sábado, 4 de julho de 2015

Formula 1 2015 - Ronda 9, Grã-Bretanha (Qualificação)

Depois de Montreal, a Formula 1 estava em solo britânico, numa das catedrais do automobilismo. O circuito de Silverstone iria albergar neste fim de semana a nona prova do Mundial de Formula 1, numa altura em que chegava ao equador do campeonato, num equilibrio a dois entre os pilotos da Mercedes... com o resto do pelotão a observar, qual "Combate dos Chefes". Com um britânico na luta pelo título, era mais do que certo que as bancadas se encheriam - são esperados 140 mil espectadores neste fim de semana! - todos para apoiar Lewis Hamilton, o atual campeão do mundo, na sua luta pelo tricampeonato.  

O mais interessante nesta ronda britânica era saber como é que Lewis Hamilton iria reagir perante o seu público, especialmente quando sabe que Nico Rosberg, seu companheiro de equipa - que pensava estar neutralizado após a sua entrada de leão na temporada - estava a começar a mostrar-se, com três vitórias nas últimas quatro corridas. E por causa disso, a luta pelo comando do campeonato estava muito equilibrado, com apenas dez pontos a separar ambos. e um lugar na grelha de partida era importante. 

E claro, se o imprevisível tempo britânico iria ajudar nisso.

A qualificação começava com céu nublado e algum calor na zona de Silverstone, mas os do costume tinham os seus problemas: a McLaren queixava-se de problemas de tração, mas para piorar as coisas, a direção de prova decidira ser rigoroso: quem colocasse as quatro rodas fora da pista na curva Copse, veria os seus tempos anulados. Nico Hulkenberg, Pastor Maldonado e até Sebastian Vettel tinham sido apanhados a fazer isso. Já no lado da Mercedes, os dois pilotos marcavam tempo, mas sem forçar.

No final, os pilotos começaram a moderar-se e os eliminados foram os do costume: McLaren e Manor-Marussia. Ainda havia uma réstia de esperança para o pessoal de Woking, mas essa ilusão desvaneceu-se logo. E o piloto que sobrou foi o Sauber de Felipe Nasr, mas apenas por meros 0,1 segundos.

Na Q2, apesar dos fogachos iniciais da Williams, foi a Mercedes que acabou com a brincadeira, com Rosberg na frente de Hamilton, conseguindo uma vantagem de 331 centésimos sobre o inglês e claro, passar para a Q3. Atrás, foi a briga habitual. Se Ferrari e Red Bull passaram facilmente - Kvyat fez o quarto melhor tempo, na frente de Vettel - na parte de trás, a angustia foi grande. O maior frustrado tinha sido Max Verstappen, que tinha carro para entrar, mas não conseguiu mais do que a 13ª posição da grelha, fazendo companhia a Marcus Ericsson, Sergio Perez, os Lotus de Pastor Maldonado e Romain Grosjean. Do outro lado, os sortudos foram Carlos Sainz Jr. e Nico Hulkenberg.

A Q3 foi de ataque para Lewis Hamilton, que fez 1.32,248 segundos, fazendo um tempo superior em um centésimo de segundo ao piloto alemão. A Williams ficava com a segunda fila - Bottas superior a Massa - e os Ferrari a ficar com a terceira fila, com Raikkonen a ser mais veloz do que Vettel. Depois de um momento em que foram às boxes, trocar de pneus, saiam para a sua última tentativa em pista, e quando a bandeira de xadrez foi mostrada, Hamilton abortou a sua tentativa de qualificação, quando viu que Rosberg não iria melhorar.

Assim sendo, Lewis Hamilton conseguia mais uma pole-position, a oitava do ano, e pela 17ª vez consecutiva colocava o seu carro na primeira fila, igualando o recorde de outro britânico, Damon Hill. Nico Rosberg era o segundo, e o monopólio da Mercedes segue firme e forte. Felipe Massa foi o terceirom conseguindo superar o seu companheiro de equipa, Valtteri Bottas, e relegando a Ferrari para a terceira fila, com Raikkonen a ser melhor do que o aniversariante Vettel.

A fechar o top ten ficaram o Red Bull de Kvyat, o Toro Rosso de Carlos Sainz Jr, o segundo Red Bull de Daniel Ricciardo e o Force India de Nico Hulkenberg.

No final, é aquela previsibilidade do qual a Formula 1 está a observar desde o inicio de 2014. Só por quatro vezes é que houve um vencedor diferente que não os Mercedes, e provavelmente é o que vai acontecer amanhã. Mas provavelmente o elemento potencialmente desiquilibrador nisto tudo é saber se Lewis Hamilton conseguirá vencer em casa. Já provou que sim, e ele vai querer responder às vitórias de Rosberg, e por vezes, o inglês cede à pressão...

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