segunda-feira, 2 de maio de 2016

A imagem do dia

Faz hoje 30 anos que Henri Toivonen teve o seu acidente fatal, durante a Volta à Corsega de 1986. O seu acidente fatal, que também vitimou o seu navegador, Sergio Cresto, colocou um fim abrupto aos carros de Grupo B, considerados como automóveis "indomáveis" e que durante quatro temporadas, entre 1983 e 1986, foram considerados como os carros mais potentes, velozes e leves da história dos ralis. Hoje em dia, são vistos com fascínio, apesar de serem perigosos.

Henri, filho de Pauli e irmão de Harri, também teve uma incursão pelas pistas, especialmente na Grã-Bretanha. Correu uma prova de Formula 3 na equipa de Eddie Jordan, em Thruxton, onde acabou no qurto posto. Contudo, o vencedor dessa prova foi um tal de... Ayrton Senna, que fazia a sua estreia nessa competição. Depois, fez duas provas do Europeu de Sport-Protótipos, onde subiu ao pódio numa delas, e chegou a andar num teste de formula 1 a bordo de um March, onde a certa altura foi quase segundo e meio mais veloz do que um dos pilotos titulares, o brasileiro Raul Boesel.

Sobre ele, anos depois, Jordan disse o seguinte:

Não sei se ele algum dia alcançasse um titulo mundial [de Formula 1], isso é algo do qual tem de se ter alguma sorte. Mas tenho a certeza que ele teria ganho alguns Grandes Prémios, isso tenho a certeza”.

Talvez sim, talvez não. Aliás, Henri começou a correr no karting e depois andou nos monolugares, sendo campeão da formula Super Vê finlandesa em 1977, e tinha o apoio de Keke RosbergHarri Toivonen, o irmão mais novo de Henri, dizia que ele tinha ido para os ralis "um pouco contrariado", e que para ele: "O rali era a sua profissão, mas tinha as pistas na sua mente. Ele me incentivava para ir para as pistas, falando sempre sobre Formula 1. Eu tinha a certeza que ele queria estar ali".

Contudo, sem grande dinheiro, acabou por ir para os ralis porque os pais achavam que seria mais seguro correr por ali... mas que tinha talento para as pistas, tinha.

"A minha primeira vez num Formula 1 foi a 2 de maio, o dia da sua morte. Pensei imenso em Henri nesse dia porque sabia que era o seu sonho", afirmou o seu irmão Harri, anos depois, numa reportagem publicada na Motorsport inglesa.

Sem comentários: