sexta-feira, 13 de janeiro de 2017

O susto de Martin Brundle

Martin Brundle pode ter sido modesto na Formula 1, mas tem vitórias em Le Mans e uma carreira bem eclética noutras categorias do automobilismo, especialmente na Endurance. Depois de pendurar o capacete, decidiu ser comentador de Formula 1 na Sky Sports, acabando por ser um excelente comentador, do nível a que James Hunt foi nos anos 80 e 90 na BBC, ao lado de Murray Walker, tirando a parte do "politicamente incorreto"...

Pois bem, Brundle revelou por estes dias que teve um ataque cardíaco de menor grau durante o GP do Mónaco de 2016, quando ele correu para o pódio, onde iria ser o "speaker". "Tive um pequeno ataque cardíaco enquanto estava no pódio", revelou à Motorsport, enquanto estava no Autosport Imternational Show, em Birmingham. "Acabei depois por ser operado, colocando-me um "stent" de 23 milimetros no meu ventrículo esquerdo". 

Brundle, atualmente com 57 anos, ficou a recuperar o tempo suficiente parar correr numa das corridas de suporte das 24 Horas de Le Mans, onde acabou por fazer... a pole-position, a bordo de um carro de LMP3, terminando a corrida na segunda posição. Nada mau, quando ele correu contra pilotos com idade para serem seus filhos. Mas tudo isto aconteceu depois dos médicos o autorizarem a correr.

"Eu pensava que não poderia fazer a corrida [Road to Le Mans]. Mas o responsável da cardiologia disse para mim: 'Pode fazer a corrida. Apenas não esqueça dos seus anticoagulantes'.

"Então eu chamei Zak [Brown] e o Richard [Dean, chefe de equipa da United Autosports] - então fiz 75 voltas no carro da Palmer Sports. Tinha hematomas no meu peito, mas eu amo Le Mans e pensava: 'Eu não vou perder isso".

"Acabamos a corrida no segundo lugar, o que foi pena, mas dirigir um protótipo fora do pitlane em Le Mans é extraordinário. Você fica um pouco suado, fica um pouco assustado. Sinto falta desse sentimento. Vou fazê-lo novamente este ano, se eu conseguir uma nova chance.

"Eu converso com outros pilotos sobre isso, como DC [David Coulthard] e ele me diz 'Martin, cresça, você não é mais um piloto de corrida'. E Damon, e outros. Eu sou um pouco como Rubens Barrichello, eu mal posso esperar para voltar em um carro. Eu sou duro em relação a isso.

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