sábado, 29 de outubro de 2016

A imagem do dia

Hoje, Lance Stroll alcança a maioridade. E no próximo dia 3 de novembro, vai ter a sua prenda: ser piloto titular da Williams na Formula 1.

Quando ele chegar, vai ser o topo de uma carreira que foi trabalhada desde a sua infância, graças aos esforços do seu pai, Lawrence Stroll, um das pessoas mais ricas do seu país natal, o Canadá. Um "petrolhead", Stroll sénior sempre foi atraído para o mundo da Formula 1 por causa da sua fortuna, que as equipas pretendiam para sustentar. Pode-se dizer que ele teve tudo feito, tal como Nelson Piquet Jr. teve, graças ao seu pai, mas Stroll tem talento, e a melhor prova disso foi ver como ele se portou na Formula 3 europeia, onde foi campeão... com sobras.

Resta saber se ele é um Verstappen, mas este "bebé", numa altura em que as equipas de Formula 1 querem-nos cada vez mais novos, parece valer mais do que o peso da sua carteira, isso é um facto. Mas resta saber se tem estofo para correr entre os tubarões, alguns deles com o dobro da sua idade e com uma força mental forte. Se ele mostrar, na sua temporada de estreia, em 2017 - curiosamente, com carros novos - que consegue acompanhar o pelotão e até fazer alguns brilharetes, podera despertar a atenção das equipas mais velozes. E também saber aprender com os erros e melhorar a partir dali. 

Caso consiga, pode ser que o Canadá pense que na Formula 1, para ser bem sucedido, não tem de nascer no Quebec e o seu apelido ser Villeneuve...

Formula 1 2016 - Ronda 19, México (Qualificação)

Uma semana depois de terem andado no Texas, máquinas e pilotos atravessaram a fronteira para correr no Autódromo Hermanos Rodriguez. No local em que os "luchadores" são reis, e numa altura em que comemoram o "Dia de los Muertos", a Formula 1 chegava a uma altura em que eles estavam numa altura decisiva do campeonato, onde Nico Rosberg estava numa posição privilegiada, pois poderia estar a três corridas - talvez menos - de ser o segundo filho de campeão a ser campeão do mundo de Formula 1, e ainda por cima, vinte anos depois do primeiro, Damon Hill.

Debaixo de sol forte e céu azul - não com muito calor, diga-se - a qualificação já começava com menos um elemento. Joylon Palmer não iria participar nela porque se detectou uma racha no seu carro, e os elementos da Renault achavam que era demasiado arriscado ele poder participar sem arriscar a um acidente grave.

Quando a bandeira verde foi mostrada, o primeiro a sair da pista foi Esteban Gutierrez, seguido de um dos Manor, o de Esteban Ocon. Os primeiros tempos marcados foram os de Marcus Ericsson e de Daniil Kvyat, numa altura em que usavam os pneus moles nos seus carros. Pouco tempo depois, Sebastien Vettel e Kimi Raikkonen colocam os seus carros nos dois primeiros lugares, com Max Verstappen e Lewis Hamilton a ficar atrás deles. O finlandês tinha nessa altura o tempo de 1.19,554, com Nico Rosberg a conseguir apenas o quinto melhor tempo.

No final da Q1, Hamilton fez 1.19,447 e ficara com o melhor tempo, e entre os que ficavam de fora, não havia muitas novidades. Os Haas de Romain Grosjean e Esteban Gutierrez ficavam de fora, o Manor de Esteban Ocon, o Sauber de Felipe Nasr e o Toro Rosso de Daniil Kvyat estavam de fora. Em contraste, o Manor de Pascal Wehrlein estava na Q2, tal como o segundo Sauber de Marcus Ericsson.

A Q2 começou de forma calma, com o Mercedes de Lewis Hamilton a ser o primeiro na pista, para marcar um tempo para a Q3, com os super-moles. Contudo, Nico Rosberg foi para a pista mais tarde, mas isso não impediu que o britânico fizesse melhor tempo que o alemão. Nesta altura, Raikkonen e Bottas estavam a seguir, mas depois Fernando Alonso conseguiu interferir entre os dois. Sebastian Vettel depois fez outro bom tempo, a 248 centésimos e a ficar entre os Mercedes.

Mas o que interessava era saber quem seriam os que os acompanhavam os Mercedes, Ferrari e os Red Bull. Max Verstappen tinha marcado 1.18,972, com os super-moles, e com os Mercedes a tentar responder, mas não chegou. E no final, a acompanhar as três equipas, ficaram os Williams de Valtteri Bottas e Felipe Massa, mais o Toro Rosso de Carlos Sainz Jr. e o Force India de Nico Hulkenberg. Claro, do outro lado ficou os McLaren de Fernando Alonso e Jenson Button, o Force India de Sergio Perez, o Renault de Kevin Magnussen, o Sauber de Marcus Ericsson e o Manor de Pascal Wehrlein.

Para a parte final da qualificação, a luta foi um pouco mais acirrada. Verstappen foi o primeiro a marcar um tempo relevante, com 1.19,092, mas depois, Hamilton faz 1.18,704, com Rosberg a mais de meio segundo... e não era segundo, era quarto, atrás dos Red Bull de Max Verstappen e Daniel Ricciardo.

Depois de irem todos para as boxes, trocando de pneus - quase todos estavam de super-moles, porque a temperatura do asfalto estava alta - a parte final viu todos na pista para tentarem melhorar os seus tempos, e a sua situação. Hamilton não melhora, mas Rosberg sim, insuficiente, porém, para fazer a pole-position. O inglês fazia a 59ª pole da sua carreira, e mais uma vez, os Mercedes monopolizaram a primeira fila da grelha, mas os Red Bul deram luta, pois ficaram com a segunda fila, na frente do Force India de Nico Hulkenberg, que estava na frente dos Ferrari e dos Williams de Valtteri Bottas e Felipe Massa.

Para amanhã, as coisas poderiam ser um pouco diferentes. Falava-se que poderia chover no dia da corrida, mas as dúvidas sobre essa chance parecem ter diminuído hoje. Veremos como será amanhã e até que ponto isto poderá ser decisivo nas contas do campeonato. 

WRC 2016 - Rali de Gales (Dia 2)

O segundo dia do Rali de Gales andou a mostrar um grande duelo entre Sebastien Ogier e Ott Tanak pela vitória, mas apesar dos ataques do estónio da Ford, no final do dia, é Ogier que segue na liderança, com uma vantagem de 33,8 segundos sobre Tanak.

Hoje, máquinas e pilotos cumpriam oito especiais de classificação, e iriam enfrentar pela frente nevoeiro e alguma chuva, que complicava um pouco mais as passagens pelas classificativas locais. Começando na primeira passagem por Pantperthrog, Tanak entrou ao ataque, tirando 1,5 segundos a Ogier e dois segundos a Thierry Neuville.

Ogier disse que no final, as condições não eram as ideais para atacar: “Foi um troço bom com um pouco de nevoeiro o que não foi fácil para ser rápido, mas está tudo bem”. Quen não alinhou para este dia foi Craig Breen, que não conseguiu recuperar o seu carro a tempo de alinhar, depois do despiste de ontem à tarde.

Contudo, na especial seguinte, a de Dyfi, Ogier reagiu e foi mais veloz em 2,4 segundos, não só recuperando o que tinha perdido, como conseguindo alargar ainda mais a vantagem que tinha para Tanak. Hayden Paddon fez o terceiro melhor tempo, a 8,6 segundos. Neuville foi o melhor na 11ª especial, mas a diferença não foi muita, pois Sebastien Ogier, apesar de ter feito o quarto melhor tempo, ficou apenas 2,9 segundos atrás do piloto belga, mostrando que está em nodo de gestão.

Tanak andou na frente na 12ª especial, a segunda passagem por Pantperthrog, mas Ogier vigiou o seu avanço, perdendo apenas 2,9 segundos, com Neuville a ser terceiro, perdendo 3,2 segundos. O estónio continuou ao ataque nas classificativas seguintes, como as segundas passagens por Dyfi e Gartheinog, mas na 15ª especial, em Aberhirnant, Ogier resolveu tudo, vencendo a especial e abrindo sete segundos para Tanak, que foi apenas quinto. E ainda perderia mais dois segundos na 16ª especial, em Cholmondeley Castle, onde o vencedor foi Anders Mikkelsen.

No final do dia, a diferença entre Ogier e Tanak é de 33,4 segundos, Mas ambos estão já muito distantes de Thierry Neuville, que já tem um minuto e meio de atraso, no terceiro posto. Hayden Paddon é o quarto, a um minuto e 47 segundos, já distante de Kris Meeke, que está a dois minutos e meio, mais de um minuto adiante de Dani Sordo, o sexto.

Mads Ostberg é o sétimo, e o segundo melhor Ford, na frente de Jari-Matti Latvala, que já tem quatro minutos e 22 segundos de atraso para a liderança, enquanto que os franceses Sebastien Lefebvre e Eric Camili fecham o "top ten", este último a mais de sete minutos e meio.

O rali de Gales termina amanhã.

sexta-feira, 28 de outubro de 2016

A imagem do dia

Bernie Ecclestone comemora hoje o seu 86º aniversário natalício, mas este ano, as coisas são diferentes, daí eu ter colocado esta foto aqui. Se recordam, é de Singapura, a primeira corrida após a compra da Formula 1 pela Liberty Media, em meados de setembro.

Outrora todo-poderoso (e um pouco arrogante, diga-se), a velhice iria fazer com que se discutisse uma inevitável sucessão, e é provável que a Liberty Media o queira por algum tempo, para poderem entender como é o negócio, que tipo de relação é que Bernie tem com as equipas, e como é que ele negoceia os Acordos de Concórdia, cuja nova versão começa a ser negociada a partir do ano que vêm.

A transição seria sempre inevitável, mas a partir deste ano, acabamos de ver quem o irá suceder. Não a pessoa - esqueçam o Chase Carey, é demasiado velho - mas sim quem é que controlará os destinos da Formula 1 num futuro próximo. E que planos eles terão para os novos tempos.

Quanto a Bernie, já começa a ser o tempo de sentarmos e pensar sobre o seu legado.

WRC 2016 - Rali de Gales (Dia 1)

Sebastien Ogier pode já ser o campeão do mundo, mas isso não implica que continue a ter fome de vitórias. No penúltimo rali do ano, no País de Gales, o piloto da Volkswagen lidera com algum à vontade, 37,2 segundos à frente do estónio Ott Tanak, da Ford, e o único que está abaixo de um minuto de diferença, pois deu mais luta do que a concorrência ao longo desta sexta-feira.   

Depois de Ott Tanak ter feito o melhor tempo do "shakedown", o dia começou com Sebastien Ogier ao ataque, vencendo a primeira especial com 7,6 segundos de vantagem sobre o estónio da Ford, com Hayden Paddon a ser o terceiro, a oito segundos do francês. Tanak reagiu, passando ao ataque na classificativa seguinte, a primeira passagem por Hafren. Ali, ele bateu Ogier por 2,2 segundos e reduziu a sua diferença para 9,9 segundos. 

Os pneus agora estiveram muito bem e poderia ter feito melhor se não tivesse cometido um pequeno erro num dos cruzamentos, mas tudo o resto está bem”, disse o piloto da Ford.

Kris Meeke foi o terceiro e ascendia até à mesma posição na geral, desta vez a 25,8 segundos do líder.

No final da manhã, Tanak continuou ao ataque, vencendo a especial por 2,2 segundos e reduzindo a diferença para 7,7 segundos entre os dois, mostrando que está ali a lutar pela vitória.  “Foi um último km deste quarta especial difícil porque estava muito lamacento, mas de resto estamos a andar bem e estou satisfeito”, afirmou Tanak antes de entrar para a assistência.

Latvala foi o terceiro na especial, a 4,4 segundos do primeiro, e subiu para o terceiro posto da geral, a 32,3 segundos, batendo Meeke.

Na parte da tarde, Ogier atacou e vfez o melhor tempo na quinta especial, conseguindo uma vantagem de 4,8 segundos sobre Jari-Matti Latvala, com Tanak a ser terceiro, a 7,4 segundos. ”Tivemos alguns problemas com a suspensão traseira e estamos com um problema numa roda”, sublinhou o piloto do Ford.

Na segunda passagem por Sweet Lamb, Ogier voltou a vencer, alargando em 1,2 segundos a vantagem para o segundo classificado, Thierry Neuville, em 2,3 sobre Ott Tanak e 2,4 sobre Kris Meeke. E na sétima especial, a segunda passagem por Hafren, deu mais 5,9 segundos a Tanak. ”Esta foi uma etapa muito difícil já que o piso estava bastante escorregadio e por isso estou satisfeito por ter conseguido o melhor tempo”, sublinhou o piloto francês, numa etapa onde Jari Matti Latvala perdeu mais de dois minutos e vinte segundos à custa de um problema de transmissão. “Estou bastante frustrado. Temos um problema de transmissão e não há nada mais que eu possa fazer”, afirmou o finlandês.

Na última classificativa do dia, Neuville levou a melhor, mas Ogier não andou longe, a 0,7 segundos, com Hayden Paddon a 6,7 segundos, no terceiro posto. Tanak foi apenas sétimo, a 14,7 segundos, e Ogier ainda abriu mais a sua vantagem para 37,3 segundos, o único que está a menos de um minuto do piloto francês.

Thierry Neuville, que andou boa parte do dia no quinto posto, subiu para o terceiuro lugar, e está a um minuto e nove segundos do primeiro, mas tem Paddon e Meeke logo atrás, a um minuto e doze segundos. Dani Sordo é o sexto, a dois minutos e sete segundos, com Mads Ostberg a ser o sétimo, a mais de 30 segundos do piloto espanhol, e o último a estar a menos de três minutos de Ogier. Jari-Mati Latvala é o oitavo, a três minutos e 43 segundos, com o regressado Sebastien Lefebvre e Esapekka Lappi a fecharem o "top ten".

O rali de Gales regressa amanhã.

quinta-feira, 27 de outubro de 2016

Endurance em Cartoons - O lugar de Mark Webber (Cire Box)

Com o anuncio do abandono de Mark Webber - e claro, o da Audi - há uma data de gente que deseja o seu lugar, numa espécie de "dança das cadeiras". E claro, o "Cire Box" mostrou isso neste cartoon... 

quarta-feira, 26 de outubro de 2016

A imagem do dia

Um momento em que fica na história: o pneu Goodyear de Nigel Mansell rebenta com todo o seu aparato em plena reta Brabham, a mais de 280 km/hora, a poucas voltas do fim do GP da Austrália e de um eventual título mundial.

A revista Motorsport classificou recentemente o GP da Austrália de 1986 como o mais emocionante da história da Formula 1, e as razões são mais do que muitas. Falamos de três candidatos ao título, do qual venceu o que menos esperavam. O favorito liderou durante boa parte da corrida, e mesmo quando tal não aconteceu, estava sempre na frente dos seus adversários, até que o tal pneu rebentou na volta 62, em plena reta Brabham, no qual controlou com uma mestria soberba, evitando males maiores.

Nelson Piquet poderia ter ganho, se tivesse passado Alain Prost. Tinha pneus mais novos, e maior andamento que o francês, mas tinha de estar atento à gasolina, tal como ele. Tanto que Prost parou mal cruzou a meta, e algo incrédulo, foi comemorar o mais inesperado dos seus quatro títulos mundiais. Agora imaginem se tivesse parado uma ou duas voltas antes, se aquele motor TAG-Porsche fosse um pouco mais guloso. como aconteceu, por exemplo, na Alemanha...

Mas, de facto, foi um final impressionante, daqueles do qual ainda nos lembramos, após este tempo todo. O símbolo de uma era que ficou nas mentes de toda uma geração que a viveu.

Noticias: Audi abandona WEC no final da temporada

A Audi anunciou esta manhã que não continuará mais no Endurance. Termina assim uma presença de 18 anos na categoria que dominou por completo por boa parte da década passada e esta década, que incluiu vitórias nas 24 Horas de Le Mans e no WEC, o Mundial de Endurance que começou em 2014. Em contraste, vai manter-se e até aumentar a sua presença na Formula E, através da ABT. 

O anuncio foi feito esta manhã pelo seu presidente, Rupert Stadler. “Vamos estar a correr para o futuro com a motorização elétrica. À medida que a nossa gama de automóveis de produção se vai eletrificando, os nossos carros de competição, como pontas-de-lança da nossa tecnologia, também terão que o fazer. A Fórmula E é a competição com maior potencial para o futuro, e vai de encontro à nossa estratégia de oferecer modelos completamente elétricos em 2018. É por isso que ampliámos a nossa parceria com a equipa Abt Schaeffler já para a temporada de 2016/2017. É uma equipa de fábrica, estamos totalmente envolvidos", comentou.

Para já, a Audi também continua no DTM, com o modelo R5, e continua a haver dúvidas sobre a sua continuidade no Rallycross, através do projeto EKS, de Matthias Ekstrom. Já os projetos do GT3 e do TCR, nada foi dito porque os chassis são feitos para equipas-cliente, sem envolvimento oficial.

A Audi está na Endurance desde 1999, quando colocou o seu modelo R8 na pista, acabando por vencer as 24 Horas de Le Mans no ano seguinte, com o dinamarquês Tom Kristensen ao volante. No ano seguinte, com Rinaldo Capello e Michele Alboreto, venceu as 12 Horas de Sebring, para depois voltar a vencer em Le Mans, com uma interrupção em 2003, para dar lugar à Bentley. De regresso em 2004, decidiram desenvolver a tecnologia Diesel dois anos depois, com o R10, onde venceram nos anos seguintes, com pilotos como Kristensen, o escocês Alan McNish, o italiano Emmanuele Pirro, os alemães Mike Rockenfeller, Marco Werner e Frank Biela, com modelos como o R10 e o R15.

Em 2015, a Audi abandonou o Diesel para desenvolver a tecnologia híbrida, com o R18 e-tron quattro, mas por essa altura já tinham a forte concorrência da Porsche, com o 919 Hybrid e a Toyota, com o TS040, também híbrido. O seu último mundial foi em 2014, altura em que também venceram pela última vez em Le Mans.

Formula 1 em Cartoons - Austrália 1986 (Pilotoons)

Há precisamente 30 anos, a temporada de Formula 1 desse ano encerrava com estrondo. Não da forma como está no desenho, mas certamente que Alain Prost poderá ter feito o seu "vodoo" sobre os pneus do "brutânico"...

Já agora (ainda não falei sobre isto por aqui) aproveito para dizer que o Bruno Mantovani anda a promover a financiamento do seu livro "Contos Velozes", onde os seus cartoons e as respectivas histórias serão compiladas em livro. Caso queiram ver - e colaborar - podem clicar neste link.

terça-feira, 25 de outubro de 2016

O lugar mais quente da Formula 1

Quando na quinta-feira, Nico Hulkenberg disse que iria assinar pela Renault em 2017, provavelmente teria imaginado que o seu lugar iria ser o mais quente do momento. Ainda se pode falar que o segundo lugar da Renault também poderia ser um sitio interessante, mas eles queriam Valtteri Bottas e no próximo dia 3 de novembro será confirmado como piloto da Williams, ao lado de Lance Stroll. Logo, é provável que esse lugar seja disputado entre os atuais titulares, Kevin Magnussen e Joylon Palmer, e será por um ano, porque em 2018, eles poderão entregar esse lugar a Carlos Sainz Jr.

Hoje, ao ler o Joe Saward, é interessante saber as escolhas que o Vijay Mallya tem de fazer para 2017 na sua equipa. É verdade que tem um bom motor, que consegue fazer muito com muito pouco e o quarto posto no campeonato de Construtores pode estar ao seu alcance. Mas Mallya tem problemas do qual todos sabem qual são, e nem sempre há dinheiro para tudo, e há prioridades sobre outros. Digo isto porque no domingo, ouvi através dos meus amigos brasileiros que Felipe Nasr seria o favorito para o lugar. Tem as suas vantagens: dinheiro e vem de um lugar com um grande público de Formula 1. Mas ao ler o jornalista inglês, pode-se dizer que essa informação dada pelos brasileiros vem de uma única fonte: Bernie Ecclestone.

E porque eles dizem isso? É que a Force India deve dinheiro à Mercedes e uma maneira de resolver isto é colocar um dos seus pilotos. Pascal Wehrlein e Esteban Ocon - curiosamente a atual dupla de pilotos da Manor - são os favoritos ao lugar e ter um deles no lugar poderia implicar uma de duas coisas: um desconto no preço dos motores ou o perdão de uma parte da divida. Wehrlein é um bom piloto, e já se falou em diversas conversações nesse sentido, mas também se falou a mesma coisa em relação a Esteban Ocon, logo, há muita incerteza.

E ainda por cima, os próprios pilotos da Renault poderão estar interessados nesse lugar, pois, como já foi dito acima, a marca poderá não os querer para a próxima temporada.

E claro, outros lugares também poderão ser apetecíveis. A Sauber poderia ter um lugar vago em 2017, pois Marcus Ericsson irá ficar por lá - há uma boa razão para isso: os novos donos são os suecos que tem apoiado o piloto - e a Manor, mesmo com os motores Mercedes, é também um bom lugar para correr. Fala-se que Rio Haryanto poderá fazer um regresso, e também se fala que o britânico Jordan King, que foi terceiro piloto no fim de semana que passou, em Austin, poderá estar interessado no lugar.

Uma coisa é certa: há um certo lugar da Force Índia que de repente se tornou bem apetecível...  

Youtube Rally Testing: O Toyota Yaris WRC no asfalto

No rescaldo do Rali da Catalunha, a Toyota aproveitou para fazer mais testes no seu Yaris WRC de 2017, com Tommi Makkinen ao volante. Agora que já anunciou um dos seus pilotos para a próxima temporada, Juho Hanninen (o outro poderá ser Esapekka Lappi), o pessoal na equipa prepara o carro para todos as tipos de superficie, com vista à nova temporada, que vai marcar o regresso da marca japonesa ao Mundial de Ralis, depois de dezasseis anos de ausência.

segunda-feira, 24 de outubro de 2016

A imagem do dia (II)

O funeral de um herói. Mais de 50 mil pessoas saíram à rua em Friburgo, na Suíça, para se despedir de Jo Siffert, morto faz hoje 45 anos, durante o Victory Race, em Brands Hatch. Um condutor anda lentamente a bordo do Porsche 917 pintado com as cores da John Wyer, que o piloto usou desde 1969 e 1971, e ajudou a marca alemã a ser campeã na Endurance.

Aos 35 anos de idade, Siffert tinha tido uma excelente temporada. Vencera na Áustria, fora segundo em Watkins Glen, atrás do vencedor, Francois Cevért, acabando a temporada com 19 pontos e o quinto lugar, a bordo de um BRM. Na Endurance, tinha ajudado a vencer o campeonato para a marca alemã.

O ano iria acabar com uma corrida extra-campeonato, que deveria ser o GP do México. Contudo - grande ironia - a corrida fora cancelada com a morte do seu piloto, Pedro Rodriguez. Cujo companheiro de equipa na Porsche e na BRM era... Siffert.

Um toque entre ele e o March de Ronnie Peterson na primeira volta, danificou um braço da suspensão suficiente para que, na volta 14, perdesse o controlo do seu carro e ficasse debaixo dele, enquanto ele ardia. No final, descobriu-se que ele não morreu no impacto, mas sim sufocado pelo dióxido de carbono emanado pelos componentes tóxicos do seu carro. Uma forma inglória de morrer, sentida por todos nessa altura.

A imagem do dia

Os vencedores daquela corrida de Fuji, há precisamente 40 anos. Mário Andretti conseguia ali a sua primeira vitória desde 1971, e dava à Lotus a sua primeira vitória desde o GP de Itália de 1974, com Ronnie Peterson ao volante. Mas no terceiro posto estava James Hunt, a comemorar o título mundial mais inesperado da história da Formula 1, batendo no último instante Niki Lauda, que tinha voluntariamente desistido na segunda volta, porque achava que não estavam instaladas as condições para correrem, mas que os organizadores não lhes ligaram alguma aos seus protestos por uma simples razão: a televisão.

Já contei aqui a história em julho: a BBC não transmitia as corridas porque uma das equipas, a Surtees, tinha o patrocínio da marca de preservativos Durex, e para eles, isso era impensável. Lembrem-se, estavam numa era onde o sexo era seguro e o automobilismo perigoso... e por causa disso, a BBC não transmitia as corridas. Mas à medida que o ano avançava, as pessoas protestavam contra a cadeia britânica e lá eles cederam, pois era a chance de poder ver um campeão do mundo britânico, algo que não acontecia desde 1973, com Jackie Stewart. A transmissão televisiva por satélite ficou garantida e boa parte da Europa ficou acordada na madrugada-manhã desse dia 24 de outubro de 1976... se a corrida acontecer. É porque chovia persistentemente e os pilotos não queriam correr nessas condições, pois os eventos de Nurburgring ainda estavam frescas na cabeça dos pilotos.

A corrida aconteceu na mesma - com um atraso com cerca de uma hora - Lauda encostou na segunda volta, mas ele foi apenas mais um dos pilotos que desistiram voluntariamente. Emerson Fittipaldi e José Carlos Pace foram outros pilotos que fizeram isso, por exemplo. E Hunt tentou o mais possível chegar-se ao pé do lugar que queria para ser campeão do mundo, mesmo quando nas voltas finais, parou de chover e o asfalto começou a secar, o suficiente para colocar pneus slicks na parte final.

No fim, Andretti foi o vencedor, seguido pelo Tyrrell de Patrick Depailler e Hunt, na frente do Surtees de Alan Jones (será que a BBC mostrou o carro?). Hunt parecia que tinha perdido, mas na realidade, quando viu Teddy Mayer mostrando os dedos, dizendo que ia ao pódio, ficou feliz. Tinha alcançado o "impossivel": era campeão do mundo.

E claro... comemorou "a la Hunt". Falava-se que a sua preparação para essa corrida tinha sido à base de cigarros, alcool e... hospedeiras da British Airways, acompanhado pelo seu grande amigo, o motociclista Barry Sheene. E depois, bebeu cerveja, whisky e outras bebidas alcoólicas, e quando chegou, ensonado e bêbado, a Londres, simplesmente estava feliz por ter alcançado o título. O resto... não é história, que Hollywood, felizmente, contou em filme.

Rumor do Dia: Malásia com os dias contados?

O Grande Prémio da Malásia está em risco. As noticias de que o circuito de Sepang poderá deixar de acolher a formula 1 surgiram esta segunda-feira quando um responsável governamental admitiu em pleno Twitter de que os custos começam a ser insuportáveis, com um retorno limitado em termos de receitas. 

Talvez a Malásia precise de fazer uma fazer uma pausa no calendário. Penso que este produto já não é entusiasmante. Atualmente a Formula 1 é dominada por uma equipa”, entende Ahmad Razahli, o diretor do circuito de Sepang. 

Uma posição que é reforçada pelo Ministro da Juventude e do Desporto, Khairy Jamaluddin. “Penso que devemos parar de receber um Grande Prémio de Fórmula 1. Pelo menos durante um tempo. Os custos são muito elevados e o retorno é limitado. Quando recebemos pela primeira vez a Formula 1 foi um grande negócio, pois era a primeira prova realizada na Ásia fora do Japão. Agora existem muitos mais Grandes Prémios pelo que já não temos vantagem”, afirmou na conta oficial no Twitter.

Desde 1999 no calendário, a corrida decorre no circuito de Sepang, e foi o primeiro desenhado por Hermann Tilke. Acolhido inicialmente no final do ano, em 2001 passou para o mês de março, logo no inicio da temporada, algo que ficou até regressar este ano ao mês de setembro. O alemão Sebastian Vettel é o maior vencedor, com quatro triunfos (2010-11, 2013 e 2015), seguido por Michael Schumacher, com três (2000-01, 2004) e Fernando Alonso, também com três (2005, 2007 e 2012)

As declarações poderão ser vistas como uma forma de pressão para que o governo local pague menos por receber a corrida, cujo contrato atual termina em 2018. Apesar dos preços até serem competitivos - pelo menos em relação a outros circuitos - o número de espectadores este ano foi o mais baixo de sempre, em contraste com a Moto GP, que vai acontecer daqui a uma semana, mas que já tem lotação esgotada.

Apesar de ainda faltar algum tempo, poderá haver desenvolvimentos nas próximas semanas nesse sentido, pois decorrem conversações para a renovação do acordo com a Formula 1, e tudo indica que a continuidade está dependente das verbas que estão dispostas a pagar.

Os 40 anos da Kojima Racing

Hoje faz 40 anos que James Hunt venceu o seu título mundial, numa corrida emocionante em Fuji, debaixo de imensa chuva, e depois de ver Niki Lauda a abandonar voluntariamente na terceira volta, incapaz de enfrentar a chuva, dois meses e meio depois de ter sofrido o seu grave acidente em Nurburgring. Mas no meio disto tudo, a corrida japonesa - a primeira na história da Formula 1, diga-se - ficou também marcado pela história de uma equipa japonesa que, tendo apenas feito duas corridas na sua história, teve tempo para marcar uma volta mais rápida, feita em circunstâncias... duvidosas.

E a história por trás da Kojima Racing é tão interessante que vale a pena ser contada, porque faz agora 40 anos que fez a sua primeira aparição.

Matsuhisa Kojima nasceu em 1944 e cresceu como sendo um próspero empresário, importando bananas para o Japão. Mas também, foi um "gentleman-driver", especialmente quando fez motocross nos anos 60, pela Suzuki. No final da década, Kojima pendurou o capacete e em 1970, decidiu montar a sua própria equipa de automóveis, a Kojima Engeneering. Graças com um acordo com a Suzuki, que lhes deu os seus motores, ele construiu chassis para as várias competições que existiam no Japão, e em 1975, já fazia chassis para a Formula 3 e Formula 2. E em 1976, soube que a Formula 1 iria correr por ali, em Mont Fuji, e decidiu fazer algo nunca feito antes: um chassis.

Kojima contratou engenheiros que tinham estado um ano antes no projeto da Maki, a segunda tentativa japonesa de participar na Formula 1, depois da Honda, arranjou um motor Cosworth V8 e pneus Dunlop, para participar na última prova do ano. Contratou Masahiro Hasemi e o chassis, batizado de KE007, foi testado ao longo do verão e do outono de 1976, pronto a tempo para o Grande Premio.

Durante os treinos de sexta-feira, Hasemi causou agitação ao conseguir qualificar o seu carro num sensacional quarto posto, caindo por terra a ideia de que eram um bando de amadores que tentavam a sua sorte na Formula 1. Na realidade, Hasemi tinha 31 anos e era um veterano no automobilismo, grande amigo pessoal de Kojima e um enorme conhecedor do circuito de Fuji, especialmente nos Turismos, com o Skyline. Nesse ano, tinha sido vice-campeão japonês da Formula 2.

No sábado, Hasemi tentou o "impossivel": a pole-position. Parecia que o chassis tinha sido bem nascido, e Hasemi puxou pelos limites do carro, acabando por sair de pista e destruindo o chassis. Hasemi acabou por ficar com o décimo melhor tempo, mas parecia que não iriam alinhar no dia seguinte, mas eles aplicaram-se dia e noite para ter pronto a tempo um chassis para alinhar na corrida.

Hasemi sentou-se no carro, enfrentou a chuva, mas acabou num desapontante 11º lugar, a sete voltas do vencedor. Há quem aponte ao facto de Hasemi ter andado toda a corrida contra um chassis inguiável, e para piorar, os pneus slicks da Dunlop não eram assim tão bons como os da Goodyear, mas pelo meio, eles conseguiram o consolo de terem alcançado uma inesperada volta mais rápida com o carro. O que era estranho, pois o carro era lento na maior parte da corrida.

Afinal, houve uma explicação. Há quem fale que um comissário marcou um tempo bem mais veloz para o Kojima, há quem fale que Hasemi fez corta-mato para ganhar tempo, mas este foi validado pelos comissários, e depois pela FIA, o que faz com que o Kojima seja a equipa que tenha necessitado de menos corridas para alcançar essa volta mais rápida: uma. Esse tempo, na realidade, deveria ter sido atribuído ao Ligier de Jacques Laffite. E claro, Hasemi é o único piloto que tem uma volta mais rápida na única corrida em que participou.

Depois disto, a Kojima pensou em participar em algumas corridas de 1977, principalmente nas corridas sul-americanas. Contudo, esses planos não seguiram adiante, mas no final desse ano, resolveram participar no GP japonês com dois chassis KE009, um de fábrica para Noritake Takahara, e outro, inscrito pela Heros Racing, para Kazuyoshi Hoshino. Kojima decidira fazer um acordo, desta vez com a Bridgestone, para fornecer os pneus, mas estes também não eram bons. Contudo, Hoshino conseguiu o 11º posto na grelha, mas Takahara não conseguiu mais do que a 19ª posição, e a sua corrida acabou na primeira volta, depois de uma colisão com Hans Binder. Quanto a Hoshino, conseguiu levar o carro até ao 11º posto, a duas voltas do vencedor.

Apesar destes resultados, a Kojima não tentou mais a Formula 1, especialmente devido à falta de fundos. Assim, em 1979, ele virou-se para a motonautica e lá ficou até 2007, altura em que Matsuhisa Kojima decidiu reformar-se.

domingo, 23 de outubro de 2016

A imagem do dia

Muitos afirmam que é o melhor ser humano que conhecem. É capaz, mas para mim, também é um excelente piloto, e ele faz hoje 50 anos. Parabéns ao Alex Zanardi!

Formula 1 2016 - Ronda 18, Estados Unidos (Corrida)

A quatro corridas do fim, Lewis Hamilton sabia que tinha de fazer uma excelente corrida aqui em Austin para ter uma chance de alcançar o tetracampeonato e não deixar escapar de vez Nico Rosberg, que parecia estar imparável, depois de todas estas vitórias. Aliás, o piloto inglês estava sem ganhar há cinco corridas, e parecia que as suas chances estavam a desaparecer a cada corrida - ou a cada azar - que tinha, pois parecia que nada acontecia a Nico Rosberg. Até no quesito "más partidas", parecia que o alemão tinha essa sorte...

No Texas, todos também queriam ver se o inglês iria fechar a diferença e iria também contrariar a recuperação dos Red Bull, que parecia ser cada vez mais a segunda equipa do pelotão, depois do eclipse da Ferrari. E claro, ver até que ponto a Force India iria aproveitar para abrir a distância que tinha para com a Williams, na luta pelo quarto posto do campeonato de Construtores.  

A partida começou com Lewis Hamilton a conseguir manter a liderança, com Nico Rosberg a perder o segundo posto a favor de Daniel Ricciardo. Kimi Raikkonen ficou com o quarto, na frente de Max Verstappen e Sebastian Vettel, enquanto que Sergio Perez sofreu um toque e perdeu posições. Valtteri Bottas ficou com um furo e ia para as boxes, ao mesmo tempo que Nico Hulkenberg, que acabaria por ser a primeira desistência da corrida.

Atrás, Esteban Gutierrez conseguia passar Jenson Button e ficava com o décimo posto, ensanduichado entre os McLaren, mas a partir dali, as coisas acalmavam-se ao ponto de começar a ser aborrecido. Após sete voltas, Hamilton já tinha uma vantagem de dois segundos sobre Ricciardo, que mantinha Rosberg no terceiro posto. Contudo, no inicio da nona volta, Ricciardo e Raikkonen iam para as boxes, mudando para moles, numa tentativa de um superar o outro na corrida. Verstappen seguiu-os na décima volta e Rosberg na 11ª, com Hamilton logo a seguir, ambos a colocar pneus difetentes: médios para Nico, moles para Hamilton.

E na frente, Vettel liderava, mesmo com super-moles...  

Alonso ia às boxes na volta 12, saindo atrás das Renault... e a queixar-se disso. Mas cedo, livrou-se dos carros amarelos e tentava recuperar os lugares perdidos. Vettel acabou por ir às boxes na volta 15, mas aquelas voltas na liderança... não compensaram, pois com isso, era sexto. 


Na volta 25, Raikkonen abriu a segunda janela de paragens, parando para meter super-moles usados, sinal de que iria parar mais uma vez durante a corrida. Duas voltas depois, foi a vez de Verstappen de parar... mas a Red Bull não estava pronta! O tempo que perdeu foi mais do que suficiente para que evaporasse a sua possibilidade de pódio. O holandês disse depois que ele pensava que tinha ouvido uma comunicação das boxes. E para piorar as coisas, na volta 30, o holandês fica sem caixa de velocidades e acaba por encostar à berma.

Com o SCV (Safety Car Virtual) em ação, os pilotos aproveitam para parar nas boxes para a segunda janela de paragens. Por pouco, Nico Rosberg não cometia um erro ao passar Pascal Wehrlein na saída das boxes, mas parou a tempo. A coisa durou duas voltas, e na 33ª passagem pela meta, a corrida regressou à normalidade.

Na volta 39, Raikkonen abria a terceira janela de paragens, mas... a Scuderia comete um erro ao partir ainda com a pistola do mecânico na roda. O finlandês para na saída das boxes e abandona a corrida. E claro, quem está bem contente... não é Sebastian Vettel, mas sim Carlos Sainz Jr, que era quinto, a aguentar os ataques de Felipe Massa, com Fernando Alonso a observar. O espanhol atacou na volta 52, tocou em Massa e ficou com o sexto posto. Depois, foi atrás do filho do bicampeão de ralis, e na última volta, conseguiu o quinto posto, repetindo o seu melhor resultado da temporada.

Na parte final, Rosberg começou a aproximar-se de Hamilton, para ver se conseguiria apanhar o inglês. Houve voltas em que ele tirou um segundo por volta, mas no final, o "Hammer Time" levou a melhor e o inglês conseguiu superá-lo, alcançando a sua 50ª vitória na sua carreira, com Ricciardo em terceiro, e Vettel em quarto, ainda por cima, com a melhor volta, todos na frente de Alonso. Massa ainda teve de ir às boxes para trocar de pneus - teve um furo - mas ficou com o sétimo posto. Perez foi o oitavo, Button o nono e Romain Grosjean deu à Haas o seu primeiro ponto "em casa". 

E foi assim a corrida americana, pensando que dentro de uma semana, eles estarão de volta no outro lado da fronteira, no México.

Rumor do dia: Bottas continua na Williams

A noticia ainda não é oficial, mas desde o inicio da noite de ontem que circula o rumor de que o finlandês Valtteri Bottas continuará na Williams, para ter a seu lado o canadiano Lance Stroll. Depois de três anos com Felipe Massa, os homens de Grove rumam a nova era no seio da equipa, que nesta temporada está na luta pelo quarto posto do Mundial de Construtores com a Force India.

Assim sendo, o lugar na Renault continua em aberto, o que poderá fazer com que este seja disputado entre o dinamarquês Kevin Magnussen e o francês Esteban Ocon, enquanto que Felipe Nasr, por exemplo, poderá estar mais interessado em ficar na Sauber por mais uma temporada - embora ele não esteja assim tão interessado - pois o lugar na Renault, que seria o mais indicado para ele, tem imensa concorrência.

Aos 27 anos de idade - nasceu a 28 de agosto de 1989 em Nastola - Bottas está na Formula 1 desde 2013, sempre ao serviço da Williams, onde conseguiu até agora nove pódios e uma volta mais rápida, com a sua melhor classificação a ser alcançado em 2014, quando foi quarto classificado no Mundial. antes disso, foi campeão da GP3 em 2011, e terceiro classificado na Formula 3 europeia, em 2009 e 2010.

Formula E: Divulgado o circuito de Montreal

A Formula E anunciou esta fim de semana o desenho do circuito que vai acolher a corrida de Montreal. Vai ser um circuito de 2750 metros desenhado nas ruas do centro da cidade, à volta da Maison de Radio Canadá, na corrida de encerramento do campeonato, que vai acontecer no fim de semana de 29 e 30 de julho de 2017.

"A Formula E quer trazer corridas totalmente elétricas para as ruas das cidades mais importantes do mundo e Montreal é outra nova adição fantástica ao nosso calendário. Montreal é uma vibrante e grande cidade - o lugar perfeito para terminar a nossa terceira temporada de Fórmula E. Tenho certeza que os pilotos irão deleitar-se com a oportunidade de lutar pelo título com Montreal como pano de fundo", disse Alejandro Agag.

Nelson Piquet Jr, piloto da Nextev que esteve na festa de apresentação do circuito, afirmou sobre ele e sobre a cidade: "O Canadá é um país que abraça automobilismo, e eu estou tão feliz de estar aqui em Montreal para ajudar a mostrar a pista. É uma cidade fantástica e vai ser uma corrida impressionante em torno destas ruas em julho. É o local perfeito para o nosso final de temporada."

Jean Todt, o presidente da FIA, comentou sobre a pista no centro da cidade canadiana: "Montreal tem uma grande tradição automobilistica e as autoridades locais, bem como os seus cidadãos são particularmente receptivos a um tema quente, como um novo modelo de mobilidade sustentável. Se existe um único evento que reúne esses dois elementos, é definitivamente uma corrida de Fórmula E", começou por dizer. 

"Estou, portanto, muito satisfeito pelo facto de Montreal está se preparando para sediar a rodada final da terceira temporada da Fórmula FIA E Championship. Gostaria de agradecer a Denis Coderre, que não é apenas o presidente da câmara da cidade, mas também um membro do Painel FIA de Alto Nível para a Segurança Rodoviária, bem como ser um amigo pessoal meu, por ter dado permissão para que este evento continue. Eu tenho certeza que este evento vai atrair a atenção dos fãs de automobilismo, mas também um público mais amplo, que estão interessados no futuro da mobilidade nesta grande cidade", concluiu.

A corrida vai acontecer cerca de mês e meio depois da realização do GP de Formula 1, que vai acontecer no circuito Gilles Villeneuve.