terça-feira, 7 de julho de 2015

Sobre as especulações do momento na Formula 1

Estamos a meio da temporada de 2015, e se nas pistas todos sabem quem vai ganhar - menos na parte dos pilotos... - em termos de equipas, as especulações estão localizadas, embora a resolução não seja assim tão fácil quanto se espera, apesar de haver chances de uma resolução breve.

Falei ontem sobre a situação da Lotus, mas isso poderá ser de fácil resolução. É que a Renault, depois de muito tempo a refletir e a pesquisar, poderá ter decidido qual é a equipa que irá comprar para fazer o seu regresso em 2016. E essa equipa poderá ser... a Lotus. Mais concretamente, a Genii Capital. Há algum tempo que se sabe das dividas, também da maneira como elas têm vindo a ser pagas, o que dá a ideia de que as coisas estão controladas. Mas com Carlos Ghosn já a ter dito à Renault Sport para que tome logo uma decisão, estes já estão a pensar onde ir e poderão ir para um sitio onde conhecem bem.

O preço? Provavelmente inferior a que a Red Bull propôs para que vendessem a Toro Rosso: 300 milhões de euros. Não ficaria admirado se vendessem por um peço inferior, ou até por um preço simbólico de uma libra, com a marca do losango a assumir as dividas, e Gerard Lopez e os seus sócios a sair dali aliviados pela montanha russa que foi a sua aventura na Formula 1. Uma coisa é certa: este fim de semana se falou que a resolução deste problema poderá acontecer nas próximas semanas. Ou mais cedo ainda.

Mas o mais interessante é a Red Bull. Desde sexta-feira que se ouve um pouco de tudo: envolvimento da Aston Martin, construção de motores próprios e até o envolvimento de Adrian Newey em construir... um carro de estrada. É verdade!

Sobre o envolvimento da marca que James Bond usa, lendo sobre isso no sitio do Joe Saward indica que isso poderia acontecer através de um envolvimento indireto, ou seja, esses motores com essa marca não seriam mais do que... Mercedes V6 cliente. Para melhorar as coisas, a marca pertence desde 2012 a um fundo italiano, liderado por Andrea Bonomi, e teria como um dos seus conselheiros... Flávio Briatore. Ele fez um projeto para a Formula 1, mas a direção tinha outros planos, que passaram por uma troca de tecnologia com a Mercedes, em troca de 10 por cento da marca.

Feito o acordo, parece que a marca está a planear os próximos passos, e sabe-se que nesse campo, não há objeções por parte da marca alemã. Mas esta terça-feira o mesmo Joe Saward disse que o problema é agora o dinheiro, e como sabem, o investimento na Formula 1 é bem elevado, dinheiro que não abunda nos cofres da Aston Martin, que está mais preocupada em aumentar as suas vendas em até 7500 unidades por ano. 

E ainda há mais dados que indicam que poderá haver mais truques na manga. Uma delas é que a equipa de Milton Keynes poderá estar a trabalhar num motor próprio, provavelmente para ficar pronto no final de 2016, quando terminar o contrato com a Renault. Prova disso é a expansão das instalações da fábrica, com a aquisição de um edifício adjacente e a construção de um novo túnel de vento. E claro, dinheiro não falta, porque a firma de bebidas de origem austro-tailandesa está a nadar em dinheiro.

Caso aconteça, resta saber com que base é que eles vão partir, mas há alianças com a Nissan e com a Infiniti, a marca de luxo da mesma companhia. 

Contudo, resta saber se essas alianças continuarão quando eles lançarem o seu carro de estrada, algures em 2018. É que este ano, Adrian Newey afastou-se de vez da projeção dos carros de Formula 1 para se preocupar em construir um super-carro, como já fez no passado o Gordon Murray. A noticia aparece hoje no sitio brasileiro Flatout! e tem como base outra na britânica Autocar. Com quase 60 anos e 35 de carreira no automobilismo - começou em 1981 na Fittipaldi - deixou a Formula 1 por ser demasiado restritiva e passou para os carros de estrada.

Curiosamente, Newey poderá estar também a planear desenhar um carro para a Aston Martin, mas isso pelos vistos só acontecerá em 2018, e este poderá aparecer bem antes, com homologação para pistas e para as ruas. Resta saber se será tão revolucionário como foi o McLaren F1 em 1992, mas ele já mostrou que consegue fazer tais coisas, como já foi visto... na Playstation.

Para finalizar, volto ao Joe para falar sobre outra coisa que está nos bastidores, mas também é importante: a queixa das equipas médias à União Europeia à FOM e a CVC Capital Partners devido à opacidade em que os negócios são feitos e a desigualdade na distribuição de dinheiros. Aparentemente, isso deveria ter sido apresentado agora, mas as instituições da União encerram para férias a 15 de julho, logo, é provável que só lá para setembro teremos novidades...

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