sábado, 14 de outubro de 2017

Youtube Motorspoert Testing: Koenigssegg, dos zero aos 400

Depois de há umas semanas, a Bugatti ter convidado Juan Pablo Montoya a guiar o Chiron até aos 400 km/hora e travar para zero no menor espaço de tempo possível, a Koeingssegg decidiu responder ao desafio. 

Para isso, no passado dia 1 de outubro foram à Dinamarca, onde um exemplar do Agera RS foi guiado pelo seu piloto de testes, Niklas Lilja, para ver se conseguiam baixar o tempo entre os zero aos 400 km/hora e parar.

O resultado está no video que se pode ver por aqui. 

Formula 1 em Cartoons - GP do Japão (Cire Box)



A corrida japonesa foi totalmente decisiva para Lewis Hamilton, que o colocou a meras duas corridas de ser tetracampeão do mundo de Formula 1, graças aos problemas de Sebastian Vettel, no seu Ferrari.

Eis o fim de semana de Suzuka, visto pelo "Cire Box". 

sexta-feira, 13 de outubro de 2017

Formula 1: Toro Rosso confirma Hartley para Austin

A Toro Rosso confirnou esta tarde que o neozelandês Brendon Hartley correrá pela sua equipa em Austin, palco do GP dos Estados Unidos, no próximo fim de semana. O atual piloto da Porsche, vecedor das 24 horas de Le Mans este ano, ao lado do seu compatriota Earl Bamber e do alemão Timo Bernhard, substituirá Pierre Gasly, que vai disputar a última ronda do campeonato da Super Formula japonesa, que vai acontecer nesse mesmo fim de semana, no circuito de Suzuka.

Hartley, de 27 anos (nasceu a 10 de novembro de 1989), já esteve no programa de desenvolvimento dos jovens pilotos da Red Bull, sem grandes resultados. Depois disso, foi piloto de testes na Mercedes e desde 2014 que está na Porsche, tendo alcançado o título de campeão da WEC em 2015, e claro, a vitória da prova de La Sarthe. 

Para além disso, vai ser o primeiro neozelandês a correr num Formula 1 em 33 anos. A última vez aconteceu no GP do Canadá de 1984, quando Mike Thackwell andou num RAM, em substituição de Jonathan Palmer, acabando por abandonar a prova.

WRC: Hyundai anuncia os pilotos para a Austrália

Thierry Neuville, Andreas Mikkelsen e Hayden Paddon. Estes são os três pilotos que a marca coreana vai usar no último rali da temporada, na Austrália, que vai acontecer entre os dias 17 e 19 de novembro. 

As razões são óbvias: Neuville ainda sonha com o título (apesar da sua desistência na Catalunha ter feito perder o segundo lugar para Ott Tanak), Andreas Mikkelsen foi contratado para fazer os três últimos ralis da temporada e já tem guia de marcha para uma época em full time no próximo ano, e o neozelandês Paddon não poderia falhar a sua prova ‘quase caseira’, uma vez que é especialista neste tipo de terrenos.

Resta Dani Sordo, que basicamente vai fechar a sua temporada no País de Gales, no final do mês, e do qual se fala que poderá estar de saída da Hyundai. A Ford é provavelmente o seu destino, talvez para substituir ou Ott Tanak, que é cobiçado pela Toyota, ou Sebastien Ogier, também cobiçado, mas pela Citroen. 

Contudo, a FIA está a planear abrir as inscrições de carros oficiais para quatro por cada equipa, o que daria, no atual panorama, para 16 máquinas WRC...

Liberdade e muito dinheiro

É tudo especulação neste momento, mas... a McLaren ainda deseja Fernando Alonso. Numa altura em que ele vai correr em Austin com o mesmo capacete que usou nas 500 Milhas de Indianapolis, a equipa de Woking decidiu lhe dar um contrato bem milionário. Segundo fala hoje a imprensa espanhola, foi lhe proposto um contrato de 40 milhões de dólares por temporada (três temporadas no máximo), com a flexibilidade de correr em Daytona, Indianápoilis e nas 24 Horas de Le Mans, pois ele pretende alcançar a "Tripla Coroa" do Automobilismo.

E tudo isto numa altura em que a McLaren vai usar os motores Renault, depois do fracasso da associação com o motor Honda. 

Sobre isso, Alonso não abriu muito os detalhes, mas contou hoje numa sessão de perguntas e respostas na sua conta no Instagram que está perto de uma decisão.

"Digamos que eu poderia ter já tomado uma decisão, mas ainda há alguns detalhes que precisamos descobrir", começou por dizer.

"Como eu disse muitas vezes, o meu objetivo é ser o melhor piloto do mundo, para ser o piloto mais completo do mundo, e para isso você precisa ganhar em diferentes competições, em diferentes carros, em diferentes momentos. A Tripla Coroa ainda é uma grande prioridade para mim, então estou trabalhando nisso", continuou.

"Eu acho que vai ser uma temporada muito emocionante de 2018 para os fãs do automobilismo. Espero que você ame isso e espero que você avalie o esforço extra", concluiu.

Ao contrário do que pode acontecer este ano, em 2018, as 500 Milhas de Indianápolis poderão estar fora de hipótese, pois não só coincidem com o GP do Mónaco, como também ele acha que os motores Renault terão melhor chance do que os atuais motores Honda. Logo, a melhor chance será as 24 horas de Le Mans, onde se falou há algumas semanas de que estaria a falar com a Toyota para arranjar um lugar na sua equipa, e as 24 horas de Daytona, onde também haveria uma abertura por parte da McLaren em correr na competição, pois esta acontece no final de janeiro, sem testes ou competições no caminho.

Uma coisa é certa: Fernando Alonso, apesar dos seus 36 anos, ainda pretende mostrar a todos que está longe de querer pendurar o capacete.

quinta-feira, 12 de outubro de 2017

Noticias: Saiu o calendário da IndyCar

O calendário da Indy Car Series para 2018 tam algumas novidades em relação ao ano passado. Watkins Glen sai do calendário e o Autódromo Hermanos Rodriguez poderia regressar, estando prevista a corrida em agosto. Outro regresso ao calendário é o circuito de Portland, que volta ao calendário depois de uma ausência de dez anos, quando correu na CART. A corrida vai acontecer no lugar de Watkins Glen, no último fim de semana de agosto.

"A força e consistência do calendário da Verizon IndyCar 2018 é algo de todos os quais deveríamos nos orgulhar", começou por dizer Mark Miles, CEO da Hulman & Company, dono da IndyCar Series. "Nós também estamos ansiosos para continuar a tendência ascendente da série através da introdução dos kits aero universal, que os testes mostraram ser um produto excitante".

Ao todo, continuarao a haver 17 corridas no calendário de 2018, sem grandes alterações em relação à corrida de abertura, que é em St. Petersburg, na Florida, e terminará em Sonoma. Em relação a Portland, será mais uma corrida em pista, onde fez parte do calendário nos anos 80 e 90, sendo um dos mais interessantes do calendário.

"A IndyCar não poderia estar mais animada para competir novamente na frente de uma das nossas bases de fãs mais fortes", continuou Miles. "O Portland International Raceway produziu emocionantes corridas em toda a história do carro de Indy - o final de 1997 ainda é o recorde para o final mais próximo em um curso de estrada ou de rua - e o regresso não poderia ser melhor dado o novo olhar que os nossos carros terão em 2018. Esperamos que este seja um show que os fãs não vão querer perder ".

O presidente da câmara de Portland, Ted Wheeler, que assistiu o Indianapolis 500 na sua juventude, afirma estar ansioso para ver o automobilismo de volta para sua cidade.

"A IndyCar traz emoção para uma cidade e para competir espectadores", começou por afirmar Wheeler. "O regresso da IndyCar para Portland nos dará uma ótima exposição internacional, uma grande receita, novos empregos e uma experiência emocionante para os fãs do automobilismo".

Eis o calendário para 2018:

11 de março - São Petersburgo, Florida
7 de abril - Phoenix Raceway
15 de abril - Long Beach
22 de abril - Barber Motorsports Park
12 de maio - Indianapolis Motor Speedway (circuito de estrada)
27 de maio - Indianápolis 500
2-3 de junho - Belle Isle Park
9 de junho - Texas Motor Speedway
24 de junho - Road America
8 de julho - Iowa Speedway
15 de julho - Toronto (Canadá)
29 de julho - Mid-Ohio Sports Car Course
19 de agosto - Pocono Raceway
25 de agosto - Gateway Motorsports Park
2 de setembro - Portland International Raceway
16 de setembro - Sonoma Raceway

Formula E: Revelado o circuito de Santiago do Chile

A Formula E vai pela primeira vez a Santiago do Chile a 3 de fevereiro de 2018 e revelou hoje o seu circuito citadino. A pista vai ser desenhada nas ruas do centro da cidade capital chilena, e esta foi apresentada esta manhã numa demonstração de carros elétricos liderada pelo ex-piloto Eliseo Salazar, que também é um dos organizadores desta corrida.

"É uma honra juntar-se à presidente Bachelet [Michelle Bachelet, presidente do Chile] para a primeira aparição da Fórmula E nas ruas de Santiago", disse Alberto Longo, vice-diretor da Formula E. "A América do Sul está mergulhada em história e tradição automobilística - e a Fórmula E fará sua própria história no Chile para os próximos anos, começando a próxima temporada", acrescentou.

A pista, com 2462 metros de extensão, está desenhado ao longo da Avenida de Santa Maria, passando pela Praça Baquedano e pelo Parque Florestal, perto do Museu de Arte Contemporânea da cidade.

"Esta corrida permitirá que o povo chileno conheça os benefícios dos veículos elétricos", começou por dizer Andrés Rebolledo, o ministro da energia. "Nossa projeção diz que, se gerarmemos as condições necessárias de regulamentação, logística e mercado, em 2050, 40% dos veículos no Chile serão elétricos", acrescentou.

Noticias: Gasly não correrá em Austin

O francês Pierre Gasly não correrá em Austin, dentro de dez dias, para poder tentar a sua sorte na SuperFormula, o campeonato japonês de automobilismo. O francês, que correu nas duas últimas corridas pela Toro Rosso, é atualmente candidato a vencer o campeonato, estando a meio ponto do primeiro lugar, ocupado atualmente pelo local Hiroaki Ishiura (33,5 contra 33 do francês).

A ronda de Suzuka da competição será dupla e valerá oito pontos para o vencedor de cada uma das corridas.

Com Daniil Kvyat de volta ao seu carro, até ao resto da temporada, resta saber quem ficará com o lugar vago na segunda equipa do universo Red Bull. Fala-se muito de um piloto americano (Alex Rossi, vencedor das 500 Milhas de Indianápolis em 2016), ou até do regresso da Sebastien Buemi, mas o anuncio do novo piloto não será ainda hoje.

A substituição de toda uma dupla de pilotos numa equipa de Formula 1 não acontece desde o GP de Espanha de 1994, quando na Lotus, os pilotos Johnny Herbert e Philippe Adams foram substituídos pelo italiano Alessandro Zanardi e pelo francês Eric Bernard

Noticias: Kubica já testou em Silverstone


O polaco Robert Kubica andou ontem a testar num chassis de 2014 (o FW36) no circuito de Silverstone. O piloto de 32 anos andou nas várias versões do circuito britânico num teste que correu sem problemas de maior, embora a equipa tenha decidido guardar para si as informações sobre o número de voltas que fez, bem como os tempos marcados.

Com este teste, apesar da escassez de divulgação, foi apenas o preludio de novo teste, desta vez no Hungaroring, numa espécie de "shoot-out" com o escocês Paul di Resta, na próxima terça-feira. A equipa de Grove afirma que não tem pressa para escolher o seu piloto para a próxima temporada, embora diga que no final do ano anunciará quem ficará com o lugar.

Para Kubica, este foi o seu quarto teste com um carro de Formula 1, tendo já feito três com o carro da Renault, uma delas com o chassis de 2017 na Hungria, num lugar que acabou por ficar nas mãos de Carlos Sainz Jr. Em relação a candidatos, para além de Kubica e Di Resta, ainda tem Felipe Massa e Pascal Wehrlein.

quarta-feira, 11 de outubro de 2017

A India vai construir novas pistas

A India não aparece no calendário da Formula 1 desde 2014, derrotada pela burocracia local. Contudo, isso não quer dizer que o automobilismo por lá esteja parado. O presidente da Federação Automobilistica Indiana, Akbar Ebrahim, anunciou esta semana que serão construídas três pistas no país. Uma será entre Mumbai e Pune, a ocidente; outra será construída no estado de Tamil Nadu, a sul, e a terceira será Hyderabad, no centro.

"Não consigo divulgar os detalhes neste momento, porque eles estão em conversações connosco e agora tem que ser confidencial", disse à Motorsport.com.

"Estamos cientes de que eles estão interessados em colocar pistas nessas áreas. Até anunciarem, não divulgaremos detalhes. Mas com certeza, estamos em discussão com responsáveis dessas três áreas. Quando tiver tudo concluído e começarem a trabalhar, estou certo de que também o anunciarão", acrescentou.

Questionado sobre se as pistas teriam nível internacional, ele disse: "Tudo depende da quantidade de investimento que estão preparados para colocar e de que nível eles querem que a pista seja. Se o objetivo for mais ambicioso, vai ser necessária mais infra-estrutura. Não se trata apenas do comprimento e largura de um circuito. Eles formaram planos concretos para completar esses projetos. Eles estão definitivamente interessados ", acrescentou.

A Formula 1 esteve em Buddh, nos arredores de Nova Delhi, entre 2011 e 2013, em corridas todas ganhas por Sebastian Vettel, a bordo do seu Red Bull.

terça-feira, 10 de outubro de 2017

WTCC: Monteiro não corre, Tarquini substitui-o

Tiago Monteiro poderá não voltar mais às pistas este ano, algumas semanas depois de ter batido fortemente em Barcelona durante uma sessão de testes com o seu Honda Civic, no inicio de setembro. O piloto português não vai participar na ronda de Ningbo do WTCC por não ter recuperado das suas lesões na zona do pescoço, e assim sendo, será o veterano italiano Gabriele Tarquini que ficará com o seu lugar durante a ausência do piloto português.

"Estou incrivelmente desapontado por não conseguir correr na China", começou por dizer o piloto de 41 anos. "Como equipa, trabalhamos incrivelmente até chegar ao topo do campeonato e isso é um grande revés para todos. Infelizmente, o corpo humano é o que é, e apesar dos esforços extraordinários da minha equipe médica, eu só preciso de mais tempo.", continuou.

"Meu foco agora muda para estar recuperado a tempo [da corrida de] Motegi no final deste mês e retomar ali o meu desafio ao título

"Devo agradecer muito a Gabriele por entrar. Ele é um grande amigo e foi um companheiro de equipe fantástico durante muitos anos no WTCC, então não há mais ninguém que eu prefira no carro para apoiar meu impulso de título", concluiu.

Monteiro está neste momento a recuperar das suas lesões, que lhe afetaram a sua capacidade de visão. Ele espera recuperar totalmente, mas em termos de campeonato, as suas chances poderão ficar algo comprometidas, pois tem neste momento 12 pontos à frente do sueco Thed Bjork, da Volvo (200 contra 188), e 29 à frente de Norbert Mischelisz, que tem 171 pontos.  

Um esboço do futuro

A Liberty Media poderá mostrar no dia 31 de outubro os seus planos para a Formula 1 pós-2020. Segundo fala o site alemão Auto Motor und Sport, Ross Brawn e Chase Carey, em coordenação com a FIA, decidiram que, no campo dos motores, chegou à conclusão de que a sua simplificação poderá ser um caminho para baixar os custos. Mantendo os V6 Turbo, deixando de lado os V8 e os V10 atmosféricos, aposta na eliminação de um dos sistemas de recuperação de energia - à partida, o MGU-H - para não só baixar os custos, como também atrair novos construtores à competição, como a Porsche, que já disse estar interessada em vir para a Formula 1 a partir dessa data, e possivelmente juntar-se a um clube que tem Renault, Honda, Mercedes e Ferrari.

Para além disso, poderá também fazer com que algumas marcas pensem seriamente na ideia de construir os seus próprios motores, como a McLaren, que já produz carros de estrada.

Para além disso, ambas as partes vão mostrar um esboço no campo do teto máximo em termos de orçamentos das equipas. Essa apresentação poderá acontecer a 7 de novembro, numa reunião com o Grupo de Estratégia. 

Em relação ao primeiro tópico, tudo indica que será recebido de modo positivo pelas equipas, mas quanto ao segundo, certamente haverá muitas discussões. A mentalidade "Club Piraña" da maior parte das equipas ajuda muito nisso, especialmente quando o aumento de custos está a fazer fugir muitos dos interessados em ter uma equipa na Formula 1. E para quem não sabe, há duas equipas à venda (Force India e Toro Rosso)... e não aparecem compradores!

Resta saber como será a reação do Grupo de Estratégia sobre estas alterações, pois se isto tudo terá de entrar em vigor dentro de quatro anos, as negociações terão de começar no ano que vêm, e no máximo, terminar em 2019, para entrar em vigor nos dois anos seguintes.

segunda-feira, 9 de outubro de 2017

WRC 2017 - Rali da Catalunha (Final)

Kris Meeke pode não ter uma temporada para lembrar, mas na Catalunha, deitou todo o azar para trás e venceu pela segunda vez no campeonato, depois de ter vencido em março, no México. O britânico de 38 anos deu à Citroen nova vitória, e mais um bom motivo de sorrisos para a equipa francesa, especialmente Yves Matton, que não tem tudo muitos motivos para sorrir em 2017.

Foi um final de semana excepcional. Após a nossa vitória no Rali do México, conhecemos tempos difíceis, que iam aliviando pelos resultados do trabalho duro que ia sendo realizado. Sabíamos que o carro tinha um nível muito elevado de performance no asfalto, algo que confirmámos desde ontem. Esta vitória demonstra a qualidade do trabalho da equipa e é um enorme ‘boost’ de confiança para o futuro”, afirmou Meeke, depois de comemorar a vitória.

Obviamente que é uma alegria muito grande para a Citroën Racing como um todo, quer se trate da equipa no terreno ou dos colaboradores que trabalham nos bastidores, no centro técnico de Versalhes. Ao longo dos últimos meses, todos temos envidado enormes esforços para melhorar o potencial do Citroën C3 WRC, de modo a dar às nossas equipas o melhor material. Este fim de semana, o Kris e o Paul [Nagle, o navegador] demonstraram a sua performance na terra, antes de tomar o pulso e dominar no asfalto. É uma vitória de equipa particularmente bem sucedida, permitindo-nos atingir alguns dos nossos objetivos definidos para este final da temporada. Parabéns, também, para o Stéphane [Lefebvre] e o Gabin [navegador], que completaram o resultado global, permitindo que a Citroën Total Abu Dhabi WRT fosse a equipa que mais pontos somou no fim de semana”, declarou Matton.

Com seis especiais até ao fim, basicamente Meeke dominou-as, vencendo até à altura da Power Stage, onde Dani Sordo conseguiu vencê-la, batendo Meeke por 3,5 segundos. Contudo, o inglês conseguiu ficar a 28 segundos de Sebastien Ogier, enquanto que Ott Tanak fechou o pódio, a 33 segundos.

Thierry Neuville andou bem, mas na 16ª especial, em Santa Marina, quebrou a suspensão e foi obrigado a abandonar. "O rali acabou para nós. Uma parte da suspensão foi quebrada após um impacto com uma pedra. Nós tentamos tudo para lutar hoje, tivemos um desafortunado fim de semana com alguns problemas ontem e agora está terminado para nós. Obviamente, este não era o fim de semana que queriamos. Depois de ontem não tivemos escolha do que andar forte e foi o que fizemos - não há arrependimentos", contou.

Foi a terceira retirada dos pilotos da Hyundai pelo mesmo motivo, mas mesmo assim, há bom humor nas hostes da marca coreana. Michel Nandan, o seu diretor, riu-se da situação, dizendo que “se calhar o nosso carro é frágil”. Na realidade, foi tudo um grande azar, especialmente com Sordo e Mikkelsen a quebrarem na mesma curva...

Juho Hanninen foi o quarto e o último a chegar ao fim abaixo de um minuto de diferença, pois Mads Ostberg chegou a dois minutos e 26 segundos do vencedor. Stephane Lefevre foi o sexto e ajudou a conseguir mais uns pontos para a Citroen, a dois minutos e 43 segundos, na frente dos Ford de Elfyn Evans e Teemu Sunninen, enquanto que os Skoda de Jan Kopecky e do norueguês Ole Visby, os dois melhores na classe WRC2, ficaram com os restantes lugares pontuáveis.

No Mundial, Ogier lidera com 198 pontos, contra os 161 de Ott Tanak, enquanto que Thierry Neuville manteve os 160 pontos, baixando para esta posição. O WRC volta à ação no final do mês, com Rali de Gales.

Então, quem vai correr em Austin?

Pierre Gasly está no seu segundo Grande Prémio de Formula 1, mas quando foi chamado, também estava a fazer a SuperFormula japonesa. E por coincidência, daqui a duas semanas, a ronda final do campeonato será na mesma altura que o GP dos Estados Unidos, em Austin, e a Honda quer que o piloto francês dispute a etapa final do campeonato, pois ele é candidato ao título.

A história é relativamente fácil de explicar: Gasly, apoiado pela Red Bull e com motor Honda, está a meio ponto de Hiroaki Ishiura, o líder do campeonato. Este, por sua vez, tem motores Toyota e claro, há uma rivalidade. E ver o francês abdicar de um título para correr na Formula 1 cairia muito mal na equipa japonesa, que, como se sabe, irá abastecer os carros da Toro Rosso em 2018.

A equipa, que como é sabido, vai ter Daniil Kvyat de volta devido à saída de Carlos Sainz Jr. para a Renault, poderá ter de ser obrigada a arranjar novo piloto para esta corrida. E os nomes são muitos, desde americanos (Alexander Rossi), passando por pilotos que estão desempregados (Jolyon Palmer e Paul di Resta) até a novatos como Charles Leclerc, o novo campeão da Formula 2.

Instado a comentar sobre o assunto, Helmut Marko afirmou: "É apenas correto quanto a Kvyat", disse aos jornalistas sobre a troca de pilotos de sábado. 

"Gasly é uma decisão que ainda não foi tomada. Foi um equivoco porque saiu ontem, tarde da noite e aconteceu um mal-entendido", concluiu.

Em suma, a chance de ter uma dupla totalmente nova em relação à corrida japonesa é bem real. E até um piloto que já correu por ali, Sebastien Buemi, atualmente na Endurance pela Toyota e correr na Formula E pela Renault, afirmou que  poderia ser contemplado. "Com a Red Bull, tudo é possível". 

domingo, 8 de outubro de 2017

ERC 2017 - Rali Liepaja (Final)

No final do Rali Liepaja, o russo Nikolay Gryazin, de 20 anos, acabou por ser o vencedor do último rali do ano deste Europeu de ralis, vencida por Kajetan Kajetanowicz. Contudo, o rali ficou marcado pela queda de um helicóptero onde seguia o seu principal patrocinador e que obrigou ao cancelamento da 11ª especial. Segundo os serviços de emergência, o helicóptero caiu próximo do começo da especial, quando tocou em cabos de alta tensão.

Ilze Bukha, porta-voz do Serviço Médico de Emergência NMPD, afirmou à imprensa local que como resultado do acidente, uma pessoa morreu e houve mais três feridos, dois deles em estado grave. "Dois deles estão inconscientes, mas outro está ferido", disse.

Como resultado, Kajetanowicz acabou por abandonar voluntariamente o rali. 

No final, Gryazin levou a melhor sobre o finlandês Kalle Rovanpera, sendo basicamente um duelo entre jovens: se o russo tem vinte anos, já o filho de Harri Rovanpera completou 17 na semana passada. O polaco Lukasz Habaj ficou no terceiro posto.

"Estou muito feliz com o resultado. Estou triste com o acidente do helicóptero. Agradeço aos organizadores do rali, à nossa equipa e amigos. Na temporada, tivemos alguns acidentes e problemas com o carro, mas agora estou aqui a vencer, então estou feliz", disse no final.

Depois de na véspera se ter comemorado o título de Kajetanowicz, devido aos acidentes de Bruno Magalhães e Alexey Lukyanuk, o dia de hoje parecia que iria ser a continudade do duelo entre Gryazin e Ronvanpera. Kalle venceu na primeira especial do dia, em Priekule, conseguindo uma vantagem de 8,1 segundos sobre Gryazin e 26,3 sobre Kajetanowicz. Rovanpera continuou e vencer na especial seguinte, em Podnieki, mas conseguiu apenas 0,1 segundos de vantagem sobre o piloto russo.

Contudo, em Vecpils, Gryazin atacou a venceu a especial, conseguindo 7,1 segundos de vantagem sofre o finlandês, alargando a sua liderança. Kajetanowicz, já mais descontraído com a vitória no campeonato, seguia-os, mas muito distante: por esta altura já tinha um minuto e meio de atraso, mas o seu compatriota Habaj já tinha dois minutos e 19 de diferença.

Com a 11ª especial cancelada por causa da queda do helicóptero, na 12ª especial, já sem Kajetanowicz, e com um atraso de dez minutos em relação ao horário inicial, Gryazin voltou a vencer, ganhando mais 2,5 segundos sobre Rovanpera, mas deixando a concorrência a "calendários" de distância. O espanhol Suarez, no seu Peugeot, tentava apanhar Habaj, mas parecia que não iria conseguir.

Por fim, na segunda passagem por Vecsplis, Rovanpera venceu a especial, mas apenas conseguiu 1,2 segundos a Gryazin, insuficiente para vencer o rali. No final, a diferença ficou-se pelos 18,5 segundos com o jovem finlandês a ter um excelente resultado nesta sua estreia no Europeu.

"Progredimos muito com o carro e a minha condução, melhorou o tempo todo. Nas seções lentas e técnicas, o carro era realmente bom, em partes rápidas, era algo diferente, mas vou me acostumar com isso", disse, no final do rali.

Agora, rumo a 2018, onde o rali começa em março, de novo em paragens açorianas.

WRC 2017 - Rali da Catalunha (Dia 2)

Kris Meeke abriu uma vantagem que poderá ser decisiva neste muito competitivo Rali da Catalunha, onde os cinco primeiros estão a menos de um minuto de diferença. Depois de sete etapas neste sábado, o inglês tem 13 segundos de vantagem sobre Sebastien Ogier. Para além disso, viu desistir dois dois candidatos à vitória, Andreas Mikkelsen e Dani Sordo, por problemas... na mesma curva, onde uma pedra quebrou o seu eixo dianteiro.

Com o segundo dia a ser em asfalto, o dia começou com Meeke ao ataque em El Montmell, acabando com o piloto da Citroen a vencer a especial e a subir à liderança, batendo Dani Sordo por 3,6 segundos. Atrás, Mads Ostberg voltava a perder muito tempo depois de uma saída de estrada logo nos primeiros metros da classicativa. Com os 24,2 segundos perdidos, o piloto da Ford caiu para sétimo.

A seguir, em El Pont d'Armentera, Juho Hanninen ficou com o melhor tempo no seu Toyota, com Meeke a acompanhá-lo, a 1,3 segundos, e Neuville a 1,8 segundos. Ogier era apenas sétimo, perdendo 7,7 segundos e caindo para o terceiro lugar da geral, passado por Dani Sordo. 

Não tive andamento. O carro não está mau. Provavelmente tenho de forçar mais”, lamentou o francês. 

Hanninen repetiu o feito em Savallà, conseguindo uma vantagem de 2,9 segundos sobre Ott Tanak e Esapekka Lappi, enquanto que Sebastien Ogier ficava a quatro segundos e Dani Sordo a 4,9. Como seria de esperar, Hanninen estava feliz. "Estou muito confortável. Está a ser um prazer pilotar. Os tempos neste troço apareceram com facilidade”, afirmou o nórdico da Toyota.

Em contraste, Thierry Neuville estava com azar. Primeiro, o piloto belga começou por chegar atrasado em três minutos ao controlo de partida e penalizou 30 segundos. No final, tinha a traseira do Hyundai batida. “Ficámos sem pressão hidráulica no final do troço anterior. Depois o carro desligou-se e na ligação tivemos de andar mais depressa. Foi aí que fiz um pião e bati com a parte de trás”, explicou o belga. E por causa disso, tinha caído para o oitavo posto.

Na parte da tarde, na segunda passagem por El Montmell, Neuville lá conseguiu ganhar, mas apenas por 0,1 segundos sobre Dani Sordo e Esapekka Lappi, muito pouco para encetar uma recuperação. Meeke era quarto, a 1,2 segundos, e a classificação continuava confusa, com todos próximos uns dos outros. Ogier ganhou na segunda passagem por El Pont d'Armentera, 0,6 segundos mais veloz do que Neuville, com Kris Meeke a ser terceiro, a 0,9 segundos.

Contudo, foi na 12ª especial, em Savallà, que aconteceu o desastre para os Hyundai. Ainda por cima, na mesma curva para Mikkelsen e Sordo, este último que atacava a liderança de Meeke. E se os Hyundai se destavaram pela negativa, pela positiva ficaram os finlandeses da Toyota. Tanto Esapekka Lappi como Juho Hanninen foram dos mais rápidos, só perdendo tempo para Ogier e Tanak, ambos da M-Sport. Lappi estabeleceu a terceira marca em Savallà 2 com o mesmo tempo do seu companheiro de equipa, que foi quarto. E claro, o vencedor foi Ogier, com Meeke a ser quinto, perdendo 1,2 segundos, mas a ver menos dois candidatos à vitória.

Ogier acabou o dia a vencer na super-especial de Salou, sem mudar as classificações da geral. Meeke comandava o rali, com 13 segundos de vantagem sobre Ogier, enquanto que Ott Tanak era o terceiro, a 14,5 segundos. Juho Hanninen era o quarto, no seu Toyota, a 34 segundos, já distante de Thierry Neuville, a 53,2 segundos. Esapekka Lappi era o sexto, mas já a um minuto e 23 segundos, mais 17 segundos do que Mads Ostberg, no seu Ford.

Stephane Lefebvre era o oitavo, a dois minutos do seu companheiro de equipa, enquanto que a fechar o "top ten" estavam os Ford de Elfyn Evans e o de Eric Camili, já a cinco minutos e 40 segundos.

O rali da Catalunha termina neste domingo, com a realização de mais sete especiais.

Formula 1 2017 - Ronda 16, Japão (Corrida)

Sempre achei que os eventos de Singapura tinham sido os decisivos para desequilibrar a balança a favor de um dos lados. Contudo, os de Suzuka, esta madrugada, apenas deram a Lewis Hamilton uma confirmação "de facto" de que vai ser campeão do mundo de Formula 1 em 2017. Os 59 pontos de vantagem que alcançou agora, quando saiu do circuito japonês, poderá já fazer pensar no dia 22 de outubro, sitio do GP dos Estados Unidos, em Austin, ou o dia 1 de novembro, na Cidade do México, como os palcos da sua consagração como tetracampeão do mundo. É que com a segunda desistência de Sebastian Vettel em três corridas, as suas chances de o alcançar ficaram próximo do zero, e numa competição onde hoje em dia, os motores e as caixas de velocidades têm de durar, uma simples quebra poderá significar o sepultamento de todas as chances de título. E para o piloto alemão, não vai ser este ano que o alcançará.

Claro, Vettel não deveria desanimar com isso: Michael Schumacher perdeu três campeonatos antes de vencer cinco com a Scuderia. Se em 1997, armou-se em Dick Dastardly e saiu-se mal, no ano seguinte foi um furo que o impediu de ser campeão, num duelo contra Mika Hakkinen. E em 1999, a perna quebrada no seu acidente em Silverstone o impediu de correr por metade da temporada. Portanto, o que se pode dizer a Vettel é que deu luta até quando pode, mas a máquina da Mercedes foi mais poderosa e mais resistente do que os da Ferrari.

Debaixo de sol e calor naquelas paragens japonesas, o inicio do fim de Vettel começou minutos aproximavam da partida, quando os mecânicos da Ferrari levantaram a tampa do carro de Sebastian Vettel para ver se poderiam reparar um potencial problema no seu carro. No final, acabou por ser uma vela defeituosa, substituída a tempo da corrida, mas não resolveu o problema. E isso viu-se na partida. 

Ali, tudo ficou na mesma nas duas primeiras posições, com Max Verstappen a passar o seu companheiro de equipa para ser terceiro. As coisas duraram algumas curvas, quando no gancho, o holandês da Red Bull passou Vettel para ser segundo, enquanto era depois pressionado pelo Force India de Esteban Ocon. E aí começaram os problemas no carro vermelho, ao mesmo tempo que atrás, havia confusões, primeiro com Carlos Sainz Jr a sair na Curva 3, depois de bater nos pneus.

Contudo, o Safety Car é chamado no inicio da segunda volta, para reunir tudo atrás desse Mercedes, ficando assim até à volta 4. Quando voltou. Vettel caiu para o sétimo posto, passado por Sergio Perez. No final dessa volta, a Ferrari chamou o alemão para retirar o seu carro. As chances de título para o alemão acabavam naquele instante, e a imagem de Vettel, sozinho, com o Safety Car de lado, mostravam tudo: ele sabia que tinha sido derrotado pelos problemas na sua própria equipa. 

Na frente, Hamilton tinha tudo controlado, com Verstappen atrás, tentando acompanhar o seu ritmo. Ocon era terceiro, pressionado por Daniel Ricciardo. As coisas ficaram assim até à volta 8, quando Marcus Ericsson bateu forte na Degner, sendo a terceira desistência da corrida. E por causa disso, a organização fez sair o Safety Car... virtual, para que tirassem o Sauber do piloto sueco.

O Safety Car virtual acabou na volta 10, e Ricciardo pressionou para apanhar Ocon para ser terceiro no final da reta. Na volta seguinte, Bottas passou-o para ser quarto. Nas voltas seguintes, Hamilton começou a distanciar-se do holandês, ficando com quase quatro segundos no final da volta 15.

Com (quase) tudo resolvido, a luta passou para as paragens nas boxes. Massa foi na volta 18, depois de andar à luta pelo oitavo posto com Nico Hulkenberg e Kevin Magnussen, enquanto que Kimi Raikkonen tentava apanhar Sergio Perez para ver se conseguia ser sexto classificado, conseguindo passá-lo na vigésima volta.

Max Verstappen foi às boxes na volta 22, e conseguiu ficar na frente de Kimi Raikkonen para ser quarto, e logo a seguir, Hamilton também passou nas boxes para novo jogo de pneus, para os moles. As coisas não ficaram muito diferentes até à volta 29, quando Bottas deixou passar Hamilton para que ele pudesse ser o tampão a Max Verstappen. Ao mesmo tempo, Kimi foi também às boxes para sair em sexto, à frente dos Force India. Valtteri Bottas ficou o suficiente para que no inicio da volta 31, foi às boxes, tendo conseguido dar a Hamilton espaço para respirar: 3,4 segundos nessa altura.

Verstappen lá se aproximou, mas não muito, nas voltas seguintes. A partir dali, os sítios mais interessantes acabaram por ser mais atrás, especialmente nos Renault, que aguentaram até perto da volta 40 com o mesmo jogo de pneus, com Hulkenberg a desistir pouco depois, com a asa aberta. Pouco depois, Massa comete um erro e os Haas aproveitaram para ficar com o oitavo e o nono posto, com o Kevin "suck my balls" Magnussen a ser o melhor.

Na volta 47, Lance Stroll teve problemas com a suspensão frente-direita na curva 3, acabando ali a sua corrida, e mandando sair o Safety Car virtual pela segunda vez nesta corrida. Três voltas depois, a corrida voltou, com Vertstappen em cima do inglês, mas não houve grandes mudanças.

E no final, Lewis Hamilton comemorava mais um triunfo no caminho do seu tetracampeonato. Com toda a sorte do mundo do seu lado, e com Vettel com todo o seu azar, está a gozar o mau lado dessa parte da sua vida de piloto competitivo. Agora, 59 pontos os separam e Hamilton já era tetra virtual, apesar da matemática ainda não lhe der para comemorar o campeonato. Acompanhado pelos Red Bull, e com Bottas a ser quarto, na frente de Raikkonen, se calhar o piloto da Mercedes até iria gostar que o azar de Vettel o acompanhasse em Austin para poder ser já campeão...