terça-feira, 29 de dezembro de 2015

A imagem do dia

Michael Schumacher, perseguido por Jacques Villeneuve, no GP da Europa de 1997, em Jerez de la Frontera, e a caminho do acidente que definiu aquele campeonato, numa foto tirada por Paul-Henri Cahier.

Dois anos depois do seu acidente em Méribel, ninguém sabe como anda Michael Schumacher. As especulações são muitas, mas do outro lado encontra-se um muro de silêncio, vinda da sua família, a começar pela sua mulher, Corinna. Após este tempo todo, aprendeu-se a respeitar esse silêncio, mas as fãs do piloto não gostam muito pelo simples facto de que se sentem marginalizados pela atitude da família. De facto, os advogados poderão dizer que isto esta no domínio privado... e é verdade, mas isto acontece porque ele não está nas suas faculdades, ou seja, está frágil, totalmente dependente.

Já disse isto uma vez e volto a dizer: não creio que haverá qualquer informação importante sobre ele num futuro próximo. Estas coisas são dolorosamente lentos e o impacto que ele teve foi bem forte. Não acredito que ele volte a ter as mesmas faculdades, e se alguma vez recuperar a consciência, ou até andar, não será aquilo que pensamos que foi no passado. De uma certa maneira, esta proteção até preserva a imagem do alemão para o resto do mundo, especialmente no dia em que eles quebrarem o silêncio para dizer algo. E tenho a sensação que isso acontecerá apenas para duas coisas: quando ele estiver recuperado, ou quando anunciarem o seu falecimento. Só acredito nessas duas coisas.

Até lá, só poderemos especular, e ouvir os desmentidos. E entretanto, recordamos o piloto pelos seus feitos na pista, e a razão pelo qual ele se tornou num dos melhores de todos os tempos.

Sem comentários: