quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

As reações da "Swissleaks"

Falando na passada segunda-feira sobre o mais recente escândalo de fuga aos impostos em terras suiças, que está a ser referido como "Swissleaks", sabia-se que havia desportistas entre os mais de cem mil nomes referidos na "lista Falsiani", referentes a clientes do banco HSBC (Hong Kong and Shangai Bank) entre 2007 e 2008. Fernando Alonso, Michael Schumacher, Flávio Briatore e Valentino Rossi estavam entre eles, mas ressalva-se que isso não significa que toda esta gente andou a fugir às autoridades tributárias dos seus países.

Tanto que algumas dessas pessoas já reagiram e prestaram esclarecimentos, como Flávio Briatore, que diz que não têm domicilio fiscal em Itália há mais de 25 anos, ou então, decidiram agir judicialmente, como Fernando Alonso, que se viu manchado no seu nome e honra. “Fernando Alonso Díaz ordenou a seus advogados a imediata e urgente interposição de várias demandas por infração ao seu direito de honra diante a distintos meios de comunicação como consequência da publicação de informações em que se vincula sua imagem a eventuais delitos fiscais e a posse de patrimônios não declarados às autoridades fiscais competentes”. disse o piloto num comunicado à imprensa.

Em entrevista ao diário espanhol "Marca", um acessor do piloto da McLaren afirmou que estando a viver na Suiça naquela altura, não tinha qualquer obrigação de pagar os impostos no seu país. “Fernando vivia ali [na Suíça] e pagava ali. Nunca teve nada na Espanha desde que foi viver na Grã-Bretanha com uma mão na frente e outra atrás. O fisco nunca nos pediu nada”, começou por referir. “Coloca-se sob suspeita um comportamento inatacável, que é o que Fernando teve durante todos estes anos”, acrescentou.

Já Briatore também lançou um comunicado, afirmando que as autoridades fiscais italianas sabem que é um expatriado e que apenas responde às autoridades fiscais suiças.

As contas e as cifras mencionadas têm mais de 10 anos, por isso o senhor Briatore não sabe confirmar ou negar os detalhes apontados pelo Consórcio Internacional de Jornalismo Investigativo. O senhor Briatore pode confirmar que ele e algumas de suas propriedades eram administradas na Suíça e que tinha algumas contas bancárias ali de modo perfeitamente legal, respeitando todas as leis e regulamentos fiscais”, esclareceu. 

De qualquer forma, Briatore não mora na Itália há mais de 25 anos e, portanto, não está sujeito às leis da Fazenda Italiana. As contas que tinha no HSBC foram notificadas há anos à autoridade judicial italiana, que nunca encontrou nenhuma irregularidade fiscal nelas”, completou.

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