sábado, 4 de fevereiro de 2017

Youtube Top Gear Introduction: A nova temporada


Com o The Grand Tour a terminar (o último episódio apareceu ontem), o pesoal agora vira as suas atenções para o Top Gear, que vai para a sua 24ª temporada - a segunda com nova gerência. E com Matt LeBlanc, Rory Reid e Chris Harris ao volante, parece que eles foram tirar satisfações acerca do que andaram a fazer nesta temporada...

Endurance em Cartoons: O regresso de Michel Vaillant (Cire Box)

A eterna juventude de Michel Vaillant nas suas aventuras fizeram com que o "Cire Box" gozasse um pouco com essa condição quando se soube do seu regresso a Le Mans abordo do Rebellion de LMP2. Algo me diz que ele corre com umas fraldas por baixo do seu fato de competição...

Traduzido:

- Le Mans! Reparem bem! O regresso! "Michou in da place"! Vaillant no coração... hahahaha!

- Olha, Michael, temos uma nova parceria com as cadeiras Stannah... e acima de tudo, não se esqueças das tuas gotas!

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017

CNR: Joana Barbosa vai correr de Fiesta R2

Joana Barbosa é das poucas piloto a correr no campeonato nacional de ralis. Depois de ter andado a bordo de um Fiat Abarth 500 para o Campeonato Nacional de Montanha, este ano decidiu trocar de montada e correr num Ford Fiesta R2 de última geração, com o objetivo de ser mais competitiva no campeonato nacional de ralis, dos quais pretendem fazer uma temporada a tempo inteiro.

"Com a atual regulamentação, o Ford Fiesta só nos permite pontuar no Campeonato Nacional de Ralis e por isso vamos já estar à partida do Ralis Serras de Fafe. Esperamos em 2017 alinhar em todas as provas do continente do CNR, bem como em algumas outras provas de outros campeonatos", começou por dizer Joana Barbosa ao site ralisonline.net. "Este primeiro rali vai ser uma estreia absoluta em pisos de terra, com um novo carro e por isso vamos com o intuito de aprender tentando obter os melhores resultados ao dar o nosso melhor", continuou.

A piloto, que alinha ao lado da navegadora Sofia Mouta, andava no ano passado a bordo de um Fiat Abarth 500, que vai trocar pelo Fiesta R2, e explica as razões:

"O Fiesta, para além de ser de uma das marcas que representamos no distrito de Braga, é também um carro surpreendentemente mais eficaz e surgiu a oportunidade de apostarmos nesta viatura para esta época. É um carro que irá permitir evoluir em asfalto e iniciar o nosso percurso em terra. Para esta época arrancamos com o objetivo de dar sempre o nosso melhor, tendo noção que será tudo novo para nós e que temos muito para aprender e muito para evoluir. Temos a noção que a estreia em pisos de terra não irá ser fácil mas queremos tirar o máximo de partido da experiência", concluiu.

O Rali Serras de Fafe acontecerá dentro de duas semanas, a 18 de fevereiro.

A nova nomenculatura da McLaren

Definitivamente, a McLaren está a querer colocar para trás a era Ron Dennis, que como todos sabem, terminou no final do ano passado, depois de 35 anos de presença. E com a ideia da nova cor - que pode ser, na realidade, o regresso de uma cor mítica - eles também irão livrar-se de uma nomenculatura que ficou famosa desde então. Os MP4 (McLaren Project Four, mas até 1996 era Marlboro Project Four) passarão a ser chamados da MCL, sigla para McLaren.

Mas o carro continuará a seguir os números desde 1981, logo, o carro será MCL-32, cuja apresentação está marcada para o dia 24 de fevereiro. Só que a parte chata é que "MCL-32" é a mesma sigla de... um forno da marca Teka!

Mostrar ao mundo que uma determinada era já passou é uma coisa importante, e mostrar que eles vão dar os seus próprios passos também é algo sério. Contudo, poderia ter regressado à nomenculatura que tinham antes de 1980 - o simples M - e não perderiam muito, pois eles pararam no M30F, logo, o "buraco" não seria assim tão grande. Mas eles desejam mesmo abrir uma terceira era, e não o regresso de uma, apesar da tal expectativa sobre o "papaya orange".

Já não faltam muito para o dia de apresentação, vamos ver o que eles irão mostrar. E já sabem: carro bonito é aquele que ganha, já dizia o Commendatore.

Esta semana, no The Grand Tour...


TheGrandTour S01E13 Dubai por carabinieri8
Esta semana, o The Grand Tour chega ao fim da sua primeira temporada. E desta vez, decidiram fazer a sua despedida no Dubai, uma cidade com supercarros ao seu dispor, desde os policias até aos taxistas, passando por um duelo entre o Porsche 918 e o Bugatti Veyron. E um Nissan Patrol, também...

Começam por falar sobre as vantagens de um carro normal para um carro elétrico (Volkswagen Golf GTi convencional contra o BMW i3 elétrico), passam pelo off-road (basicamente, uma forma dos outros torturarem o "Capitão Lento") e no final, James May acaba a dizer aquela famosa fase. 

E teremos drifting com o Richard Hammond!

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017

A imagem do dia

Antes de ver a lista de inscritos para o Mundial de Endurance de 2017, vi no Twitter esta capa: vai ser a nova história de Michel Vaillant, que sairá provavelmente no meio do ano, para coincidir com as 24 Horas de Le Mans. Há um cheiro de ação no ar, e com boas histórias, mas quando vi a lista de inscritos e reparei no nome dos Rebellion é que liguei tudo: os carros serão pintados com as cores da Vaillante, quer na clássica de La Sarthe, quer ao longo do Mundial deste ano.

Quem sabe esta história, sabe que Michel Vaillant está com uma nova série de histórias, escritas pelo filho de Jean Graton, Philippe, e com mais alguns autores e argumentistas. As histórias são atuais, falando sobre automobilismo. Não há muita Formula 1 - quase não há nada - mas existe Formula E e a ascensão e queda da marca Vaillant... mas não foi contra a sua nemesis, a Leader.

Já vi algumas das suas histórias, e são tão boas como existiam no seu auge, nos anos 60. A ideia de passar Vaillant para uma nova geração parece ser cumprida.  

Agora... sei que os carros da equipa suíça usam o numero 13. O mesmo usado... pelos Leader. Como vai ser, eles mudarão de números? Ou a história mostrará algo mais?

Noticias: Kubica vai correr no WEC

O polaco Robert Kubica vai regressar às pistas, a bordo do byKolles da LMP1, no Mundial de Endurance. O anuncio foi feito esta tarde na aperesentação da lista de inscritos para o Mundial WEC, bem como a lista provisória para as 24 Horas de Le Mans. 

O piloto de 32 anos vai correr ao lado do britânico Oliver Webb, e de um terceiro piloto que não foi identificado, pois este último só participará nas 24 Horas de Le Mans, em junho. A noticia poderá ser um novo impulso para a equipa, que há cerca de duas semanas informou que teria o motor de três litros da Nissan, que equipou nos seus LMP1 em 2015.

"Após o meu tempo nos ralis, eu procurava algo o mais próximo da Fórmula 1 quanto possível - e é exatamente o que eu encontrei na LMP1", começou por comentar o piloto polaco.

"No final da temporada do WEC do ano passado, consegui fazer minhas primeiras voltas ao volante do CLM P1/01. Eu me senti confortável no carro e consegui aumentar rapidamente o meu ritmo. Com ainda mais experiência eu tenho certeza que vou ser capaz de extrair mais desempenho. Estou muito ansioso para o prólogo em Monza eo início da temporada em Silverstone", continuou.

"O WEC está correndo em circuitos que conheço bem do meu tempo na Fórmula 1. A exceção é Le Mans. Eu ouvi tantas coisas boas sobre o evento no Sarthe. Eu estou muito animado sobre a minha primeira participação", concluiu.

Quanto a Kubica, isto assinala o seu regresso as pistas, seis anos depois do seu acidente durante o Rali Ronda di Andora o ter afastado da Formula 1. Depois de um ano e meio de recuperação, passou a correr nos ralis, onde foi campeão do WRC2 em 2013, onde correu por três temporadas, conseguindo como melhor resultado um quinto lugar no Rali da Alemanha desse mesmo ano, e tendo vencido catorze especiais.

Este mês, no Nobres do Grid...

(...) Ao longo do dia 16, li coisas que eram desmentidas, pormenores. Um exemplo foi o relacionado com o contrato de Felipe Massa. Quando um site disse que ele tinha assinado tudo uns dias antes, alguém lembrou que isso não era verdade, que tudo tinha sido decidido no inicio de dezembro. E é verdade, porque eu me lembro de ter escrito algo na altura que corroborava essa chance. E com pormenores divulgados na maior rede social do mundo: o Facebook.

De facto, Massa tinha um contrato para correr na Formula E a partir de 2017, para ajudar no desenvolvimento do carro. Um contrato feito após o final do seu contrato com a Williams, para correr a partir de 2017-18, a quarta temporada da competição de carros elétricos. Só que não se sabia a equipa. O Rodrigo Mattar forneceu essa peça que faltava: era a Jaguar. 

Contudo, com o interesse renovado da Williams, o contrato foi rescindido de forma amigável para que ele fosse correr por mais uma temporada pela Williams, que precisava de um piloto “maduro”, pois o outro piloto seria um adolescente: o canadense Lance Stroll, de 18 anos. E recordemos que a Williams é patrocinada por uma companhia de bebidas alcoólicas, e colocar um copo nas mãos de um jovem que meia dúzia de anos antes beberia leite achocolatado (coloque a sua marca favorita aqui) não é politicamente correto… (...)


Esta crónica já tem um pouco de desactualização, pois foi escrita uns dias antes da transferências de poder dentro da estrutura da Formula 1, quando a Liberty Media tomou conta das ações da Formula One Management e dispensou Bernie Ecclestone das suas funções, depois de mais de 40 anos de bons serviços. 

Mas o objetivo está lá: falar sobre as mudanças que aconteceram no pelotão da Formula 1, que poderão apresentar novos cenários numa temporada onde os regulamentos mudaram e que os carros prometem ser mais velozes do que são agora. Tudo isso e muito mais, este mês no Nobres do Grid.

Williams: Paddy Lowe vai ser o seu diretor-geral

Paddy Lowe será o novo diretor-geral da Williams, efectivo a 1 de março. E para além disso, terá uma parte dos ativos da equipa, à semelhança que teve em tempos Patrick Head. A noticia é dada pela Autosport britânica nesta quarta-feira, onde se diz que vai desempenhar as funções de diretor, especializado na área técnica, ao lado de Claire Williams, o CEO da empresa Mike O’Driscoll e do presidente não executivo Nick Rose

Para Lowe, a sua nova posição estará acima daquela que ocupava Pat Symmonds, que anunciou no final do ano passado a sua reforma da Formula 1, e isto, aos 54 anos de idade (nasceu a 8 de abril de 1962 no Quénia, então colónia britânica), é o pináculo da sua carreira que começou 30 anos antes... na Williams, onde foi membro do departamento técnico, onde foi um dos encarregados de desenvolver a suspensão ativa nos carros de 1992 e 93, nomeadamente o FW14B e o FW15C.

No final de 1993, partiu para a McLaren, onde ficou à frente do departamento de pesquisa e desenvolvimento até 2001, altura em que se transferiu para o departamento de desenvolvimento de sistemas, focado nos chassis construidos para as pistas. Em 2003 passou a ser o diretor de engenharia, e em 2011, passou a ser o diretor técnico, ficando nesse cargo até 2013, altura em que passou para a Mercedes, como diretor executivo, ficando na equipa de Brackley até ao final do ano passado.


quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017

CNR: Apresentado o Rali Serras de Fafe

A Demoporto, organização que está por trás do Rali Serras de Fafe, apresentou esta terça-feira o rali que vai ser a prova de abertura do campeonato nacional de ralis, que vai acontecer entre os dias 18 e 19 de fevereiro e que terá doze especiais de classificação. A apresentação foi no Salão Nobre da Câmara Municipal de Fafe perante o presidente da câmara, Raúl Cunha, e Manuel Mallo Bryner, o presidente da FPAK.

A grande novidade vai ser uma especial no centro da cidade no sábado à tarde, do qual chamaram de "Fafe Steet Stage" que atrairá os habitantes da cidade para poderem ver as máquinas e os pilotos do rali, que a organização espera ter uma lista de inscritos de luxo.

"Trinta anos volvidos, vários executivos passados e, sempre, uma única atitude: os ralis são encarados como uma marca do concelho, as classificativas são uma activo ímpar que o município explora e daí retira os devidos dividendos", começou por dizer o presidente da Demoporto, Carlos Cruz.

"Pela forma como as provas são apoiadas, pelo empenho em bem receber, o meu agradecimento a Fafe e o meu muito obrigado aos presidentes que lideraram o município ao longo dos últimos 30 anos, que aqui entrego, na pessoa do Dr. Raúl Cunha. No que ao Demoporto diz respeito, estamos empenhados em organizar ralis em Fafe, por mais trinta anos", concluiu.

"Aproveitamos as condições que temos, apostamos no o que é diferente e dai esta ligação de Fafe aos ralis ser um ex-librias da nossa terra. O Município continuará a acarinhar o desporto automóvel e é um prazer termos ralis em Fafe", declarou o autarca local.

"Antes de mais quero agradecer ao município de Fafe o carinho com que encara o desporto automóvel. Esta região é já uma catedral dos ralis e isso só acontece graças ao apoio deste município. Esta prova é a primeira do ano, pelo que se reveste de especial importância para o campeonato. Resta-me dar os parabéns ao Demoporto pela prova e pelo aniversário", afirmou Mello Bryner.

A prova, que contara para o Troféu Europeu de Ralis, Troféu Ibérico de Ralis e Taça de Ralis FPAK Terra, estará dividida em dois dias, começando pelas 14:30 de sábado, com três passagens pelas classificativas de Mondim e Confurco, antes da Special Stage de Fafe, enquanto que no domingo, o rali prosseguirá com três passagens por Luilhas e duas por Lameirinha, até ao pódio, que acontecerá pela uma da tarde do dia 19 de fevereiro.

Youtube Formula 1: O ruído do motor Mercedes W08

O carro será apresentado dentro de três semanas, mas já se ouve o motor do novo carro da Mercedes, que será guiado por Lewis Hamilton e Valtteri Bottas. Eis o filme de apresentação... do motor.

Noticias: Sistema "Halo" adiado para mais tarde

O sistema HALO, que permite garantir a segurança de pilotos em caso de embate contra objetos ou pneus, poderá ser adiado "sine die". Segundo conta hoje a Auto Motor und Sport alemã, a maior parte dos pilotos - e algumas equipas - estão contra o sistema e pedem à FIA para que estude novas alternativas. 

Apesar desta proteção ser a solução mais viável até ao momento, testes recentes mostraram que o piloto não conseguia sair do carro em caso de capotamento. Para piorar as coisas, no inicio do ano, quando a FIA mandou um inquérito aos pilotos sobre o novo sistema, nenhum deles se mostrou a favor, embora apenas sete se mostraram claramente contra, com o resto a abster-se ou a não se pronunciar sobre o assunto.

Quanto a alternativas, apesar de estar disponível o sistema "aeroscreen" da Red Bull, as outras equipas torcem o nariz em relação a isso por dois motivos: por um lado, a equipa em questão poderá obter vantagens aerodinâmicas com o tal sistema, e segundo, quando foram feitos testes de colisão com esse sistema com um pneu, este não aguentou, atingindo o visor... e decepando o manequim.

Assim, irão prosseguir os testes com outros sistemas, logo, a ideia de uma proteção para a cabeça em 2018 começa a ser algo improvável. 

terça-feira, 31 de janeiro de 2017

TCR Ibérico: José Pedro Faria vai correr de Kia

Já se sabia desde há algum tempo que a Kia - através da preparador STARD -  iria entregar um carro a Portugal, para competir no TCR nacional - que em 2017 será ibérico, em conjunto com a Espanha - mas hoje se soube quem seria o piloto que o iria guiar. Irá ser José Pedro Faria, o vencedor da Single Seater Series de 2016, e que irá guiar ao serviço da CRM, de Tiago Raposo Magalhães.

CRM tem uma relação já há muitos anos com a KIA, deste modo e, tendo sido eu Campeão em 2016 da Single Seater Series, procurámos uma solução para 2017. O TCR Ibérico acabou por ser a decisão, campeonato que, tanto eu como a CRM, seguimos de perto em 2016 para ver o seu crescimento. Neste momento, achamos que de facto o TCR é uma das categorias com mais visibilidade e crescimento a nível mundial”, afirmou Faria em declarações ao site SportMotores.com.

Como queremos estar num campeonato de uma forma sólida e com o intuito de progredir na minha carreira, penso que esta é a aposta certa”, concluiu.

Faria, ao contrário de muitos outros, decidiu também que irá competir sozinho no seu Kia durante o campeonato ibérico. ”O meu objetivo é correr sozinho para conseguir fazer o maior número de quilómetros possível”, declarou o piloto de Amarante. 

O novo campeonato ibérico, que terá sete corridas, quatro em Portugal e três em Espanha, começará a 9 de abril em Barcelona e terá a primeira corrida em solo português no dia 30, no Estoril.

O que é que poderia ter sido

É de uma amarga ironia saber que as primeiras imagens dos carros de 2017 venham de uma equipa que anunciou o seu desaparecimento, efectivo a partir de hoje. O carro da Manor para esta temporada, cujo desenvolvimento foi congelado no final de novembro do ano passado, mostra-nos o que vão ser os carros para este ano... e com mais um acrescento: uma barbatana traseira, como já tiveram em 2012 e 2013.

De resto, parece ser um chassis convencional, com o motor Mercedes a puxar por eles, talvez poderiam dar o pulo para o meio do pelotão, pois conseguiram um ponto na temporada passada, graças ao décimo posto do Pascal Wehrlein na Áustria. Contudo, daquilo que li no sitio do Joe Saward por estes dias, a Manor esteve sempre em défice de dinheiro, mesmo quando estava nos dez primeiros. Ele fala que em média, havia 40 milhões de dólares de défice, mesmo com a garantia dos 35 milhões dados pela FOM, se ficasse nessas posições. Logo, mais cedo ou mais tarde, Stephen Fitzpatrick teria de vender parte ou a totalidade da equipa para dar conta desses prejuízos.

No ano passado, quando falei da situação periclitante da Sauber, fiz calculos sobre quanto é que era preciso para manter uma equipa à tona de água. Cheguei à conclusão de que o mínimo para sobreviver andava à volta dos 110 milhões de dólares. É imenso dinheiro, mesmo sem injeções de dinheiro por parte da FOM, e que mostra que é um desporto muito, mas muito caro. E também mostra a péssima distribuição de dinheiros na altura, mas ali havia um propósito: abrir a diferença entre as equipas grandes e as pequenas. Esses 110 milhões que falei era quase o equivalente que Bernie Ecclestone entregava à Ferrari todos os anos, ainda antes que eles fabricassem o primeiro parafuso do chassis de cada temporada. 

E também era isso do qual Sauber e Force India se queixavam ao público e do qual fizeram uma queixa à União Europeia. Sendo equipas que não faziam parte do Grupo de Estratégia, que não eram de fábrica - os famosos "garagistas" - e que estavam dependentes de patrocinadores, mecenas e pilotos pagantes para sobreviver - e ambos fizeram trabalhos notáveis, diga-se - eles se queixavam com razão de que deveria haver uma melhor redistribuição dos lucros vindos da FOM, que por estes anos chegam aos mil milhões de dolares. Cem milhões por cada uma dessas equipas seria mais do que suficiente para garantir a sua sobrevivência... por agora. Porque como sabem, isto é uma "corrida às armas" e neste "Club Piraña", só ficarão felizes se eliminarem a concorrência.

É por isso que a Liberty Media tem de se mexer. Nisso e num tecto orçamental, para suster a competição. Não vale a pena angariar dinheiro se as equipas perderem o controlo dele, não é?

Quanto à Manor... há noticias de que poderá haver uma espécie de "golpe de última hora", esperando pela aquisição de bens da equipa num futuro leilão de liquidação, mas não creio que tal aconteça. Independentemente do resultado, o fim de uma equipa destes, para os fãs da Formula 1, é isso mesmo: uma perda. Porque também precisamos de um pouco de "colorido" destas marcas do fim do pelotão. 

segunda-feira, 30 de janeiro de 2017

A(s) image(ns) do dia


Estas imagens servem de homenagem a uma pessoa que hoje comemoraria o seu centenário, caso estivesse vivo. O belga Paul Frére teve uma carreira longa e variada de êxitos como piloto, especialmente na Endurance. Morto em 2008, aos 91 anos, Frére venceu as 24 Horas de Le Mans de 1960, num Ferrari guiado em conjunto pelo seu compatriota Olivier Gendebien. Os primeiros belgas a vencer em Le Mans, antes de Jacky Ickx.

Andou na Formula 1, guiando pela Gordini, HWM e Ferrari, e conseguiu um segundo lugar no GP da Bélgica de 1956, mas os seus grandes feitos vieram da Endurance. Correu, como há disse, nas 24 Horas de Le Mans, com êxito, mas ele foi bem além disso. Era um desportista polivalente - foi remador e tricampeão nacional - e quando pendurou o capacete não ficou parado. Tornou-se jornalista e fez mais ou menos a mesma coisa que fez Dennis Jenkinson, testando carros velozes até aos 90 anos de idade. E o melhor exemplo é este do qual mostro as imagens.

Tudo aconteceu em 2003, quando Frére, então com 86 anos de idade, teve a oportunidade de andar no Audi R8 de Le Mans, vencedor da edição do ano anterior. Se acharam que ele andaria a passear num carro potente por La Sarthe... enganam-se. Os seus tempos ficaram próximos dos pilotos de fábrica, o que demonstra que ele se manteve em forma e ativo até a uma idade bem avançada. Um ano e meio antes de morrer, sofreu um acidente no Nurburgring Nordschleife, que o fez ficar duas semanas no hospital, mas recuperou o suficiente para poder sair pelo seu próprio pé.

Expectativas

Dentro de quatro semanas, a McLaren apresentará o seu MP4-32, o primeiro desde 1981 que não terá Ron Dennis ao seu leme. E há enormes expectativas sobre esse carro, não tento por causa das suas performances, mas... pela sua cor. 

É verdade: os novos donos poderão fazer regressar à Formula 1 uma cor que não se vê desde 1974, o "Papaya Orange". E essa cor mítica, digamos assim, está associada a um tempo onde os carros de Bruce McLaren dominaram o automobilismo... mas não na Formula 1. Na realidade, foi na muito americana Can-Am, onde através de pilotos como o próprio Bruce, Dan Gurney, Peter Revson e Denny Hulme, venceram campeonatos entre 1967 e 1972, com anos em que o dominio foi completo, como em 1969, que ficou para a história como o "The Bruce and Denny Show".

Há expectativas, e são legitimas. A equipa anda a meter no seu Twitter oficial fotos e desenhos - como este que vocês vêm aqui - e há muitas coisas do qual aparece o laranja. Vi uma foto de Stoffel Vandoorne à frente de um nariz do MP4-31 onde o cinzento estava lá, mas com hexágonos laranjas. Pode ser um exercício, mas para os fãs, eles indicam que essa cor mítica irá aparecer de novo.

Francamente - disse isto no videocast e digo aqui também - não criem muitas expectativas com a cor. Não digo que não apareça, e sei perfeitamente que se aparecer, todos dirão que não apareceu por culpa de Ron Dennis, que odiava a cor - como sabem, todos os carros de 1996 até agora eram predominantemente cinzentos. Mas mais do que isso, não vai ser a cor que lhes vai dar mais 50 km/hora nas retas e vai dar a Vandoorne e a Fernando Alonso uma chance de vitória. É o motor Honda e é o chassis no qual ele vai estar instalado. Enzo Ferrari disse sempre que "carro bonito é aquele que vence", e não interessa se o carro esteja pintado de rosa choque: se não passar para a Q3, é um fracasso. E já vi muito chassis bonito que só servia para o museu.

Em suma: tenham calma. O que interessa é que a McLaren volte a lutar pela vitória ao lado da Red Bull, Ferrari ou Mercedes. Não interessa a cor.

domingo, 29 de janeiro de 2017

A imagem do dia (II)

Aproveitando a ocasião para dar os parabéns a Jody Scheckter por mais um aniversário. Aqui, quando guiou o famoso "numero zero" no GP dos Estados Unidos de 1973, no McLaren M23 oficial. 

A imagem do dia

As corridas podem acabar assim. E uma prova de 24 horas, com interrupções pelo caminho, pode acabar no último momento. Daytona não é Le Mans, e tudo pode ser decidido num único momento. E ficamos no lado dos vencidos. Foi o que aconteceu nos últimos dez minutos de uma corrida onde num duelo entre o carro numero 10 de Ricky Taylor e o número 5 de Filipe Albuquerque, o primeiro fez uma travagem agressiva perante o segundo e colocou-o fora da pista. É uma decisão que os comissários consideram como "incidente de corrida" e assim o carro numero 5 levou a melhor.

A vida é injusta, é verdade. A decisão dos comissários, embora polémica, é real, e tem de se aceitar, porque já houve incidentes destes no passado, acontecerão incidentes desses no futuro. E os adeptos querem e desejam lutas musculadas, mas justas, porque fazem parte do automobilismo. Eu não gostei, e muitos não gostarão, mas enfim...

Tenho pena, não tanto pelos pilotos, o Christian Fittipaldi, o João Barbosa e o Filipe Albuquerque. Fizeram a pole-position, lideraram boa parte da corrida e fizeram de tudo para que chegassem ao fim no lugar mais alto do pódio. Mas no final, nada disso importa. Porque a história é escrita pelos vencedores, e depois de 659 voltas e 24 horas de corrida, vai ser Taylor e os seus companheiros da Wayne Taylor Racing: Jeff Gordon, Jordan Taylor e Max Angelelli.

Não é o fim que desejava, mas ano que vêm há mais. E já sabem quem são os vencedores morais desta corrida. A partir de agora, Daytona deve uma vitória a eles!