sábado, 24 de outubro de 2015

Formula 1 2015 - Ronda 16, Estados Unidos (A qualificação... que não aconteceu)

A Formula 1 passa a ideia de que, faça sol ou chuva, o espectáculo tem de continuar. Existem muitos exemplos no passado que provam que desafia sempre os elementos e os avisos de maior prudência em relação ao tempo. Já enfrentou tufões e furacões e não se moveu, numa teimosia que quase roçou o bom senso. E por vezes - como sabemos o que aconteceu em Suzuka, há um ano - as consequências foram trágicas.

Este fim de semana, a Formula 1 está em paragens texanas, mas quando Bernie Ecclestone fez o calendário, não esperava que este fim de semana, existisse a ameaça de um furacão à vista. O "Patricia" atingiu a costa mexicana na sexta-feira à tarde, com uma força de Grau 5, tornando-se no segundo mais forte da história, superando apenas o tufão "Yip", que esteve ativo durante vinte dias no Pacifico central e Japão, em outubro de 1979. Contudo, apesar da força, este sábado, as montanhas mexicanas fizeram o seu papel e praticamente se transformou numa depressão tropical. Tão rapidamente se fez... quanto se desfez.

Mas a depressão tropical continua a sua marcha para o Texas, e este sofre com a chuva constante. Tão constante que as pessoas foram avisadas de inundações na zona e as autoridades evitaram deslocações inúteis ao Circuito das Americas, que fica a 30 quilómetros do centro da cidade de Austin. Mas apesar das más condições, houve o terceiro trino livres, onde Lewis Hamilton conseguiu ser mais veloz do que a concorrência, liderada por Sebastian Vettel e Nico Hulkenberg. E a partir dali, começou a surgir o rumor de que esse poderia ser a verdadeira qualificação, caso o tempo piorasse.

E à medida que a hora se aproximava, o tempo permanecia inalterado: céu cinzento e a chuva sem parar. Sabia-se que poderia haver um "plano B", ou seja, adiar a qualificação para mais tarde, até domingo de manhã. Mas já se sabia que a cada hora que passava, mais a depressão "patriciana" se aproximava, vertendo o que tinha a verter, e a chance do treino livre do inicio do dia de ser a qualificação real... era real, passe a redundância.

Menos de meia hora do começo da qualificação, veio o primeiro aviso: adiamento até às 14:15 locais (19:15 em Lisboa), e a chuva não parecia abrandar. Os delegados da FIA, entretanto, esclareciam que o critério era que a qualificação poderia ser adiada até ao dia seguinte, pelas nove da manhã locais. Mas à medida que passavam os minutos, o tempo parecia que piorava, e o seu começo adiado.

E enquanto passavam os minutos, e depois as horas, as equipas entretinham enquanto podiam. Eles sabiam que os espectadores tinham pago para lá estar, e claro, eles faziam o melhor que podiam. Até Daniel Ricciardo decidiu dançar, enquanto que a a Sauber presentava o seu novo barco... perdão, carro, para o seu 400º Grande Prémio da sua história. E a Force India aceitava o desafio, enquanto que Sainz e Verstappen entravam nos seus carros, preparando-se para a corrida. Isto é: os pais de Sainz e Verstappen!

No final, foi uma tarde divertida para toda a gente, pois o final era mais do que sabido: qualificação cancelada e adiada para as nove da manhã de domingo, hora local. O "Patricia" fazia das suas, mas há a esperança de que no domingo, a chuva desapareça e o sol faça a sua aparição, dando tempo para que a programação siga conforme planeado, mas vai ser tudo compactado, pois o espectáculo tem de continuar, e na semana que vêm, haverá mais, na Cidade do México.

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