quarta-feira, 8 de junho de 2016

A mecânica do acidente de Fernando Alonso em Melbourne

Há cerca de três meses, em Melbourne, Fernando Alonso teve um dos piores acidentes da sua carreira, ao embater fortemente no muro depois de ter capotado na gravilha. Embora aparentemente, o piloto espanhol da McLaren tenha saído dali relativamente incólume, ele acabou por depois deterarem-lhe fissuras nas costelas e um pulmão perfurado, que o impediram de correr no Bahrein, sendo substituido por Stoffel Vandoorne.

Esta quarta-feira, a FIA divulgou o relatório final sobre o seu acidente e o impacto que ele sofreu no embate no muro foi impressionante: 46 G's! Tudo isto a partir de um choque inicial com o carro de Esteban Gutierrez, a 305 km/hora. "A partir de um impacto inicial de 305km/hora, o carro de Alonso foi capaz de gerir três desacelerações, uma delas no ar, sem grande prejuízo para o piloto, principalmente devido a uma variedade de sistemas de segurança existentes no carro, um bom desempenho para a sua finalidade projetada", concluiu.

Laurent Mekies, gerente do FIA Global Institute, afirmou que as lições tiradas do acidente do Alonso - especialmente as imagens de vídeo - contribuirão para haja uma melhor segurança no futuro.

"O que queríamos entender era a dinâmica exata da cabeça, pescoço e ombros num acidente como este e como eles interagem com as outras partes do cockpit - os preenchimentos, o HANS, os cintos e qualquer outra coisa que pode estar dentro do cockpit", começou por dizer.

"Estas câmaras permitem-nos compreender melhor as forças exercidas sobre a cabeça em determinados deslocamentos, o alongamento do pescoço, como ele interage com os apoios de cabeça, como os encostos de cabeça se mexem e o que precisamos fazer para produzir o cockpit da próxima geração. "

Mekies deu a entender que a existência de mais câmeras para monitorizar os pilotos no futuro, bem como a possibilidade de usaram melhor os dados biométricos. "Você poderia imaginar amanhã um milhão de coisas - você poderia imaginar tentar estimar as cargas sobre a parte superior do corpo dos pilotos através dos cintos de segurança, por exemplo. É um campo de pesquisa que nunca vai parar, tanto como a pesquisa por mais segurança nunca irá parar, pois vamos continuar a empurrar os limites para ganhar uma compreensão mais profunda", concluiu.

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