a bordo de um McLaren de Can-Am. O socorro demorou duas horas para o resgatar. Tinha 33 anos.  

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