domingo, 8 de janeiro de 2017

As ambições de Ettiene Lavigne

No dia de descanso do Dakar, em terras bolivianas, a organização aproveitou o tempo para fazer o balanço de um rali que até tem sido bem duro, mas que no final, apenas 20 por cento dos veículos ali presentes já abandonaram a prova... e ainda houve uma etapa cancelada, a de ontem, entre Oruro e La Paz.

Ettiene Lavigne, o diretor do Dakar,  falou também sobre um desejo que anda a tentar concretizar desde o ano passado, que é de organizar uma edição onde máquinas e pilotos andassem ao longo do Oceano Pacifico, de sul para norte, como tem feito ao longo destes anos, um pouco também para variar do mesmo tipo de percurso que tem feito desde a sua chegada a aquelas paragens, em 2009. 

O meu sonho é organizar, um dia, uma prova que atravesse o continente de Norte a Sul. Temo-lo pronto no papel, mas a ideia passa por sair do Chile ou de Buenos Aires e subir até Cartagena, na Colômbia. Seria algo único, pois o Dakar não é somente um evento desportivo, mas sim também um evento social e cultural em cada país por onde passa. Não se trata duma questão de ter muitos países, mas sim poder fazer uma história diferente a cada ano, com coisas novas para descobrir, e com novos países” começou por dizer Lavigne em La Paz, na Bolivia, onde hoje o Dakar faz o seu dia de descanso... alargado. 

Lavigne, apesar de dizer onde pretende que o rali se desenrole, afirmou depois que existe toda uma logística e questões financeiras dos quais é necessário resolver: “Estamos abertos a todas as propostas de países que queiram receber a corrida. Há futuro para o Dakar neste continente, tanto no Perú como no Chile, mas também noutros países”, assegurou.

Ter um "Dakar Pacifico" seria interessante e viável. Mesmo que nos últimos tempos, o Peru e o Chile se terem abdicado de acolher o Rali Dakar por motivos financeiros, eles pretendem receber de novo num futuro próximo, e provavelmente até poderiam viabilizar a ideia de um "Dakar Pacifico". Mas falta saber se outros países, como Equador e Colômbia, estariam dispostos a acolher a caravana nos seus países, apesar do impacto que isto teria nas suas economias.

Veremos como será nos próximos anos, se a ideia será acolhida de forma positiva... ou não.

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