segunda-feira, 17 de outubro de 2016

E depois de Hulkenberg, como ficará o mercado?

Na sexta-feira, todos nós soubemos da colocação de maus uma peça no "puzzle" (ou quebra-cabeças) do mercado de pilotos para 2017, com a passagem do alemão Nico Hulkenberg da Force India para a Renault, num contrato de três temporadas, ao preço de seis milhões de euros por ano. A movimentação poderá ser vista a médio prazo, pois Hulkenberg há muito que desejava ter um contrato com uma equipa de fábrica para poder mostrar todo o seu talento que já mostrou na Williams, Sauber e Force India, mas sem pódios (apesar de ter uma pole-position e duas voltas mais rápidas).

Com isso, outras coisas podem acontecer agora de futuro, como por exemplo, a chance de ter uma dupla totalmente nova para a Renault em 2017, livrando-se de Kevin Magnussen e Joylon Palmer. Isto porque há noticias de insistem ma ideia de que a equipa do losango quer Valtteri Bottas, mesmo que a Williams esteja relutante em deixar partir, porque pretendem ter um piloto mais experiente para ajudar o canadiano Lance Stroll (cujo 18º aniversário, a 29 de outubro, coincide com o fim de semana do GP do México) no seu ano de estreia na Formula 1. É interessante saber que os franceses querem uma dupla jovem e veloz, mas também experiente, numa temporada em que teremos chassis novos, e dos quais Pat Symmonds, o engenheiro-chefe da Williams, já disse que estes carros terão um "downforce" imenso, bem maiores do que tem agora.

Se os dois lugares da Renault estão "vagos", isto vai significar que teremos mais lugares à disposição do que se esperava, e todo o mercado de pilotos vai estar bem mais agitado. E claro, muitos nomes para esses lugares, sejam eles jovens, experientes ou não, com ou sem dinheiro.
Há uma coisa interessante do qual o Joe Saward faz referência no seu blog logo na sexta-feira. A Williams não deseja que Bottas saia, mas caso aconteça, eles poderão pensar em três alternativas interessantes: o brasileiro Felipe Nasr, o alemão Pascal Wehrlein e o dinamarquês Kevin Magnussen. Contudo, a marca de Grove sustenta-se num equilibrio delicado em termos de dinheiros, e se o primeiro tem, os outros dois dependem de outros arranjos financeiros. Apesar de Wehrlein não ser mau de todo, a Mercedes quer dinheiro pelos seus motores e não quer arranjos que o façam "descontar" na conta. E no caso da Force India, vai pelo mesmo diapasão.

Mas esta segunda-feira, a Autosport portuguesa fala que há o rumor de que Lawrence Stroll, o milionário pai de Lance... não quer Bottas na equipa, ou seja, deseja uma dupla totalmente nova. O rumor vem do ex-piloto Mika Salo, que fala que Stroll Sr. comprou as ações que pertenciam a Toto Wolff (algo que já se ouviu por mais do que uma vez nos últimos tempos) e parece que deseja fazer as coisas à sua medida. Resta saber quem é que ele quer. Nasr? 

Contudo, caso a Renault não consiga Bottas, mas não queira ficar com Magnussen, o francês Esteban Ocon seria uma boa alternativa, pois já andou por ali como terceiro piloto em 2015 e no inicio de 2016, logo, já conhece os cantos da casa... apesar de ser piloto Mercedes.

No lado da Force India, a situação é semelhante à Williams, mas este ano conseguiu ser melhor do que eles. Tudo indica que serão quartos no mundial de Construtores e mais dinheiro irá entrar nos cofres da equipa. E se conseguirem contstruir um bom chassis, aliado ao motor Mercedes que têm, o lugar será bem apetecível. Pascal Wehrlein seria uma boa chance, mas o problema é o mesmo que tem em relação ao lugar na Williams: a marca quer dinheiro e não descontos.

A alternativa passaria por Palmer, por exemplo, pois Nasr não lhe convêm por causa do... dinheiro. Vijay Mallya quer vender a equipa por um valor bem grande - por agora - mas com o tempo, poderá ser que faça um desconto para que se "livre" de mais um dos inumeros problemas legais e financeiros do qual tem de lidar neste momento. É por isso que está a viver desde o inicio do ano em paragens britânicas... como foragido devido a impostos não pagos e ajustes de contas em relação à falência da Kingfisher Airlines, em 2013.

Mas mais interessante ainda é que a Force India veria com bons olhos se o lugar calhasse a Esteban Gutierrez. Incerto na Haas, ter uma dupla totalmente mexicana na equipa poderia atrair a chance de ter a familia Slim a comprar a equipa, do qual foi falado durante este verão na imprensa local, algo do qual foi prontamente negado.

E poderá haver mais buracos por preencher no mercado de pilotos para 2017. Caso saia um dos pilotos da Manor, é provavel que Rio Haryanto entre para os preencher, pois Alexander Rossi ficará na IndyCar, correndo pela Andretti (o que dá vencer as 500 Milhas logo no seu ano de estreia!), mas mais complicado vai ser se tiver de preencher os dois lugares. Como têm motores Mercedes, poderá ser provavelmente um sitio apetecível. E a Sauber, em 2017, deverá querer um piloto ao lado de Marcus Ericsson, caso Nasr saia para uma Williams da vida...

Como se pode ver, este mercado e estas movimentações estão longe de estarem terminadas...

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