sábado, 14 de maio de 2016

CNV/TCR Portugal: Carvalho e Batista ganharam em Braga

Francisco Carvalho e Nuno Batista foram os primeiros vencedores da edição deste ano do Campeonato Nacional de Velocidade, que começou este sábado no circuito Vasco Sameiro, em Braga, o primeiro com os regulamentos da TCR na categoria principal. Carvalho foi o melhor do que Manuel Gião, o "poleman" da primeira corrida, enquanto que na segunda, Nuno Batista levou a melhor sobre Francisco Abreu.

Na primeira corrida, Carvalho conseguiu partir melhor sobre Manuel Gião, que foi surpreendido na partida, e que depois sofreu um despiste, fazendo cair para o terceiro posto e danificando alguns componentes aerodinâmicos. Carvalho distanciou-se para vencer a primeira corrida deste sábado, enquanto que Francisco Mora, que era segundo teve problemas com a bomba de gasolina e foi superado por Gião. Mesmo assim, Mora ficou com o lugar mais baixo do pódio, enquanto que Tiago Ribeiro foi o melhor dos TCC, no sétimo lugar. 

Poucos minutos depois, decorreu a segunda corrida, onde Batista afastou-se de Francisco Abreu, acabando como vencedor, com uma vantagem de três segundos sobre o segundo classificado. Atrás, Gustavo Moura deu um toque em Francisco Mora, causando o abandono deste último e a recuperação de Moura até ao quarto posto, dando o terceiro lugar a José Cabral, piloto da Baporo, que também correu com um Seat Leon. José Correia foi o melhor dos TCC, no sexto posto.

Amanhã haverá mais duas corridas do CNV, em Braga.   

A imagem do dia

Há precisamente 30 anos, em Paul Ricard, Elio de Angelis tentava o impossível para fazer melhorar o modelo Brabham BT55, depois de um dificil inicio de temporada. Depois de seis temporadas na Lotus, que sairia no final da temporada anterior em atrito com Ayrton Senna, De Angelis, então com 28 anos, tentava prosseguir a sua carreira numa Brabham que estava a tentar algo novo, algo radical com o modelo desse ano, desenhado por Gordon Murray.

De Angelis não era para estar ali. Quem estava inicialmente escalado para aquele teste tinha sido o seu companheiro de equipa, Riccardo Patrese, mas De Angelis pediu para testar, para ver se conseguia melhorar a performance daquele carro, que sofria também com o motor BMW de quatro cilindros em linha, e com o sistema de transmissão, que era demasiado frágil e quebrava constantemente.

Contudo, a meio dessa sessão de testes, o carro de De Angelis perdeu o controle na rápida zona de Verriere - a asa traseira cedeu - o carro ficou de cabeça para baixo, fora de pista, saltando até dos rails de proteção, devido ao impacto do carro nas barreiras. O carro pegou fogo... e não havia muitos comissários de pista ou serviços de emergência, pois não era fim de semana de Grande Prémio. Tanto que alguns pilotos, como Nigel Mansell e Alan Jones, ajudaram a tirá-lo dos destroços do seu carro.

Os socorros demoraram cerca de maia hora para chegar, e outro tanto para levá-lo para Marselha. Mas lá, disseram que tinha sofrido extensos danos cerebrais, que revelaram ser fatais para o jovem piloto de Roma. A sua morte foi declarada no dia seguinte, aos 28 anos de idade.

Murray contou depois que foi o acidente de De Angelis que fez com que abandonasse a Brabham. E muitos também afirmam que foi por causa disso que Bernie Ecclestone decidiu vender a sua equipa no final desse ano, não sem antes tirar de cena por um ano, em 1988, com o final dos motores Turbo. A Brabham aguentaria até 1992, desaparecendo da Formula 1, e Murray tentou a sua sorte na McLaren. Foi por causa das lições do BT55 que Murray desenhou dois anos depois o MP4/4, que muitos consideram como o melhor carro de todos os tempos. Mas o preço a pagar foi bem alto. 

Formula 1 2016 - Ronda 5, Espanha (Qualificação)

Por fim, depois de quatro corridas - aquela parte da Rússia não é bem Europa - a Formula 1 chega a um sitio mais tradicional, que é Barcelona, numa data tradicional, porque por norma, o GP de Espanha é a primeira corrida em solo europeu desde... 1968. O circuito de Barcelona é normalmente um sitio onde todos conhecem com a palma da mão, tanto que nos últimos tempos se tornou na pista de testes por excelência da Formula 1. Não só está perto das fábricas, como o clima é ameno no  pico do inverno, sem neves a incomodar, como aconteceria, por exemplo, em Silverstone.

E por ser um sitio tradicional, onde todos se conhecem, é que não havia grandes expectativas em termos de qualificação. Isto, se decorressem de forma normal, sem percalços. E se não existisse qualquer percalço, então estaríamos a ver o monopólio dos Mercedes na primeira linha, com os Ferrari e os Red Bull logo a seguir. Agora perguntam-me: "se este narrador sabe do que fala, escuso de ler o resto!" Calma, estou a escrever este parágrafo antes da qualificação começar. E que eu saiba, ainda não tenho poderes de adivinhação. E sou sempre daqueles que espera... o inesperado.

E houve inesperados: a Red Bull ficou na frente da Ferrari na grelha de partida, e Max Verstappen confirmou os seus créditos, ao ser quarto classificado na grelha, batido apenas pelos Mercedes e pelo seu companheiro de equipa, Daniel Ricciardo. O holandês, filho de Jos Verstappen, por algum tempo parecia que poderia bater mais um recorde de precocidade, ao ser o piloto mais novo a alinhar na primeira fila da grelha de partida, aproveitando uma falha de Lewis Hamilton logo na sua primeira tentativa, mas isso não aconteceu.

Como houve vencedores, tinha de haver vencidos. A Ferrari foi batida pela Red Bull e poderá ter perigado um pouco a presença de Maurizio Arrivabene no comando da equipa, apesar de Sebastian Vettel ter amenizado um pouco, ao ser quinto na grelha. Mas pior ficaram os Williams, pois Felipe Massa ficou-se dentro da Q1, saindo da 18ª posição da grelha, e Valtteri Bottas ficou no sétimo posto, embora tenha ficado na frente de Carlos Sainz Jr, de Sergio Perez e de Fernando Alonso, que por fim, colocou o seu carro na Q3 pel primeira vez nesta temporada.

Debaixo de céu nublado, mas sem chuva, a qualificação correu normalmente na primeira parte, à excepção da eliminação de Felipe Massa da Q2, a favor dos Renault de Joylon Palmer e Kevin Magnussen. No final do treino, culpou o tráfego pelo seu falhanço: “Foi uma pena. Tive tráfego na minha primeira volta e não tivemos tempo para sair de novo”, começou por dizer. "É muito frustrante, a equipe precisa ter uma margem maior nestes casos. Paramos para trocar os pneus e logo depois não nos deu tempo de voltar para a pista. Amanhã será difícil", concluiu.

E com ele ficaram os Sauber de Marcus Ericsson e Felipe Nasr (que se amargou afirmando que o carro não terá evoluções até ao final do ano) e os Marussia de Pascal Wehrlein e Rio Haryanto.

Para a Q2, também não houve grandes surpresas. Havia a expectativa de saber se Daniil Kvyat iria dar o troco da despromoção que tinha sido sujeito após o GP russo, mas no final, ficou apenas com o 13º tempo, ficando na frente do Haas de Romain Grosjean, mas por exemplo, fora superado por Sainz Jr, que "corria em casa" e foi um dos que passou para a Q3, como foi o que aconteceu com Fernando Alonso, colocando um McLaren num local que já não aparecia há algum tempo. A parte chata é que Jenson Button conseguiu apenas o 12º tempo, atrás de Nico Hulkenberg, que "pagou a fava" de ficar naquele posto que quase o colocava na parte final do treino...

Mas no meio desse treino, quem brilhava era Max Verstappen, que conseguia constantemente colocar o seu carro no terceiro posto, conseguindo superar Sebastian Vettel e Daniel Ricciardo. Tudo isto fazia com que as pessoas vissem esta qualificação como a confirmação do potencial do piloto holandês. E também, o resto do mundo começava a esquecer-se de Daniil Kvyat, como Jos passava a ser visto agora como sendo "o pai de Max"...

A Q3, a parte final do treino, foi interessante: Hamilton começa a ter um percalço e colocava Nico Rosberg na frente da tabela de tempos, com Max Verstappen logo a seguir (!) e a aumentar as expectativas. Mas na parte final, o inglês faz 1.22,000, mais 280 centésimos sobre Nico Rosberg e conseguindo assim a sua primeira pole-position do ano. E Daniel Ricciardo conseguia, com pneus macios, superar Max Verstappen e ficar com o terceiro posto da grelha de partida. Mas o seu tempo foi quase sete décimos mais lento do que os Mercedes, o que vai significar que amanhã, vai ser mais do mesmo...

As corridas em Barcelona raramente são excitantes. O normal é esperar algo hierárquico, sem sarilhos de maior. Logo, as apostas numa dobradinha dos Flechas de Prata são grandes. Mesmo quando há algo de inesperado na grelha, como foi a vitória de Pastor Maldonado em 2012, por exemplo, não foi uma corrida de trás para a frente, mas sim um poleman a aguentar os ataques da concorrência. Contudo, há certas coisas que fazem com que estejamos atentos amanhã, especialmente o lugar onde partirá Max Verstappen. E como disse mais acima, espero sempre o inesperado. Mesmo em Barcelona...

sexta-feira, 13 de maio de 2016

O que deve saber sobre o novo campeonato nacional de velocidade?

Este fim de semana, o automobilismo nacional começa a mostrar as suas garras no circuito Vasco Sameiro, em Braga. E nos últimos anos, depois de acabar o PTCC, eles andaram com GT's e depois com protótipos, que foi esse o campeonato que durou até 2015. Contudo, em 2016, resolveram trocar de modelos de carros e aderir ao TCR, o Touring Car Racing internacional, que está a criar categorias continentais, internacionais e nacionais. Este ano, já contamos com séries em Espanha, Alemanha, Itália e Rússia, para não falar nas competições na Europa, Ásia e de futuro, na América Latina.

A competição, organizada pela Full Eventos, vai ter três categorias: a TCR, com carros regulamentados pela mesma competição, a TCC e a TCS. A primeira tem a ver com carros provenientes de troféus, como o Abarth 500 ou a Seat Leon Supercopa, e têm três sub-categorias, a 1,4: a 1,6 e a 2.0 A segunda, são carros provenientes de automóveis de série, uma espécie de Grupo N. O regulamento seguido é o que há em Itália e terá quatro categorias: 1,4, 1.6, 1.8 e 2.0.

Quanto às corridas, vai haver de dois tipos: a Sprint, que vai ter duas corridas de 25 minutos cada, após a realização de dois treinos livres de meia hora cada e dois treinos cronometrados de 15 minutos; e o Double Sprint, com quatro corridas de 20 minutos cada um, mantendo-se os treinos livres e os cronometrados.

Em relação aos candidatos, há três equipas com ambições de vitória: a Novadriver, a Speedy Motorsport e a Veloso Motorsport, todas elas veteranas no panorama nacional. Estas três equipas alinharão com duplas, e cada um terá um carro diferente: a Novadriver andará com um Volkswagen Golf, enquanto que as outras duas andarão de Seat Leon. O primeiro alinhará com o veterano Manuel Gião, ao lado do novato , enquanto que na Speedy, a mesma combinação juventude/experiência vai ser preenchida com Rafael Lobato e César Machado. Na Veloso, a dupla será constituída por Francisco Carvalho e Nuno Batista, estes dois bem veteranos nas pistas, já que competem desde meados dos anos 90.

Queremos o título. Apostamos forte e seria uma desilusão não chegarmos ao final do ano na qualidade de campeões. Eu e o Nuno Batista, piloto que dispensa apresentações, vamos enfrentar este desafio com motivação máxima, contando com o apoio essencial da Veloso Motorsport, uma das mais prestigiadas e competentes equipas europeias”, disse Carvalho à Autosport portuguesa, por alturas da apresentação do seu novo projeto.

Sempre quis montar e integrar um projeto capaz de vencer o CNV em termos absolutos e isso foi possível este ano. Sendo o Francisco Carvalho um dos melhores pilotos portugueses em carros de turismo, tê-lo como companheiro de equipa é excelente. Penso que temos reunidas as condições, para em conjunto com a Veloso Motorsport abordar todas as corridas com o objectivo de vencer e garantir o título”, comentou Nuno Batista.

Para Rafael Lobato, o vice-campeão em título, deseja alcançar o título com o carro da Speedy Motorsport: “Espero que seja uma boa época, em que tanto eu como o César nos adaptemos bem ao Seat da Speedy Motorsport. O César é um excelente piloto, já o demonstrou ao longo dos anos passados e é o actual campeão dos Fórmula Ford. Contamos fazer um campeonato com regularidade e ir evoluindo com o decorrer das provas, com o objectivo de, no fim, sermos campeões nacionais”, comentou esta semana, durante a apresentação do seu projeto.

Mas nem todos correrão em duplas. Um exemplo é o de José Rodrigues, que competirá sozinho com o Honda Civic TCR preparado pela JAS Motorsport, a mesma que prepara os Honda de WTCC. e terá entre outros o apoio... do Benfica. E mesmo a correr sozinho, a ambição é a mesma: vencer.

"A ambição será sempre vencer. Corrida a corrida terei os olhos postos na vitória. Se assim não fosse, não estaria no Nacional de Velocidade, que será dos mais fortes dos últimos anos", comentou.

Eis o calendário completo do Campeonato Nacional de Velocidade de 2016:

14/15 Maio - Circuito Vasco Sameiro (Braga)
26 Junho - Circuito de Vila Real
9/10 Julho - Autódromo Internacional do Algarve (Portimão)
6 Novembro - Circuito de Jerez
26/27Novembro - Autódromo do Estoril (a confirmar)

CNV/TCR: Mora confia que haverá grandes corridas

Francisco Mora vai participar este ano no Campeonato Nacional de Velocidade, a bordo de um Seat Leon TCR da Veloso Motorsport. Experimentado na condução dos TCR - participou em seis corridas na TCR International, com resultados sempre na zona de pontuação - ele acredita que este campeonato, com os carros em presença, acha que vão ser um campeonato muito competitivo.  

Tenho esperança num bom resultado, mas fundamentalmente acho que vamos ter corridas espectaculares”, começou por dizer Mora. 

Hipoteticamente poderei ter alguma vantagem, pois tenho alguma experiência nos TCR e nestas corridas é importante saber gerir, principalmente o desgaste dos pneus. No entanto tenho consciência de que vou encontrar adversários muito fortes e experientes e que estamos perante projectos muito profissionais. Claro que vou dar o meu melhor, como sempre faço e parto com toda a motivação para esta prova“, finalizou.

O fim de semana de Braga começa amanhã com as duas primeiras corridas do campeonato, com mais duas a acontecer no domingo, no circuito Vasco Sameiro.

Noticias: Brad Pitt vai dar a partida para as 24 Horas de Le Mans

As 24 Horas de Le Mans só vão acontecer daqui a seis semanas, mas já temos uma personalidade presente para dar a partida: o ator americano Brad Pitt estará presente em La Sarthe. A sua presença foi confirmada esta tarde pelo presidente do ACO, Francois Fillon, na sua conta do Twitter: "Estou orgulhoso e feliz [por anunciar] que o início das 24 Horas de Le Mans será dado por Brad Pitt! Estamos ansiosos para compartilhar esta corrida lendária com ele", escreveu.

O convite não é inocente: adepto de automobilismo, Pitt é falado desde o final de 2014 que poderá alinhar ao lado de Tom Cruise na adaptação cinematográfica de "Go Like Hell", o livro que A.J. Baime escreveu sobre o duelo entre a Ferrari e a Ford pela supremacia nas 24 horas de Le Mans, que rendeu o modelo GT40 e quatro vitórias seguidas da marca americana, entre 1966 e 1969. Isto depois de Enzo Ferrari ter recusado vender a sua marca para Henry Ford II, o neto do fundador, Henry Ford.

É frequente convidarem pessoas ligadas ao automobilismo para a partida da clássica da Endurance. Fernando Alonso já lá esteve em 2014, e no ano passado, o convidado foi Bill Ford, neto de Henry Ford II e a pessoa por trás da concepção do GT40, que bateu os Ferrari nas 24 Horas de Le Mans de 1966. Agora´e uma estrela de Hollywood a marcar presença.

CNV/TCR: Dez carros alinham em Braga

A jornada inicial do CNV/TCR, no circuito Vasco Sameiro, em Braga, terá dez carros alinhados e três categorias. Esses dez fazem parte de um conjunto de 99 que participarão no Racing Weekend de Braga, pois para além deles, se juntarão os carros da categoria Legends, Clássicos, Clássicos 1300 e Desafio FEUP.

Dentro do CNV, quatro carros terão especificações da TCR, e dois deles terão apenas um piloto, os carros de Francisco Mora (Seat Leon) e José Rodrigues (Honda Civic). Já na classe TCS, para carros de potencia inferior e correrão com regulamentos semelhantes ao TCS italiano, já um Volkswagen Golf GTi inscrito para a dupla Tiago Ribeiro/Luis Carneiro, e para uma terceira categoria, o TCC, há três Seat Leon Cup Racer prontos a competir, 

Ainda faltam os carros do Troféu Abarth 500, mas estes só avançarão na segunda jornada dupla, em Vila Real, onde também terão mais carros para a categoria TCC e TCS. 

Eis os inscritos:

2 - António Cabral/José Cabral (SEAT Leon Cup Racer)
11 - Francisco Abreu/Manuel Gião (Volkswagen Golf GTI TCR)
16 - Francisco Carvalho/Nuno Batista (SEAT Leon Cup Racer)
24 - Gustavo Moura/João Baptista (Opel Astra TCR)
25 - Rafael Lobato/César Machado (SEAT Leon Cup Racer)
26 - Francisco Mora (SEAT Leon TCR)
27 - José Rodrigues (Honda Civic TCR)
31 - Tiago Ribeiro/Luís Carneiro (Volkswagen Golf GTI Cup)
44 - Rui Dinis/Paulo Ribeiro (SEAT Leon Cup Racer 2015)
50 - Ricardo Gomes/José Ribeiro (SEAT Leon Supercopa)

quinta-feira, 12 de maio de 2016

A versão de Kvyat dos acontecimentos

Uma semana depois da Red Bull ter trocado Daniil Kvyat por Max Verstappen, os pilotos começaram a explicar as circunstâncias da noticia dessa substituição. O piloto russo contou esta quinta-feira, na conferência de imprensa de apresentação do GP de Espanha, que os responsáveis da Red Bull não lhe eram grandes explicações, dando o facto como consumado. 

"Eu estava em Moscovo, deitado no meu sofá e assistindo uma série de TV. Aí o telefone tocou e, do outro lado, oiço um 'Olá, temos algumas notícias para ti'", contou. Era o consultor e chefe da academia de pilotos da Red Bull, Helmut Marko.

"Conversamos por 20 minutos, e eu decidi pedir uma explicação. Entendi alguns detalhes interessantes, mas por agora, vou mantê-los em segredo. Terminamos a ligação, e voltei para minha série de TV. E foi tudo", concluiu. Kvyat não disse que série estava a ver, mas no dia em que lhe telefonaram, estava a dar mais um episódio de "Game of Thrones". 

Há três semanas eu estava a subir ao pódio. Mas os chefes de equipa tiveram de tomar a decisão e não me deram nenhuma explicação. Eu tenho de aceitar isso, e não posso mudar a decisão deles”, confessou.

No entanto, Kvyat olha para o problema numa perspectiva motivadora: “Na Toro Rosso o clima é bom, positivo, e estou ansioso por começar a trabalhar. Nada mudou para mim. Vou dar meu máximo. Estou feliz por voltar à Toro Rosso, eles deram-me umas calorosas boas-vindas. Os objetivos estão claros para a equipa e para mim. Vou dar as minhas respostas na pista”, concluiu.

Vamos a ver o que vai acontecer a partir deste fim de semana aos dois, e até ao resto da temporada.

Formula 1 em Cartoons - A chegada de Verstappen (Cire Box)

A chegada de Max Verstappen à Red Bull, apesar da sua tenra idade, ainda faz com que alguns pensem que, na realidade, quem está a guiar o carro é... Jos Verstappen

Pelo menos é o que pensa o "Cire Box", que acha que o "Jos, The Boss" deveria ter mais uma chance para guiar um Formula 1. Mas pelos vistos, tem de perder peso...

Youtube Rally Testing: Os testes de Marcus Gronholm em França

Marcus Gronholm já se retirou da competição há algum tempo, mas a sua experiência ainda é válida para desenvolver carros de competição, e por estes dias está em França para testar o Volkswagen Polo R com as especificações de 2017. Eis as imagens.

A caça à fábrica da Tesla na Europa

Há uns dois dias, andava a ver fotos no site da revista Turbo sobre um encontro da Tesla, a famosa marca americana de carros elétricos, que houve no Padrão dos Descobrimentos, em Lisboa. Ali, no meio dos cerca de duas dezenas de carros que estavam expostos, quase todos modelos S (e um Roadster) li o apelo de uma pessoa para que a marca fundada por Elon Musk trouxesse para Portugal... um centro de apoio ao cliente, que não existe na Penínsulaa fabri Ibérica. Segundo ele conta, o mais próximo situa-se em Bordéus, a mais de 1200 quilómetros. Ou se preferirem, quatro carregamentos elétricos, caso a bateria tenha uma duração média de 300 quilómetros.

Pois bem, o nosso vizinho do lado tem uma ambição maior: eles querem uma fábrica. A cidade de Paterna, na zona de Valência, deseja ter uma unidade fabril para produzir os seus modelos, o S, X ou o 3, que estão neste momento em produção, na California. Musk quer fazer meio milhão de automóveis por volta de 2020, e está a construir um fábrica enorme - o Gigafactory - no Nevada, mas essas duas fábricas poderão não ser suficientes para todas as encomendas, já que só para o 3, lançado no mês passado, há uma lista de espera de... dois anos e meio!

Assim sendo, a Tesla vai fazer uma fábrica na Europa, mais concretamente na Holanda, mas não deverá ser o suficiente para as suas encomendas. Então, um grupo de entusiastas decidiu pressionar Musk para que coloque uma fábrica por lá, à semelhança que os habitantes de Almussafes fizeram em meados da década de 70, quando pediram uma fábrica a Henry Ford II, e este concedeu, com esta a criar mais de 30 mil empregados (entre postos diretos e indiretos) ao longo deste tempo todo.

Para isso, esse grupo de entusiastas criou um site, o www.spainlovestesla.com, onde mostra as áreas em que a Espanha está a ser líder, quer na inovação, quer nas energias renováveis, quer na exportação, quer na mão de obra qualificada, entre outras coisas. E até colocaram um exemplar de carta para enviar a Musk, no sentido de o convencer a colocar uma fábrica por lá.

Claro, eles vão ter concorrência: há regiões de França (Alsácia), Reino Unido e Alemanha que também querem ter uma fábrica da marca, mas os espanhois contam com o governo central e local nesse apoio.

Boa sorte para eles. Embora diga que Portugal deveria tentar a sua sorte...

P.S: Lembram-se da reivindicação do centro de assistência para Lisboa que falava no inicio do post? Elon Musk viu a noticia no seu Twitter oficial e respondeu afirmativamente.

quarta-feira, 11 de maio de 2016

As razões do silêncio sobre Michael Schumacher

O assunto "Michael Schumacher" tem andando nas bocas do mundo desde há quase uma semana, depois de um site americano ter falado que a vida do piloto alemão de 47 anos poderá estar por um fio. O site citava um neurocirurgião não identificado que afirmara que Schumacher tinha perdido cerca de 30 quilos desde que sofreu o acidente, a 30 de dezembro de 2013, e que a sua morte estaria "por horas". Isso fez despertar as especulações nesse campo, reforçadas com uma declaração de Jean Todt, neste domingo, quando esteve na Sicília, que afirmava que Schumacher estava "a lutar a batalha da sua vida".

Na realidade, Tenho ouvido destas coisas desde fevereiro, quando Luca de Montezemolo deu uma declaração semelhante a que deu agora Todt. O ex-presidente da Ferrari disse que "só um milagre é que teremos o Schumacher de antes", o que fez agitar as águas. O que ele queria dizer - e o tempo se encarregou disso - é que a sua evolução tinha ficado parada e não vai ser mais a pessoa "normal" que conhecemos, e a extensão das suas lesões cerebrais do acidente o fizeram virar um "vegetal", provavelmente sem poder andar ou comunicar de forma audível.

Por outro lado, todas estas noticias, especialmente as mais recentes, podem não passar de especulação - e provavelmente são noticias falsas - mas tudo isto, só a menção do seu nome, sem ouvir o que a família ou o seu porta-voz, Sabine Kehm, tem para dizer sobre isto, mostrou que o público está sedento de noticias sobre a real condição do heptacampeão do mundo, numa família onde a privacidade é sagrada, e quem a quebrar será severamente punido. Uma coisa que para muitos pode ser completamente estranha num mundo de hoje, cheio de redes sociais, onde todos querem aparecer e as noticias voam no espaço de segundos pelo mundo inteiro.   

Esta quarta-feira, a Motorsport brasileira falou com Stefan Ziegler, da sua congénere alemã, para perguntar as razões por este silêncio. Ziegler fala que esta blindagem ética é resultante de um acordo de cavalheiros entre a imprensa e a família do piloto alemão. 

De fato, existe uma espécie de ‘acordo de cavalheiros’ entre a imprensa, a família Schumacher e Sabine Kehm”, começou por dizer. “Por exemplo, nós apenas falamos sobre Schumacher e sua saúde quando há notícias oficiais vindas da família ou da Sabine”, continuou.

Do outro lado, existem várias revistas e sites que relatam todo o tipo de coisa, e que na sua maioria estão totalmente incorretos ou são de mau gosto. Mas a família Schumacher tem advogados muito bons em termos de media, que trabalham nestes casos, e, geralmente, a multa por quebrar as regras da família é muito cara. Assim, muitos meios de comunicação não fazem nada por temer punição. Mas alguns fazem isso para vender mais revistas ou obter visualizações”, declarou.

Apesar desta blindagem, respeitada pela imprensa especializada e tradicional, Ziegler comenta que a estrita privacidade que a família Schumacher é algo frustrante para os meio de comunicação social. E obter de outras fontes, como por exemplo, as pessoas que conviveram com o alemão no passado (Luca de Montezemolo ou Jean Todt) não conseguem oferecer informações mais precisas do que aquilo que é sabido.

O problema é: Sabine e a família não compartilham muita informação. Basicamente é só uma coisa ou outra ao longo do ano. Portanto, muitos 'jornalistas' fazem as suas próprias histórias infelizmente", começou por dizer. “Como sabemos o que é verdade ou não? Fácil: nós verificamos se há uma declaração oficial da família ou de Sabine. A maioria não tem. E, geralmente, mesmo aquelas pessoas perguntadas sobre Schumacher (Jean Todt, Flavio Briatore, Luca di Montezemolo e etc), dizem algo sem realmente saber com certeza. Então, é melhor não relatar isso também”, concluiu.

E quando se trata de imagens de Schumacher após o acidente, isso ainda é mais perigoso. O famoso caso do fotojornalista que se disfarçou de padre para tirar uma imagem de Schumacher na sua cama, no Hospital Universitário de Grenoble, pouco mais de duas semanas após o seu acidente, demonstrou a fome que uma certa imprensa tinha para lucrar com a desgraça. Ziegler fala que qualquer pessoa que tentasse isso poderia ser famoso num instante, mas pagaria um preço muito caro depois.

"Você pode imaginar alguém tentar qualquer coisa para tirar uma foto”, começou por dizer Ziegler. “Contudo, toda a gente sabe que a família e seus advogados iriam fazer de tudo para processar qualquer um que publicasse imagens dele [na cama do hospital]. Você pode vender a imagem para uma revista e fazer uma fortuna, mas você vai estar acabado quando descobrirem que foi você e vão te fazer pagar como se não existisse o amanhã. Além disso, se você for um jornalista e/ou uma revista publicasse essa foto, você teria o seu momento de fama, mas depois a queda chegaria e você estaria acabado”, concluiu.

Que o desfecho vai ser aquele que infelizmente esperamos, isso já está mais ou menos pacificado. Contudo, a fome de noticias sobre ele pode ver-se até quando se inventa algo sobre ele para ter audiência. A curiosidade sobre a sorte uma figura pública, quer a família queira, quer não, existirá sempre até ao desfecho deste caso.

A(s) image(ns) do dia











Com a Formula 1 a chegar a Barcelona, logo, ao primeiro circuito europeu do calendário (Sochi não conta...), é interessante de se ver o "paddock" e as caravanas que as equipas trazem para os circuitos.

E se alguns destes "palácios" são simples, outros são verdadeiros edificios escondidos nos camiões que os trazem. E claro, de uma certa maneira, mostra quem tem dinheiro e e quem anda apertado de finanças. Mas se acham que eles trocam de caravanas todos os anos, a resposta é não. Mesmo o da Ferrari já tem algum tempo...

De cima para baixo, eis os "palácios" de Ferrari, Force India, Haas F1, Manor, McLaren, Mercedes, Pirelli (a fornecedora da pneus), Red Bull, Renault, Sauber e Williams.

TCR/CNV: Veloso Motorsport mostra as suas cores

Ao contrário do projeto anterior, de Rafael Lobato e César Machado, dois jovens pilotos, o projeto de Francisco Carvalho e Nuno Batista é de dois veteranos no campo da velocidade portuguesa, com mais de duas dezenas de anos de experiência. Os dois pilotos da Veloso Motorsport vão partilhar este ano um Seat Leon TCR, um carro que já mostrou provas dadas nas competições um pouco por todo o mundo.

E a poucos dias do começo da competição, em Braga, apresentaram o seu novo projeto, e as suas ambições são grandes: o título nacional.  “Queremos o título. Apostamos forte e seria uma desilusão não chegarmos ao final do ano na qualidade de campeões. Eu e o Nuno Batista, piloto que dispensa apresentações, vamos enfrentar este desafio com motivação máxima, contando com o apoio essencial da Veloso Motorsport, uma das mais prestigiadas e competentes equipas europeias”, disse Carvalho à Autosport portuguesa.

Nuno Batista concorda com essa ambição, relembrando que “sempre quis montar e integrar um projeto capaz de vencer o CNV em termos absolutos e isso foi possível este ano. Sendo o Francisco Carvalho um dos melhores pilotos portugueses em carros de turismo, tê-lo como companheiro de equipa é excelente. Penso que temos reunidas as condições, para em conjunto com a Veloso Motorsport abordar todas as corridas com o objectivo de vencer e garantir o título”, comentou.

A Veloso Motorsport conta com o importante apoio da Seat Sport, e aposta forte neste campeonato, esperando materializar em vitórias toda a sua vasta experiência com esta nova geração de carros de turismo.

TCR/CNV: Lobato e Machado vão andar de Seat Leon

Os pilotos Rafael Lobato e César Machado irão defender este ano as cores da Speedy Motorsport no novo Campeonato Nacional de Velocidade, que este ano vai ter carros da TCR International Series. O objetivo de ambos é o de alcançar o título nacional no campeonato que começa este fim de semana em Braga.

Para Pedro Salvador, o responsável pela equipa, ele afirma-se “muito satisfeito pela dupla de pilotos com que nos propomos a lutar pela vitória no CNV. São dois jovens valores seguros do automobilismo nacional, extremamente determinados e competitivos que vão fazer um excelente trabalho de equipa”, comentou.

Para Rafael Lobato, que é o vice-campeão em título, reforça esta mesma ideia: “Espero que seja uma boa época, em que tanto eu como o César nos adaptemos bem ao SEAT da Speedy Motorsport. O César é um excelente piloto, já o demonstrou ao longo dos anos passados e é o actual campeão dos Fórmula Ford. Contamos fazer um campeonato com regularidade e ir evoluindo com o decorrer das provas, com o objectivo de, no fim, sermos campeões nacionais”, comentou.

O piloto realça ainda que “a época de 2016 vai ser diferente comparativamente ao ano passado. Carros diferentes, colega de equipa novo e novos adversários que já têm bastante experiência neste tipo de carros. Agradeço aos meus patrocinadores, família e amigos pelo apoio e pela oportunidade de poder correr mais um ano”, concluiu.

Já Cesar Machado afirma-se “bastante contente por ter conseguido colocar este aliciante projecto em pé, confirmando assim a minha presença no CNV pela equipa que me garantiu o título de campeão na Single Seater Series em 2015, a Speedy Motorsport. Quanto ao meu companheiro de equipa, acho que foi uma aposta acertada”, afirmou. 

Penso que seremos a dupla mais jovem presente neste campeonato, mas como não poderia deixar de ser, o grande objectivo a que nos propomos é a vitória neste renovado Campeonato Nacional de Velocidade. Sabemos desde já que o campeonato será muito difícil, tanto pela equivalência da performance dos carros, como pela experiência e qualidade da concorrência” concluiu.

O Campeonato Nacional de Velocidade começa este fim de semana no circuito Vasco Sameiro, em Braga, mas terá passagens por Vila Real (26 de junho), Portimão (9 e 10 de julho), Jerez (6 de novembro) e Estoril (26 e 27 de novembro) 

Já há nome: "The Grand Tour"

Jeremy Clarkson, James May e Richard Hammond já chegaram a um consenso sobre o nome que vão dar ao seu novo programa: vai-se chamar de "The Grand Tour" (GT). O programa será apresentado no canal de subscrição Amazon Prime e eles têm a intenção de apresentar o programa em várias localizações um pouco por todo o mundo. A Amazon fará em breve um anuncio sobre as localizações para as filmagens em estúdio, que vão acontecer ao longo deste verão.

Ainda não há uma data especifica para o começo das emissões, embora se fale desde há algum tempo que poderá acontecer durante o outono, e também se fala que eles poderão o conteúdo equivalente a três temporadas de uma só vez no canal de assinatura, feito para concorrer com a Netflix. 

terça-feira, 10 de maio de 2016

Youtube Motorsport Presentation: O novo Top Gear


O primeiro episódio do novo Top Gear vai para o ar no próximo dia 22 de maio, na BBC, e o canal já meteu o primeiro "teaser" da nova temporada, que terá sete (!) apresentadores, chefiados por Chris Evans, e que vai ter, entre outros, Sabine Schmitz, Chris Harris, Rory Reid, Eddie Jordan e Matt LeBlanc, o Joey de "Friends".

Coisas interessantes: o video foi colocado hoje e tem o dobro de "não gostos" do que o contrário. Parece que eles vão ser recebidos com hostilidade...

Esta vi no sitio do Julio Cezar Kronbauer.

Rumor do dia (II): Arrivabene substituido na Ferrari por Allison?

Os rumores vem fortes nesta terça-feira em Itália, referindo que Maurizio Arrivabene, o diretor da Ferrari, poderá ser despedido por Sergio Marchionne, para dar lugar a James Allison, o diretor técnico da marca, que está na equipa desde 2013. Apesar de nada se transpirar em Maranello, em termos oficiais, o facto de Marchionne ter sido nomeado recentemente como o diretor da marca do Cavalino Rampante - agora a marchar por si mesma depois de se separar do Grupo Fiat e de ter colocado parte do seu capital em bolsa - isto pode significar que ele está a moldar a direção ao seu gosto.

Arrivabene não está de costas voltadas com Marchionne, é bom que se diga, mas a sua nomeação, em março de 2014 - é um ex-diretor da Marlboro Itália - aconteceu por influência de Bernie Ecclestone, do qual é bom amigo. E foi uma nomeação de Luca de Montezemolo, o antigo diretor, no lugar de Stefano Domenicalli. Em suma, Marchionne quer um técnico, para fazer mover a equipa para fazer quebrar o domínio dos Mercedes e colocar a Scuderia no topo.

E Allison (aqui na foto) conhece bem os cantos à casa, já que esteve lá entre os anos de 2000 e 2005, na altura em que eles dominavam tudo, com Michael Schumacher, numa equipa gerida por Jean Todt e Ross Brawn e os carros eram desenhados por Rory Bryne. A parte chata é saber se Allison vai aceitar o cargo, pois há cerca de dois meses sofreu um grande golpe na sua vida pessoal, pois a sua mulher Rebecca morreu no dia a seguir ao GP da Austrália, aos 48 anos de idade. 

O jornalista britânico Joe Saward fala hoje no seu sitio que a presença de Allison terá uma influência muito grande, tão grande como era o de Mauro Forgheri nos anos 70 e 80, no qual a equipa estava na frente da competição e que tinha vencido várias vezes, com vitórias e campeonato, com pilotos como Niki Lauda, Carlos Reutemann, Jody Scheckter e Gilles Villeneuve

"Allison passou a trabalhar para mudar a mentalidade na Ferrari, trabalhando em muito mais do que um papel de gestão. Ele admitiu em 2015 que ele não tinha projetado uma única peça no carro daquele ano, mas em vez disso tinha dirigido os engenheiros sobre onde é que deveriam estar focados. Crucialmente, a Allison foi lhe dado um controle técnico global, incluindo o departamento de motores, uma posição de poder que não tinha sido visto na Ferrari desde os dias de Mauro Forghieri, no início dos anos 80 do século passado".

O interesse no facto de ter alguém que saiba como são as coisas por dentro é bem interessante do que ter um "relações públicas" como é Arrivabene. Mas gerir uma equipa como a Ferrari não é fácil, como sabem. E quando se exige a todos vencer ou... vencer, as coisas tornam-se complicadas. Embora nos últimos anos, até nem tem muitos motivos de queixa...

TCR Portugal: Manuel Gião corre pela Team Novadriver

A noticia vinha a circular desde há uns dias, mas só hoje é que ficou confirmado que Manuel Gião vai regressar ao Campeonato Nacional de Velocidade, a bordo de um dos Volkswagen Golf TCR, ao lado de Francisco Abreu, o atual campeão nacional.

Para o piloto lisboeta - com passagens pela World Series by Renault e mais recentemente pela Seat Leon Supercopa - este regresso significa não só uma injeção de experiência na equipa e na competição, como também uma tentativa de alcançar o título nacional, ao volante de um carro competitivo.

O regresso ao Team Novadriver era uma questão de tempo e oportunidade, pois o profissionalismo e ambição da equipa é meio caminho andado para OBTERbons resultados. Conheço muito bem os elementos da estrutura, sei do que são capazes, contando ainda com um piloto muito rápido como o Francisco Abreu, campeão nacional de 2015. O melhor de dois mundos – experiência e juventude - junta-se dentro do VW Golf GTI TCR, um carro que é muito semelhante ao modelo que utilizei nas duas últimas temporadas", afirmou Gião.

O campeonato Nacional de Velocidade, agora nos moldes do TCR, começa este fim de semana no circuito Vasco Sameiro, em Braga.

TCR Portugal: José Rodrigues apresenta o seu projeto... benfiquista

A poucos dias da estreia do TCR em Portugal - sob a capa do Campeonato Nacional de Velocidade (CNV), José Rodrigues fará uma temporada ao volante de um Honda Civic da GEN Motorsport, e terá um apoio especial. O do... Sport Lisboa e Benfica. 

O piloto de 26 anos - que teve uma passagem pelo Troféu Abarth 500 - estava naturalmente satisfeito. "A ambição será sempre vencer. Corrida a corrida terei os olhos postos na vitória. Se assim não fosse, não estaria no Nacional de Velocidade, que será dos mais fortes dos últimos anos", comentou.

Já o vice-presidente do clube para as modalidades, Domingos Almeida Lima, explicou a razão pelo qual apoiou o projeto: "Escolhemos os melhores. Não tem em vista uma reorganização da secão motorizada, algo que o Benfica já teve no passado e neste momento está suspensa, é um apoio pontual. As excelências andam de mãos dadas e os atletas de excelência podem sentir o apoio do SLB. Enquanto as partes entenderem que é útil", explicou, em declarações captadas pelo jornal A Bola.

Não é a primeira vez que o Benfica apoia o automobilismo e o motociclismo nos últimos anos. Já apoiou o motociclista Paulo Gonçalves nas suas aventuras no Dakar - pelo menos desde 2014 - e já colocou o seu emblema no carro de Bernardo Sousa, em 2014, quando este correu no WRC2 ao volante de um Ford Fiesta RRC.

O CNV/TCR vai se estrear no próximo fim de semana, em Braga, numa jornada dupla que também acontecerá em Vila Real (26 de junho) Portimão (9 e 10 de julho), Jerez (6 de novembro) e Estoril (26 e 27 de novembro)

Rumor do Dia: Watkins Glen regressa à IndyCar?

Depois de se saber que a corrida de Boston da IndyCar ter sido cancelada, a organização andou frenéticamente à procura de um substituto para a vaga, e parece que foi encontrado na forma de um circuito tradicional do automobilismo americano: Watkins Glen. O circuito, situado a pouco mais de 200 quilómetros de Nova Iorque, já albergou a IndyCar entre 2005 e 2010, enquanto que já albergou a Formula 1 de 1961 a 1980, nos vários desenhos do seu circuito.

"Eu falei com Jay Frye [Presidente Compertição e Operações da IndyCar], e embora não tenhamos voltado a conversar ao telefone esta semana, não é nenhum segredo que eu gostaria de tê-los de volta", começou por dizer Michael Printup, diretor do Watkins Glen International ao site Motorsport.com.

"Tenho certeza de Jay falou para outros locais - ele está a fazer as suas diligências - mas os carros da Indy são muito rápidos e seria muito agradável vê-los em Watkins Glen... como disse, ainda não falamos esta semana, mas ainda estamos na segunda-feira", concluiu.

Contudo, ainda faltam algumas coisas para que se chegue à conclusão de que o circuito receberá as máquinas da IndyCar. O circuito vai receber um evento da Ferrari americana no fim de semana de 2 a 4 de setembro, que é a data inicialmente prevista para a corrida de Boston, e o final da temporada está marcada para o dia 18 de setembro, em Sonoma. E há outros locais que a IndyCar está a considerar.

Mas pelos vistos, é só esse o grande obstáculo que ainda não permite a confirmação deste possivel regresso.

segunda-feira, 9 de maio de 2016

Youtube Rally Testing: os testes do Toyota WRC para 2017


Os testes do Toyota para a temporada de 2017 do WRC vão no bom caminho, especialmente depois do carro ter sido homologado. Eles estão a decorrer na região de Jvaskyla, na Finlândia central, e entre os pilotos que o andam a experimentar estão Juho Hanninen e Kaj Lundstrom.

Contudo, a Autosport portuguesa fala hoje do rumor de que o próprio Tommi Makkinen também anda a experimentar o novo bólido, e que estaria tentado em voltar a colocar o capacete. O tetracampeão do mundo tem neste momento, 50 anos de idade...

Entretanto, fiquem com os videos. 

WRC: Nasser Al Attiyah quer correr num Volkswagen

O qatari Nasser Al Attiyah está este ano concentrado nos Jogos Olímpicos - quer voltar a ganhar uma medalha na modalidade de tiro - mas depois de competir no Raio de Janeiro pretende fazer seis ralis no WRC para compensar. E que algo que valha a pena: um Volkswagen Polo R WRC, que como sabem, não há fora da equipa oficial, excepto o carro que tripula Anders Mikkelsen.

Tenho falado com a Volkswagen sobre pilotar um Polo R WRC sob a sua chefia. Quero correr com a segunda equipa, onde se inclui o Andreas Mikkelsen. Se conseguir a aprovação deles, irei competir no Rali da Alemanha e farei seis provas até ao final da temporada.”, disse Al-Attiyah, em declarações captadas pela Autosport portuguesa.

Se não conseguir ter luz verde, então, não quero estar a competir no WRC2 e irei manter o orçamento que tenho para o próximo ano”, concluiu.

Nasser, para além dos ralis e do tiro - é bicampeão asiático nessa modalidade - tem também andado no campeonato do Médio Oriente de ralis e na Taça do Mundo de Todo-o-Terreno. Este ano, devido à sua concentração na sua modalidade olímpica, nem sequer participou no Rally Dakar, onde já venceu em 2011 e 2015. Para além disso, é sete vezes campeão na Taça do Médio Oriente em Ralis, e bicampeão no WRC2, em 2014 e 2015.

domingo, 8 de maio de 2016

WTCC: Coronel e Huff foram os melhores em Marrakech

O holandês Tom Coronel e o britânico Robert Huff foram os melhores este domingo na jornada dupla do WTCC, que se disputou no circuito marroquino de Marrakech. Coronel deu o seu melhor ao volante de um Chevrolet da ROAL, conseguindo a sua primeira vitória desde 2013 e aguentar os Citroen de Yvan Muller e José Maria Lopez, que subiram com ele ao pódio. Já Tiago Monteiro foi o melhor dos Honda, no quarto posto.

Já na segunda corrida, Huff levou a melhor sobre Norbert Mischelisz e Tiago Monteiro, numa tripla da Honda. O português levou a melhor sobre os Citroen de José Maria Lopez e Yvan Muller, e os Lada de Gabriele Tarquini e Hugo Valente.  

A primeira corrida resumiu-se às pressões dos Citroen sobre Coronel, depois de Nicky Catsburg ter dado toques em James Thompson (o poleman) e depois em Thed Bjork. Por causa disso, ele foi obrigado a fazer um "drive-through" e os comissários decidiram depois que o holandês começasse a segunda corrida das boxes.

Depois disso, Coronel aguentou os ataques do Citroen do argentino, enquanto que Muller também segurava o português da Honda, e isso foi assim até à meta. Rob Huff foi o sexto, depois de passar Gabriele Tarquini - o melhor dos Lada - numa manobra "musculada". Tom Chilton e Mehdi Bannani ficaram a seguir, com Fredeik Ekblom a ser o melhor dos Volvo, no décimo posto.

Antes da segunda corrida, o tempo trocou as voltas e começou a chover - o irónico é que Marrakesh ser no deserto! - e alguns pilotos decidiram arriscar e trocar de pneus para chuva. Na partida, Huff largou bem, seguido por Norbert Mischelisz e José Maria Lopez, com Tiago Monteiro a perder um lugar para o argentino e a ser pressionado por Yvan Muller. E em pouco tempo, os cinco primeiros começaram a abrir para Hugo Valente, o sexto.

No passar das voltas, Huff afastou-se de Mischelisz, mas na quinta volta, o argentino sofre um despiste e perde o terceiro posto para o piloto português. Depois, ele aproximou-se do piloto húngaro, pressionando-o para que cometesse um erro. Atrás, havia uma luta pelo nono posto, entre Tom Coronel, James Thompson e Tom Chilton, e pela metade da corrida, o holandês cometeu um erro e perdeu dois lugares para os seus perseguidores.

Na volta 13, os quatro primeiros rolavam juntos, enquanto que Muller já estava afastado e começou a ser pressionado pelo Lada de Tarquini. Huff sentia a pressão dos seus companheiros de equipa, mas aguentou até à meta, dando a tripla à Honda. Já Tiago Monteiro ficou com o lugar mais baixo do pódio, ganhando pontos a José Maria Lopez, com Yvan Muller a ser quinto, na frente de Gabriele Tarquini, o melhor dos Lada.

Na geral, o argentino da Citroen lidera o campeonato com 138 pontos, contra os 124 do piloto português. Robert Huff subiu agora ao terceiro lugar, com 98 pontos.

O WTCC volta à Europa a 28 de maio, no Nurburgring Norschleife.

DTM: Di Resta vence a segunda corida de Hockenheim

O escocês Paul di Resta foi o vencedor, esta manhã, da segunda corrida da jornada inaugural do DTM, que aconteceu no circuito de Hockenheim. O piloto da Mercedes levou a melhor sobre o alemão Timo Glock e o brasileiro Augusto Farfus, ambos da BMW, enquanto que António Félix da Costa foi obrigado a abandonar, após um furo na 11ª volta, numa altura em que estava a lutar pelo oitavo posto.

A segunda corrida ficou especialmente marcado pela partida excepcional de Di Resta, que fugiu ao resto do pelotão para dominar a corrida de fio a pavio. Apesar da pressão de Gary Paffett nas duas primeiras voltas, o escocês resistiu e afastou-se o suficiente para ser o vencedor com treze segundos de avanço.

Paffett andou durante muito tempo no segundo posto, mas após a sua paragem nas boxes, este aconteceu de modo atabalhoado e os comissários acabaram por penalizá-lo por isso. O inglês terminou a corrida na quinta posição, com Glock e Farfus a serem beneficiados. No pelotão do meio, houve diversos toques, o maior dos quais a acontecer com Bruno Spengler, que acabou na gravilha, juntamente com Esteban Ocon e Jaime Green.

Quanto a António Félix da Costa, desta vez a sua qualificação correu bem, conseguindo o décimo posto na grelha de partida, e logo no arranque, subiu uma posição e andou na luta pelo oitavo posto. contudo, os varios toques que sofreu nas primeiras dez voltas fizeram com que um dos seus pneus rebentasse, e os danos subsequentes obrigaram-o a abandonar a corrida.

Apesar do mau desfecho, o piloto de Cascais afirma que ficou satisfeito com o andamento do seu carro no fim de semana: "Fiz um bom arranque e tinha todas as condições para ir para a frente. Logo na primeira volta houve muitos toques e infelizmente, hoje calhou a mim, fiquei com o carro danificado e depois mais tarde acabei por furar o pneu. Não foi a melhor maneira de terminar este fim-de-semana, mas por outro lado, o andamento de ontem faz-me estar optimista para a próxima corrida", declarou o piloto da BMW Team Schnitzer.

O DTM continua daqui a duas semanas, na Red Bull Ring, na Áustria.

Youtube Motorsport Video: O amor de Gilles à velocidade

Eu já à partida iria fazer algo em homenagem à Gilles Villeneuve, falecido em Zolder faz hoje 34 anos. Contudo, o nosso finlandês favorito, Antti Kalhola, decidiu colocar hoje um video em homenagem a Gilles - o segundo da sua carreira - onde em pouco mais de quatro minutos, mostra até que ponto ele conseguia puxar pelos limites no seu Ferrari. E como era amado e respeitado por tudo e todos.


Quando mudar a meio do ano fez bem... ou nem tanto (Parte 3)

(continuação do capitulo anterior)

Na terceira (e última) parte desta série de trocas a meio da temporada, vamos para as últimas duas décadas e meia, incluindo a primeiras duas grandes trocas do qual a Red Bull se tornou famosa na Formula 1.


11 - Michael Andretti/Mika Hakkinen (1993)


Em 1993, Ayrton Senna andava indeciso sobre se iria ficar ou correr na McLaren, mas Ron Dennis não perdeu tempo em arranjar um piloto que o poderia substituir. O americano Michael Andretti, filho de Mário Andretti, era uma espécie de "vingança" da Formula 1 sobre a CART, ao tirar um dos seus pilotos mais proeminentes, depois de Nigel Mansell ter trocado as pistas europeias pelas americanas.

Depois de algum tempo, Senna decidiu ficar - a troco de um milhão de dólares por corrida - e começou a "devastar" o americano, que nitidamente tinha um problema de adaptação à Europa. Enquanto que Senna vencia corridas e era a verdadeira oposição à Williams, Andretti apenas conseguia três pontos até à prova de Monza, onde deu um ar da sua graça e conseguiu um terceiro lugar. 

Mas já era tarde para convencer Dennis, que trocou pelo finlandês Mika Hakkinen no GP de Portugal. Ali, o jovem piloto, com passagem pela Lotus, andou a par de Senna desde a primeira corrida e conseguiu um terceiro lugar no Japão, demonstrando a sua rapidez e um passaporte para ficar na equipa de Woking até ao final da sua carreira, em 2001.



12 - Jan Magnussen/Jos Verstappen (1998)



O pai de Kevin Magnussen é um dos melhores exemplos de talento desperdiçado. Certo dia, Ron Dennis contou que tinha aberto a sua mala de viagem para descobrir aquilo que considerou como "a mais desarrumada mala que tinha alguma vez visto. Se ele era assim para arrumar uma mala, imagino como seria a mente dele", concluiu.

Piloto de testes da McLaren, fez uma corrida pela equipa de Woking no final de 1995, quando Mika Hakkinen teve de ser operado devido a uma apendicite. Contudo, Magnussen queria correr, e conseguiu a sua chance em 1997, quando alinhou na Stewart Racing, a equipa de Jackie Stewart. Contudo, não teve muitas chances de brilhar, não só devido à fragilidade do seu carro, como também ao seu estilo fraco de condução. Tanto que Stewart o aconselhou a fazer umas lições de condução com ele (!). 

Quando por fim, Jan Magnussen conseguiu tirar partido do carro, veio tarde. O sexto lugar no GP do Canadá aconteceu irónicamente na sua última corrida pela equipa, sendo substituído por Jos Verstappen, pai de Max. Não fez grande coisa em termos de resultados - não pontuou nessa temporada. 


13 - Jacques Villeneuve/Robert Kubica (2006)


Jacques Villeneuve nunca mais foi o mesmo após ter vencido o mundial de Formula 1 em 1997, ao serviço da Williams. Foi para a BAR, conseguindo alguns resultados de relevo, até abandonar a Formula 1 em 2003. Regressou à categoria máxima do automobilismo no ano seguinte, pela Renault, e depois seguiu para a Sauber, assinando um contrato de duas temporadas, correndo ao lado de Felipe Massa. Contudo, em 2006, a BMW adquiriu a Sauber e contratou o alemão Nick Heidfeld, ficando com Villeneuve, para cumprir o seu contrato com a anterior entidade.

Contudo, ele era constantemente batido por Heidfeld e o canadiano mostrava uma crescente desmotivação para continuar na categoria máxima do automobilismo, e após um acidente feio na Alemanha, Villeneuve decidiu pendurar o capacete de vez. Os alemães não perderam tempo e foram buscar o seu piloto de testes, o polaco Robert Kubica, que tinha vencido a World Series by Renault no ano anterior.

Kubica estreou-se no GP da Hungria, deslumbrando quem não esperava muito dele. Acabou a prova no sétimo posto, mas acabou por ser desclassificado. Contudo, pouco tempo depois, em Monza, conseguiu o terceiro lugar final, sendo o primeiro piloto do Leste Europeu a subir ao pódio. 


14 - Scott Speed/Sebastian Vettel (2007)


Scott Speed foi um dos primeiros pilotos da Red Bull Junior Series, que tinha como objetivo de colocar pilotos jovens na Formula 1. Em dois anos, a equipa comprou primeiro a Jaguar, e depois a Minardi, para fazer, respectivamente a Red Bull e a Toro Rosso. Em 2006, ambas as equipas estavam prontas, e na "equipa B", o americano alinhava ao lado do italiano Vitantonio Liuzzi. 

Contudo, em 2007, as coisas não estavam a correr muito bem para o americano, que até então, ainda não tinha pontuado. No GP da Europa de 2007, a corrida ficou conhecida pelo temporal que se abateu logo na primeira volta, colocando muitos carros na gravilha, incluindo o de Speed. Chegado à boxe, Franz Tost, o diretor da equipa, teve uma discussão com ele que rapidamente virou azeda, com agressões de parte a parte. 

Speed foi despedido e logo a seguir, arranjou como substituto um alemão que lutava pelo comando da World Racing by Renault com o português Alvaro Parente. Chamava-se Sebastian Vettel, e não demorou muito para dar nas vistas, pontuando pela primeira vez na China, com um quinto lugar... depois de arranjar confusão na prova anterior, ao bater na traseira do Red Bull de Mark Webber!  


15 - Sebastian Bourdais/Jaime Alguersuari (2009)


Sebastien Bourdais era um europeu que foi à America para conquistar prestigio. Em 2007, tinha alcançado 31 vitóirias e quatro títulos seguidos na CART, já na sua decadência final, e resolveu tentar a sua sorte na Formula 1, ao serviço da Toro Rosso. Depois de um ano de adaptação, com dois sétimos lugares, esperava-se algo mais em 2009, agora que Sebastian Vettel tinha ido para a Red Bull. 

Contudo, o francês não tinha conseguido nenhum resultado de relevo e estava a ser constantemente batido por Sebastien Buemi. Depois de ter conseguido apenas dois pontos nessa temporada, foi dispensado após o GP da Alemanha, e para o lugar foi o espanhol Jaime Alguersuari, que na altura era o piloto mais novo de sempre ao volante de um Formula 1, com 19 anos de idade.

Bourdais foi de novo para os Estados Unidos, agora na IndyCar, e Alguersuari passou para a história como mais um dos pilotos "queimados" pelos energéticos.  


16 - Timo Glock/Kamui Lobayashi (2009)



A Toyota estava na Formula 1 desde 2002 e tinha ganho a reputação de ser uma equipa muito rica, mas sem alcançar resultados de relevo. Até 2009, não tinha alcançado qualquer vitória. E o mesmo se poderia dizer de Timo Glock, campeão da GP2 em 2007, e que em 2009 tinha conseguido dois pódios, um na Malásia e outro em Singapura. Mas durante a qualificação do GP do Japão, em Suzuka, Glock feriu-se na perna, devido à entrada de um braço da suspensão no seu cockpit, e para o seu lugar veio o japonês Kamui kobayashi.

O japonês tinha dado nas vistas na Formula 3 europeia, mas na GP2, tinha sido bem discreto. A chance de ser piloto titular numa equipa japonesa era ideal para brilhar e foi isso que aconteceu, na corrida seguinte, no Brasil. Kobayashi deu nas vistas, apesar de ter acabado apenas no nono lugar (na altura, não contava para os pontos), mas um sexto lugar em Abu Dhabi fez com que muitos começassem a ver que ali, poderia ter despontado um excelente piloto. Contudo, a Toyota decidiu retirar-se da Formula 1 no final desse ano, e mostrou o seu talento na Sauber.