terça-feira, 24 de maio de 2016

Depois dos petro-dólares, as Caraíbas?

Provavelmente muitos de vocês não sabem apontar onde ficam os Barbados. Mas quem tem curiosidade, poderei dizer que se situam nas Caraíbas, um pouco ao norte de Trinidad e Tobago, tem como capital Bridgetown, foi uma antiga colónia britânica - independente desde 1966 - e é a terra natal da cantora Rhianna.

Então, o que tem a ver com o automobilismo? Bom, para além de albergar um dos ralis mais importantes da região, o Rally Barbados, há também um multimilionário que quer (re)construir um circuito por lá e receber a Formula 1! Mark Maloney é a pessoa por trás de Bushy Park, um circuito que foi construído nos anos 70 e que desde há algum tempo acolhe o Barbados Festival of Speed, onde já apareceu, por exemplo, Lewis Hamilton, que tem as suas raízes desse lado das Carabídas - o seu avô paterno é da ilha de Grenada, não muito longe dali.

Já temos um circuito que está pré-construído desde 1970. Atualmente, esta faixa tem a capacidade para 30 mil pessoas (dez por cento da população da ilha). O nosso plano era apresentar este projeto em 2013. Mas aí não tínhamos dinheiro suficiente para reconstruir o circuito”, começou por afirmar.

Agora [2016] temos um forte orçamento. Vamos apresentar os nossos planos a Ecclestone nos próximos dias. É algo que vai envolver algo em torno dos noventa milhões de euros. A FIA já nos está a apoiar na nossa proposta. Mas vamos precisar de investidores para nos ajudarem a manter um GP de Formula 1 por ano até 2020”, continuou.

Quanto ao traçado, Maloney afirmou: “Gostaria de construir um circuito com quase 6,5 km, por isso estou ansioso por adquirir terrenos a norte das instalações. Um grande circuito significa que podíamos apontar ao estatuto de Grau II da FIA, para assim atrair outras competições a esse nível, como o WTCC ou a Fórmula V8 3.5. Haverá uma parte [da pista] que irá mesmo passar bem perto do mar. O que deverá ser muito bom para atrair turistas para a ilha”, finalizou.

Pode nem ser uma má ideia ter um circuito desse tipo por aí, desde que haja, por exemplo, um aeroporto capaz de acolher toda a parafernália de mecânicos, peças, engenheiros e pilotos. E a capacidade hoteleira deverá ser suficiente, já que é um país que depende muito do turismo. 

Veremos. Mas a acontecer, não pode ser em setembro ou outubro devido à época dos furacões, e é nessa altura que o circo da Formula 1 visita a América do Norte, para as corridas em Austin e no autódromo Hermanos Rodriguez. 

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